(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 5
05. Pode trazer a conta.


Notas iniciais do capítulo

Heey, galera! O que faço eu, então, postando um capítulo há uma hora dessa da madrugada? Nada que preste, certamente. Mas, bem, cá estou eu. Morta de sono, mas estou.
Perdoem-me as notas curtas e qualquer erro que encontrarem, mas a Luninha aqui realmente está caindo de sono (sou fraca, gente) e quer logo poder sonhar com seu sátiro - só sonhar mesmo, porque, né. :v
Well, novamente, agradeço todas as garotas que comentaram. Vocês são demais, cara >heart



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Annabeth massageava suas têmporas enquanto tentava acostumar-se com a luz do ambiente, sem aquele monte de flashes piscando enquanto entrava em casa. Sentando-se no sofá, exausta, ela esperou que Atena se pronunciasse. No entanto, sua mãe apenas colocou a bolsa Prada na cômoda da sala e seguiu para a cozinha.

Em algum momento durante aquele funeral, um paparazzi de plantão obtivera as informações necessárias para descobrir, finalmente, o nome das garotas próximas a cena do crime. Logo que colocaram os pés para fora da igreja (capela, o que quer que fosse), tanto ela quanto Thalia foram assediadas por um frenesi de câmeras famintas por fotos de seus belos rostos.

Incrivelmente, Atena agarrara-se ao seu lado materno e a Annabeth enquanto arrastava-a junto à Thalia para dentro do carro, sem deixar que nenhum daqueles repórteres inconvenientes tocassem em um fio de cabelo loiro da filha. Ainda surpresa, ela despediu-se da amiga e seguiu o resto do caminho até sua casa em silêncio.

Esperava que depois daquela cena de afeto entre mãe e filha – na medida do possível -, Atena fosse falar alguma coisa. Qualquer coisa. Mas ela mantivera sua postura impassível até então e não parecia querer muda-la tão cedo.

Encarando-a por alguns minutos, a menina finalmente desistiu. Estava magoada, claro. Era obrigação sua obrigação, como mãe, de falar alguma coisa, certo? A filha fora assediada no meio de um enterro! Annabeth merecia, no mínimo, um abraço carinhoso.

Mas não devia esperar muita coisa. Atena era assim, afinal. Ela forçava-se a acreditar que sua mãe a amava, mas se esperasse de Atena alguma demonstração afetiva, passaria anos naquele sofá sem nenhum retorno.

Encaminhando-se para o quarto, ela pôde ouvir o telefone tocar, mas não deu-se o trabalho de atender. Devia ser um dos diversos sócios da mãe, preocupados com seu estado após aquele inconveniente. Oras, ela era que precisava de atenção! Sua mãe estava bem. Era seu papel lidar com repórteres todo dia, escolhera viver com isso quando decidira elevar sua carreira. Annabeth, entretanto, nunca pedira nada daquilo. Se pudesse, ainda estariam morando naquela casa amarela em São Francisco com o pai, sem precisar se preocupar com o lado favorecido pela bolsa de valores ou, tampouco, com a morte de uma menina bem debaixo de seu nariz.

Em suas mãos, para ser mais exata.

Enquanto via Rachel abraçando por longos cinco minutos a Sra. Atlas, Reyna praguejava mentalmente.

Ainda estava no cemitério, perto demais de onde o corpo de Calipso jazia enterrado. E mesmo com mais de sete metros entre elas, a morena ainda conseguia sentir os olhos da Menina Atlas perfurando sua pele.

Olhando ao redor, via as grades que separavam o cemitério da rua cercada de jornalistas sedentos por fotos. Por mais que estivesse ansiosa para sair dali e sumir de vista do Detetive D., Reyna temia ter que passar pela multidão de paparazzi de plantão enquanto esperava pelo táxi que pedira há dois minutos atrás.

Vira o que acontecera com Thalia Grace e Annabeth Chase na saída da capela próxima dali, não queria saber como fora a experiência das duas garotas. Conseguira despistar os jornalistas no início, não só por terem entrado pelos fundos, mas por não ter destaque algum no caso até então. No entanto, se demorava-se mais do que os outros presentes no funeral, obviamente tinha alguma coisa de especial. E o que quer que fosse, aquelas pessoas com microfones enormes iluminadas por refletores em plena luz do dia fariam questão de descobrir, mesmo que apenas tivesse sido a companhia de Calipso nas últimas semanas por ter uma vidente (cartomante ou o que quer que fosse) morando em sua casa.

Ainda queria saber por que esse curioso interesse da Menina Atlas em cartomancia, especialmente a atenção que recebera da mesma nos últimos dias que vivera, mas todos os palpites que já tivera sobre o caso extinguiram-se no dia em questão.

Balançando a cabeça, ela preferiu não ter se lembrado daquilo. Nem daquele dia, nem daquele momento, nem daquela conversa.

– Está tudo bem com você? – o detetive chegou mais perto.

Reyna xingou-se mentalmente, implorando para que sua cor voltasse ao normal. No mínimo, empalidecera.

– Tenho... problemas com ferro no sangue. – era parcialmente verdade.

Sua família tinha histórias com a falta de ferro no sangue. Contudo, Reyna nunca tivera nenhum acidente grave por causa disso. Mesmo assim, Rachel ainda insistia em manter suplementos de ferro nos armários dos banheiros caso acontecesse alguma coisa. A única vez que precisaram usar algum daqueles foi no Natal do ano passado, e não fora com ela.

– Precisa se alimentar melhor, então. – o detetive tentou parecer simpático.

Conhecendo-o como conhecia – por noticiários matinais -, a morena não deixou-se abalar pelo sorriso divertido em seu rosto. Até porque, em seus olhos, ela podia vê-lo estudando-a.

– Não sabia que você e Calipso eram próximas.... – ele começou. – Na verdade, perguntando para Atlas, ele também não sabia.

– É. – ela sorriu forçadamente. – Na verdade, ela ficou mais próxima de Rachel.

Ela apontou para a amiga, que finalmente desgrudara-se da Sra. Atlas, mesmo sem deixar de conversar com ela.

– De onde se conheceram?

Era óbvio que aquela não era uma conversa casual.

Tentando manter-se natural, Reyna soltou os braços, que estavam apertados contra o peito fortemente.

– Rachel trabalha com cartas. – ela começou. – Tarô, vidência... nunca me interessei muito. Quando Calipso soube, pediu que eu agendasse um dia com ela. As duas pareceram se dar bem.

– E você ficou próxima de Calipso, também? – o Detetive não estava satisfeito com aquela escassez de informações.

– Nós estudávamos na mesma escola. – ela disse, como se bastasse.

– E ela começou a chama-la para sentar-se em sua mesa no refeitório? – tentou brincar.

– Algo assim.

Vendo-o alarga a boca no que poderia ter sido um sorriso, Reyna sentiu seu estômago revirar. Queria vomitar com o olhar brilhante que lhe foi lançado.

– Vejo que nos veremos mais vezes, senhorita.

A morena sorriu em resposta.

Faria o possível para evitar outro encontro como aquele, acredite.

Quando chegara em casa, Thalia pôde entender o porquê de seu pai não ter ido ao funeral de Calipso. Abrindo a porta de seu escritório apenas para avisar que havia chegado, ela viu a pilha de papéis que derramavam-se para fora da mesa de Zeus.

– Uau. – ela assustou-se, arregalando os olhos.

Zeus levantou os olhos de uma pasta transparente em seu colo, notando a presença da filha.

– O que é isso? – ela perguntou, assustada.

– Processos. – respondeu emburrado, massageando a testa.

– O que aconteceu? – Jason apareceu por trás de Thalia, assustando-a.

– Céus, garoto, de onde você surgiu?! – a menina colocou a mão no peito, assustada.

– Da porta. – ele respondeu-a, cínico.

Olhando por trás de Jason, ela pôde ver Piper sorrindo, constrangida, logo no início do corredor. Poderia importunar o irmão com piadinhas sobre o namoro secreto dos dois, talvez, mas estava assustada demais com o tamanho das pilhas que se formavam por todo o chão do escritório do pai.

– Atlas resolveu descontar em alguém a morte da filha e decidiu fazer isso com nossa empresa. – Zeus praguejou.

– E você vai deixa-lo fazer isso?! – Jason perguntou, indignado.

– Preciso pelo menos saber o que ele tem contra mim. – Zeus disse.

Desde a época em que Atlas instalara sua empresa em Delaware, vinha tendo uma rixa com a empresa de Zeus. Algo relacionado a ações e o pioneirismo, Thalia nunca soubera exatamente. Fosse o que fosse, Calipso tirara daquela briga um pretexto para atormentar a garota desde que entrara em Olympus High School (OHS, para encurtar a fala).

Esse e outros fatores serviram para que ela e Annabeth virassem amigas. Além de serem infernizadas pela Menina Atlas, compartilhavam um ódio recíproco pela mesma. Mas diferentemente da Grace, Annabeth era alvo das provocações de Calipso simplesmente porque se destacava mais do que a outra nos estudos.

– Só queria saber porque ele ocuparia seu tempo inventando essas idiotices sobre mim. – o pai falava sozinho.

Olhando para Jason, Thalia e o irmão concordaram silenciosamente que era preferível deixarem o pai trabalhar antes que fossem alvo do humor negro que se formava naquela sala.

– Aproveite o namoro. – a garota deixou escapar enquanto subia as escadas.

– Nós estamos fazendo um trabalho de escola, idiota! – Jason berrou enquanto a irmã subia as escadas.

Entretanto, não pôde chegar ao segundo degrau quando o telefone tocou. Torcendo para que fosse Annabeth vindo tirar seu tédio, Thalia correu até a mesa da sala para atender.

Alô?

A menina fechou a cara, reconhecendo aquela voz.

Leo Valdez provavelmente viera gastar os limites de telefone com Jason numa conversa estúpida sobre basquete ou peças de automóveis. Completamente patético.

– JAS-

Mas antes que a menina pudesse terminar de gritar, o Valdez interrompeu-a:

Na verdade, Thalia, eu queria falar com você.

O sangue da menina gelou. Gostaria de não ter atendido a ligação.

Nós precisamos conversar. – dizia ele.

A Grace pôde ouvir a voz de outro garoto na linha falando algo como chamar Annabeth, mas ela não reconheceu quem falava.

– É, traga a Chase também. – Leo disse.

Suspirando, a menina ouviu atentamente o endereço antes de desligar. Arrancando do bloco de notas a folha que usara para anotar o nome do lugar onde se encontrariam, ela pôs-se a discar o número da amiga.

– Certo, cara, agora só precisamos achar o número da Reyna. – Leo dizia, ouvindo a outra linha ficar muda.

– Ela trabalha lá, Valdez, eu já te disse. – Percy comentou, revirando os olhos.

– E ela é algum tipo de ser-sobrenatural para chegar lá tão rápido, Jackson? – Leo ironizou.

Vendo que Percy olhava-o, confuso, respirou fundo. Gostaria de ter encontrado alguém menos lerdo que o Jackson para ajudá-lo.

– Cara, ela nem tinha chegado direito quando a gente saiu de lá. – ele explicava. – E qual a probabilidade de ela estar sequer trabalhando hoje?

Percy enfim entendeu.

– Ah, cara, a gente pede então para algum colega dela. Com certeza devem guardar o número dos funcionários em algum lugar. – ele disse, dando de ombros.

Entretanto, quando chegaram ao Lótus, tudo o que conseguiram extrair do atendente no balcão foram dois cupcakes de maçã - mesmo que nenhum deles gostasse de cupcakes de maçã.

Dez minutos depois que chegaram, revezando-se para conseguir qualquer informação a respeito de Reyna ou, ao menos, trocar os pedidos, esperando as outras duas meninas, Leo viu entrando na doceria, ainda com vestido preto, a garota de cabeleira castanha que chorara baixinho por todo o caminho até o cemitério.

Cara. – Leo cutucou Percy, que levantou a cabeça para saber o que o amigo estava olhando.

– Puta merda. – Percy sussurrou.

Acompanhada de uma das irmãs, Silena avistou-os em uma das mesas mais ao fundo. Arrependendo-se imediatamente de ter deixado Drew convencê-la a sair para comer alguma coisa, a garota virava-se para dar meia volta.

– Para onde você vai? – a irmã segurou seu braço, as sobrancelhas arqueadas em tom autoritário.

Silena sentia-se desconfortável. Aquele olhar assustava-a desde os quatro anos de idade.

– Foi uma péssima ideia termos saído. – ela disse, assustando-se com seu tom decidido. – Podemos voltar e fazer alguma coi-

– Silena – Drew começou. -, você precisa comer. Vamos, vou te pedir um daqueles cupcakes de maçã que você gosta.

– Aceitariam os nossos?

Naquele meio tempo, Leo havia chegado perto e, ouvindo a fala da irmã de Silena, aproveitou sua oportunidade.

Assustando-se com a entrada repentina do garoto na conversa, Drew foi grossa:

– O que você quer?

– Olá para você também – ele forçou-se a lembrar o nome da garota. -, Drew. Silena. – ele sorriu para garota cordialmente.

– O que você quer, Valdez? – suave como um elefante era uma ótima definição para a inconveniente ao lado de Silena.

– Apenas estou cumprimentando minhas futuras irmãzinhas! – ele foi irônico. Aquela ideia não agradava nenhum dos três, para ser honesta.

Silena sentiu gosto de bile na boca. Claro, Leo Valdez era filho de Hefesto. Em poucos dias, estaria morando sob o mesmo teto que ele.

– Oi, tchau. – Drew puxava Silena pelo braço.

Estava tentando bancar a difícil, claro.

– Ah, qual é, Drew. – ele voltou a chamar sua atenção, abrindo um sorriso que, esperava Leo, ser convincente. – Nós temos dois cupcakes de maçã e, pelo que ouvi, vocês gostam.

– Ouviu porque é um enxerido. – ela continuava impassível.

Cara, Drew, Leo não queria saber a mínima de você. Poderia ao menos ajuda-lo com Silena? Que garota irritante, céus!

– Não.... – Silena falou, finalmente. Limpando a garganta ao notar o sussurro que dera, parou a irmã enquanto ela tentava puxá-la para uma mesa afastada. – Eu quero.

Quando a outra olhou-a, descrente, ela reforçou:

– Quero o cupcake. Por favor.

Sabia que deveria ter medo de Leo, ou manter-se afastada dele, no mínimo. Drew, que estava por fora de todos os acontecimentos recentes, tentava evita-lo, quem dirá ela! No entanto, Silena sabia mais ainda que tinha que falar com ele. E com Percy, também, que encarava tudo sem entender o que estava acontecendo, ainda sentado naquela mesa distante.

Vendo que a irmã olhava-a estupefata, assegurou-lhe que ficaria bem.

– Se não quiser, eu prometo que nos encontramos depois. – dizia. – Fique tranquila, não vou fugir nem nada.

E sem esperar pela resposta de Drew, ela deu as costas.

Sem conseguir se conter, Leo lançou um olhar convencido para a garota antes que acompanhar Silena. Não mandava ser tão insuportável, afinal.

– Annabeth e Thalia estão vindo, suponho. – Silena disse.

Não parecia mais a garota que passara o enterro da melhor amiga inteiro chorando irritantemente na orelha de Leo. Parecia aquela mesma Silena de antes, a fiel escudeira de Calipso que ria junto a amiga de suas tentativas de chamar a Menina Atlas para sair.

– Estão chegando, eu espero. – Leo disse, puxando para ela uma cadeira como um cavalheiro.

Minutos depois, como o Valdez dissera, Thalia e Annabeth apareceram.

Diferentemente dos outros três, as duas haviam se trocado as roupas do funeral por outras que pareciam mais apropriadas para o dia milagrosamente quente na cidade. Vagando os olhos pelo estabelecimento, Annabeth não tardou a achar a mesa onde eles estavam e, sentindo um arrepio na espinha, puxou Thalia até lá.

Ao contrário do que pensavam, no entanto, não discutiram ou falaram de nada por pelo menos meia hora. A tensão que pairava no ar era tanta que Annabeth sentia-se nervosa só de abrir a boca. Vendo Silena dividir com Percy uma terceira rodada de cupcakes, ela viu-se extremamente irritada com o barulho que o Jackson fazia mastigando sua comida.

– Dá pra calar a boca? – ela perguntou, estressada.

Percy olhou-a assustado. Como se para saber o que fizera, ele limitou-se apenas a erguer as mãos, porque, no minuto seguinte, um prato com mais três bolinhos foram postos em sua frente. Estranhando por não ter pedido nenhum, ele ergueu os olhos.

Com um sorriso cínico, Reyna os encarava.

– Vão querer mais alguma coisa? – ela perguntou, sarcástica.


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Notas finais do capítulo

A conversa do Leo e da Silena sobre cupcakes só me fez pensar nos Cupcakes da Spencer - PLL. kjhgsjf Enfim, não to bem mesmo, FDL demais no sangue e.e
Espero que vocês tenham gostado :3



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