Susan, a filha de um Vingador escrita por Lia Araujo


Capítulo 13
A Bênção de Hefesto


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Gostaria de agradecer as todos os acompanhamentos, comentários e favoritamentos. Estou muito feliz com eles
E avisar que só postarei depois da minha semana de provas que começa segunda
Boa leitura



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Quando já estávamos do lado de fora do estábulo, pergunto ao Nico.

– Porque você agiu daquela forma? - falo fitando o chão

– O que eu fiz demais? - pergunta dando de ombros

– Porque ficou tão afastado no estábulo? - insisto e ela dá um breve suspiro

– Por causa do Black Jack - olho pra ele confuso - Cavalos não gostam dos filhos de Hades, porque sentem o cheio do submundo.

– Então foi por isso que ficou tão surpreso quando eu te disse que a Whisty gostava de você - falo e ele assentiu concordando - Mas e quanto ao seu cavalo?

– Meu pai que me deu - ele responde - Era um dos cavalos dele, por isso não se incomoda.

– E o que temos para o resto do dia? - pergunto querendo mudar de assunto por vê-lo desconfortável

– Por hoje nada, além disso - responde e vejo a tensão em seus ombros amenizarem.

– Por quê? - pergunto meio desapontada

– Hoje à noite, terá a caça a bandeira - responde direto

– E o que é isso? - pergunto curiosa

– Uma competição nos dividimos em dois times com o objetivo de captura a bandeira do adversário - ele explica

– E como é feita essa divisão?

– Pelos chalés - responde como se fosse obvio

– E como geralmente vocês fazem as divisões?

– Nós não estamos em um interrogatório Su - ele diz em um tom brincalhão

– Muito engraçado Nico - digo revirando os olhos - Mas ainda não respondeu

– A divisão é sempre a mesma Atena, Poseidon, Apolo, Hades, Hermes, Iris, Tique, Hecate e Hipnos. Contra Ares, Afrodite, Hefesto, Zeus, Dionisio, Demeter, Nemesis, Hebe e Nice - responde me deixando pensativa.

– Perfeito - digo irônica - E pensando que nada poderia estragar meu dia

– Porque esta falando isso? - pergunta sem entender

– Uma palavra: James - respondo seca

– Ele não vai fazer nada - digo diz firme

– Quem garante? - digo sarcástica

– Não vai porque é proibido mutilar ou matar durante o jogo

– As regras não dizem que é proibido ferir gravemente - falo com a voz carregada de ironia

– Porque tanta ironia Su? - ele pergunta me olhando

– Só estou sendo irônica pra esconder meu desespero - ele ri enquanto eu revirava os olhos - O que podemos levar pra esse jogo?

– Espadas, arco e flecha, escudos e itens mágicos - responde simplesmente.

– E maquinas? - pergunto começando a pensar em algo

– Para armadilhas? - assenti - Pode os filhos de Hefesto sempre fazem isso mesmo

– Ótimo! - digo e começando a correr

– Aonde você vai? - Nico grita enquanto me afastava, paro rapidamente pra olha-lo.

– Tenho que resolver uma coisa, depois eu te conto - grito de volta e recomeço a correr.

Vou até o arsenal de armas pego duas aljavas, um arco e uma espada, em seguida vou direto pro meu quarto na casa grande. Coloco as flechas e as espadas na cama, começo a analisa-los e pego meu caderno fazendo rascunhos de alguns projetos de pequenos explosivos, um disparados de cabos, bombas elétricas, bombas de gás, um dispositivo de choque de 3cm de diâmetro equivalente a 1500 wolts e bombas sonoras tão fortes que a ponto de deixar alguém inconsciente, sensores de movimento assim que terminei peguei as flechas e coloquei-as em uma mochila, juntamente com a espada e vou em direção a oficina. Quando entro vejo alguns filhos de Hefesto trabalhando, ando em direção a Leandra que ao perceber a minha presença disse.

– Oi Susan! - diz surpresa - Veio fazer uma visita?

– Na verdade não - respondo sincera - Queria saber se posso usar a oficina?

– Claro vou conseguir um lugar pra que você possa trabalhar - ela diz e começa a me guiar para uma área vazia da oficina

– O que é isso? - pergunto ao ver um frasco de vidro com um resíduo verde

– É fogo grego - diz pegando o frasco - Usamos pra fazer bombas

– Vocês fabricam bombas? - pergunto surpresa

– As vezes é necessário quando ocorre uma guerra - ela diz em um tom seria - Mas geralmente pra corridas de biga e a caça a bandeira

– De que forma vocês o usam? - pergunto com receio do que possa acontecer

– Em pouca quantidade o fogo grego é inofensivo, causa uma explosão, mas não fere apenas atordoa ou deixa inconsciente com a fumaça - ela me explica e fico um pouco mais aliviada e tive uma ideia.

– Posso usar? - pergunto receosa

– Pode - fala intrigada e entregando o frasco

– Obrigada - digo pegando o frasco e voltamos a andar

Ela abre uma porta e entro em uma espécie de oficina particular, era de tamanho médio, muito bem organizada mas a frente tinha uma mesa de trabalho. Fico olhando em volta para ver se conseguia encontrar as ferramentas que eu iria precisar então Leandra diz

– Essa é minha oficina particular - ela diz parando ao meu lado - Todos os filhos de Hefesto têm uma

– Obrigada por me ceder sua oficina - agradeço e ela me olha

– Não precisa agradecer - ela diz sorrindo e escutamos alguém grita

– Leandra preciso de sua ajuda aqui, vem rápido

– Já estou indo - ela grita de volta - Vem!

Ela vai em direção a porta e eu seguindo-a, quando saímos da oficina ela diz

– Ruan, você pode mostrar a Susan onde deixamos as peças tenho que ajudar a Mônica.

– Claro, por aqui - ele diz indicando o caminho e eu o sigo.

Andamos um pouco e ele abre uma porta no canto estratégico da oficina. Assim que eu entro e vi as peças, senti algo diferente. As peças pareciam ter passado por uma espécie de scanner e em seguida hologramas 3D de cada peça que eu precisava "flutuou" pela sala e começou a se juntar nas maquinas que eu havia projetado, pisco algumas vezes tentando entender o que estava acontecendo e a projeção das maquinas se desmonta e todas voltam a seu lugar me dando a localização exata de cada peça. Fico surpresa com o que acabou de acontecer e quando eu ia perguntar o que tinha acontecido vejo que Ruan me encarava tão ou mais surpreso que eu e diz

– Heliga gudar, fick du välsignelse av Hefaistos (Santos deuses, você recebeu a benção de Hefesto) - ele falou em um idioma que não conhecia, acho que era sueco e ele me olha - Seja lá o que você quer fazer agradou a ele, consegui se virar sozinha?

– Consigo obrigada! - digo pegando uma caixa vazia e coloco as peças dentro

– Posso fazer uma pergunta? - ele diz parando perto da porta

– Acabou de fazer, mais se quiser fazer outra fique a vontade - respondo meio que automaticamente ainda pegando as peças.

– O que te fez querer vim a oficina? - pergunta em tom de curiosidade

– Não gosto de ficar desocupada - respondo já que isso não é totalmente mentira

– Tá qualquer coisa é só chamar - ele diz saindo da sala

– Ok! - sussurro isso sozinha na sala analisando pra ver se peguei tudo que iria precisar

Após conferir minha listinha mental saio da sala. Caminho até a oficina da Leandra e quando entro acontece a mesma coisa, a oficina passa por uma espécie de scanner me dando a localização de cada ferramenta. Vou até a mesa, coloco as flechas sobre ela e vou buscar as ferramentas. Sento-me e começo a montagem dos equipamentos, ao finalizar o primeiro vejo novamente um holograma fazendo uma simulação de funcionamento o que me tranquilizou sabendo que não machucaria os semideuses. Continuo a montagem dos equipamentos, algum tempo se passa e escuto a sirene do almoço. Levanto-me rápido e saio praticamente correndo da oficina indo em direção ao pavilhão, pego um prato e vou em direção a fogueira e jogo 3/4 da minha comida e digo

– Não sei se mereço o que fazem por mim, mas agradeço por tudo.

Vou até a mesa de Hades, me sento e começo a comer. Nico se senta na minha frente e digo

– Oi! - e coloco uma colherada de comida na boca

– Vai com calma Su, a comida não vai fugir - diz levemente surpreso por me ver comendo como uma desesperada.

– Eu sei que não vai - digo após engolir a comida e tomo um grande gole de suco

– Então porque tá comendo assim? - pergunta ainda me olhando

– Tenho que terminar uma coisa - termino de comer e tomo o resto do suco - Tchau!

– Espera - ele diz segurando meu pulso quando ia passando por ele - O que aconteceu?

– Mar e fogo - digo ele fica pensativo por um momento, então sua expressão muda pra surpresa ele ia dizer algo, mas me adianto - Exatamente isso.

Digo e vou direto pra oficina, volto a trabalhar nos meus equipamentos algumas horas se passam e assim que consigo terminar os meus "brinquedos" noto que eles são mais de ataque do que de defesa. Penso por alguns segundos quando noto na sala um bracelete quebrado, pego e fico olhando-o tentando inventar algo para usar na defesa mais nada. Desvio meu olhar do bracelete para a sala e vejo um escudo, pego meu caderno e um lápis e começo a rabiscar um projeto de escudo compacto de modo que ele só virasse escudo quando necessário. Decido compacta-lo no bracelete, começo a trabalhar em uma espécie de segunda camada do bracelete, começo a trabalhar nas engrenagens de forma mais rápida que o normal e monto o meu dispositivo. Começo a teste, e abro um sorriso de satisfação ao ver que ele funcionava perfeitamente. Após finalizar cada projeto faço equipamentos de sensores de movimento (não me perguntem por que, apenas tive a sensação de que seria útil). Ponho tudo na minha mochila, arrumo a oficina e saio. Quando passo pela Leandra agradeço mais uma vez e me despeço, volto a casa grande e vou direto pro meu quarto e coloco a mochila na cama, pego uma roupa e vou tomar banho. Saio do banheiro já arrumada, me deito na cama e começo a ouvir musica para passar o tempo, fecho os olhos e começo a tamborilar com os dedos no ritmo da musica até que sinto alguém me observando. Tiro os fones e abro os olhos dizendo

– A saudade é tanta que teve que invadir o meu quarto Di Ângelo? - pergunto sarcástica e ele revira os olhos

– Eu quero saber o que você está aprontando - diz com um olhar curioso

– Eu não apronto - me defendo - Estava trabalhando

– Em quê? - pergunta se sentando na minha cama

– Nisso aqui - digo pegando meu caderno e uma flecha

– O que é isso? - pergunta olhando os desenhos dos meus projetos

– Isso é o que nos ajudará na caça a bandeira - digo e começo a explicar a utilidade de cada um deles

– Incrível! Eles foram projetados antes ou depois da benção de Hefesto? - pergunta colocando a flecha em cima da cama

– Projetados antes e montados depois - respondo começando a guardar o caderno

– Três dias e já somam cindo bênçãos - ele diz me entregando a flecha

– Eu sei - sussurro e digo - Isso me preocupa

– O que? - pergunta me olhando

– Da consequência dessa bênçãos - digo e ele diz

– O que quer dizer?

– Eu estou com medo Nico - digo e ele me olha confuso - Tenho medo que isso possa causar uma desunião entre os deuses

– Ou pode causar uma união duradoura entre eles - diz esperançoso

– É uma chance - digo sem muito animo e ao notar diz

– Vem - ele diz se levantando, olho para ele e digo

– Para onde? - digo me levantando

– Andar um pouco - diz dando de ombros - Você vem?

– Claro, mas quero ver um lugar especifico nessa caminhada - digo indo ao seu lado

– E que lugar seria esse? - pergunta desconfiado

– O lugar onde vai acontecer o capture a bandeira - digo como se fosse obvio

– Você quer ver o lugar para saber os melhores lugares para deixar as armadilhas - diz entendendo

– Esattamente il mio caro Di Ângelo (Exatamente meu caro di Ângelo) - digo sorrindo de lado

– Te encontro próximo aos estábulos - diz e logo some nas sombras

– Tenho que perguntar como ele faz isso - digo saindo do quarto

Vou andando até o estábulo e logo vejo Nico encostado na parede, quando ele me vê fala

– Já estava achando que não ia vim mais - disse sarcástico

– Ha ha! Hilário di Ângelo - digo irônica

– Vamos? - disse indicando o caminho

Caminhamos até a floresta, ele me mostrou o limite de cada lado do campo até a fronteira do lago, andei olhando cada pedra, cada arvore vendo os melhores lugares para deixar meus brinquedos. Quando decide onde iria deixar cada aparelho começo a olhar onde seria a caçada e começo a imaginar os semideuses se enfrentando, o som das espadas se chocando, as flechas sendo disparadas. Mas sou tirada dos meus pensamentos por Nico que me avisa que devemos voltar. No caminho de volta ao acampamento e vi Annabeth, Percy, Michael e mais dois semideuses que não sabia os nomes e fomos até eles.

– Oi gente! - digo cumprimentado todos - O que estão fazendo?

– A Annie tá passando a estratégia para hoje a noite - diz um dos garotos revirando os olhos

– Já? - pergunto surpresa

– Sou filha da deusa da estratégia o que vocês esperavam? - diz em um tom convencido - Su, esses são Connor e Travis filhos de Hermes

– É um prazer - digo olhando-os - Quando começa a caça?

– Depois do jantar - diz e volta a olhar as plantas do acampamento no computador

– Poderia me mandar uma copia dessas imagens? - pergunto olhando a tela

– Posso, mas para que você quer? - diz me olhando desconfiada

– Foi só uma ideia que tive, mas para dar certo preciso dessas plantas

– Está bem! - diz copiando o arquivo para um pen drive - Aqui está, vai precisar do meu notebook?

– Não obrigada! - digo pegando o pen drive - O meu está no quarto

– Ok gente! Depois eu explico com mais detalhes o que fazer durante o jogo - diz e vejo os filhos de Hermes comemorarem e saírem correndo

– Eles não mudam - Percy fala balançando a cabeça negativamente

– Não mesmo - concordou Nico e pareceu lembrar-se de algo - Droga

– O que foi Nico? - pergunto um pouco preocupada

– Tenho que arrumar meu chalé antes da vistoria, tchau - ele responde e sai quase correndo.

– Tchau! - respondemos em unissom

– Tenho que resolver algumas coisas, depois nos falamos - eles concordaram com a cabeça e me afasto


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Notas finais do capítulo

E ai gente! Gostaram?
Comentem, favoritem recomendem e acompanhem
Ador o comentário de vocês!
Nos vemos no reviews