Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 7
A Proteção de Hades


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Consegui um tempinho pra postar e espero que gostem!
Boa leitura!



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Assim que ouvi a sirene do pavilhão avisando que já estava na hora do jantar, fui até a varanda e encontro um centauro que parecia esperar alguém ao me ver ele fala

– Susan Agostini, seja bem vinda ao acampamento meio sangue

– Obrigada, o senhor deve ser o Quiron - ele assentiu

– Eu irei acompanha-la até o pavilhão do refeitório, vamos? - eu assenti e fui caminhando ao lado dele.

Durante o caminho Quiron me explicou as regras do acampamento, os horários, o que devemos evitar fazer e sempre está alerta durante os treinos chegamos ao pavilhão e Quiron me direcionou a mesa daqueles que moravam na casa grande. Podia-se apenas ouvir os murmúrios dos semideuses, mas com apenas um bater de cascos de Quiron todos se calam. O Sr. D se levanta e começa o seu discurso decorado.

– Como vocês puderam ver temos mais dois integrantes ao acampamento um deles é o filho de Apolo Jonas Schussler e a humana Susana Gostin.

– Na verdade é Jhon Schuster e Susan Agostini - diz Quiron e o Sr. D apenas da de ombros e voltando a se sentar - Vamos dar inicio ao jantar, todos já sabem o que fazer.

Ao ouvirem isso todos os semi deuses pegaram seus pratos e foram em direção a fogueira, e vejo Nico se sentar ao meu lado e diz

– Já sabe o que vai comer? - ele diz ao ver meu prato vazio

– Na verdade ainda não - digo pensativa

– Tá pensando em que?

– No que eu vou fazer agora - digo sincera

– E o que seria? - pergunta desconfiado

– Relaxa, eu não vou aprontar nada - digo tentando tranquiliza-lo

– Então o que? - ele pergunta

– Já sei o que eu vou comer - olho pro prato e digo - Risoto cremoso a italiana e filé a parmegiana, porção para quatro pessoas

– Você vai comer isso tudo? - ele diz olhando para o meu prato, reviro os olhos e vou em direção o fogueira, jogo 3/4 da minha comida e sussurro

– Para todos os deuses gregos, sem exceções - logo em seguida as chamas da fogueira sobem e eu dou alguns passos para trás e pela reação dos outros isso não acontece com frequência.

As chamas começaram a formar um imagem de um homem, parecendo uma escultura de fogo, a imagem direcionou a mão pra mim e antes que pudesse me tocar a fogueira volta ao normal. Me viro para perguntar o que aconteceu mas percebo todos os olhares deles sobre mim, então me olho e percebo uma aurea negra ao meu redor. E quando ela some, volto ao meu lugar e vejo Nico me olhar surpreso então ele pergunta

– O que você fez?

– Fiz um oferenda aos deuses assim como vocês - digo e pergunto - Sabe me dizer o que aconteceu?

– Você acabou de se tornar a protegida de um deus e recebeu a benção dele - ele diz ainda surpreso - O que você falou exatamente?

– Eu disse " A todos os deuses gregos, sem exceções" - eu o olho e digo - Porque todos ficaram tão surpresos com isso?

– Não foi pelo fato de você se tornar protegida e sim pelo deus que o fez - ele explica

– Qual foi o deus? - pergunto

– Meu pai - ele diz e eu me surpreendo com a resposta

– Hades?! - ele assenti - Mas porque ele fez isso?

– Não sei - ele diz pensativo - Deve ser porque você foi a unica a fazer uma oferenda sincera.

– Como assim? - pergunto

– Você deu uma oferenda pura, sem querer nada em troca - ele explica

– Porque eles ficaram tão surpresos com isso?

– Meu pai fazer algo do tipo é um acontecimento raro - ele fala com um certo desconforto - E como protegida dele você tem os mesmo direitos que eu no acampamento

– O que isso quer dizer exatamente? - pergunto

– Será tratada como filha dele, excerto pela parte do chalé

– Quer dizer que agora somos irmãos, você filho biológico e eu adotada - digo brincando e ele ri

– É mais ou menos isso - ele diz

– Interessante - digo e percebo que todos ainda me encarava - Será que eles não tem nada melhor para fazer do que me olhar?

– Parece que não - diz ele parecendo tão desconfortável quanto eu - Tenho que voltar pra minha mesa

– Está bem - Nico sai e eu começo a comer ignorando os olhares, percebo que a unica que não estava surpresa era a Rachel que estava sentada na mesma mesa que eu

Quando termino o jantar, saio do pavilhão e vou andar pela praia dos fogos me sento na areia e fico de olhos fechados sentindo a brisa do mar durante alguns minutos e escutando os semideuses cantando em volta da fogueira no anfiteatro, até que sinto a presença de alguém e abro os olhos e quando vi quem era falei

– Oi Jhon! - ele se sentou ao meu lado - Como foi com seus irmãos?

– Bem, eu acho - ele começa a observar a água - Temos até muita coisa incomum, e você?

– Descubro que meu melhor amigo é um semideus, sou meio que adotada por um deus e posso ver que você está feliz por saber a verdade sobre seu pai - digo sorrindo e olhando-o - Isso é o bastante pra mim.

– Pelo menos no momento não é? - ele pergunta e sei que ele se referia ao meu pai

– Por hoje é isso que me deixa feliz - digo tentando evitar as lagrimas

– Você vai descobrir quem ele é e onde ele está Su - ele me diz

– Eu sei, algum dia - ficamos ali sem falar nada apenas vendo as luzes da cidade de Nova Iorque e depois de quase uma hora ouvimos a sirene e voltamos, acompanho Jhon até a área dos chalés e voltei para casa grande

Chego vou direto para o quarto, me deito e logo cair no sono e tive um sonho estranho.

Sonho ON

Eu abri os olhos e eu não estava mais no meu quarto na casa grande. O lugar era visivelmente um deserto deduzir que era o Afeganistão, pois vi varias pessoas com uniformes militares dos EUA. Eles pareciam borrões mesmo que eu me esforçasse não conseguia vê-los perfeitamente e também não conseguia ouvir o que diziam, mas algo me chamou a atenção. No meio de tantos soldados um homem usava um óculos de sol, terno preto e gravata da mesma cor e uma camisa social branca. Tentei ver seu rosto, mas estava tão borrado quanto os outros e ele parecia fazer um discurso, então percebo um míssil ser disparado em direção a uma pequena cadeia de montanhas e ao serem acertadas são reduzidas a pó. O força da explosão é tanta que mesmo a quilômetros de distancia o homem de terno é forçado a dar alguns passo a frente ao ser atingido pelo vento da explosão. Depois de alguns minutos o homem de terno parecia conversar com algum superior militar em seguida pegou uma bebida e se direcionou a um dos carros blindados e entrou sendo acompanhado de mais três soldados.

Então a cena muda vejo uma estrada com os carros blindados do exercito americano se aproximarem, quando o da frente explode então os soldados que acompanhavam o homem de terno saíram e acabam morrendo tentando defende-lo, vejo ele sair correndo pela porta oposta ao ataque vou em sua direção e o vejo se esconder atras de uma pedra. Ele pega o celular e começa a digitar alguma coisa quando uma bomba cai próximo a ele, ao vê-la tenta se afastar mas a bomba explodi antes que ele consiga e ele e lançado em minha direção.

Sonho OFF

Acordo ofegante e assustada com as cenas que vi, mesmo sabendo que era apenas um sonho porque eu estava com aquela péssima sensação de medo? Porque eu estava chorando? E porque eu tive aquele sonho?

Durante aquela noite não consegui dormir tentava controlar as lagrimas mais não conseguia, as imagens estavam em minha mente e mesmo as pessoas do sonho estarem borradas as cenas eram claras. Mortes e guerra, era tudo que eu conseguia pensar, decidir sair do quarto e tentar esquecer aquilo tudo. Eu já estava no corredor distraída indo em direção a sala, quando me esbarro com alguém, e antes que gritasse de susto minha boca foi tapada. Meus olhos pareciam adaptados com a escuridão da casa então percebo que era o Nico, ao reconhece-lo me acalmo e ele percebi, pois tira a mão da minha boca e ele diz

– Você está bem? - pergunta ao me ver chorando nego e ele diz segurando minha mão e me guiando pela casa - Não da pra gente conversar aqui.

De repente sinto uma frio na espinha e tudo que via era escuridão, então soube que estávamos viajando nas sombras. Quando chegamos pisquei algumas vezes para que meus olhos se acostumassem com claridade novamente, estávamos em um penhasco nos bosques de algum lugar desconhecido por mim. Olho pro lado e vejo Nico se sentando então pergunto

– Onde estamos? - pergunto olhando em volta

– Connecticut. - diz fechando os olhos e sentindo a leve brisa que passava por nós.

– Aqui é lindo - digo me sentando ao lado dele

– O que aconteceu? - ele pergunta me olhando desvio o meu olhar e quase sussurrando respondo

– Um sonho ruim - digo e não consigo controlar as lagrimas

– O que sonhou de tão ruim para te deixar nesse estado? - ele diz secando as lagrimas com as costas das mãos

Conto a ele sobre o meu pesadelo e ele ouve atentamente cada palavra, ao terminar de contar do sonho conto da forma que eu acordei e de como me sentia, ele me abraçou tentando me confortar. Depois do meu desabafo me sinto melhor e consigo controlar minhas lagrimas, começamos a conversar sobre varias coisa e pude conhecer um pouco mais sobre o Nicholas. Deitamos na grama e começamos a observar o céu estrelado enquanto conversamos depois de um bom tempo acabei dormindo.

Quando acordei estava de volta ao meu quarto na casa grande, olhei para o relógio e vi que já estava na hora de levantar. Vou ao banheiro faço minha higiene matinal, me arrumo e quando saiu do quarto ouço a sirene do pavilhão do refeitório. Saio da casa grande e vou andando devagar, estava tão distraída com os meus pensamentos que nem percebi que eu já estava passando pelos chalés, quando escuto alguém dizer

– Bom dia Susan - levo um susto e me viro para ver quem falava - Me desculpe não queria te assustar.

– Bom dia Michael, tá tudo bem eu que estava distraída - digo voltando a caminhar e ele me acompanha - Pelo o horário não era para todos estarem no pavilhão?

– Sim, mas acabei demorando porque tinha que terminar de arrumar algumas coisa no chalé e você porque não está no pavilhão?

– Não foi uma das minhas melhores noites de sono - digo sendo sincera com ele e comigo mesma.

– Muita mudança para pouco tempo não é? - ele me pergunta em um tom compreensivo

– É, mas a vida não vai parar para que eu me adapte - falo e ele balança a cabeça concordando com as minhas palavras. Ficamos em silencio e continuamos a andar até chegarmos ao refeitório.

Dessa vez me sento na mesa de Hades ao lado de Nico e ele diz

– Dormiu bem? - ele me pergunta preocupado

– Bom dia pra você também - ele revira os olhos e dou um sorriso de lado - E sim dormir bem, obrigada.

– Que bom - parecia aliviado com a resposta - Já sabe o que vai comer?

– Não faço a minima ideia - olho para ele - O que você sugeri?

– Quer que eu escolha o seu café? - pergunta incerto

– Me surpreenda Sr. Di Angelo - falo encarando-o

– Está bem! - ele pega meu prato e meu copo e sussurra

– Et aurantiaco sucus com lardum LOQUOR (omelete com recheio de frango e suco de laranja)

– Bom pedida - pego meu prato e vou em direção a fogueira fazer minha oferenda aos deuses e todos me acompanham com o olhar, mas apenas os ignoro - A todos os deuses gregos.

Volto para mesa de Nico e me sento de frente a ele, eu estava comendo em silencio e pudi ouvir murmúrios dos outros semideuses e pergunto

– O que eles tanto cochicham? - pergunto demonstrando minha curiosidade

– É sobre as aulas de esgrima hoje - ele diz e percebo um leve desconforto

– E o que tem de tão diferente hoje, para ele estarem assim? - pergunto confusa

– Você - ele responde me olhando

– Como assim eu? - pergunto surpresa com a resposta

– Lembra quando eu disse que seria tratada com uma semideusa - eu assenti - Isso inclui as aulas de lutas.

– Eles pegaram leve pelo fato de ser completamente humana não é? - pergunto com certo medo

– Olha os instrutores de luta - ele diz apontando para mesa dos filhos de Ares - E me diz você se eles parecem que irão pegar leve.

– Parece que não - digo olhando para a mesa 5 e volto a olha-lo - Quando começaram as aulas?

– As dez da manhã - ele responde

– Que horas agora? - pergunto

– Umas oito. O que tem em mente? - ele fala percebendo que eu tinha planejado algo

– Preciso que você me ensine tudo o que der sobre esgrima, antes da aula - digo praticamente implorando.

– Quando quer começar? - ele pergunta ao terminar de comer

– Se possível agora - digo determinada

– Então vamos - ele diz se levantando e eu o sigo.

Fomos até o arsenal onde escolhi uma espada que ficou perfeitamente equilibrada. Nico me ensinou a modo correto de segura-la, de atacar e defender, e por ter facilidade de aprender peguei tudo muito rápido. Em duas horas Nico já havia me ensinado tudo que sabia, e rezei que isso bastasse pro meu primeiro dia


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Gostaram? Odiaram? O que acham que irá acontecer?
Acompanhem, comentem, favoritem e se puderem recomendem
Nos vemos nos reviews!