(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 6
06. O Plano Perfeito.


Notas iniciais do capítulo

Geeeentey, me desculpem pela demora :/ Eu venho recebendo comentários tão lindos de pessoas que estão realmente gostando da fanfic e fico com medo de decepcionar vocês, por isso tentei melhorar o quanto pude esse capítulo, masss.. :/ O próximo está melhor, prometo.
Capítulo dedicado à Drama Queen (/501090), a little liar mais perfeita desse universo por ter recomendado a fanfic. Eu nem chorei, só tremi. e.e



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Logo que Reyna chegara para cobrir seu turno àquela tarde e vira o quinteto reunido num canto, sentira seu sangue ferver. Não sabia de quem fora a grande ideia de fazer aquela reunião secreta, mas gostaria de saber em que parte ela não se incluía naquilo.

– Uma Coca Diet estava ótimo. – Leo fez piada.

Reyna fuzilou-o com o olhar, sumindo com o sorriso brincalhão do Valdez e sua tentativa de descontrair o clima.

– Tentamos te ligar. – Percy tentava explicar. – Mas aquele cara ali não quis dar seu número.

Reyna olhou para quem o Jackson lhe indicava. Fuzilando Octavian com o olhar, ela lembrou-se mentalmente de matá-lo depois, com ou sem o consentimento de Rachel.

– Me acerto com ele depois. – a menina trincou o maxilar.

Foi a primeira vez que Leo sentiu medo dela.

Pegando uma cadeira da mesa do lado, Reyna sentou-se entre Thalia e Silena.

Todos encaravam-na de uma maneira que deixou-a profundamente irritada – e um pouco constrangida, também.

– O que vocês estavam falando antes de eu chegar? – ela perguntou.

– Na verdade, nós ainda não havíamos começado. – Thalia disse.

– Mas todos nós sabemos que estamos aqui para falar sobre a morte de Calipso, certo?

Quando todos olharam para Annabeth com os olhos arregalados, ela percebeu que talvez tivesse sido um pouco direta demais.

– Desculpe. – pediu, olhando diretamente para Silena.

– Não importa. – Thalia cortou o melodrama dos colegas. – O fato é que Calipso morreu e nós somos os responsáveis por sua morte, sem mas.

Incrivelmente, Thalia sentiu-se bem falando aquilo.

Não estava alegre por ter matado alguém, claro que não, mas vinha se martirizando nos últimos quatro dias, aterrorizada apenas com esse pensamento. Falar em voz alta não era para ser algo que aliviasse seu sentimento de culpa, mas parecia ser essa a maneira de tirar o peso de suas costas; aceitando ou não, ela tinha realmente matado alguém.

– E o que vocês acham que vai acontecer, então? – Leo perguntou depois de um tempo em silêncio.

– Nós vamos morrer, segundo o pai dela. – Reyna falou, casualmente.

A relação daquela garota com a morte assustava Leo.

– Que é? Ninguém assiste o noticiário, não? – ela perguntou depois dos olhares que recebeu.

– Nós vamos ser presos. – Annabeth tentava lidar com aquilo de forma positiva, por mais insana que fosse a ideia.

– Nós vamos morrer. – Silena reforçou.

Conhecia a família Atlas mais do que qualquer um naquela mesa, sabia do que o pai de Calipso era capaz de fazer com eles.

– Nós vamos nos dar mal. – Percy disse, pondo fim na discussão que se iniciaria.

– E eu, honestamente, não quero que isso aconteça. – Leo disse, afastando-se dos demais.

Não haviam notado, mas tinham juntado a cabeça em um dado momento e eles sussurravam aquela história toda, tentando não chamar atenção.

Embora disfarçando, todo o sexteto se separou. Sabiam que seria mais seguro continuar sussurrando próximos um do outro, mas quanto mais suspeitos parecessem, mais chamariam a atenção da polícia.

Eram um grupo inusitado, afinal. Quando, enquanto Calipso estava viva, Silena pensou em se misturar com pessoas como Annabeth Chase, ou Thalia em ter uma conversa de mais de cinco minutos com o amigo de seu irmão?

– Você está sugerindo, então, que nós disfarcemos? – Annabeth franziu o cenho para Leo, retomando o rumo da conversa.

– E daria certo? – Reyna riu. – O detetive só faltou pedir o número da minha identidade hoje.

– Quando foi isso? – Annabeth assustou-se.

– Vocês já tinham ido embora. – ela disse, sem achar que precisava de mais explicações.

– Sim, e..? – Percy pressionou-a.

Precisavam de mais informações, afinal.

– O quê? – ela perguntou, sem entender.

– Conte o que aconteceu! – Silena disse, revirando os olhos.

– Não falei nada demais. – Reyna disse.

– Conta logo! – Annabeth perdeu a paciência.

– Ele disse que não sabia que eu era próxima à Calipso. – ela deu de ombros, sem mais detalhes.

– Pois é, de onde vocês se conhecem? – Silena perguntou, curiosa.

– De uns tempos para cá, vocês tinham começado a ficar mais próximas. – Percy lembrou-se das vezes em que Reyna estava junto a Menina Atlas enquanto conversavam.

– Rachel trabalha com tarô, cartas, e-

– Espere, quem é Rachel? – Thalia interrompeu-a.

– É a amiga dela. – Percy explicou. Quando Reyna lançou-lhe um olhar confuso, ele explicou: - Você trabalha em frente à minha casa, sempre que eu venho aqui ela 'tá conversando com você ou com aquele garoto loiro.

– Você mora por aqui? – Annabeth perguntou, surpresa.

– Não importa! – Silena cortou-os. Annabeth fuzilou-a com os olhos. – Vamos voltar ao foco da conversa, está bem?

– Como disse à ele, Rachel trabalha com tarô e essas coisas. Quando Calipso descobriu, pediu que eu marcasse um dia com ela. – Reyna deu de ombros.

– E por que ela faria isso? – Leo perguntou, confuso.

– É uma boa pergunta, afinal. – Annabeth falou, antes que Silena pudesse falar qualquer coisa. Encarando-a com um sorriso cínico, apenas recebeu um revirar de olhos da outra. – Calipso nunca pareceu interessada nessas coisas, afinal. Estou errada?

– Não. – Silena murmurou.

– Vocês vão ficar com essa de briguinha, sério? – Thalia olhou para as duas sem acreditar.

Annabeth inflou o peito para falar, mas Reyna cortou-a:

– Poupe seu fôlego se for para falar besteira. – ergueu a mão, interrompendo Annabeth. - Nós estamos aqui para discutir algo importante. Se não decidirmos nada até às sete, no mínimo eu fico sem emprego.

– Por que até às sete? – Leo perguntou, confuso.

Dessa vez tanto Silena quanto Annabeth suspiraram, estupefata. Já tinham estourado a cota de perguntas desnecessárias em um só dia.

– Meu chefe chega às sete. Por enquanto, Octavian cobre meu turno. – ela explicou, ignorando as meninas. – Ao menos alguma coisa aquele imprestável faz... – ela murmurou.

– Agora podemos voltar ao que interessa? – Annabeth pediu.

– Vocês que-

– Céus, chega dessa coisa irritante de garota! – Percy resmungou.

– Chega de desviarem do assunto! – Leo disse, irritado.

– Bom, o ponto aqui é que nós somos culpados, mas ninguém vai assumir. – Annabeth invejava a facilidade com que Thalia tratava do assunto. – Ou seja, vocês estão dizendo que encobriremos nossos rastros?

A Grace olhou para todos.

Silena brincava com o resto de um bolinho que comia, Reyna mexia no nó do avental de seu uniforme, Percy encostara-se na cadeira, cruzando os braços, Annabeth tirava os restos de seu esmalte descascado de sua unha, restando então Leo para responder.

– Por mim. – ele deu de ombros.

– Nós vamos ter sérios problemas, vocês sabem disso, não é? – Thalia lembrou-os.

Não estava querendo sair daquilo, mas queria deixar todos os outros cientes das consequências daquela escolha.

– Não só se formos pegos, mas porque conseguir fazer com que todas aquelas pistas apontem para outra pessoa-

– Ei, estão dizendo que vamos colocar a culpa em alguém inocente? – Percy assustou-se.

Thalia olhou-o, cínica.

– Não vou fazer isso. – Reyna disse. – Nós vamos nos livrar disso, mas sem ninguém mais envolvido, certo?

A decisão foi unanime.

– Ela estava numa floresta, pode ter sido mordida por algum animal ou comido alguma planta venenosa. – Annabeth deu um palpite.

– E as coincidências? – Silena lembrou.

– Thalia e eu estávamos lá para passar um final de semana juntas. – aquilo era verdade, afinal.

– Aparentemente, ninguém me viu. – Percy deu de ombros.

– Rachel achava que eu estava aqui. – Reyna apressou-se. – E, em parte, eu estava. – mas ela não entrou em mais detalhes.

– Todos sabem que eu estava com Calipso. – Silena disse, dando de ombros.

Annabeth encarou-a momentaneamente. Gostaria de saber o que Silena fazia ali. Digo, ela não tivera nenhum envolvimento na morte de Calipso, certo? Porém, aos poucos, a loira começava a duvidar daquilo.

Ela vinha aprendendo a caçar com o pai nos últimos verões e, logo no início, aprendera a reconhecer o olhar de uma presa e, consequentemente, de um predador. Silena certamente não bancava a vítima.

No entanto, ninguém mais parecia notar aquilo. Na verdade, todos observavam Leo inventar sua desculpa brilhante.

Com ele, todos sabiam, seria mais difícil. A moto do garoto fora encontrada no meio da mata, ele não conseguiria negar que a BMW pertencia a outra pessoa. Além do mais, passear por aquela mata e ocasionalmente deixar uma moto como aquela no meio do nada não era uma atitude sã.

– Estava entregando pizza. – ele riu.

− Sem gracinhas, Valdez. – Reyna olhou para ele irritada.

− Tem algo mais criativo? – Leo desafiou-a.

− Mas que prazer em encontra-los reunidos! – ouviu-se uma voz ao fundo - Estão tramando algo?

Todos congelaram.

Olhando para frente, Leo quase engasgou quando viu o homem de gravata de leopardo analisando-os divertido. Era notável o quão satisfeito o detetive estava por tê-los encontrado ali.

Mas que desprazer em vê-lo aqui!, Thalia pensou consigo mesma.

− Sim! – Annabeth achava que talvez tivesse falado um pouco alto demais. – Sim, nós estamos... fazendo uma festa!

− Uma festa? – o detetive D. olhou-a curioso. – Comemorar o que, exatamente?

A loira quis bater em si própria.

Uma festa, Annabeth?, ela ralhava. Logo depois da morte de uma garota?!

− Uma festa de namoro! – Silena falou a primeira coisa que veio na cabeça, abrindo um sorriso pesado para o detetive enquanto engolia o último cupcake na mesa.

− Está namorando? Quem? – o detetive franziu a testa, puxando uma cadeira para sentar-se com eles.

Por mais que ninguém ali estivesse realmente namorando, aquilo não explicaria o porquê de estarem comemorando. Mesmo se fosse aquilo, uma garota tinha acabado de morrer. Fazer uma festa? Por favor, pensem em algo melhor!

− Não eu. – Silena apressou-se. Olhando desesperada para Annabeth em busca de apoio, uma ideia se formou em sua mente. – A Annabeth, sim!

− Annabeth! – o detetive abriu-lhe um sorriso ainda mais falso que o olhar que a loira lançava para Silena. – Quem é o felizardo, posso saber?

− O Percy! – Thalia falou, chutando o Jackson por debaixo da mesa.

Praguejando, o garoto queria saber por que diabos a garota diria uma coisa dessas para logo depois dar-lhe um chute na canela. Mas olhando para os rostos aflitos ao redor dele, viu que era sua deixa.

− É, sim. – sorriu para a namorada. – Depois de tanto pedir, Annie finalmente aceitou meu pedido!

O detetive estava cada vez mais entusiasmado com a notícia.

− E por isso precisamos comemorar. – disse Reyna. – Digo, o Percy acabou de perder alguém próximo e tudo mais, fora todas as outras pessoas que sentiram a perda da Calipso... precisamos de algum motivo para sorrir, certo?

Annabeth olhava para aquilo tudo desesperada. O que eles estavam fazendo? Arrumar um suposto namoro com o Jackson para logo depois inventarem uma festa para comemorar? Era óbvio que o detetive não acreditava em nenhuma palavra do que diziam.

− E vocês todos são bem próximos, então, para comemorarem. – supôs, analisando cada um dos presentes naquela mesa.

− Não, claro que não. – Annabeth adiantou-se.

Olhares carregados com uma variedade enorme de sentimentos foram dirigidos a ela. A garota ignorou a todos. Precisava relaxar se quisesse fazer com que o detetive acreditasse no que diziam e já que nenhum deles se dispusera a tal, deixassem que ela fizesse aquilo. Do seu jeito.

− Silena está aqui para ajudar na decoração e Reyna porque queremos alugar o Lótus. – ela disse. E embora aquilo fosse automático, como desculpas mal arquitetadas, eram o que tinha. – Chego a ter ciúmes da amizade do Leo com o Percy. – Annie riu. – Não é, amor?

Percy sentiu a canela ser chutada mais uma vez. O que aquelas garotas tinham com el-

Ai! Mais uma vez, Thalia havia chutado ele por debaixo da mesa. Vendo que esperavam do garoto uma reação, Percy assentiu.

− Sim. É. Quer dizer, a Annie é muito ciumenta, sabe? – ele sorriu.

− Tive uma namorada assim, também, sabe? – o detetive riu.

Annabeth suspirou. Começando a ouvir, então, a história que aquele homem contava, sentiu-se aliviada por terem eliminado as suspeitas do ar.

Ao menos, esperava que assim fosse.


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