Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 18
Mascote do Acampamento


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bom mais um capitulo fresquinho para vocês gente
Avisos
* Esse capítulo é dedicado a Catelyn Everdeen, que fez uma linda recomendação, muito obrigada mesmo
* Hoje a fic completa dois meses, e só cheguei aqui graças a vocês então muito obrigada!
* Esse capítulo eu coloquei um spoiler do livro Percy Jackson e o Ladrão de Raios. As melhores cenas do livro que é totalmente diferente do filme
Bom, sem mais enrolação
Boa Leitura!



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Percy se aproxima dizendo

– Todos já sabem o básico apenas precisa instrui-los para fazerem da forma certa - explico Percy - É fácil

– Claro porque controlar semideuses com hiperatividade é moleza - ironizo e ele ri

– Boa sorte - diz se afastando

– Vou precisar - digo montando a Whisty

– Vamos separar por chalés - Percy fala e todos prestavam atenção - Atena, Zeus e Afrodite vem comigo os outros ficam com a Su

Ele se afasta sendo seguido pelos os chalés que selecionou e deu inicio a aula e eu fiz o mesmo e fico vigiando os semideuses e ajudando os que tinham mais dificuldade então vejo alguns filhos de Ares parados, montados em seus cavalos conversando. Respiro fundo e vou falar com eles me aproximo ainda receosa e digo

– A conversa deve esta boa, mas vocês moram no mesmo chalé podem deixar para conversar depois - digo olhando-os

– Não é nada demais - disse Felipe - Já conseguimos nosso objetivo

– Como assim? - pergunto sem entender e percebo que Clarisse vinha em minha direção

– Precisamos ter uma conversa com você Su - disse Clarisse ao se aproximar dos irmãos

– Sobre o que? - pergunto com certo receio da resposta

– James - Clarisse responde seca e sinto um nó se formar na minha garganta

– O que querem? - digo tentando manter a voz firme, mas sem muito sucesso.

– A principio agradecer - diz Felipe me olhando

– O que? - pergunto incrédula com a frieza dele

– Felipe, chega! - disse Clarisse - Sei que você se culpa pelo que aconteceu e queremos conversar

– Clarisse, eu... - ela me interrompeu

– Você não conhecia o James como a gente, nos primeiro ano dele no acampamento ele era legal, promissor nas lutas e amigo pelo menos com o pessoal do chalé.

– Ele era o melhor depois da Clarisse, mas depois da guerra contra os Titãs ele mudou completamente - diz Felipe se aproximando de Clarisse - Passou a ficar encrenqueiro, querer inimizade com todos.

– O que aconteceu na guerra contra os Titãs? - pergunto tentando entender

– O Nico não te contou? - Luiz Paulo pergunta

– Sim, mas quero saber o que aconteceu com os do chalé de Ares - pergunto sabendo que havia mais do que eles tinham notado.

– Não queríamos participar da guerra, então a Silena colocou minha armadura e se passando por mim liderou o meu chalé - Clarisse disse e vi fica-la triste.

– O James era o único do chalé que tentou nos convencer - diz Felipe - Mais estávamos irritados demais com o chalé de Apolo

– A Silena acabou morrendo e eu matei um dragão de prata usando apenas uma lança e a benção do meu pai

– E o que aconteceu depois? - pergunto querendo entender o porquê dessa mudança

O exercito de Cronos atacou e... - interrompo

– Quero saber o que aconteceu depois da guerra com o chalé de Ares - insisto de maneira firme

– Comemoramos a vitória e parabenizamos a Clarisse pelo que ela fez - responde Luiz Paulo

– E o James? - pergunto

– Ele se afastou de nós nesse período e quando voltamos ao acampamento no ano seguinte ele estava totalmente mudado - responde Clarisse - Estava voltando ao normal só que depois da aula de esgrima ele surtou de novo

– Então foi isso - digo baixo, mas Clarisse ouviu.

– Isso, o que? - pergunta intrigada

– O motivo de ele me odiar tanto - digo olhando-a

– Sinto muito mais ainda não entendi - disse Felipe

– Ele foi o único que deixaria essa rivalidade de lado para ajudar enquanto a Clarisse era contra - digo e eles me olhavam - Ele não achou justo que a Clarisse recebesse a benção

– E quando você recebeu a benção de Ares, reacendeu o ódio dele - Luiz Paulo completa a minha linha de raciocínio.

– Ele descontou o ódio que sentia de nós em você - disse Felipe

– Sinto muito Su! - disse Clarisse - É nossa culpa o James ter te atacado

– Não precisa se desculpar - digo olhando-a

– Infelizmente ela tá certa - diz Luiz Paulo a contra gosto

– Chega, se lamentar agora não mudará nada - diz Felipe friamente - Vamos dar esse assunto como morto igual ao James.

– Como você consegue? - pergunto assustada com a frieza dele

– Consigo o quê? - ele pergunta dando de ombros

– Ser tão frio em relação à morte do seu irmão - digo olhando-o

– Eu ficar me lamentando não o traria de volta e nem iria querer que isso acontecesse - diz em tom seco e sai

– Ele nunca gostou do James - disse Luiz Paulo - Ele mesmo teria matado o James, apenas não o fez para evitar a ira do nosso pai.

– E todos nós começamos a tratar o James dessa forma após a guerra com os titãs - Clarisse diz desviando o olhar

– Não se preocupe Susan, acho que você fez um favor ao James - diz Luiz Paulo se referindo a mim - Imagine ser tratado dessa forma diariamente por todos ao seu redor.

– Se eu conseguir me convencer disso, te aviso - digo a ele e escutamos o sinal do fim da aula e os semideuses comemorando, quando ia sair escuto

– Susan? - olho para Clarisse - O que vai fazer?

– Tentar assimilar tudo isso - digo e vou levar a Whisty pro estabulo

Fico do lado de fora pensativa esperando diminuir a movimentação dos semideuses no estabulo, quando não havia mais ninguém entro em silencio e levo a Whisty para o lugar dela no estabulo então ela diz

– Você está bem Su? - pergunta e sinto preocupação na sua voz

– Não, mas vou ficar - digo fazendo carinho na cabeça dela e saio

Vou caminhando em direção à arena. Como alguém consegue ser tão frio? Ele querendo ou não o James fazia parte da família dele, mas fui tirada dos meus pensamentos por um cachorro maior que um tangue, ele é preto, olhos cor de lava, que babava muito correndo em minha direção e saltou sobre mim. Me abaixo e ele passa direto, quando atingi o chão derrapa levemente e se vira para mim. Dou alguns passos para trás sem fazer movimentos bruscos para não chamar a atenção dele, mas mesmo assim ele corre até mim novamente, corro para o meio da arena e mesmo sem olhar para trás podia sentir sua aproximação, pois o chão tremia a cada passada do cachorro. Subo correndo alguns degraus da arquibancada, salto me segurando em uma corda que estava presa ao teto pegando impulso e me segurando em uma barra que ficava a quase cinco metros do solo. Jogo minhas pernas para cima prendendo-as na barra, com esforço consigo mudar de posição e me sentar na barra mais sabia que isso não adiantaria muito, pelo tamanho e a força desse cão em um simples pulo ele me alcançaria e só os deuses sabem o que aconteceria. Vejo ele se posicionar e se preparar para um salto, então escuto a voz de Percy

– Sra O'Leary senta - e o cachorro ou melhor a cadela obedeceu

– Como você fez isso? - pergunto ainda assustada

– Ela é minha, foi um presente de Dédalo - diz e assovia e a cadela vai ao seu lado.

– Mas o que ela é? - pergunto olhando-os

– Um cão infernal, mais vive com a gente aqui no acampamento - ele olha para mim e fala - Precisa de ajuda?

– Controlando ela, já me ajudou bastante - digo me levantando sobre a barra de dez centímetros de diâmetro e começo a caminha sobre ela.

– Cuidado! - Percy grita quando me desequilíbrio um pouco

– E você gritando me ajuda muito - digo sarcástica e alto o suficiente para que ele me ouvisse

– O que vai fazer? - pergunta quando paro de andar

– Descer da mesma forma que subir - digo e pulo em direção a corda, pulo e com a queda consigo me segurar na corda faltando apenas dois metros do chão, enrolo a perna na corda e vou me direcionando por chão devagar para evitar um acidente

– Quando aprendeu a fazer isso? - ele pergunta surpreso

– Sinceramente? - pergunto e ele assentiu - Agora

– Como? - pergunta espantado com a minha resposta

– Física básica. A força multiplicada pelo ângulo da trajetória... - ele me interrompe

– Não precisa terminar - ele diz rindo - A Annie me falou algo assim quando tínhamos doze anos em um parque aquático chamado de Aqualândia

– Porque ela falou de física em um parque aquático? - pergunto curiosa

– Estávamos em missão e ela falou isso pra me convencer de que sabia a melhor hora de saltar - ele me explica enquanto saiamos da arena

– Qual era missão de vocês?

– Recuperar o raio mestre de Zeus e impedir uma guerra entre ele e meu pai - responde como se fosse a coisa mais natural do mundo, mas acho que para um semideus isso é normal

– E como foi à missão? - pergunto realmente curiosa e ele me faz o resumo básico

Ele, Annabeth e Groover sairam do acampamento em busca do raio mestre de Zeus, eles foram atacados por três Benevolentes de Hades em um ônibus, quase foram transformados em estatuas de pedra pela Medusa, o ataque da mãe dos monstros Equidna e a sua Quimera no rio Mississipi, o encontro com a Ares, a passagem no cassino Lotus, como ele recebeu as perola de Perséfone em Santa Monica, a ida até o submundo, como a Annabeth usou uma bolinha vermelha que ela havia pego na Aqualândia para distrair Cérbero, quando descobriu o envolvimento de Ares no sumiço do raio mestre, a difícil decisão de deixar a mãe no submundo e acabar com essa guerra, o duelo na praia com Ares para recuperar o símbolo de poder de Hades que também foi roubado e depois que devolveu as coisas ficaram calmas por um tempo, ou tão calmas como pode ser a vida de um semideus. Depois de ele falar essas coisas percebi que ele ficou um pouco cabisbaixo

– Sabe me dizer por que ela me atacou? - digo mudando de assunto

– Ela não atacou, queria apenas brincar - diz fazendo carinho.

– Pelo tamanho dela essa brincadeira pareceu ataque - digo e ela abaixa as orelhas tristonhas - Me desculpe - digo e ela se anima e latiu

Saímos da arena e Percy sobe na Sra O'Leary e vai em direção a floresta, volto a caminhar indo em direção aos chalés e vejo Nico e Jhon conversando me aproximo deles que tão distraídos não notaram minha presença e digo

– O que vocês tanto conversam? - pergunto assustando-os e rio

– Que susto Susan! - disse Nico - Onde foi que você se meteu depois da aula?

– Fui da uma volta e conheci a mascote do acampamento - digo dando de ombros

– Que mascote? - perguntou Jhon

– Sra O'Leary - Nico diz - É um cão infernal que pertencia a Dédalo, mas ele deu a Percy antes de morrer

Começamos a conversar, nos sentamos na sombra de uma arvore e ficamos ali por um bom tempo até Quiron se aproximar acompanhado de um semideus e dizer

– Srta Agostini? - paramos a conversa e começamos a olha-lo - Poderíamos conversar?

– Claro! - me levanto e digo - Depois a gente se fala

– Vai lá! - disse Jhon

– Até mais Su! - diz Nico e eles voltam a conversar

Começo a andar, quando nos afastamos Quiron diz

– Srta Agostini... - eu o interrompo

– Susan - ele me olha - Me chame de Susan

– Susan, sabe o que é a nevoa? - ele me pergunta

– Se entendi direito é o véu magico que esconde a realidade dos humanos normais, mas ocorre algumas exceções como a Rachel e eu - respondo

– Exatamente, isso te dar a habilidade de manipular a nevoa - ele diz e eu começo a olha-lo

– Como assim? - pergunto curiosa

– Semideuses geralmente estão envolvidos em confusão por causa dos ataques de monstros - o semideus ao lado de Quiron fala - E se você estiver por perto poderá mudar a "realidade" dos humanos e amenizar o estrago da situação

– Por isso temos que te ensinar magia, para que possa ajudar algum semideus - Quiron diz me olhando - Se você quiser é claro.

– Se for para ajudar, estou à disposição - digo concordando com a ideia.

– Ótimo! Ele é filho de Hécate e está responsável por te ensinar magia a partir de hoje - ele diz se referindo ao semideus ao lado dele – Tenha uma aula

Ele diz e se afasta, deixando apenas eu e o semideus.

– Quando quer conversar? - o garoto pergunta

– Se você quiser agora - digo olhando-o - Susan

– O que? - ele pergunta confuso

– Meu nome. É Susan - digo ele entendeu onde queria chegar

– O meu é Davison - estendeu a mão para me cumprimentar e faço o mesmo - Prazer

– O prazer é meu - então pergunto - Controlar a magia é muito difícil?

– A magia em si não, o difícil é não permitir se acostumar com ela - ele me explica e fico um pouco confusa.

– Como assim?

– A magia quando é muito usada se torna um vicio para alguns, quanto mais poder tem mais quer usar - ele explica.

– Então tenho que aprender a usa-la, mas sem usa-la frequentemente? - pergunto

– Mais ou menos isso

Caminhamos e ele me explicou mais sobre a nevoa e as diferentes formas de usa-la, que vão desde mudar a "realidade" dos até confundir os monstros. Disse também que aqueles que tinham mais experiência, podiam fazer campos de força, repelir ou mudar trajetória de alguma arma que fosse lançada contra você e varias outras coisas. Passamos um tempo estudando a parte teórica da magia aprendendo as palavras para conjurar alguns feitiços, até que percebemos que estava perto da hora do almoço e deixamos a parte pratica para o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Gente, só uma coisa o Felipe, o Luiz Paulo e o Davison foram baseados em meus amigos da escola
E ai? O que acharam do Felipe? Do Luiz Paulo? E do Davison?
Comentem, acompanhem, favoritem e recomendem
Nos vemos nos reviews!