Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 54
Parque Sem Diversões


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de novo! Nem deu tempo de sentir saudades, né? Vou demorar mais para postar os capítulos então. (Leitores: Nãããããããããão! Cê tá loka jovem!?). Brincadeira, nunca faria isso com vocês. Quando eu não posto é porque realmente não tem como, sabem disso né?
Bom, eu não sei o que deu em mim para escrever esse capitulo, tentei escrever de outra forma mais só consegui que saisse "sombrio" por assim dizer
Espero que gostem!
Boa Leitura!



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Andamos um pouco até a casa do medo, realmente parecia uma casa normal, apesar da aparência sombria que rondava o lugar, quase como se aquele lugar cheirasse a morte.

– Olhando de fora, não parece tão assustadora - Miguel disse olhando a casa

– Vamos ver por dentro - digo indo em direção aos degraus que davam acesso a varanda, logo ao pisar ele rangeu, quebrando o silêncio da casa

– Serio que é o máximo que eles conseguiram fazer? - Miguel falou debochado caminhando ao meu lado.

Abrimos a porta que dava acesso ao um corredor estreito, mas era suficiente para que eu e o Miguel andássemos lado a lado, o corredor tinha um papel de parede na cor vinho, alguns candelabros na parede, mas apesar deles o corredor era mal iluminado. Começamos a ouvir o som de passos como se uma pessoa estivesse correndo em nossa direção, involuntariamente fiquei em sinal de alerta. No final do corredor apareceu um homem totalmente assustado, com partes das roupas rasgadas e sujas do que parecia ser sangue, ele tropeçou caindo aos nosso pés. Eu e o Miguel começamos a ajuda-lo a se levantar

– Elas estão aqui, elas querem matar a todos nós - disse extremamente assustado - Elas querem matar a todos nós

– Elas quem? - o Miguel perguntou, mas o homem saiu correndo antes de responder - Ou ele é um excelente ator ou algo realmente o assustou

– Teremos que continuar o caminho se quisermos descobrir - digo olhando em direção a saída, mas algo me dizia que havia coisa errada

– Então, primeiro as damas - ele falou em tom brincalhão

– Nossa como você é cavalheiro - rebati com sarcasmo e ele riu

Mesmo ele dizendo que eu deveria ir primeiro, ele andou um pouco mais a frente, ainda sentia minhas mãos molhadas de quando ajudei o rapaz a se levantar, o liquido era espesso e dava para senti-lo secar em minhas mão, aproveitei que o Miguel estava distraído e cheirei a minha mão.

Fiquei surpresa ao sentir o cheiro metálico do sangue, até o cheiro do ambiente começou a mudar, começava a cheirar a magia. Andamos um pouco pelo extenso corredor, quando vimos uma porta a esquerda, aparentemente a unica do corredor pelo qual o homem saíra. Antes que ele abrisse a porta segurei em seu braço e ele me olhou

– Acho melhor nós irmos embora - digo querendo evitar que alguém se machucasse

– Já está com medo Su? - perguntou me olhando

– Não quero que se machuque - digo e ele me olha confuso

– Me machucar? - perguntou me olhando - O que você quer dizer?

– Esquece, apenas vamos embora - insisto e ele ri

– Não há nada para nos preocuparmos - ele disse seguro, mas eu sabia que tínhamos que nos preocupar.

Ele abriu a porta que se abriu para um novo comodo da casa, um sala parcialmente destruída, com manchas que lembravam sangue (coisa que eu não duvidava que fosse), me concentrei no dom que Hefesto me dera e todo o comodo foi passado por uma especie de scanner, me revelando onde estavam os bonecos robóticos que deveriam nos assustar, para que eles não me distraíssem.

Os caixões fechados espalhados pela sala, cortinas em tons vermelho vivo, uma janela de vidro com toras de madeira pregadas por dentro impedindo que elas pudesse ser abertas. Cada parte do meu corpo me dizia que aquilo estava muito errada, eu já estava em sinal de alerta, atenta a tudo. Passamos por um caixão, ele se abriu rapidamente e o boneco robótico, visualmente realista tentou agarrar o braço do Miguel, que foi para trás em um pulo com o susto. Como eu já espera que isso acontecesse, nem liguei

– Já está com medo Miguel? - debochei da mesma que forma que ele fizera comigo, minutos atrás

– Muito engraçada - ele fala serio e não contive um sorriso

Depois que alguns passos, ouvimos mais passos pelo corredor, me virei para o Miguel para saber se ele também havia escutado e soube que sim porque ele olhava para porta da sala. Senti o ar se modificar deixando a magia praticamente palpável para mim, segurei a mão do Miguel ele me olhou e levei o dedo indicador aos lábios pedindo silêncio e o guiei para dentro de um armário que caberia nós dois em pé.

As portas desse armário haviam brechas onde era possível enxergar vagamente o que acontecia na sala, a porta por onde entramos foi aberta, mas não conseguimos ver que entrara. Pudemos ouvir os passos da pessoa ecoando pela sala, mas nossa atenção voltou para dentro do armário, quando percebemos o cheiro de carniça e vimos que dentro do armário havia varias morcas.

Olhamos para cima e vimos que a maioria das moscas se concentravam em um mesmo ponto, nos assustamos e tentamos nos afasta, mas como o lugar ela pequeno, acabamos batendo na porta, ela se abriu e caímos no chão da sala. Alguém deve ter deixado um pedaço de carne para apodrecer dentro do armário, bom... pelo menos eu esperava que fosse carne.

Nos levantamos e ficamos encarando o armário tentando identificar o que tinha lá dentro, mas temendo qual pudesse ser a resposta. Fui tirada dos meu pensamentos por uma voz que fez meu coração acelerar

– Su!? - virei-me e vi o Nico me olhando surpreso, ele estava com a espada de ferro estígio na bainha

– Nico? - apenas em vê-lo senti uma alegria tomar conta de mim, mas procurei me controlar - O que veio fazer aqui?

– Fiquei sabendo dessa casa do medo e fiquei curioso para conhecer - ele disse e percebi que estava mentindo, a expressão do Nico se tornou séria quando notou a presença do Miguel - Quem é ele?

– Esse é o Miguel, Miguel esse é o Nico - digo apresentando-os e em seguida aponto para a porta, tendo uma péssima sensação de perigo - E aquela é a saída, na qual iremos passar agora

– Su, che cosa sta accadendo? Sta cercando nervoso (Su, o que está acontecendo? Está parecendo nervosa) - Nico falou em italiano estrando minha reação

– Sento odore di magia (Estou sentindo cheiro de magia) - respondo-o controlando o nervosismo - E quell'odore non viene da voi (E esse cheiro não vem de você)

– O que vocês estão falando? - Miguel perguntou confuso e Nico comprimiu os lábios em irritação

– Nada de mais - respondo olhando-o - Vamos embora

Disse começando a andar até a porta de entrada, mas parei no meio do caminha sentindo a magia mais forte que antes e pelo que notei Nico percebeu também

– Pensando bem, já que estamos aqui vamos ver o resto da casa - digo me virando rapidamente para eles - De preferencia bem rápido

– Concordo com você - Nico falou rápido seguindo o caminho para a outra porta

– O que está acontecendo aqui? - Miguel perguntou sem entender a nossa reação

– Preciso que confie em mim, eu juro te explicar tudo isso depois - digo praticamente suplicando

– Su, os seus olhos - ele falou surpreso, provavelmente meus olhos devem ter ficado negros, devido a benção de Hades

– Mas precisamos sair logo daqui - digo ignorando o comentário dele

Miguel simplesmente passou a nos seguir, Nico estava próximo a porta nos esperando um tanto irritado, devido a demora... eu acho. Nos aproximos e Nico abriu a porta sendo o primeiro a passar, fui logo atrás e o comodo passou por uma especie de scanner novamente e soube exatamente o que esperar da cozinha da casa do medo.

– As panelas que estão penduradas começaram a balançar batendo umas nas outras e o que for de vidro começar a cair, assim que passarmos por elas - previno e Nico assentiu e o Miguel ficou confuso, mas não questionou - Alguns moveis também sairão do lugar

Andamos pela cozinha e as coisas começaram a se mover como havia dito. Nico não ligava apenas atento ao que realmente poderia representar perigo. Mas o Miguel se assustava com praticamente tudo e era isso que me preocupava. Se ele ficasse muito distraído com coisas sem importância, poderia se ferir de verdade com os monstros que poderiam nos atacar a qualquer minuto.

Nico e eu estávamos olhando em volta, certificando-nos de que não havia monstros. O clima tenso e preocupado tomava conta do lugar, o ambiente mal iluminado, as luzes falhando de leve e a decoração de deixava o comodo levemente sombrio não facilitava em nada nosso lado, servia apenas para aumentar a nossa adrenalina. Voltei a realidade ao ouvir o baque surdo de impacto com o chão. O Miguel havia caído.

Nico revirou os olhos como se não acreditasse no que via, eu me aproximei para ajuda-lo a se levantar

– Você está bem? - perguntei olhando-o

– Estou, tropecei em alguma coisa - Miguel falou olhando onde havia tropeçado - Mas não consigo ver o que é

Olhei na mesma direção que ele e vi no que ele havia tropeçado, senti um arrepio subir pela minha coluna, olhei assustada com o que estava a minha frente

– Você deveria prestar mais atenção quando estiver andando - Nico repreendeu o Miguel

– Nico... você precisa dar uma olhada nisso aqui agora - digo com a voz falhando levemente e sem conseguir desviar o olhar

– O que? - perguntou me olhando e eu simplesmente apontei e ele calou-su quando viu o mesmo que eu

Uma mulher que aparentava ter uns vinte oito anos, pele morena, olhos castanhos, cabelo cacheado, estatura mediana caída no chão, seus olhos sem foco e sem brilho, suas roupas estava rasgadas, como se garras a tivesse cortando não apenas a suas vesti mas também a carne, ela encontrava-se deitada em um poça de sangue. As luzes do comodo pararam de oscilar o Miguel pode ver no que havia tropeçado

– Barbara - Miguel falou chocado com a cena

– Você a conhecia? - perguntei olhando-o

– Ela fez faculdade com a minha irmã - ele respondeu ainda encarando o corpo sem vida da mulher a nossa frente - O que está acontecendo aqui?

– Não sei se quero a resposta para essa pergunta - digo quase que em sussurro

– A gente não pode parar não - Nico falou chamando a nossa atenção - Temos que sair daqui o mais rápido possível

Assentimos, agora até o Miguel estava em alerta depois de ver o corpo da Barbara na cozinha da casa, mas ainda assim assustado, o que é bastante compreensível. Haviam três porta nesse comodo, a que entramos e mais duas. Me aproximei com cuidado de uma e senti um forte cheiro de carniça, alguma coisa estava em decomposição ali dentro e depois do que vi na cozinha não quero descobrir o que tinha atrás daquela porta

– Acho que esse não é o caminho - falei dando alguns passos para trás e Nico abriu a outra porta com cuidado

– Su, o que você vê? - Nico perguntou e sabia que ele queria que eu visse o truques do corredor que levavam a mais uma porta

Olhei o corredor e vi onde estavam os robôs, nesse corredor haviam vários truques, alguns muito perigosos. Olhei para ver o caminho do corredor, havia quase meia duzia de corpos no chão. Ainda não estava fedendo, significa que estavam ali há pouco tempo.

– Esse corredor é perigoso, mas nos leva a saída - digo olhando-os enquanto prestavam atenção no que eu dizia - Fiquem atentos com as armaduras medievais do corredor, as lançar irão abaixar quando estivermos passando por elas, depois temos que ter cuidado com os caixões, temo que eles guardem surpresas desagradáveis

Falei e Nico pareceu entender que me referia a monstros, peguei um espada que estava na parede e entreguei ao Miguel

– Segure isso com firmeza e fique atento - disse ensinando a forma correta de segurar a espada - Use-a para se proteger das lanças

Ele assentiu, Nico puxou a espada e eu me concentrei na minha que logo apareceu em minhas mãos. O Miguel ficou surpreso e falou

– O que você são? - ele perguntou com uma surpresa nítida em sua voz - De verdade

– Explicamos depois, primeiro temos que sair daqui - Nico falou um tanto ríspido

– Cuidado para não esbarrar nos... corpos, um erro pode custar as nossa vidas - digo olhando-os e eles assentiram. Miguel ainda estava inseguro se deveria ou não fazer

Dei o primeiro passo e eles me seguiram. Torcer mentalmente para que o Miguel não se distraísse, me surpreendi enquanto caminhava entre as vitimas que eu não me sentia incomodada com a presença delas. Era como se não fizesse diferença eles estarem ali ou não "Deve ser por causa de benção de Hades", pensei comigo mesma, começamos a andar pelo corredor e como eu havia previsto quando estávamos passando pelas armaduras medievais as lanças começavam a abaixar com força, usávamos as espadas para impedir que as lanças nos atingisse, depois que passamos pelas armaduras.

Os dois últimos caixões se abriram, Nico e eu nos preparamos para a batalha. Ficamos a frente do Miguel já que ele não sabia manusear uma espada. De dentro dos caixões saíram duas mulheres vestidas de lideres de torcida em uniformes roxo e branco uma delas era loira, levemente bronzeada com frios olhos azuis e em seu uniforme tinha escrito o nome Kelli.

A outra era afro-americana com cabelo escuro encaracolado e tinha em seu uniforme escrito Tammi, mas logo a imagem tremeluziu revelando-me suas verdadeiras formas. A cor foi drenada de seus rostos e braços. Suas peles se tornaram brancas como giz, seus olhos completamente vermelhos. Seus dentes cresceram em presas, notei que suas pernas, por baixo da sua saia de líder de torcida, sua perna esquerda era marrom e peluda com um casco de burro. Sua perna direita era moldada como uma perna humana, mas era feita de bronze.

Nico ficou não hesitou um segundo sequer, ficou esperando o ataque. Da mesma forma que eu. Elas se aproximaram com um sorriso cruel, lambendo os lábios como se já pudessem sentir o gosto do nosso sangue

– Vejo que temos aqui um filho de Hades, um dos sangues mais raros do mundo - a líder com o nome de Kelli disse, olhando o Nico - E temos dois humanos

– Duas entradas e um prato principal - a lider que usava o uniforme com o nome Tammi disse e olhou para o Miguel com certo desejo - Mas acho que posso me divertir com esse antes

– Recue - disse levantando minha espada na altura do coração dela - E o que vocês são afinal de contas? Vampiras?

– Você disse vampira? Aquela lenda boba foi baseada em nós, sua idiota.- a tal de Kelli respondeu rindo - Nós somos empousai, servas de Hécate

– Magia negra nos formou a partir de animais, bronze, e fantasma! - a Tammi falou

– Isso explica a pernas de burro - digo com ironia e vi ódio estampado nos olhos vermelhos de cada uma delas

– É rude fazer piadas sobre as nossa pernas - a Kelli falou seria

– Nós existimos para nos alimentarmos do sangue de jovens homens. Agora venha e me dê aquele beijo! - a Tammi falou se aproximando de mim, para chegar ao Miguel

Ele parecia encantado pela visão que a nevoa passava a ele pois deu um passo, mas o impedir de continuar dando um coronhada fazendo-o ficar inconsciente, seria mais seguro tanto para mim quanto para ele

– Para trás - Nico ordenou olhando-a com puro ódio

– Esta é nossa casa, meio-sangue. Nós nos alimentamos de quem nós escolhermos - Kelli falou olhando com raiva - Inclusive dela se quisermos, não nos alimentamos de mulheres, mas podemos abrir uma exceção

Então tudo aconteceu rápido a empousai Tammi foi em direção ao Nico como as presas a mostra preparada para morde-lo, mas Nico foi mais rápido. Ele sumiu em meio as sombras fazendo-a passar direto indo em direção as armaduras. Quando ela conseguiu diminuir a velocidade, foi quando a lança desceu decepando o braço esquerdo dela, com um grito estridente do dor ela se virou com dificuldade para nós, olhando em volta

– EU VOU TE MATAR, FILHO DE HADES, INFELIZ! - Tammi gritou olhando em volta com um ódio estampado em sua face e voz, que chegou a me assustar profundamente

– Viu o que você fez Tammi? - Kelli falou irritada - Perdemos um por sua causa, eu não queria ter que me alimentar dela, mas parece que será necessário
Estava olhando fixamente para a Kelli, mas senti a movimentação da Tammi atrás de mim, abri minha mão e minha espada desapareceu

– Vai facilitar o nosso lado, ótimo - Tammi disse satisfeita, mas eu me concentrei em meu arco que apareceram, rapidamente puxei uma flecha e a preparei

– Não dessa vez - digo soltando a flecha que acertou em cheio a cabeça da empousai que se desfez em poeira

– NÃÃÃÃÃÃÃÃO! - Kelli gritou com seus olhos faiscando em odio por eu ter matado a irmã dela - EU VOU TE MATAR, MALDITA!

Ela se moveu muito mais rápido que a Tammi se moveu em direção ao Nico, não teria tempo de reagir. Tudo que fiz foi fechar os olhos e espera que ela me matasse


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Notas finais do capítulo

E ai gente? Como ficou o capitulo? Gente se o capitulo ficou ruim me desculpem, estou com um pequeno bloqueio criativo. Mas quero saber a opinião de vocês. Digam o que acharam por favor!
Acompanhem, favoritem, recomendem ( se acharem que a fic merece) e principalmente comentem
Nos vemos nos reviews!