Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 74
Doença


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Desculpa a demora, mas minha mãe tá me enchendo o saco hoje, mais que o normal rsrsrs!

Estou tão feliz hoje que fiz esse capitulo em comemoração, pela a fic ter passado da marca de 1000 comentários

Obrigada pela carinho de todos! E espero que gostem!

Boa leitura!



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Cheguei a clinica em poucos minutos, estacionei em uma vaga próxima a entrada e andei até a recepção, assim que me aproximei a recepcionista me reconheceu e disse que a doutora FitzGerald estava me aguardando em sua sala. Andei alguns metros até a porta da sala e bati levemente na porta

– Pode entrar - ouvi a voz da doutora de dentro da sala

Assim que abri a porta vi a doutora Ileana Farquard ao seu lado. O que a especialista em oncologia está fazendo aqui?

– Desculpe não quero atrapalhar - digo detendo um passo

– Não está atrapalhando, eu aguardava sua chegada - a doutora FitzGerald disse me olhando - Por favor, sente-se

– Soube que já está com os resultados dos meus exames - comentei me sentando

– Sim, estou com eles aqui - ela disse retirando um envelope com meus exames da gaveta

– E quais foram os resultados? - perguntei não aguentando mais ficar sem saber o que tenho

– A contagem de leucócitos está mais baixa que o normal - ela disse tirando alguns dos exames do envelope

– O quê que significa isso? - perguntei não gostando dos rodeios que ela começava a fazer

– A principio pensei que fosse uma deficiência imunológica ou erro do laboratório - ela disse me olhando - Mas mandei uma amostra do seu sangue para a doutora Farquard

– Mas ela é oncologista - comentei revesando o olhar entre elas

– Dei uma olhada nos seus exames senhorita Agostini - Ileana falou me olhando - Está muito baixa a taxa de leucócitos, também apresenta 24% de promielócitos e 10% de bastos. O que indica síndrome leucêmica

– Leucêmica? - perguntei em um sussurro não acreditando

– Câncer - a doutora FitzGerald falou me olhando

– Iremos precisar de uma amostra da sua medula para confirmar, mas... - a doutora Farquard fez uma pausa suspirando pesadamente - Acredito que o que você tem é Leucemia promielocitica aguda

– Sinto muito - a doutora FitzGerald disse me olhando

Desviei meu olhar para o chão, de repente respirar parecia se tornar algo complicado, o choro ficou preso na garganta, meus olhos arderam, mas nenhuma lagrima escorreu. Senti como se meu mundo estivesse desabando sobre minha cabeça

– Quando poderei retirar a amostra da medula? - perguntei com certa dificuldade

– Próxima semana se estiver disponível - a doutora Farquard falou

– Estarei aqui - digo pegando meus exames - Posso ir?

– Pode - a doutora FitzGerald falou com um olhar triste

– Nos veremos na semana que vem - a Ilena falou e eu assenti me levantando

Andei até o lado de fora da clinica, me aproximei do carro e abri a porta. Entrei e liguei o carro, mas não consegui sair da vaga, as lagrimas começaram a sair incontrolavelmente, o choro que estava preso em minha garganta saiu e percebi que eu soluçava durante o choro. Tentei me acalmar e peguei meu celular ligando para casa do Jhon

– Alô - tia Marta falou ao atender o telefone

– Oi tia - digo não permitindo que minha voz saísse afetada pelo choro - O Jhon está em casa?

– Está, vou passar para ele - ouvi a tia Marta chama-lo

– Oi Su, já pegou o resultado dos... - eu o interrompi

– Jhon, pega um táxi e vem me buscar - digo e não consegui evitar um soluço

– O que está acontecendo Su? - Jhon perguntou preocupado

– Jhon, pega um táxi - digo e dessa vez minha voz saiu embargada - E vem me buscar, por favor! Não estou em condições de dirigir

– Já estou indo - ele disse e desligou

Fiquei no carro alguns minutos, mas senti como se estivesse me sufocando ficar ali. Abri a porta e sai do carro, andei e me sentei em um banco na calçada, não conseguia controlar as lagrimas, depois de mais alguns minutos vi um táxi estacionar próximo ao meu carro. Notei Jhon saindo do táxi e se aproximar de mim, apoiei minhas mãos no banco e abaixei a cabeça tentando frustradamente controlar o choro, mas nada parecia adiantar. Meus ombros tremiam e senti quando Jhon parou ao meu lado

– Su!? - Jhon me chamou se abaixando para ficar da minha altura e tudo que eu consegui fazer foi abraça-lo em busca de algum conforto - Calma!

Depois de algum tempo desfiz o abraço e não tinha coragem para olha-lo

– O que está acontecendo Su? - Jhon perguntou me olhando

– Eu... eu... - tentei falar, mas de repente as palavras pareciam pesar uma tonelada

– São seus exames? - Jhon perguntou e só agora percebi que o envelope estava ao meu lado no banco

– São - sussurrei a resposta tentando conter as lagrimas

Jhon se sentou ao meu lado e começou a folhear os exames, murmurava enquanto lia cada pagina

– Nível de leucócitos baixo, 24% de promielócitos, 10% de blastos. Su, isso é síndrome leucêmica - Jhon falou assustado - Você tem...

– Câncer - funguei controlando o choro - Eu tenho câncer

– Eu sinto muito - Jhon falou me abraçando novamente - Sinto muito

Depois de alguns minutos fomos para o carro, sentei no banco do carona e Jhon assumiu a direção. Fomos de volta para a casa e quando eu sai fui em direção minha casa, mas detive o passo

– O que foi? - Jhon perguntou ao ver que eu havia parado

– Preciso falar com sua mãe - digo me virando para ele - Além da tia Sam, também precisarei dos serviços dela

Jhon assentiu e andamos até a casa dele. Precisava ter uma séria conversa com a tia Marta.

POV Nico

Estou na academia do palácio do meu pai, para ser sincero passo maior parte do tempo aqui. Diariamente descontando toda minha raiva e frustração nos sacos de areia. Passei os primeiros meses sonhando com o que acontecia com a Su, mas isso era pior que tortura. Sem mais aguentar isso pedi ajuda ao meu pai, para bloquear todos os sonhos com ela o que funcionou. Passei os outros meses me esforçando para esquece-la e acredito que está dando certo, os meus sentimentos por ela não parecem mais os mesmos. Ouvi a porta da academia ser aberta, parei de socar o saco de areia, olhei na direção da porta e vi meu pai entrar

– Sabia que te encontraria aqui - meu pai falou e voltei a distribuir socos no saco de areia

– Estava me procurando? - perguntei sem parar para olha-lo

– Preciso falar com você - ele disse firme, o que me deixou intrigado - Deveria ter dito isso a mais tempo, mas...

– O que tem para me falar? - perguntei parando o exercício para olha-lo

– Meu filho, precisamos conversar sobre a Susan - meu pai disse sério

Passei os últimos meses evitando falar qualquer coisa relacionada a ela, com quem quer que fosse. Eu não queria ter contato com ela, não queria saber dela, tudo que eu queria era esquece-la, mesmo que isso me machucasse

– Pai eu já disse que não quero falar sobre ela - disse me virando para o saco de areia

– Nico, me ouve - meu pai pediu enquanto eu voltava a socar o saco de areia

– Eu já disse que... - ele me interrompeu

– A Susan está morrendo - quando ouvi senti um forte aperto no meu coração e no mesmo instante parei o que estava fazendo

– O que? - perguntei me virando para olha-lo

– Há alguns meses a Susan começou a ter câncer - meu pai falou com um olhar triste - A Susan está com leucemia

– Di immortales - murmurei sem saber o que fazer

– E a tia dela está com um tumor no cérebro - eu não conseguia falar nada eu estava em choque - Meu filho, a Susan precisa de você, do seu apoio, vocês são amigos

– Er... Eu... - eu não sabia o que falar - Eu vou fazer uma visita a ela

– Faça isso - ele disse parecendo aliviado com as minhas palavras - Nico, seja cauteloso, sei que ainda tem mais coisas para acontecer com na vida dela

Meu pai se virou e caminhou em direção a saída da academia, meu coração parecia estar sendo esmagado, mas não era dor ou tristeza. Era culpa, talvez se eu não tivesse estado ausente todo esse tempo, eu poderia senti quando a doença começasse a causar muitos danos e faze-la ir ao medico, buscar alguma ajuda, eu não sei, mas... eu não estava lá. Não estava lá quando ela descobriu o tumor da tia, não estava lá para ajuda-la quando ela mais precisou, preciso falar com ela. Sentia as lagrimas que escorriam pelo meu rosto. Mesmo não tendo o mesmo que sentimento que tinha pela Su, ela ainda era a minha amiga.

POV Stark

O chicote de ferro está morto, Justin Hammer está preso, não estou mais morrendo, estou com um coração novo, estou ajeitando a minha vida com a Pepper, tudo estaria bem, se não fosse esses malditos pesadelos. Ainda não entendo, o motivo desses sonhos. E porque parece ter uma especie de neblina que não me permiti ver a imagem com clareza? Porque eu sinto um aperto no meu coração toda vez que sonho com ela? É como se tivéssemos uma conexão, será que ela, seja lá quem ela for, senti as mesmas coisas?

Mas porque as vezes tenho a impressão de conhece-la? Não que eu já tenha visto-a, mas... algo nela, me parece familiar. Mesmo que com esforço, tudo que consigo ver com clareza é os olhos dela. Eles passam ao mesmo tempo auto confiança e humildade, firmeza e suavidade, como... se através dos olhos dela, eu pudesse ver o que ela realmente sente. Como se eu pudesse, identificar cada coisa que ela esconde, medos, sonhos, tristezas, alegrias. Como se eu pudesse decifra-la através de um simples olhar.

Porque isso mexe tanto comigo? Sequer a conheço, sequer sei seu nome, ela não é absolutamente nada minha. Porque esse sonhos com ela insistem em se manter? Não aguento mais acordar no meio da noite, após ter um pesadelo com essa garota. Não suporto mais a sensação de medo que sinto ao ver os perigos que ela corre em meus sonhos. Não basta ver o que ela passa, eu sinto cada emoção. Cada medo, cada gota de coragem e determinação dela, a fraqueza que a consome ao fazer grande esforço. Preciso encontrar um forma de terminar com isso

– Está pensativo - a voz de Pepper me fez voltar a realidade - Você está bem Tony?

– Estou - disse me virando para ela com um sorriso - Porque?

– Parecia preocupado - ela respondeu me olhando nos olhos - Está realmente bem?

– Estou, era apenas pensando no novo projeto do reator ARC., não se preocupe - digo da um selinho nela - O que você tem para me mostrar?

– Isso - ela disse abrindo um projeto de um torre

– Parece que já encontrei um lugar para testar o reator - digo olhando-a - Pode começar a providenciar tudo para a construção do torre

– Tem certeza, Tony? - ela perguntou sorrindo

– Tenho - digo abraçando-a pela cintura

– Vou preparar a papelada ainda hoje - ela disse sorrindo e a puxei para um beijo

Agora eu não podia mais negar, eu realmente amo a Pepper. Ela esteve ao meu lado nos melhores e piores momentos da minha vida dos últimos dez anos e mesmo quase a levando a loucura no mês passado, ela continua aqui. Nunca amei alguém assim, só a Bianca. Ao lembrar do primeira mulher que eu verdadeiramente amei, rompi o beijos abaixando a cabeça

– Algum problema, Tony? - Pepper perguntou preocupada

– Nenhum - menti e voltei a olha-la - Apenas lembrei de uma coisa, preciso ir

– Tudo bem - Pepper falou ainda intrigada, dei um selinho demora e sai das Industrias Stark

Bianca, a minha primeira namorada após a morte do meu pai. A mulher que estava me ajudando a superar a minha tristeza. Porque depois de dezessete anos eu vim lembrar dela? O que aconteceu com a Bianca? Ela simplesmente sumiu, não trabalhou mais como modelo, vendeu todas as propriedades e desapareceu. Nunca consegui encontrar um rastro sequer, não deveria ter ensinado a Bianca, a se ocultar dos sistemas de computadores. Não importa o que eu faça para procura-la, apenas mostra que os dados não existem. Não sei se ela está viva, se está morta, mas... sei que ela era um boa mulher, deve ter se casado, constituído família, independente do que ela tenha feito depois que terminamos, espero que ela esteja feliz, a Bianca merece.

POV Loki

Tesseract. Algo tão poderoso em posse de seres tão repugnantes, seres tão inferiores, seres que não sabem como lidar com o verdadeiro poder. Um poder que pode apenas ser usado por um deus como eu e é isso que farei, usarei o poder do Tesseract para governar Midgard, esse... mundo desprezível. Vi que o novo amigo do Thor, foi chamado para pesquisar mais sobre o Tesseract, então... porque não usa-lo? Ele irá aprender a usar o tesseract, isso irá me ajudar em meus planos.

Notei que naquela organização, a tal de SHIELD, tem alguns agentes que podem ser de grande serventia para mim, como o agente Barton por exemplo, ele conhece cada detalhe da organização, onde encontrar pessoas que se aliariam por querer ver o fim deles, o que será bom, preciso distrai-los de alguma forma e deixa-los preocupados com os próprios inimigos é o primeiro passo. Preciso pensar com cautela cada passo. Não posso permitir que o energumino do Thor, me atrapalhe novamente

Mas... enquanto estava no trono de Asgard vi o que aquela midgardiana Susan fez, ela possui conhecimento da magia, sabia que ela era diferente quando a conheci, ela tem uma energia diferente de qualquer um que eu tenha conhecido, preciso encontra-la. Mesmo que limitado, ela possui controle sobre magia, eu poderia ajuda-la a se tornar mais poderosa, poderosa o suficiente para me ajudar em tomar o controle de Midgard. Ela pode ser uma forte aliada, mas o que não entendo é porque eu a protegi.

Ela não havia mostrado habilidade alguma, além de enxergar através da magia, o que não é de nenhum auxilio ao meus planos. Mas essa não é a unica questão a rondar meus pensamentos. Porque essa simples midgardiana não sai dos meus pensamentos? Porque me senti tão afetado a presença dela a ponto de protege-la? Porque ela mesmo vendo toda a destruição que causei não teve medo e sequer me acusou, apenas parecia confusa as minhas ordens ao destruidor? Porque eu anseio tanto encontrar esse midgardiana?

Esquece isso Loki! Digo a mim mesmo, não posso perder o meu foco. Não posso perder meu tempo com um humana, mesmo que seja a mais interessante que eu tenha visto nesse mundo medíocre.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que o capitulo era especial, 4 POV's *()*

Para aqueles que disseram que a Susan tem leucemia, parabéns você acertaram! Agora é esperar e ver o que isso vai dar

Gente para fazer o video eu preciso que vocês adicionem a Su no face, ok?

Susan Agostini