POV Autora

Samantha acordou no meio da madrugada assustada ao ouvir os gritos que vinham do quarto da sobrinha, temendo que tivessem invadido a casa para e essas pessoas estivessem fazendo mal a garota, rapidamente se levantou e correu em direção a quarto, quando abriu a porta não avistava ninguém. Apenas a sobrinha chorando e se debatendo na cama, como se estivesse se defendendo de algo ou tentando defender alguém. Sam se aproximou da cama, segurando os pulsos da garota, nesse momento Susan se acordou gritando

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO - Susan sentou-se rapidamente na cama, ainda chorando devido mais um pesadelo, envolvendo um moreno

Susan estava com a respiração acelerada, o olhar nitidamente assustado, quando estava voltando a realidade, sentiu que alguém segurava os seus pulso, virou a face para olhar a pessoa e pode ver a Sam, com um olhar preocupado sem entender o que acontecera, o que teria a garota sonhado para que ficasse tão agitada? Esses eram os pensamentos que rondavam a mente da Sam naquele momento, quando percebera que a Susan se acalmara soltou os pulsos dela

– O que aconteceu meu amor? - Sam perguntou vendo a garota tentando controlar o choro sem muito sucesso

– Foi apenas um pesadelo, tia Sam - Susan disse respirando fundo e secando as lagrimas que teimosamente continuava a rolar - Não precisa se preocupar

– Não preciso? - Sam perguntou preocupada - Su, ouvi seus gritos do meu quarto, quando cheguei você estava se debatendo na cama chorando, o que você sonhou?

– Não lembro - Susan mentiu, mas falou com tanta convicção que a Sam acreditou - Na verdade, nem sei se quero lembrar

– Tudo bem querida - Sam disse acomodando-se a cama e abraçando-a, ajudando a Susan a acalmar-se

Sem exitar, Susan retribuiu o abraço. Enquanto estava ali, sentiu-se segura novamente, mas sempre seus pensamento retornavam ao sonho. Enquanto pensava no que sonhara, Susan percebeu algo diferente, esse sonho mais pareciam flashes de memoria, como o primeiro sonho que tivera com o moreno. Como se tivesse acontecido antes de dormir e apenas os momentos mais marcantes, até mesmo mais impactantes lhe fossem revelados.

Durante os minutos seguintes Susan, ficou abraçada a tia sem ter controle sobre as lagrimas e lembrando-se a cada segundo do sonho que tivera, mas suas recordações vinham como flashes ainda mais rápidos do que o sonho lhe permitira ter. As cenas repassavam-se rapidamente a mente da garota, que ao lembrar sentia-se como se tivesse seis anos novamente e descobriu que não poderia saber a identidade do pai, a menos que fosse necessário. Sentia novamente a tristeza, mesmo que a Sam estivesse ao seu lado, confortando-a a cada momento desamparada. Não entendia porque sentia-se tão abalada lembrando-se das cenas que o sonho lhe revelara.

Susan fechou os olhos e cenas repassaram. O moreno pondo a armadura, saindo da oficina ao levantar voo, ele lutando com uma armadura praticamente cinco vezes maior e com mais poder de fogo, mesmo que a do moreno fosse bem mais tecnológica e adaptada, não deixava de representar uma ameaça. Ele voando sobre, veículos sendo atingidos, inocentes saindo feridos talvez até mesmo mortos em meio a tantos danos causados pelo confronto das armaduras.

O moreno levantando voo, na altura que anteriormente faria a camada de gelo forma-se novamente, mas com as alterações feitas pelo moreno esse problema não se repetiu, mas não podemos dizer a mesma coisa da outra armadura que desligou e rumou até o chão em queda livre. Mas a armadura do moreno desligou, como se não tivesse energia suficiente para mante-la, ela começou a despencar, mas a todo custo ele tentava mante-la estável até que pudesse pousar em um lugar seguro.

Ao pousar no topo de um prédio o moreno começou a desmontar manualmente a armadura, retirando primeiro a parte da mão esquerda, mas a outra armadura pousou e ele teve que se esconder, a armadura do moreno, não tinha energia suficiente para uma batalha, estava sem poder de fogo então o moreno usou a unica coisa que estava a sua disposição no momento, a sua inteligencia. Ele parecia conversar com alguém enquanto se escondia, depois de um tempo escondido, o moreno pulou nas costas da outra armadura e puxou alguns fios que parecia importantes

Após ter puxado, a outra armadura, segurou o moreno jogando-o longe, abriu a armadura revelando um homem careca, barbudo e gordo, esse careca tirou o capacete da armadura que o moreno usava quebrando-a em seguida, ele tentou de todas as formas atirar no moreno mas não tinha a mira, isso tinha haver com os fios que o moreno arrancara. O telhado de vidro se quebrou e o moreno teve que se segura nas barras de ferro para não cair, ele gritou algo e o loira apertou um botão e correu. Logo todo o telhado havia sido preenchido por uma energia que visualmente se assemelhava a peça no peito do moreno

Quando a energia foi liberada sobrecarregou a armadura do careca, causando um curto circuito, eletrocutando o careca que perdeu a consciência e caiu do telhado. Sobre uma especie de reator causando uma explosão que atingiu o telhando onde o moreno ainda estava, antes que a Su pudesse ver o que tinha acontecido acordou gritando, coração acelerado, respiração falha. As imagens borradas ainda rondavam a mente da Susan, até que seus pensamentos foram desviados para o garoto que andava tirando o seu sono. Susan adormeceu lembrando-se do beijo que deram no Argo III

POV Susan

Acordei e não vi mais a tia Sam no meu quarto. Sentei-me passando a mão pelos cabelos colocando-os para trás, levantei-me, peguei meu conjunto moletom e fui em direção ao banheiro. Tomei um banho demorado, sentindo cada músculo relaxar com a água fria depois de uma noite mal dormida como a que tive, primeiro o que era para ser diversão se tornou uma maratona de terror, segundo tive o pior pesadelo envolvendo o moreno e a tia Sam me acordou antes que eu pudesse saber o que aconteceu com ele. Apesar da minha preocupação, algo em mim me dizia que ele estava vivo.

Sai do banheiro totalmente vestida, calcei meu tênis e desci a escada, amarrando o cabelo indo em direção a cozinha. Quando cheguei a tia Sam, estava tomando café, sentada a mesa de costas para a porta, entrei passei por ele indo pegar uma maçã. Ela me olhou de cima a baixo parando de comer

– Pensei que fosse dormir até mais tarde depois da noite de ontem - ela disse colocando o copo de suco na mesa

– Justamente por isso que não consegui ficar na cama - respondo com a maçã na mão e dei um beijo na bochecha dela e fui em direção a porta da cozinha

– Vai sair? - ela perguntou se virando na minha direção

– Vou correr, preciso por os meus pensamentos em ordem - digo sem olha-la

– Você ainda nem tomou café - ela falou enquanto eu e afastava

– Tomo quando eu voltar - gritei da porta de entrada e sai

Comecei a correr pela rua, indo em direção a uma praça que ficava a meio quilometro de casa, não importava a distancia, tudo que eu quero no momento é correr, correr dos meus pesadelos com o moreno, correr dos meus sentimentos pelo Nico, correr do mundo se possível, fiz todo o percurso perdida em pensamentos. Cheguei na praça era quase dez horas da manhã. Comprei uma garrafa de agua e me sentei em um dos bancos vendo algumas crianças brincarem uma com as outras, algumas com seus animais domésticos, fui tirada dos meus pensamentos quando ouvi o som de rodas de skate, mas fingi não ter ouvido e fiquei olhando as crianças o som estava próximo a mim quando parou

– Caiu da cama, para estar acordado as dez da manha de domingo? - perguntei sem olha-lo

– Não - Jhon respondeu se sentando ao meu lado

– Então o que faz aqui? - perguntei olhando as crianças

– Fui a sua casa, mas quando cheguei a Sam disse que você foi correr para por os pensamentos em ordem - ele diz dando de ombros - E te conheço bem o suficiente para saber que viria aqui

– O que você quer? - perguntei mesmo não querendo saber a resposta

– Quero saber o que está acontecendo com você Su - ele fala me olhando

– Nada, Jhon - respondo simplesmente

– Não mente para mim - ele falou me observando

– E o que quer que eu diga? - digo quase alterando o tom de voz

– A verdade - ele insistiu e não aguentei mais e explodi

– Está bem, eu não suporto mais ter pesadelos diariamente sem saber com que eu sonho, não aguento mais amar o Nico e não ser correspondida, a cada dia sinto que estou cercada pela morte, não aguento mais nada - digo irritada e as lagrimas começam a escorrer - Eu só quero que tudo isso acabe logo, porque tenho a impressão de que se isso continuar minha cabeça irá explodir

Passamos algum tempo em silêncio, Jhon sentado ao meu lado, eu de cabeça baixa deixando as lagrimas rolarem, por essas coisas para fora, me aliviaram bastante. Senti Jhon afagar as minhas costas

– Está um melhor agora? - pergunto calmo

– Um pouco - digo secando as lagrimas - Obrigada

– Para você está assim, alguma coisa ruim aconteceu - ele disse e eu me sentei direito - Me conta

Respirei fundo e contei o que aconteceu no parque de diversões, o meu pesadelo, a forma que acordei por causa disso. Falar com o Jhon estava me dando um pouco de tranquilidade. Depois que conversamos voltamos para minha casa caminhando, era quase meio dia quando chegamos, entrei fui direto para o meu quarto, tomei um banho, vesti um short jeans claro, uma regata rosa clara e desci a escada descalça, estou em casa mesmo.

Peguei o notebook que estava em cima da cama e fui para a sala, o Jhon já havia ido para casa dele, tia Sam estava arrumando a mesa para o almoço, sentei na cadeira e pus o notebook sobre a mesa, verifiquei o meu e-mail e havia uma mensagem da Alexsandra há poucas horas atrás.

Oi Su!
Você me disse que se acontecesse algo eu deveria te avisa e é isso que eu farei.
Noite passada, ocorreu um acidente nas Industrias Stark, um dos novos projetos robóticos do Sr. Stark apresentou uma grande falha. O robô causou uma explosão no reator ARC. Parte da fabrica foi destruída, graças a Deus, o local estava vazio e nenhum funcionário de feriu, mas isso irá causar mais uma queda nas ações da Industria Stark. O Sr. Stark irá fazer uma coletiva de impressa hoje as 14hrs para esclarecer ao publico o ocorrido.

Apenas fechei o notebook, definitivamente hoje não é o meu dia. Mas lembrei que ela mencionou no e-mail um reator, nesse momento me veio a mente uma cena do sonho, o careca despencando do telhando e caindo em uma especie de reator. É possível que isso tenha alguma ligação? Peguei o notebook e me levantei sem dizer uma só palavra com a tia Sam.

– O almoço está pronto - ela falou de costas, quando se virou e viu que eu não estava mais na cozinha veio atrás de mim - Para onde você vai agora?

– Meu quarto - respondo subindo a escada

– Su, você não comeu nada hoje - ela falou enquanto eu subia

– Depois eu como algumas coisa - digo chegando aos últimos degraus - Perdi a fome

Fiquei no meu quarto andando de um lado para o outros esperando que as horas passassem logo para que a tal coletiva começasse. Eu não posso está enganada, as Industrias Stark estava prestes a se reerguer e agora vem isso? As ações estava praticamente voltando ao seu valor normal e com esse incidente irão cair novamente. Não precisava ver o site de ações ou ser um gênio para saber no que isso irá dá. As horas se passaram e já estava na hora da tal coletiva, abri a posta para sair do quarto no mesmo instante vi Jhon a porta

– Eu ia bater na porta agora - Jhon falou me olhando

– O que está fazendo aqui? - perguntei, mesmo sabendo que era coisa da tia Sam

– Sam disse que você não se alimentou e se trancou no quarto - ele respondeu e falou me olhando com preocupação - Tem alguma coisa que você esqueceu de me contar?

– Não foi o que eu esqueci, foi o que aconteceu depois - disse passando saindo do quarto e ele me acompanhou - Houve um incidente noite passada nas Industrias Stark

– E o que isso tem haver com você? - ele perguntou confuso

– Eu sou acionista das Industrias Stark - respondo um pouco irritada com tantas perguntas - Esse incidente será prejuízo para mim

– Eu te avisei para não comprar as ações das Industrias Stark - tia Sam falou sentado no sofá - Mas você não me ouve

– Tia Sam, não começa, por favor - digo me sentando ao seu lado e mudo de canal para assistir a coletiva, o coronel James Rhodes estava falando

" - E agora o Sr Stark vai dar a vocês, a sua declaração. Ele não responder a pergunta de ninguém, obrigado - ele falou e cedeu o lugar para que o Stark pudesse falar

– Pois é, há um tempão que não vejo vocês, mas eu vou ler as minhas falinhas aqui no cartão, tá? - ele falou com um leve sarcasmos e todos os jornalistas riram, ele pigarreou e começou a ler - Houve especulações que eu estivesse envolvido em fatos ocorridos na rodovia e no telhado...

Uma repórter interrompeu o pronunciamento

– Desculpe senhor Stark, mas o senhor espera realmente que a gente acredite que era um guarda costas que apareceu na hora H, apesar do senhor como sem... - o Stark interrompeu

– Eu sei que é confuso, agora minha querida um coisa é questionar a versão oficial e outra coisa é fazer acusações ou insinuar que eu sou um super herói

– Eu não disse que era um super herói - a repórter loira se defende

– Não? - ela negou - Bom, porque seria esquisito e... sensacional"

– Dá para acreditar nesse cara? - tia Sam resmunga

– Tia Sam, por favor fica quieta - peço controlando minha raiva e ansiedade, voltei a assisti a coletiva

" - Só que... eu não tenho o perfil de um super herói, eu... eu sou uma pessoa com tantos defeitos que vocês estão cansados de saber... - nesse momento o coronel sussurrou alguma coisa para o Stark, ele levantou o cartão com o que devia ser dito começou a ler

– A verdade é que... - ele pareceu repensar se diria o havia no cartão, então ele simplesmente abaixou o cartão e disse lançando um olhar de cobiça para os repórteres - Eu sou o Homem de Ferro
Todos os repórteres se levantaram, tirando fotos e todos falando ao mesmo tempo."

Eu fiquei estática, todas as lembranças de todos os pesadelos repassaram na minha net, mas dessa vez não tinha a nevoa que me impedisse de ver as imagens com clareza. Agora eu já sabia que era o moreno que invadia os meus sonhos, mas porque eu sonho com o que acontece com o Tony Stark? E porque isso me afeta tanto?

– Su você está bem? - Jhon perguntou ao ver como eu estava

– Er ist es, der Kerl Traum ist es (É ele, o cara com quem sonho, é ele) - falo em alemão e ele fica surpreso, afinal que não ficaria?