Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 70
Thor


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou mais cedo hoje! Quero agradecer ao imenso carinho que vocês demonstram pela fic. E que logo, logo, chegaremos a reta final da fic! Falta, pouco para o fim dessa temporada :'( [eu estou triste com o fim da temporada, mesma já sabendo o que vou escrever na próxima, podem me julgar]

Bom, deve ser por isso o meu bloqueio, meu subconsciente não quer que eu termine a temporada, mas com fé em Deus já vai terminar

Bom espero que gostem do capitulo e fiquem ligados em um detalhe que a Susan, vai explicar sobre a modalidade (vão entender quando lerem) na segunda temporada também será usado, ok?

Bom... sem mais enrolação! Espero que gostem e boa leitura! ^^



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Eu dirigia em alta velocidade pelas ruas noturnas do Novo México e como nunca me viram corre daquela mandeia a tia Marta e a Barbara estavam realmente nervosas e Jhon tentava conter um sorriso se divertindo com a situação das mulher no banco de trás

– Susan vai com calma - Barbara falou ao ver a velocidade que eu dirigia

– Eu estou calma, no dia que eu estiver dirigindo nervosa vai ser fácil você perceber - digo cortando caminho pelos poucos carros na pista

– É mesmo? Como? - Barbara perguntou em um misto de ironia e medo

– Pela trilha de acidentes em transito - digo e vejo pelo GPS que deveria virar a próxima esquerda, mas pela velocidade que eu estava não daria tempo de desacelerar - Segurem

Digo e eles obedecem, girei o volante para a esquerda, mudei a marcha e puxei o freio de mão ao mesmo tempo que eu pisava no freio, fazendo o carro derrapar de lado. Soltei o freio de mão e acelerei entrando na rua a esquerda

– Como você fez isso? - Barbara perguntou surpresa

– Isso é Drift, um estilo um pouco mais radical de corrida - respondo normalmente - O problema é que estraga com os pneus. Então sempre deve ser trocado o jogo de rodas

– Então é isso que você e Jhon fazem quando saem de carro a noite? - tia Marta perguntou - Drift?

– Nem sempre - eu me defendo

– A maioria das vezes é só racha - Jhon fala e vejo a tia Marta arregalar os olhos - Porque como a Su disse, drift gasta demais os pneus

– Vocês só podem ser loucos - tia Marta fala nos olhando surpresa

– A culpa é dela - Jhon apontou para mim - Ela que me levou para esse caminho

– Idiota - digo dando um tapa na mão dele que estava apontando para mim e ele riu

Em poucos minutos estávamos no County Hospital, Jhon chamou um enfermeiro que trouxe uma maca, onde colocamos a tia Sam e eles a levaram para fazer alguns exames. Fomos para a recepção e fiz a ficha da tia Sam, quando sentamos vimos três pessoas se aproximarem para fazer outra ficha

– Nome? - a enfermeira perguntou

– Ele disse que era... Thor - a mulher falou e quando a olhei vi que era Jane Foster acompanhada de um outro cientista Eric Selving e um mulher

– T-H-O-R - e enfermeira digitava para preencher a ficha do paciente - Qual a sua ligação com ele?

– Ah! Eu não conheço ele - Jane falou calmamente

– Até ela atropelar ele - a mulher que a acompanhava falou

– Só peguei de raspão - Jane se defendeu - Mas ela usou uma arma de choque nele

– É usei - a mulher disse como se não fosse nada demais

Elas continuaram a fazer a ficha e eu falei baixo, para que apenas Jhon ouvisse

– Preciso te contar o que eu descobrir - digo e ele me olhou

– Susan, você disse que não ia se meter nisso - Jhon falou me olhando

– Para de reclamar, vem que eu vou mostrar o que descobrir - digo pegando a bolsa com o notebook

Andamos até um dos corredores e nos sentamos nas cadeiras, tirei o notebook da bolsa ligando-o e abrindo nas imagens do evento e indiquei o ponto onde parecia uma pessoa.

– Você está vendo? - perguntei e Jhon falou

– Parece uma pessoa - ele comentou

– E é uma pessoa, por isso começou a aparecer quatro fontes de calor ao invés de três - expliquei e ele ficou surpreso

– Espera, você está me dizendo que aquele fortisse trouxe uma pessoa para cá? - ele disse incrédulo

– Isso, mas acho que a pesquisa da Foster vai tomar um novo rumo - digo e mudo as imagens mostrando outro ponto de vista do fortisse - Olha, está vendo esse efeito de lente nas bordas?

– Estou, o que que tem? - ele perguntou olhando as imagens

– É característico de um ponte de Einstein-Rosen - respondo olhando-o

– Tenho duas perguntas, mas vou fazer uma de cada vez - ele disse se encostando na cadeira - O que é um ponte Einstein-Rosen?

– É um conexão teórica de dois ponto no espaço-tempo - respondo procurando mais imagens na tela

– Um buraco de minhoca? - ele pergunta e assenti, mas sei que ele está achando que estou ficando louca - Ok, segunda pergunta. Quando você aprendeu sobre astrofísica?

– Há algumas horas - respondo e mostro as imagens captadas pelo satélite - O que você vê?

– Estrelas - ele responde como se fosse obvio

– Exato, mas não são nossa estrelas. Olhas essas imagens do aliamento das estrelas do nosso quadrante nesta época do ano - digo mostrando outras imagens - A não ser que a Ursa menor tenha resolvido entrar de ferias... essas estrelas são de outro lugar

– Sua inteligencia está te levando a loucura, Susan - Jhon diz rindo

– E porque diz isso, Jhon? - perguntei me sentindo levemente ofendida

– Você está se ouvindo? Você está falando de buraco de minhoca, vida em outros planetas - ele falou me olhando brincalhão - Isso tudo não existe

– Da mesma forma que os deuses gregos não são reais - digo séria e ele parou de rir - Se os olimpianos são reais, o que impedi que as histórias sobre vidas além do nosso planeta também sejam?

– Você acha que é possivel? - ele pergunta começando a acreditar

– Eu não duvido de mais nada - comento fechando o notebook

– Como ousar atacar o filho de Odin? - ouvimos uma voz, alta e grave emanando pelo corredor

– O que está acontecendo? - Jhon falou olhando na direção da sala 3

– Não sei - me levantei, sendo acompanhada pelo Jhon

Nos aproximamos da sala 3 e vimos pela janela de vidro um homem, alto, barbudo, loiro, musculoso, batendo em alguns medico e enfermeiros. Ele é mais forte que a maioria das pessoas e já estava praticamente destruindo toda a sala, quando três homens começaram a segura-lo e o prensou contra a porta

– Vocês não são páreo para o poderoso... - ele parou de falar ao aplicarem um forte sedativo nele e o homem apagou

– Cara louco - Jhon murmurou ao meu lado - Ele deveria está em um hospital psiquiátrico

– Filho de Odin - sussurrei tão baixo que sequer Jhon conseguiu escutar

– O que? - ele perguntou e eu simplesmente voltei a cadeira que eu estava sentada e comecei a fazer uma pesquisa, ao perceber que estava concentrada se sentou ao meu lado

– Nada - respondo sem olha-lo

– O que você está fazendo? - ele perguntou olhando a tela e viu o que eu digitava no Google - Filho de Odin?

– Foi o que ele disse - falei e abri o primeira link que apareceu e comecei a ler para que ele também ouvisse - Odin é considerado o principal deus da mitologia nórdica, ele também é conhecido como "Pai de todos"... Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, onde ele podia observar cada um dos nove reinos... Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Vé, esposo de Frigga e pai de muitos dos deuses como Thor, Baldr, Vidar e Valí...

– Me diz que você não está embarcando de vez nessa loucura - ele me interrompe ao ver que eu estou levando a sério - Deuses nórdicos?

– E se eles não forem deuses, mas tratados como se fossem? - perguntei o olhando e ele ficou pensativo - Se a minha teoria sobre aquele fortisse for real, os asgardianos podem ter vindo ao nosso planeta há muito tempo, e por chegarem demonstrando alguns poderes, os humanos podem ter os adorado como deuses...

– Mas sendo que eles são alienígenas - Jhon completou meu raciocínio - Mas se ele realmente é um "deus", como enfermeiros conseguiram segura-lo?

– Deve está sem seus poderes, mas isso não tirou dele a aura magica - comento olhando em direção a sala que estava quase destruída - E senti quando chegamos perto

– Então quem ele é? - Jhon perguntou

– Vamos descobrir agora - disse voltando a mexer no notebook - Veremos quem são os filhos de Odin, vamos começar pelo Thor

– Porque justamente esse nome? - Jhon perguntou

– Foi esse o nome que a Jane deu para preencher o cadastro dele no hospital - respondi e cliquei no nome e Thor e apareceu uma nova guia com a pesquisa sobre ele

"Na mitologia nórdica, Thor é o deus que empunha o martelo Mjonir e está associado aos trovões, relâmpagos, tempestades, árvores de carvalho, força..."

– Espera - Jhon pediu e eu parei a leitura - Martelo Mjonir?

– O que que tem? - perguntei sem entender

– Você não disse que o que havia caído, não era um satélite e que mais parecia um martelo? - ele falou e eu voltei a procurar as imagens e vi um martelo

– Havia me esquecido disso - comentei comigo mesma - Ele realmente é o Thor

– E agora que descobriu isso, o que vai fazer? - ele perguntou - Vai divulgar a descoberta ou falar com a Foster?

– Nenhum dos dois - digo desligando o notebook

– Porque não? - ele perguntou me olhando

– Há dezesseis anos, venho me mantendo oculta do mundo, longe da mídia, internet, noticiários, tabloides - digo olhando-o - Se eu fizer qualquer uma das duas coisas vou estar me expondo

– Mas você poderia ajudar bastante a doutora Foster se você contasse - Jhon comentou

– Ela é inteligente, vai descobrir por conta própria - digo me levantando e ele faz o mesmo - Além do mais, ela tem uma fonte de informações melhor do que eu

– Quem? - Jhon perguntou e enfermeiros passaram com o Thor inconsciente em uma maca

– Ele - falei apontando discretamente - Ela vai se dar bem

– Melhor irmos ver como a Sam está - Jhon falou e eu assenti colocando o notebook de volta na bolsa

Fomos até a recepção e vimos um medico conversando com a Barbara, ele se afastou e ela olhou na nossa direção.

– O que ele disse? - perguntei olhando-a

– O tumor dela está maior, por isso a crise convulsiva - ela respondeu e senti uma forte tristeza, mas tentei disfarçar - Ele disse que pode se tornar mais frequentes e que outros sintomas podem aparecer

– Ele alegou estar surpreso - tia Marta falou chamando nossa atenção - Disse que pelo tamanho do tumor, as convulsões eram para ter começado há mais tempo

Barbara tentava entender como aquilo era possível, mas eu e o Jhon entendemos exatamente o que ela quis dizer "Os poderes do Jhon realmente estão retardando os sintomas, apesar de não impedir o crescimento do tumor"

– E como está a tia Sam? - perguntei olhando a ia Marta

– Já acordou, no momento está tomando soro e logo depois receberá alta - ela respondeu me olhando

– Está bem! - digo aliviada e nos sentamos

Depois de quase uma hora, a tia Sam veio até nós andando sendo acompanhada por uma enfermeira, agradecemos e voltamos para o carro e eu dirigi de volta ao hotel

Dessa vez eu dirigia em velocidade normal, estava mais tranquila, quando chegamos ao estacionamento do hotel todos desceram do carro e fomos em direção aos nossos quartos. Coloquei a bolsa sobre a mesa, tomei um banho rapido e fui deitar. Dessa vez um sono sem sonhos.

Na manhã seguinte

Acordei e vei que estava sozinha no quarto, vi um bilhete ao lado da minha cama dizendo que a tia Sam insistiu para que a Barbara fosse com ela fazer compras, devo dizer que admiro a tia Sam por ser uma mulher tão forte, mesmo depois de tudo ela não se deixou abalar e continua com a mesma empolgação por estar no Novo México. Me levantei, fui ao banheiro, fiz minha higiene, me arrumei e desci para o restaurante do hotel, quando entrei no elevador ouvi a voz do Jhon

– Segura o elevador - e logo segurei as portas para que ele pudesse chegar

– Obrigado - ele disse assim que entrou - E bom dia!

– Bom dia! - digo apertando o botão que nos levaria ao andar do restaurante - Vai fazer alguma coisa hoje?

– Nada programado porque? - ele perguntou me olhando

– Vou ir ao local que o Mjionir caiu - digo como se não fosse nada demais

– Porque? - ele perguntou curioso

– Porque eu não tenho nada de interessante para fazer - respondo como se fosse obvio - E a tia Sam, só vai voltar a tarde

– Pode ser divertido ir - Jhon comentou e saímos assim que as portas se abriram.

Tomamos café e depois de alguns minutos, fomos até o carro que eu havia alugado para usar no período que estivéssemos no Novo México e fomos até a localização do martelo, de acordo com o GPS estava a uns 80Km para o oeste. Quando chegamos, vimos que não eramos os únicos, haviam vários carros, caminhonetes, tinha até churrasqueiras, enquanto as pessoas revesavam para tentar levanta o martelo, era engraçado ver o esforço das pessoas e o martelo não se mover um milimetro sequer.

Nos sentamos a sombra de um guarda sol gigante que estava armado e ficamos vendo as pessoas tentando mover o martelo. Por diversão eu e o Jhon apostávamos para ver quem faria a careta mais engraçada, depois de um tempo um home começou a passar correntes em torno do martelo, prendendo-o a uma caminhonete, um homem indicou para que acelerassem o veiculo e assim o motorista fez, acelerou e o martelo não se moveu um milimetro, mas conseguiu soltar a parte de trás da caminhonete fazendo com que todos rissemos, passamos a manhã toda ali, vendo todos tentarem pegar o martelo

– Qual é? Não deve ser tão pesado assim? Deve pesar o que? Uns oito quilos? - Jhon falou analisando o martelo

– Se é assim... porque você não tenta? - falei como se não fosse nada demais

– Está bem - ele disse me olhando - Mas se você também tentar

– Vai ser divertido - digo e nos levantamos, nos aproximamos do martelo e sussurrei - Sinto magia emanar do martelo

– Primeiro as damas - Jhon disse indicando que eu fosse até o martelo e simplesmente neguei com a cabeça

– Nem pensar - digo normalmente - Você foi desafiado primeiro

– Sem graça - ele resmunga e vai até o martelo

Ele tentou com todas as forças e formas possíveis de mover o martelo mas nada adiantou, e não conseguiu evitar rir com o esforço dele

– Você está rindo, mas duvido que consiga algum progresso - ele falou indicando que eu fosse

– Agora já é tarde para fugir - suspirei e fui o martelo, quando o toquei uma imagem tomou a minha mente

Um senhor de idade, usando uma roupa que era um misto de armadura e trajes reais falou gritando com o Thor

– Eu, Odin, pai de todos, bano você - Odin usou o poder do martelo para jogar Thor num portal, que deduzir ser a fonte do fortisse que se abriu noite passada, Odin aproximou o martelo do rosto e sussurrou - Aquele que empunhar esse martelo, se for digno, terá então o poder de Thor

O martelo foi lançado no portal e a imagem se desfez

Soltei o cabo e martelo e dei um passo para trás, sem entender o porque de ter visto isso

– Você está bem? - Jhon perguntou ao ver minha reação e eu simplesmente assenti

Toquei o martelo novamente, mas antes que eu tentasse puxa-lo ouvimos uma voz saindo de um megafone

– Vocês ai! - todos olharam na direção do som - Para a segurança de vocês peço que afastem-se do satélite, ele é radioativo


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Notas finais do capítulo

Quem achou que ela iria levantar o martelo? (leitores: o/o/o/o/o/o/o/) rsrsrsrsrs!

Bom viram o que ela falou sobre o Drift? Mantenham isso em mente para a segunda temporada, ok? Sobre a doença da Su... já coloquei o nome na fic, mas de forma discreta, por isso deve ter passada despercebido.

Estou pensando em fazer um vídeo com os meus amigos, que me inspirei para serem personagens originais. Falando sobre as curiosidades da fic e respondendo as perguntas que vocês quiserem fazer. Se quiserem que façamos o video, me avisa na MP ou nos reviews, ok?

Bom... após os recados vamos ao que interessa! O que acharam do capitulo? Gostaram ou odiaram? Comentem, por favor! Muitas vezes os meus bloqueios foram quebrados pelos comentários (não é chantagem, estou falando sério)

Nos vemos nos reviews!