Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 55
Sonhos Inexplicaveís


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores! Estou aqui com mais um capitulo fresquinho para vocês, e espero que gostem. Hoje não irei enrolar,ok?
Boa leitura a todos!



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POV Nico

Eu tive que sair daquela casa, a nevoa pode não agir sobre os olhos da Su, mas agi sobre os meus. Eu não conseguia enxegar as empousais como realmente são, ela pareciam realmente duas lideres de torcida, bonitas com o sorriso sedutor, capaz de fazer qualquer um ficar ao seus pés. Apesar de saber que elas não eram o que meus olhos viam, eu não estava conseguindo manter o foco. Viajei nas sombras apenas para sair daquela casa.

Fiquei do lado de fora e pude ouvir o som da lança descendo e em seguida o grito de dor estridente, provavelmente da empousai que tentara me atacar. Em seguida escutei a ameaça de morte e não contive um sorriso. Do lado de fora da casa pareciam sussurros, mas senti todo o meu corpo se enrijecer quando ouvi

– NÃÃÃÃÃÃÃÃO! - Kelli gritou possuída pelo ódio, a Su deve ter matado a Tammi - EU VOU TE MATAR, MALDITA!

Não hesitei viajei de volta para dentro da casa, reaparecendo praticamente ao lado da Su que por instinto fechou o olhos. Reagi a tempo, puxei o braço da empousai antes que tocasse a Su. Imobilizei o braço e empurrei a Kelli contra a parede oposta. O braço que não segurei ficou preso em ela e a parede, puxei minha espada e falei apenas para que ela escutasse

– Você nunca vai tocar na Susan, desgraçada - minha voz saiu fria refletindo o odio que sentia por aquela criatura que ousou tentar acabar com a vida da Su

Ao terminar de falar, cravei minha espada nas costas da empousai de forma dolorosa. Ela deu um grito horrendo de dor e se desfez em poeira, dei um passo para trás deixando que toda aquela maldita poeira fosse ao chão. Me virei e a Su, estava me olhando um pouco assustada com o que acontecera. Me aproximei e puxei-a para um abraço o qual ela não correspondeu de imediato, a respiração dela estava desregulada, estava visivelmente atordoada. Quando ela correspondeu ao abraço, senti que ela soluçou. Olhei discretamente e vi que ela chorava, abracei-a mais forte e ela retribuiu o gesto. Como que queria que esse momento não acabasse nunca

POV Susan

Era muita coisa para assimilar de uma unica vez, encontrei vários corpos de pessoas que vieram a esse parque em busca de diversão e acabaram virando comida de empousais, quase virei mais uma vitima das carniceiras. A morte está a cada dia me cercando, o James, o Michael, a Leticia, quem seria o próximo?

Quando senti o Nico me puxar para o abraço, não consegui segurar as lagrimas. Elas eram de tristeza e a culpa que me consumiam pouco a pouco, apesar de tentar evita esses sentimentos. Mas as lagrimas também eram de alegria, por ter o Nico ali comigo mesmo que fosse por um curto tempo. Quando me acalmei comecei a me afastar do Nico

– Foi por pouco - minha voz saiu fraca, quase como um sussurro. Nico secou minhas lagrimas com o polegar

Apenas esse gesto vindo dele, fez meu coração acelerar. Senti meu que havia corado levemente e dei um passo para trás me afastando dele, antes que eu fizesse uma besteira. Como beija-lo ali mesmo, por exemplo. Me virei e me abaixei para ver o Miguel, ficaria um galo enorme na cabeça dele devido a pancada

– Acho que exagerei um pouco - digo me levantando novamente - Vai ficar apagado por um tempo

– Vai espera-lo acordar? - Nico perguntou repentinamente serio

– Acho melhor leva-lo para casa, coloca-lo no quarto e mudar a memoria dele - respondo e Nico assentiu

– Sabe onde ele mora? - Nico perguntou sem esboçar emoção

– Não - respondi sinceramente - Mas viemos no carro dele, deve ter algum documento que mostre o endereço

Nico apenas assentiu concordando com o meu raciocínio. Quando me virei corri meus olhos pelo corredor e vi os corpos em poças de sangue, me encarando com seus olhos sem vida. Senti a tristeza, a amargura e o desespero tomarem conta do meu corpo e teria despencado de joelhos se o Nico não tivesse me segurado e me colocado sentada com cuidado

– O que houve? - ele perguntou preocupado

– Me tira daqui - supliquei, com minha voz parecendo um sussurro - Por favor

Nico não pensou duas vezes, tocou o braço do Miguel segurou firme minha mão e viajou nas sombras. Nos levando para fora daquela casa do medo. Me senti desesperada, com aquele cadáveres me encarando. Era como se o medo, a frustração, a decepção, a amargura, a tristeza e todos os sentimentos ruins que eles tiveram em vida tivesse passado para mim através daquele olhar. Depois que alguns segundos se passaram durante a viagem, nós estávamos em uma praça vazia próxima ao parque.

– Me diz o que aconteceu? - Nico falou me tirando dos meus pensamentos

– Eu não sei explicar direito - digo sem olha-lo começando a me acalmar - Foi como se uma onda de sentimentos ruins se apossasse de mim

– Você sentiu as piores emoções das almas daquelas pessoas - Nico falou com certo pesar na voz - Sentiu isso porque foi a primeira vez que esteve em um lugar onde varias pessoas morreram

– Como...? - antes que eu perguntasse falei - Você já sentiu isso não foi?

– Já, mas não se preocupe é a primeira e ultima vez que sentirá isso - ela garantiu eu assenti

– Senti sua falta Di Ângelo - as palavras saíram sem que eu pudesse impedi-las

– Também senti sua falta Agostini - ele falou com um sorriso fechado e desse vez eu o puxei para um abraço, ele beijou a minha testa e fechei os olhos sentindo o toque dele e em seguida me deu mais um abraço - Vai ficar tudo bem

Desfizemos o abraço, passamos um tempo ali, esperando o melhor horário para voltarmos sem sermos vistos, depois de algumas horas, peguei as chave do Miguel, fui até o carro e voltei até a praça. Nico o colocou no carro e o levamos para casa, o lugar estava deserto, todas as luzes da casa do Miguel apagadas. Usando as sombras entramos na casa dele.

Nico procurou o quarto e quando o achou, me ajudou a coloca-lo na cama, Nico tirou os sapatos deixando-os de qualquer jeito pelo chão, exatamente quando fazemos quando estamos com pressa e desabotoei alguns botões da camisa para que ele ficasse mais a vontade, deixei as chaves no criado mudo, fiz um feitiço que servi para limpar as nossas roupas, livrando-as das manchas de sangue e usando as sombras saímos da casa.

Antes de voltar para casa lembrei que havia deixado o urso no carro do Miguel. Usei as sombras para entrar novamente no carro pegar o urso e sair, quando estava do lado de fora senti uma tontura devido ao esforço das viagens

– Acho melhor eu te lavar para casa - Nico falou me dando apoio para ficar em pé - Aquele contato com as almas consome a energia da pessoa e você já fez muitas viagem hoje

– Não há necessidade, consigo pelo menos mais uma indo para minha casa - digo mesmo sabendo que é mentira, eu acabaria em qualquer lugar menos em casa

– Deixa de ser cabeça dura, você mal está se aguentando em pé - Nico me repreendeu e antes que eu questionasse ele viajou nas sombras

Quando as trevas se desfizeram, eu estava no meu quarto, sentei-me na cama sentindo minha cabeça latejar levemente e coloquei o urso encostado no travesseiro. Realmente foi muito esforço para uma unica noite, senti o Nico sentar-se ao meu lado

– Noite agitada - Nico comentou e eu concordei

– Preciso de um banho e me livrar dessas roupas - digo olhando com certo nojo as peças - Já volto

Me levantei rapidamente, peguei um vestido qualquer, fui ao banheiro tomei um banho rápido lavando os cabelos, não quero nada daquele maldito lugar em mim. Terminei o banho, coloquei o vestido, peguei a toalha e enrolei no cabelo. Peguei uma bolsa, coloquei todas as peças de roupa dentro da bolsa enquanto saia do banheiro. Quando sai do banheiro fiquei surpresa ao ver o Nico sentado na minha cama, com as costas viradas para a porta do banheiro. Ele parecia longe perdido em pensamentos, notei que ele segurava o urso que o Miguel havia me dado.

– Nico? - ele se virou na minha direção - Você está bem?

– Estou só estava pensando em... algumas coisas - ele colocou o urso de volta na cama e senti um aperto no coração Ele deve está pensando na Thalia, então quando me viu a expressão dele se tornou levemente divertida - Sabe... achei que morreria antes de te ver de vestido

– Parece tão surreal assim? - perguntei em tom brincalhão, querendo desviar a atenção da tristeza que sentia

– Eu não disse isso - ele se defende - É que sempre te vejo de calça ou short, cheguei a achar que sequer tivesse um vestido em seu guarda roupa

– Quanto exagero - digo secando o cabelo com a toalha, me sentei no lado oposto da cama e ele riu - Pensei que quando saísse do banheiro você não estaria mais aqui

– Eu ia, mas esperei para me despedir - ele falou baixo - Estou ajudando meu pai com algumas coisas

– Entendo - digo olhando para o chão e dou um suspiro praticamente silencioso - Foi bom vê-lo novamente

– Digo o mesmo - ele falou me olhando com um pequeno sorriso - Eu preciso ir

Assenti, mas minha vontade era pedir para que ele ficasse. Ele se aproximou e me deu um abraço.

– Tchau Su - ele diz desfazendo o abraço

– Tchau Nico - digo usando todas as minhas forças para não chorar agora

Ele deu alguns passos para trás e sumiu em meio as sombras. Sentei-me novamente na cama, respirei fundo tentando engolir a vontade de chorar sem muito sucesso. Deitei-me na cama e não pude impedir que as lagrimas descessem. Seria muito mais simples se a Afrodite tivesse feito eu me apaixonar pelo Miguel. Eu não teria tanto sofrimento agora. Porque brinca comigo dessa forma? Com esses pensamentos rondando a minha mente acabei adormecendo.

POV Stark

Estou saindo do meu quarto indo em direção a cozinha em mais uma tentativa de me acalmar depois de mais um pesadelo. Com tantos problemas e decepções mal consigo dormir e agora começo a ter pesadelos que me tiram o pouco sono que sinto? Depois que desci as escadas e peguei uma copo d'água, infelizmente minha mão parecia tremer um pouco. As cenas ainda claras em minha mente apesar das imagens estarem borradas como se tivesse um nevoa impedindo-me de ver nitidamente.

A mesma garota da ultima vez, ela estava em uma especie de casa do medo que sempre encontramos em parque de diversão. No começo tudo parecia normal, mas ela parecia preocupada como se temesse algo pior que um simples susto. Com o passar do tempo que a garota estava na casa vi que a preocupação dela tinha fundamentos. Havia corpos espalhados pela casa, os corredores da casa pareciam ter armadilhas para matar a cada um que passasse

Quando ela e os dois garotos terminaram de atravessar o ultimo corredor, duas aberrações se levantaram de caixões e se aproximaram deles. De repente, eu estava podendo ver pelos olhos dela, senti o nervosismo da garota que segurava uma espada de bronze, pude senti quando a espada se converteu em ar e foi substituída por um arco, o qual ela usou para transformar uma das criaturas em poeira, mas também senti o medo da morte quando e outra criatura a atacou

– Eu devo está ficando louco - digo colocando o copo na pia e me apoiando sobre a mesma enquanto abaixava a cabeça - Agora comecei a sonhar com criaturas mitológicas atacado humanos

Mesmo eu não acreditando nisso, algo dentro de mim tentava me convencer que aquilo era real, algo me dizia que essa garota realmente existia. Mas se realmente existe, quem é ela? Porque sinto medo que algo aconteça a ela? E porque sonho com ela? Balancei a cabeça levemente querendo afastar esses pensamentos que estavam me perturbando a meses.

Larguei o copo na pia e comecei a andar em direção a escada que dava acesso a minha oficina, no meio do caminho escutei meu celular tocar. Fui seguindo o som até que o encontrei de baixo de uma almofada, peguei o aparelho me sentando no sofá, olhei a tela e vi a foto da Pepper atendi a chamada, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa ouvi um zumbido e senti todo o meu corpo paralisar

O celular foi tirado da minha mão desligando-o logo em seguida e logo pude ouvir a voz do Obadian Stane

– Respira, calma, calma - ele falou tranquilo fazendo meu corpo enrijecido toca o encosto do sofá - Se lembra desse, não é? É pena que o governo não tenha aprovado, há muitas aplicações para causar a paralisia de curta duração.

Ele deu a volta pelo sofá e disse virando meu rosto para encara-lo, pois ainda estava sobre o efeito da paralisação

– Tony, Tony, quando eu... - ele disse tirando os fones protetores de ouvido - Ordenei que matassem você... me preocupei porque podia... - ele falou tirando um aparelho de dentro de uma maleta - Matar a galinha dos ovos de ouro

Ele colocou a aparelho próximo ao mini reator que estava em meu peito. Ele pressionou a ferramenta contra o reator e involuntariamente meu corpo arquejou para frente quando a ferramenta pareceu puxar levemente o peça que me mantem vivo

– Mas, sabe... Graças... ao destino... você sobreviveu... você tinha que dar o ultimo ovo de ouro - ele colocou a mão esquerda ao lado direito da minha cabeça - Você acha mesmo, que só porque tem uma ideia ela pertence a você? Seu pai, ele ajudou a nos dar a bomba atômica, diga como seria o mundo se ele fosse tão egoísta como você?

Ele puxou o mini reator desprendendo-o de vez ao meu corpo, soltou a ferramenta que usou para retirar a peça e ficou olhando com cobiça a mini reator arc.

– Ah! Que bonito... Ah Tony, essa é a sua nona sinfonia... Ah que obra prima, olha só - ele disse se sentando ao meu lado, meu corpo ainda sobre o efeito da paralisação - É a sua herança. Uma nova geração de armas, alimentadas por isso

Ele falava se referindo ao mini reator arc que ele segurava próximo a mim, como pude ter sido tão cego a ponto de não ver o que o Staine era capaz?

– Armas que ajudarão a colocar o mundo na direção certa, a equilibrar o poder nas nossas mãos - ele falava revesando o olhar entre mim o mini reator arc - Nas mãos certas, queria que pudesse ver... o meu protótipo, não é tão... tão conservador como o seu

Ele disse colocando o mini reator em uma maleta, eu tentava de todas as formas fazer meu corpo reagir, mas nada funcionava, eu não tinha controle algum sobre minha fala e meu a tato, apenas a visão e a audição.

– Pena que você teve que envolver a Pepper nisso, eu preferia que ela vivesse - ele fechou a maleta e simplesmente se levantou e saiu como se nada tivesse acontecido

Ele fez o protótipo da minha armadura? Ele pretende usar meu projeto para lucrar com uma guerra que não terá fim. O que ele pretende fazer com a Pepper? Não, eu não posso permitir que ela pague por algo que eu fiz. Eu tenho que fazer algo, mas como faria com meu corpo totalmente paralisado? Após esse pensamento a imagem borrada da garota morena, duelando mesmo estando com a perna gravemente ferida me veio a mente.

Ela não deixou que o ferimento a atrapalhasse, eu não tenho o direito de fazer menos. Forcei ainda mais a minha mente para controlar o meu corpo novamente, aos pouco fui conseguindo me mover mesmo que com dificuldade, fui praticamente me arrastando em direção ao elevador, para ir a oficina. Lembrei que o protótipo do primeiro reator estava na oficina, se havia uma chance de salvar a Pepper seria essa.

Quando o elevador desceu, fui me segurando pela parede até poder abrir a porta da oficina, assim que abri avistei o mini reator, na caixa de vidro na qual a Pepper havia colocado para me presentear. Tentei dar um passo, mas cai e fui me arrastando, passando pelos carros, até me aproximar da bancada. Usei a caixa de ferramentas que estava no chão para me apoiar e tentar usando todas as forças que me restavam para alcançar a peça.

Estava com a mão próxima, quando meus braços cederam ao cansaço e cai novamente. Se eu não pegar essa peça estará tudo perdido, minha mente quer fazer uma coisa, mas meu corpo não corresponde aos comandos. O que eu faço? O que eu faço? Pensa Tony, pensa. Dizia a mim mesmo, mas fui tirado dos meus pensamentos ao ouvi o som tão familiar do "dedinho de manteiga" zunindo enquanto se movia. Com esforço olhei na direção do som e o vi segurando a caixa de vidro com a peça, abaixando em minha direção. Consegui pegar a caixa de vidro olhando aquele robô desastrado

– Bom menino - digo voltando ao controle da minha fala e quebrei a caixa no chão, possibilitando que eu pegasse a peça. Agora sei que posso deter o Obadian.


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Notas finais do capítulo

E ai galerinha? O que acharam do capitulo com os POV Nico e o POV Stark? Gostaram? Odiaram? Exagerei? Preciso mudar alguma coisa?
Acompanhem, favoritem (se gostarem da fic), recomendem ( se acharem que a fic merece) e principalmente comentem, ok?
Nos vemos nos reviews