(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 7
07. Pele de cordeiro.


Notas iniciais do capítulo

Heeey, pipous :3
Minhas aulas acabaram (thank u, gosh o/) e eu estou em semana(s) de prova, então não sei quando vou postar novamente. Prometo tentar ser rápida, mas com as férias chegando, qualquer escritor que se preze sabe que sua criatividade viaja para o outro lado do mundo e a minha já está programando sua próxima parada.
Juro que vou tentar postar com a mesma frequência, porque hiato é foda, masss..
Deliciem-se com esse capítulo. Tem spoiler até no título. ehuehe



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Talvez se naquela manhã Percy tivesse acordado nadando pelado num chafariz, as coisas teriam sido mais fáceis de se processar. Claro, aquilo era estranho, mas nada superava a noite anterior. Não quando uma festa estava sendo feita para, adivinhem: Comemorar seu namoro com a Chase.

Podiam ter pedido para ele ir dançar com o capeta, seria aceito com mais bom grado do que aquela ideia. Quando é que Annabeth Chase chegaria a ter qualquer relação afetiva com o Jackson?

Se a loira não tivesse interrompido seu percurso para a aula de Biologia, Percy poderia jurar que aquilo não se passara de um sonho louco.

− Estou falando sério, Percy, e espero que você também. – ela dizia, cravando as unhas no pulso do garoto.

− Qual é, Chase, você e seu Q.I elevado não conseguem pensar em nenhuma saída? – ele praguejou. – Quer dizer, diga que nós estávamos bêbados ou que você encontrou um partidário melhor na América Central, ‘tá valendo qualquer coisa!

− Me agrada saber que nossos sentimentos são recíprocos, Jackson, mas se você não quiser ficar atrás das grades, é melhor sentar comigo no almoço. – ela falou, perfurando seu crânio com aquelas íris tempestade.

− Como assim? Vamos ter que viver colados?! – o garoto arregalou os olhos. – Olha, não sei quais são suas experiências nessa área, mas não há nenhuma cláusula contratual que nos obrigue a grudar um no outro.

− Não vamos ir juntos para o vestiário, Jackson, nem nos seus sonhos mais sórdidos. – Annabeth garantiu. Aquela garota se achava muito autossuficiente, não? – Mas pelo bem de seu pescoço e da sua mãe, é melhor nós fingirmos. E direito.

Percy suspirou, vencido. O envolvimento de Sally Jackson mudara completamente o rumo da história. Ele faria o que fosse preciso para manter a mãe longe do vexame de ter um filho assassino.

− Tenho Inglês antes do almoço. Prédio 6. Pode me encontrar lá? – ele perguntou, suspirando.

− Duas em ponto. – ela assegurou-lhe.

Mas antes que Percy pudesse dar-lhe as costas, a garota interrompeu-o:

− Só mais uma coisa.

− Sim?

− Não ande com nenhum dos outros. Qualquer que seja o motivo, é melhor não nos mostrarmos muito próximos.

− O que ela pretende, então? – Reyna esbravejou quando Silena viera lhe informar sobre a nova tática de Annabeth. – Não é como se o Detetive D. acreditasse que ontem estávamos juntos apenas para planejar uma festa. Quer dizer, quem em plena sã consciência deixaria a organização de sua festa de namoro nas mãos de estranhos?

− Quando você souber a resposta, juro que te dou vinte pratas. – Silena comentou exausta. Aquela noite havia lhe rendido uma insônia pesada após seu terceiro pesadelo consecutivo, ela conseguira pegar o nascer do sol àquela manhã. – E dobro o valor se você conseguir confrontar Annabeth sobre isso. – acrescentou.

Reyna riu seca. Ela conhecia a reputação de Annabeth.

O que poucos sabiam, contudo, é que ela conseguia ser pior que a loira quando o assunto era ser cabeça-dura. E se ela estava pedindo um teste, então, que assim o fizesse. Estariam competindo para saber quem resistiria mais.

E por mais que Silena não fizesse ideia do porquê de tanta objeção ao plano, deixou que Reyna entrasse fumegando na sala de aula sem comentários adicionais.

Acompanhada pelos olhares carregados de compaixão dos colegas enquanto andava a procura de qualquer distração, ela gostaria de poder gritar para que todos deixassem-na em paz.

Ela tinha perdido a amiga. Não precisava ser lembrada disso.

Calipso nem era tão amada assim, para início de conversa. Quer dizer, morrer não era o melhor final para alguém como ela, mas fazia tempo que ouvia pelos cantos dos corredores ameaças para com sua melhor amiga. A Menina Atlas era uma megera, afinal. E por mais que doesse em Silena falar aquilo, talvez tivesse sido um destino melhor para ela morrer.

Seu reinado em Olympus High estava com os dias contados, todos sabiam disso. A morte fora a melhor opção para alguém que seria lembrada como a vilã da história. Agora, pelo menos, era considerada vítima.

Mas afinal, aquilo já estava previsto. Calipso sempre dava a volta por cima, era incrível como sempre conseguia se reerguer. Não poupara esforços, dessa vez. Silena não sabia se ficava feliz por ter participado da re-ascensão de Calipso ou não.

Faltando menos de cinco minutos para o início da aula de Pré-Cálculo, Leo viu Reyna adentrar a sala de supetão. Com o rosto vermelho e a respiração pesada, qualquer um com juízo suficiente desviava do caminho da garota enquanto ela marchava para sua carteira.

Vasculhando a sala por um milésimo de segundo, contudo, ela alterou seu percurso e, com um sorriso radiante, caminhou para perto de Leo.

O garoto não sabia se devia temer sua aproximação ou sentir-se lisonjeado pelo sorriso que Reyna lançara para ele.

− Leo! – seu sorriso se alargou.

− Você tá bem? – o garoto resolveu ser direto.

− Por que não estaria? – ela sentou-se, virando para ele com uma sobrancelha arqueada.

− São sete da manhã, você sabe, né? – ele fez questão de se assegurar.

− E...? – ela continuava sem entender o olhar de pavor estampado no rosto do garoto.

− E que Reyna Avila Ramirez-Arellano nunca fica de bom humor antes das nove. Sei disso porque daqui há cinquenta minutos temos Educação Física e você quase me mandou para a enfermaria na última vez que tocou numa bola. – Leo lembrou-se do ocorrido. Ainda podia sentir o braço latejar com a lembrança.

− Primeiro: Não me chame mais assim. – ela fechou a cara. Leo tinha que admitir que gostava mais dessa Reyna. – Desculpe pelo braço, a propósito. – a menina comentou. – E não é que eu tenha um relógio biológico ou algo assim, só fico cansada na maior parte dos primeiros horários.

− Se quiser, pode dormir aqui, posso te acobertar no caso de a megera da Sra. Dodds suspeitar de algo. – Leo sorriu.

Reyna estranhou a generosidade do garoto. Não por ser algo raro vindo de Leo, mas porque Reyna nunca estivera acostumada com pessoas gentis. Talvez tenha sido por isso que ela se deixou levar tão facilmente por Calipso antes de saber da real intenção da mesma.

Sorrindo torto para Leo, Reyna encolheu-se na carteira e escondeu o rosto por entre os braços na tentativa de dormir.

Obrigada, Leo. – ele sussurrou baixo, numa imitação falsa da voz da garota antes que a professora entrasse em sala.

− Vou te dar duas opções: falar comigo ou me ouvir. – Luke Castellan abriu um sorriso falso, evidenciando a cicatriz em seu rosto. – Mas um conselho de amigo: - Luke chegou perto, sussurrando. – se quiser que eu seja gentil, escolha a primeira.

Silena grunhiu. Olhando para a sala a sua frente, gostaria que a estúpida da Sra. Dodds parasse de discursar sobre a importância do cálculo na vida do ser-humano por um minuto e notasse o que estava acontecendo fora de sua aula.

Com um pouco de sorte, ela mandaria Luke para a coordenação. Silena, no entanto, duvidava que o pupilo da professora sequer recebesse uma advertência pelo assédio que a menina estava sofrendo.

Estava há mais de meia hora escondida próximo ao vaso de plantas perto da Sala de Pré-Cálculo, tentando evitar qualquer que fosse seu contato com os demais estudantes em sua primeira aula, quando por coincidência Luke Castellan aparecera correndo no final do corredor na tentativa de não chegar mais atrasado do que já estava em sua primeira aula.

Logo que vira a cabeleira loira portando um casaco do time de basquete, Silena percebera a quão encrencada estava. Se tivesse sido esperta o suficiente, se bandearia para dentro da Sala de Pré-Cálculo e com uma boa desculpa conseguiria ficar os próximos vinte minutos por lá.

Mas claro que não, o destino já se provara um grande amigo para Silena uma vez. Única, claro. Porque depois disso, ela só se estrepara.

Sem muito esforço, Luke conseguira prensar a garota na parede e, por mais relutante que ela estivesse, falar com Silena.

O problema era que a garota não queria falar com ele. Sequer olhar na cara dele. Ela repudiava qualquer contato que tivera com Luke Castellan desde o dia em que o pegara aos amassos com Calipso num corredor vazio do Prédio 3.

− Não precisamos conversar. – Silena grunhiu. Tentava se recompor, mas a posição em que se encontrava parecia não ajudar. – Você e Calipso estavam flertando desde a oitava série e então finalmente ela aceitou ter alguma coisa com você. Ótimo. Espero que tenham sido felizes juntos, afinal, você me trocou por ela sem dó nem piedade.

− Ela está morta, Silena. – Luke lembrou-a.

− Ah, sério? Porque eu achei que o enterro dela tivesse sido mera ilusão. – Silena comentou com sarcasmo, sem nenhum peso no coração.

− Você sempre foi assim, não? Insensível. Mas parabéns, você disfarça bem na frente das câmeras. – Luke riu. – Não é de se espantar que a Calipso tiv-

− Luke! – uma voz no final do corredor fez com que o Castellan interrompesse sua fala.

Thalia Grace, que até então vagava pelos corredores com a mesma intenção de Silena em evitar seus colegas, estava próxima o suficiente para ouvir as ameaças que Luke falava para a ex.

− Thalia! – o garoto abriu os braços para a velha amiga.

− Se manca, garoto. – a menina mandou, chegando perto de Silena. – A menina não tá bem, dá pra perceber?

Era incrível como a expressão de megera de Silena conseguira se transformar em tão pouco tempo. Impressionante, Luke ousava descrever. Era uma atriz nata, afinal. Todas eram.

− Nós apenas estávamos – Luke fez uma pausa, sorrindo para a ex-namorada. – Discutindo umas coisas pendentes.

− Sua DR aconteceu há três semanas atrás em pleno refeitório, preciso te lembrar? – a menina perguntou, abraçando Silena quando a menina chegou perto dela.

− Acho que todos nos lembramos bem da ceninha, não? – Luke riu, olhando significativamente para a outra garota.

− Já disse para ir embora, Castellan. – Thalia foi curta e grossa.

− Sempre adorável. – ele sorriu radiante. – Precisamos relembrar os velhos tempos qualquer dia desses, Thalia. Ainda estou com o mesmo número, caso não saiba.

Bufando, a Grace deus as costas para Luke. Não merecia ficar escutando as asneiras que o Castellan dizia sobre um dia os dois terem sido amigos.

− Vamos, Thalia, poupe seu tempo. – Silena comentou, laçando um olhar gélido para Luke.

O garoto apenas olhou para a Grace, dizendo silenciosamente o que costumava dizer sempre que se despediam: Tome cuidado.


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