Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 48
Assassinos Profissionais


Notas iniciais do capítulo

Então galera, como prometido mais um capitulo e com a presença dos nosso agentes de elite favoritos. Dessa vez não vou enrolar
Boa leitura e espero que gostem!



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Uma semana depois

Dois dias após a viagem da tia Sam, a dona Julia foi chamada para reconhecer o corpo da filha. Ela entrou na sala abalada e saiu destruída, no dia seguinte teve o enterro e passei a ela o recado que a Leticia havia pedido, após o enterro levaram-na ao medico que medicou-a com um calmante. Mas isso não impediu que ela entrasse em depressão. Ela ainda é funcionaria do Buffet, mas como está de licença medica contratei uma recepcionista substituta. Ela se chama Emilly, tem vinte e seis anos, cabelo ruivo claro, simpática, bonita e responsável, perfeita para o cargo.

Diariamente a tia Sam me liga pela noite para perguntar como estão as coisas e se certificar de que não estou aprontando nada e hoje seria o dia da grande festa da Industrias Stark. Minha rotina continua a mesma, faculdade pela manhã, auto escola pela tarde e passo parte da noite corrigindo deveres a noite. Nos fins de semana eu vou supervisionar o Buffet, nenhum dos funcionários estranham essa atitude, já que sempre faço isso quando a tia Sam não pode ir ao Buffet. Já são quase quatro da tarde, estou no táxi, junto com o Jhon indo para casa. Quando o taxista chegou a minha porta, paguei e descemos.

– Que droga - Jhon falou e eu olhei para ele

– O que houve? - perguntei confusa

– Aquilo - ele apontou para a frente da casa dele e vi o carro do August

– Ele já não deveria ter saído para trabalhar? - pergunto pois o August havia trocado o turno do trabalho, no dia anterior

– É, mas ele deve está inventando alguma desculpa para sair um pouco mais tarde - Jhon reclamou

– Vem, vamos entrar - falo me direcionando para a porta

– Ok - ele disse, quando ele estava se aproximando ouvimos um forte estrondo - O que foi isso?

– Eu não sei - respondo sinceramente e fomos até o meio da rua olhando em volta

– O que é aquilo? - ele perguntou olhando o céu e olhei na mesma direção.

O que estavamos vendo era um trilha de fumaça preta se forma, mas ela parecia não ter origem, então comecei a ouvir um zumbido da mesma forma que ouvi antes do celular da tia Sam explodir, me concentrei na ponta da trilha que estava crescendo e o presente de Hefesto não falhou, aos pouco a imagem começou a se formar como se um sistema de camuflagem estivesse se desfazendo aos poucos e vi que era uma nave com o desenho de uma águia desenhada na asa e o nome SHIELD gravado logo a baixo. A nave parecia ter sido abatida e está a todo custo tentando se manter no ar, sem muito sucesso pois pude perceber que estava perdendo altitude

– Você está vendo? - perguntei ainda olhando a nave

– Vendo o que? A fumaça? - ele pergunta confuso

– Vem comigo - digo abrindo a porta da garagem e pegando a copia da chave da Ferrari

– O que você vai fazer? - ele pergunta se aproximando

– Entra que eu te explico no caminho - digo e ele entra no carro

Saiu da garagem, aperto o botão para que a porta se feche e vou em disparada em seguindo a nave, explico ao Jhon o que eu vi ele ficou olhando a direção que trilha de fumaça estava indo enquanto eu mantinha o olhar na estrada. De repente percebi que Jhon revesava o olhar entre a direção da nave e o GPS

– No que está pensando? - perguntei mudando de pista

– A nave está perdendo altitude, provavelmente tentará um pouso de emergência - Jhon falou me olhando - Mas o aeroporto para o outro lado

– Talvez eles não queiram um aeroporto, talvez um lugar onde ninguém se machuque - digo começando a pensar - O terreno abandonado

– Aquele que usam para as festas de caridade da cidade? - ele pergunta incerto

– É o único lugar vazio, grande o suficiente para uma nave e naquela direção - falei e olhei procurando uma forma de transitar entre os carros, sem causar um acidente e quando achei aproveitei - E eu conheço um atalho

Depois de alguns minutos, ouvimos o som de uma explosão, acelerei mais indo na direção do terreno. Quando chegamos vimos uma pilha gigantesca de destroços que provavelmente antes era uma nave e a poucos metros de nós havia duas mochilas largadas de qualquer jeito e duas pessoas deitadas no chão. Jhon e eu corremos para vermos se eles estavam bem, nos aproximamos e pudemos ver que eles usavam roupas que mais pareciam uniforme. A mulher tinha cabelos ruivos e longos, cacheados que ia até o meio das costas, ela usava um macacão preto, já o homem caído próximo a ela tinha cabelos loiro escuro e olhos azuis esverdeados, usava uma roupa preta com detalhes em vinho, uma aljava e um arco preso as costas.

– Você está bem? - perguntei a ruiva assim que me ajoelhei ao lado dela

– Só o meu pé esquerdo que está incomodando - ela resmungou entre os dentes

– O pé parece torcido - disse olhando o pé dela - Precisamos tirar vocês daqui, Jhon como ele está?

– Ombro esquerdo deslocado, mas nada muito grave - Jhon respondeu me olhando

– Ótimo, vamos ajuda-los a ir até o carro - digo e Jhon assentiu

– Temos que pegar as mochilas - o homem falou, enquanto se levantava com certa dificuldade

– Uma coisa de cada vez - digo ajudando a ruiva - Primeiro levaremos vocês ao carro

E assim fizemos, quando eles estava no carro voltamos para pegar as mochilas, entramos no carro e comecei a dirigir.

– Liga para sua mãe, explica que temos dois feridos e avisa para ela ir a minha casa - digo entregando o celular ao Jhon e ele obedece

Depois de quase quinze minutos chegamos a minha casa, abri a garagem e estacionei. Jhon e eu saímos do carro, pegamos as mochilas deles e os ajudamos a sair do carro. Abri a porta de casa, para que eles entrassem a ruiva entrou apoiada no Jhon, o homem entrou mancando um pouco mas ele estava bem.

– Jhon ajuda ela a se sentar - falei, Jhon assentiu e me virei para o homem - Deveria se sentar também, daqui a pouco receberam os cuidados médicos

Ele simplesmente assentiu e se sentou na poltrona, em minutos a tia Marta estava na porta trazendo com ela tudo o que precisaríamos para cuidar dos ferimentos deles. Tia Marta se sentou e começou a tirar a bota da ruiva com extremo cuidado, para não machuca-la mais, quando retirou a bota vi que o pé dela parecia está um pouco torto, a tia Marta falou

– O pé está realmente torcido, teremos que colocar no lugar logo - ela disse olhando a ruiva

– Vá em frente, já senti dores piores - a ruiva respondeu dando de ombros

Tia Marta segurou a perna com a mão esquerda e o tornozelo com a mão direita, respirou fundo e moveu o pé da ruiva que segurou abafou um alto gemido de dor. Estava a quase dois metros de distancia, mas pude ouvir o som dos ossos sendo forçados a mudar de posição. Admito que esse som me causou arrepios.

– Jhon vai enfaixando o pé dela para mim - a tia Marta falou, mas eu o impedir antes que desse o primeiro passo

– Não cure 100%, apenas acelere o processo - sussurrei e ele assentiu

– Su, pode limpar os corte para mim? - tia Marta perguntou me olhando, enquanto se aproximava do homem

– Posso - digo indo até a maleta de primeiros socorros, tirando o algodão e a água oxigenada

Comecei a limpar os cortes que ela tinha, alguns eram bem recente provavelmente por causa da queda da nave, outros nem tanto, pois o sangue já estava começando a coagular. Limpei e fiz os curativos, enquanto a tia Sam colocava o ombro do homem de volta ao lugar. Ela começou a imobilizar o braço dele, já estava na metade quando o Jhon terminou de imobilizar o pé da ruiva

– Deixa que eu termino mãe - ele falou e pareceu que a tia Marta entendeu as intenções dele e assentiu

Comecei a limpar os ferimentos dele, que estavam da mesma forma da ruiva, alguns coagulando, outros frescos. Depois de limpos, fiz os curativos e comecei a guardar as coisas, a tia Marta pegou uma caixa de compridos para dor e pediu que eu pegasse dois copos de água. Quando trouxe ela entregou o comprimido aos dois e eu os copos, eles tomaram e a tia Marta disse

– Devem tomar esse remédio de seis em seis horas para aliviar as dores - ela disse colocando a caixa com o remédio na mesinha de centro - Devem ficar de repouso no minimo dois dias e não recomendo ficarem sozinhos

– E não vão, pelo menos esses dois dias eles passaram aqui - disse pegando os copos e a tia Marta e o Jhon me olham como se eu fosse louca

– Susan, não acho que deva ficar com eles na sua casa - Jhon falou me acompanhando até a cozinha - Você não os conhece, não sabe o que eles fazem, eles podem ser perigosos

– Você tem razão, mas eu estou na vantagem - digo olhando-o - Ela está com o pé torcido e ele com o ombro deslocado, ou seja, eu posso correr dela e bater nele

– Tudo para você é piada? - ele pergunta serio

– Só o que tem graça - digo pondo os copos na pia - Você sabe que eu sei me defender, não se preocupe eu vou ficar bem

– Está bem, qualquer coisa avise - ele falou me olhando

– Se tiver algum problema eu mando uma mensagem de iris para você - digo e ele assentiu e começamos a andar até a sala, assim que nos viu tia Marta falou

– E ai? - ela perguntou me olhando

– Eles ficam, eu durmo no quarto da tia Sam, a ruiva no meu e ele no de hospedes - respondo como se não fosse nada

– Está bem - ela concorda sabendo que não vou mudar de ideia - Eu tenho que ir se não vou acabar me atrasando

– Eu os acompanho até a porta - digo seguindo-os

– Tchau - digo assim que o Jhon abriu a porta

– Toma cuidado Su - tia Marta falou me abraçando

– Está bem! - digo desfazendo o abraço - Bom trabalho

– Obrigada! - ela diz sorrindo - O Jhon vai passar aqui daqui a pouco para ver como as coisas estão

– Está bem - digo sorrindo - Se isso vai deixar a senhora mais tranquila

– Com certeza vai - ela diz se afastando acompanhada do Jhon - Tchau Su

– Tchau - digo olhando-os, fecho a porta em seguida e digo olhando os meus hospedes - Vocês querem alguma coisa? Água? Refrigerante? Suco?

– Não obrigado! - o homem falou

– Eu quero aquela vodka - a ruiva disse apontando para a garrafa no armário

– Está bem, mas terá que esperar pelo menos duas horas - digo olhando-a

– Como é? - ela pergunta incrédula e o homem prendi o riso

– É o tempo que o remedio faz efeito - falo como se ela tivesse três anos, indo até a cozinha pegar água para mim

– Isso só pode ser piada - ela resmunga enquanto ele prendia o riso sem muito sucesso

– Minha casa, minhas regras conforme-se - digo normalmente colocando a água no copo e homem solta um breve gargalhada

– E você fica quieto - ela esbraveja e ele levanta as mãos em sinal de rendição ainda rindo

– Está aqui - digo entregado o controle da TV - Fiquem a vontade

– Obrigado! - ele agradece me olhando

– Não tem de que - respondo normalmente - Será que eu posso saber os nomes dos meus hospedes?

– Meu nome é Natasha Romanoff - a ruiva diz cruzando os braços

– Clint Barton - o homem falou enquanto eu saia de frente da TV - E qual é o seu?

– Susan Agostini - digo e vou em direção a escada - Eu vou colocar os lençóis e os travesseiros nos quartos para vocês

– Está bem - a Natasha dando de ombros, caminho em direção a escada, subo quatro degraus e paro

Volto e caminho até o armário, abro a porta de vidro e tiro a garrafa de vodka e volto a subir as escadas

– Só por precaução - digo subindo a escada praticamente correndo com a garrafa na mão indo arrumar os quartos para os visitantes

POV Natasha

Quando essa garota subiu a escada levando com ela a garrafa dizendo que era por precaução, minha expressão de incredulidade era nítida, eu soube disso porque Clint estava ao meu lado caindo na gargalhada. Quem essa garota pensa que é para querer me dizer o que fazer?

– Clint se você não calar a sua boca agora eu calo ela por você - esbravejo e ele me olha controlando o riso

– Desculpa Nat, mas a garota é engraçada - ele diz com um sorriso divertido

– Você não acha estranho a garota ter aparecido justamente na hora que precisávamos? - perguntei mudando de assunto

– Você quer parar de paranoia Natasha? - Clint pergunta revirando os olhos

– Não é paranoia Clint - fala pegando o controle da TV - Só acho isso muito estranho

– Natasha, se ela fosse inimiga ela teria nos matado assim que nos encontrou ao invés de nos ajudar - Clint falou olhando em volta

– Pronto, já pus as coisas nos quartos - a Susan disse descendo a escada - E se precisarem de algo que não estiver no quarto me avisem que eu providencio

– Eu vou precisar de uma coisa - falo e Clint me olha sabendo que estou tramando algo - Quero sua ajuda para ir até o quarto, estou precisando urgente de um banho

– Claro - ela diz se aproximando enquanto pego a minha mochila - Deixa que eu levo

– Obrigada! - falei sinceramente e Clint percebeu, porque ele arqueou a sobrancelha

– Tem outro banheiro na casa? - Clint pergunta olhando a garota

– Cada quarto tem um banheiro - ela diz passando o meu braço sobre o pescoço dela - Pode ficar a vontade, para usa-lo

– Obrigado! - ele agradece olhando-a - Daqui a pouco eu subo

– Final do corredor, segunda porta a direita é o quarto de hospedes- ela fala e começamos a andar até a escada

Demoramos um pouco para subir, por causa do meu pé. Assim que entramos no quarto, ela me guiou até a cama e me colocou sentando

– Mantenha o pé erguido, vai amenizar o inchaço - ela disse colocando meu pé sobre uma almofada na cama

Apenas fico olhando-a, como ela sabia de nós, se estávamos com o sistema de camuflagem ativado? Como ela pode abrigar desconhecidos e ainda por cima cuidar deles com tanto carinho e atenção?

– Porque está me olhando dessa forma? - ela pergunta colocando minha mochila na cama

– É que... esquece, não é nada - digo evitando o assunto, porque me sinto tão a vontade?

– Se você diz - ela fala dando de ombros - Vou pegar duas cadeiras e coloca-las no banheiro, ficará melhor por causa do pé

– Está bem - ela assentiu levemente e saiu

Eu sei que tem algo diferente nela, mas o quê? Ela apareceu minutos depois do acidente, isso não pode ser coincidência, afinal tantos anos trabalhando como espiã, você acaba não acreditando mais em coincidências. Ela voltou ao quarto com duas cadeiras plasticas, abriu a porta do banheiro e colocou-as no box. Ela saiu do banheiro e se aproximou.

– Deixa eu te ajudar - disse me oferecendo a mão para que me apoiasse nela

– Sou perfeitamente capaz de ir sozinha - falo sem esboça emoção

– E em nenhum momento disse o contrario - ela rebateu me olhando - Mas com ajuda as chances de magoar o pé, será bem menor

– Porque se preocupa tanto? - perguntei curiosa - Não somos nada uma da outra, sequer nos conhecemos

– Me preocupo, porque vocês são minha responsabilidade - ela falou firme e não pude esconder minha surpresa devido a resposta - A partir do momento que eu os encontrei, que decidi ajuda-los, abriga-los me tornei responsável por vocês

– Porque? - perguntei ainda surpresa com o que ela havia dito

– Porque achei que era o certo a se fazer - ela responde sinceramente - Agora deixa de lado essa pose de durona e me deixa te ajudar, prometo não vou contar a ninguém

Não contive um sorriso perante a ultima frase, ela estendeu a mão e dessa vez eu aceitei, me apoiei nela e ela me guiou até o banheiro. Me sentei em uma das cadeiras e pus o pé na outra, a Susan foi ao quarto e voltou com uma toalha e minha mochila.

– Estarei no quarto, se precisar de algo me chame - ela diz colocando a toalha no gancho e a mochila no chão

– Susan - chamo-a enquanto ela saia fazendo-a para e me olhar - Obrigada

– Não precisa agradecer - ela diz sorrindo e fecha a porta logo em seguida

Quando ela saiu, comecei tirar o meu uniforme, separei a roupa que iria usar e liguei o chuveiro ainda sem entender como eu me sentia tão a vontade com essa garota.


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Notas finais do capítulo

E ai? A Natasha já está se soltando um pouco com a Su, né? Fazer o que? Esse é um dos talentos dela, fazer com que as pessoas confiem nela logo de cara. Mas vamos ao que importa. Gostaram? Odiaram? Devo continuar? Parar?
Acompanhem, favoritem, recomendem e principalmente comentem isso é muito importante para mim
Nos vemos nos reviews!