(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 31
31. (BÔNUS) The shell of a man who could never be his best.


Notas iniciais do capítulo

*a concha de um homem que nunca pôde ser o seu melhor.
Me desculpem pela demora??????? Eu ainda tô viva????? Não abandonei Criminal Scene????? E sinto muito????? Meu Deus do céu, eu acho que nunca demorei tanto para atualizar aqui. E queria dizer que sinto muito muito muito muito mesmo. Vocês não tem ideia da zona que está minha vida, e como 2015 está sendo um verdadeiro furacão e que parece que tá levando tudo de mim. Inclusive minha inspiração.
Mas o bloqueio criativo foi apenas a ponta desse iceberg que me impediu de escrever aqui. Fora todo o caos que eu to vivendo, eu precisava organizar esse capítulo direitinho e escrever +6k de palavras. Precisava organizar porque esse é um bônus decisivo para a fanfic, é basicamente quando eu apresento o plot de Criminal Scene pra vocês e digo, olha, a história é sobre isso, isso e isso. E precisei escrever +6k por causa de uma promessa e que, eu espero, possa valer mesmo tendo apenas 5,9k de palavras. É o suficiente, não é? Eu espero que sim.
Tem algumas partes nesse capítulo que estão confusas e que eu devo ter divagado demais, mas se você conseguiu aguentar esse tempo todo de hiatus e ainda passar por todo esse capítulo (não tá tão ruim assim, eu juro), eu queria dizer que sou eternamente grata à você.
Eu to com tanto medo de que vocês tenham desistido de mim, gente. Me desculpem, por favor, me desculpem. Não teve um dia durante esses três meses em que eu não pensava em Criminal Scene; eu lembro de estar fazendo a prova de Produção e estar pensando 'putz, eu preciso escrever pra CS'. Tinham vezes que eu começava a chorar de frustração por estar demorando tanto.
Antes de finalmente acabar essas notas, eu queria agradecer e dedicar o capítulo à liz castellan (/342554), que recomendou CS e é um amorzinho.



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Pequeno Luke de cinco anos pula do carro, encantado. Ele olha por entre as árvores, e os pássaros por entre elas, e as casas no meio disso tudo. É incrível. Para alguém que sempre viveu enfurnado em casa, sob os cuidados de uma mãe excêntrica (que também precisa de cuidados) e de um pai ausente, aquele pode ser seu primeiro contato com a civilização.

Ele vê May rindo alegre de uma piada que Hermes contou, e sorri para a mulher de branco que sempre está com eles. Dizem que ela é a babá de sua mãe, e ele acha gozado que ela precise de babá nessa idade. Ele espera que isso não aconteça com ele.

Quando seus olhos já se cansaram de admirar a casa nova (alta, de madeira, branca e com um jardim muito bem cuidado), o menino vira-se para trás. Talvez seja o destino quem programou isso, porque jovem Luke de cinco anos avista aquela garotinha de trancinhas no cabelo, vestido rodado e teddy bear. E ele se sente encantado.

A menina apenas está lá, parada. De pé. Ela o encara também. Sua reação é simplesmente piscar, o que ela vem fazendo já há um bom tempo. Depois, jovem Luke irá descobrir que é o que ela faz constantemente; não só pisca, como fica de pé em seu jardim observando a rua deserta. Agora, no entanto, jovem Luke acredita que ela saiu só para vê-lo – ou para conhecer os novos vizinhos. Mas uma aumentada de ego nunca é demais.

A babá de May leva-a para dentro, e ela pergunta por Luke. O garotinho se encolhe atrás do carro, perto do porta-malas, mas é pego por Hermes quando seu pai sai de seu lugar para pegar as malas no fundo. O garotinho lhe dá um olhar alarmado, por favor não diga a ela que estou aqui, e Hermes abre a porta dos fundos, casualmente. Vocês ouviram alguma coisa?

Quando May já entrou e Hermes está descarregando a bagagem com todo o cuidado para não amassar seu terno de alta-costura, Luke vê aí a chance de falar com a garotinha do outro lado. Até agora, ela está do mesmo jeito – tranças, vestido, imóvel. A única diferença é que o urso em sua mão foi levado para sua boca, e ela começa a mastigar sua orelha com vontade. Luke sente inveja dele.

— Hya, sou o Luke! – jovem Luke sorri para a garotinha.

Ela é maior que ele, Luke percebe.

Ela usa gloss labial sabor cereja e fitas cor de rosa no cabelo. Seus olhos são claros e elétricos, cheios do humor matinal de uma segunda feira. Ela ainda mordia seu urso, mastigando-o com ódio. Luke percebe-se apaixonado.

— Meu nome é Thalia. – a menina murmura, a voz abafada pela pelúcia em sua boca. Luke podia derreter bem ali. A garota desce o olhar da sua cabeça aos pés, encarando os sapatos do menino, perplexa. – Você está pisando nas roseiras da mamãe. Eu vou te bater porque você está pisando nas roseiras da mamãe.

E Luke fecha os olhos, pronto para o tapa. Ele meio que quer isso. Jovem Luke de cinco anos quer o tapa de Thalia, ele se sente honrado porque ela quer bater nele. É algo incrível e que deve ser aproveitado., sua mente discursa. Todos os mini-Luke em sua cabeça parecem concordar, esperando pela ação da garotinha.

No entanto, ela não vem.

E Luke está desapontado quando a vê encarando o homem ao seu lado. É Hermes, em seu terno de alta-costura, parecendo alheio ao que estava para acontecer. Seus olhos fitam, famintos, a casa atrás de Thalia. A menina o encara, transtornada, e Luke repete a ação; ele acabou de interromper um ritual sagrado, os deuses lá em cima estão ofendidos.

— Essa é a casa do grande e renomado Zeus Grace? – Hermes pergunta, sem nem dirigir o olhar para as duas crianças.

Thalia franze as sobrancelhas. Ela demora um pouco para perceber que, talvez, o tal grande e renomado fosse seu pai.

— Ele ‘tá lá dentro.

E quando Hermes sai, Luke fecha os olhos de novo. Ele está mais do que pronto para receber aquele tapa, mas ele não sente nada. Agora, é Thalia quem não está seguindo com o protocolo, e os deuses lá em cima estão cada vez mais irritados. A menina, no entanto, mastiga a orelha de seu teddy bear e o encara, sem expressão.

Luke quer gritar. Você não vai me bater?! Ele está realmente ofendido, os mini-Luke em sua cabeça e os deuses lá em cima concordam plenamente.

— Hum. – Thalia diz, tentando entender a expressão chateada do garoto. – Você é estranho. – ela chega a conclusão. E então abre um sorriso, duas covinhas aparecendo. Luke pode morrer ali mesmo, ele não se importaria. – Gostei de você.

Luke e Thalia são amigos agora.

Jovem Luke não tem mais cinco anos, nem a garota. Hoje é aniversário do irmão de Thalia, Jason, e os dois amigos parecem nutrir certo ódio pelo aniversariante de apenas quatro anos. Thalia porque, obviamente, se sente compelida a desgostar do usurpador que roubou a atenção de seu pais e Luke por acreditar que, morando sob o mesmo teto que Thalia Grace, o jovenzinho deveria louvar aos céus todo dia. Mas ele só faz chorar, e é extremamente irritante.

Os dois pensaram em tramar alguma coisa contra o usurpador, mas a babá da mãe de Luke acabou descobrindo e eles estão sendo vigiados 24/7, até que esse mês acabe. E é tudo culpa do pestinha menor, Thalia declara.

Agora, no entanto, todos os três estão sentados no sofá da casa dos Grace, enquanto a Sra. Grace esquenta os salgados congelados para a festa que terá essa tarde enquanto conversa animadamente com a futura sogra de Jason. Sra. Grace e Afrodite já tem todo o matrimônio entre os filhos caçulas planejados, e elas anseiam pelo dia em que os dois pombinhos irão se conhecer. Hoje.

— Báh. – Thalia fala, a boca cheia de Oreo’s contrabandeados da cozinha. – Essa coisa de casar, pft, pura besteira. Eu não preciso de homem pra me fazer feliz. – diz, estufando o peito.

As tendências feministas se mostraram presentes desde muito cedo na jovem Grace. E mesmo que encantado com a segurança de Thalia ao falar aquelas palavras, Luke não deixa de lamentar. Talvez ele também já tenha preparado todo seu casamento com Thalia, e saber que terá que forçar a garota é realmente lamentável.

— E eu, Thalia, você não precisa de mim? – Luke pergunta, os olhos caídos.

Mal sabe a garota que ele já começou a planejar o sequestro. Luke garante que eles se casarão por bem ou por mal – mas agora, ele acha que é melhor manter a fachada de bom moço.

Thalia solta uma risadinha. Você poderia dizer que a jovem Thalia Grace é uma garotinha adorável, que ela não rasga suas blusas da Hello Kitty com sua tesoura sem ponta ou tem tendências homicidas para com seu irmão, mas você estaria enganando a si mesmo.

— Pft, bobinho. Você não é homem. – ela sorri, e volta a assistir o desenho animado na televisão.

Luke sente-se melhor assim, e pensa em desistir do sequestro.

(Por hora, é claro.)

Sra. Grace foi embora.

Luke não entende de início. Sua mãe também vai embora às vezes, comprar o almoço junto com sua babá. Mas aparentemente, Sra. Grace não foi comprar tomates – ninguém sabe o que ela foi fazer.

Aquela manhã, quando ele acorda, Thalia está enrolada em seu corpo, e o coração de Luke falha uma batida vendo a garota tão perto dele. Ele pensa em agradecer aos céus por acordar com uma visão tão bela, mas decide entender porque a jovem Grace está na cama dele. Luke não se lembra de ter Thalia ao seu lado quando foi dormir.

— É uma situação delicada. – a babá de sua mãe explica. May está enrolada nele agora, abraçando-o tão forte que Luke arfa para respirar. Ele resolveu descer e procurar por seu pai, Hermes é sempre melhor explicando essas situações, mas ele acabou se deparando com May no meio do corredor e a mãe decidiu que não queria mais soltá-lo depois que ele lhe deu seu abraço de bom dia. – Você sabe – (Luke não sabia) –, ás vezes, quando uma pessoa está muito cansada de alguma coisa, ela tende a desistir ou esquecer. Com a mãe de Thalia e Jason, isso aconteceu. Ela estava muito cansada de cuidar de duas crianças de uma só vez, especialmente sozinha já que o Sr. Grace está sempre trabalhando, como você mesmo sabe. Então, bem, ela desistiu.

E Luke se sentiu tremendamente ofendido por saber que alguém tinha desistido de Thalia. De cuidar dela, de conviver com ela. Quem aquela mulher pensava que era? Thalia era uma deusa, todos deviam ovacioná-la pela manhã e rezar para ela à noite. Jovem Luke não conseguia entender por que alguém não iria mais querer ficar com ela.

Por causa disso, o menino acabou convencendo sua mãe a soltá-lo de uma forma que ele havia aprendendo ao longo dos anos e correu de volta para o quarto. Thalia continuava dormindo perto dele, e o garoto se enrolou nela dessa vez, puxando-a mais para perto.

Seu nariz estava vermelho, e os olhos inchados. Luke concluiu que ela havia chorado. E por mais adorável que ela ficasse com o nariz vermelhinho, Luke decidiu que nunca mais deixaria alguém entrar na vida de Thalia se essa pessoa pretendia sair. A mãe de Thalia era um ser repugnante e não merecia viver perto do Sol que era a Grace.

O menino abaixou-se um pouco para dar um beijinho na cabeça de seu amor, reconfortando-a quando ela começou a murmurar coisas sem sentido durante o sono.

Ele acabou levando um tapa por causa disso.

Thalia e Luke se tornaram uma amizade passageira.

Nenhum dos dois sabia como haviam chegado aquele ponto, mas essa é uma das histórias onde os melhores amigos vão se afastando. Tornam-se colegas, conhecidos, vizinhos. Até que você acaba se espantando quando descobre que seu melhor amigo entrou para o time de basquete, e que sua paixão platônica começou a andar com os calouros.

Luke entrou para o time de basquete e passou a sentar no fundo com os irmãos Stoll. Thalia pegava uma cadeira no canto e dormia em todos os períodos, andando por aí com Annabeth Chase e seu grupinho de QI alto. Eles acabaram se acostumando a ouvir um sobre o outro através de terceiros, e o mais incrível é que eles continuavam sendo vizinhos de porta.

Ainda que sua relação se resumisse a olhares vagos, Luke ainda sorria toda vez que via Thalia espantar um babaca que vinha chatear Annabeth, e Thalia não perdeu um único jogo do time de basquete desde então.

Mas isso vai começar a ficar bom agora.

Haviam essas duas melhores amigas de quem todo o Olympus High School falava.

Na época de Silena, ninguém chegava a dar muita atenção à pobre garota; mas assim que Calipso chegou, as duas meninas dominaram a escola. Você conseguia sentir a imponência dessas duas enquanto circulavam por aí, passando por perto. Se não estenderam um tapete para elas desfilarem era porque não consideravam esse um ato digno para as duas.

Luke lembrava-se de imaginá-las durante as aulas chatas. Era a fantasia que todos os garotos daquele colégio tinham, o perfeito sonho americano. Você saberia quem mandava assim que pusesse os pés a primeira vez naquele colégio.

Calipso Atlas e Silena Beauregard viraram deusas. Eram idolatradas e temidas, você seria capaz de encontrá-las em seus sonhos mais selvagens. E enquanto as duas iam dominando aquele império que era o colegial, Luke ficava cada vez mais apaixonado.

Pelas duas.

Que clichê.

Luke não tem vergonha de todos os sonhos que já teve com aquelas meninas. (Apenas de alguns). E quando ganhou o casaco do time e foi se aproximando das duas, oh Deus, aquilo era mesmo verdade? Ele esperava pelo momento em que elas se levantariam e diriam que aquilo tudo era uma palhaçada, que ele era apenas mais uma peça no jogo de tabuleiro onde as duas ocupavam o quadrado da rainha.

As coisas ficavam cada vez mais irreais quando elas começaram a se jogar para cima dele. O orgulho masculino de Luke parecia estar explodindo, ele ganhava o dia toda vez que via as duas meninas invadirem aulas do terceiro ano apenas para ficarem com ele. Sendo quem elas eram, é claro que podiam fazer isso.

Até que as coisas começaram a ficar mais sérias. Talvez para Luke, uma boa provocação e um momento de desatenção fossem o suficiente para sua mente fértil trabalhar durante a noite, mas vocês sabem o que dizem: garotas não gostam de esperar. Antes do treino, durante o almoço, Luke fugiria com Silena para detrás do armário do zelador (e você não gostaria de saber o que eles faziam lá dentro) para ser saudado logo depois de uma longa chuveirada com a visão de Calipso e sua saia plissada sentadas no capô do carro dele.

O carro era de Hermes, na verdade, mas quem era Luke para falar alguma coisa quando ele teria Calipso ao seu lado no banco do passageiro? É claro que ele começou a se gabar, porque se não o fizesse, ele não seria homem o suficiente. Pft. Saber que as imperatrizes (porque o título de rainha já não era mais suficiente) podiam ficar de joelhos quando ele pedisse acabou subindo a cabeça de Luke, e um dia Silena o encurralou num corredor e coisas simplesmente aconteceram.

— Vamos deixar uma coisa bem clara aqui: - começou. Estavam na Torre 3, e todos os alunos já haviam ido embora depois de um longo dia batendo a cabeça na parede para resolver os testes de exatas. – Eu posso não ser filha única, mas não sei dividir, não. Então, ou você é meu homem, ou é homem de outra.

Talvez porque teve que enfrentar um exame de mais de cinquenta questões, ou porque era sonso mesmo, Luke entortou a cabeça e prendeu o sorriso entre os dentes.

— Do que você está falando, amor?

É claro que a expressão de Silena se desarmou no segundo seguinte. Ela pode até ter soltado um suspiro de alivio antes de se enrolar em Luke e enfiar o rosto na curva de seu pescoço, choramingando.

— Essas vadias estão querendo arruinar minha vida perfeita inventando que você está saindo com a Calipso também. – murmurou, a voz abafada. Luke ainda escondia o sorriso, apertando-a dentro de seus braços. – Eu não gosto de pensar nisso, Luke, realmente não gosto.

Luke perguntou porquê, é claro, talvez por estar se divertindo com a tolice da garota. Garotos eram disso. A conversa acabou se desenrolando e, mais tarde, sentados na traseira do carro de Luke, observando o pôr do sol na cidade ao lado, Luke acabou tendo que fazer o pedido.

— Como posso ter certeza que eu sou a única?

— Porque... – Luke pensou. A situação em si era bem bonita, na verdade. O pôr do sol, o lago, o carro. Era um carro velho, um pôr do sol vermelho e vez ou outra um peixe passava pela margem. O tom nostálgico acabou levando ao momento e, somado a todos os componentes da tabela periódica, ele acabou dizendo: - Porque você é minha namorada, oras. Eu nunca faria isso com você.

— Eu sou? – os olhos de Silena se encheram de lágrimas novamente. Ela deveria estar perto de seu período, sabe, cheia de hormônios e tal. Ela teve que girar a cabeça para poder olhar para Luke, ainda não querendo desgrudar as costas do peitoral do garoto.

— Você é? – Luke fingiu um sorriso, soando brincalhão. Ele acabou conseguindo o papel principal na peça de final de ano, me pergunto porquê.

— Sim, eu sou! - e o resto do dia foi seguido de beijos estalados e declarações melosas. A mente de Luke acabou concluindo que, veja pelo lado bom, pelo menos ele teria uma foda garantida até o final do colegial.

Machista pra caralho.

— Então você e Silena estão namorando?

— Ah, bem- érn, estamos?

— Esperto você, Luke. A bobinha caiu direitinho.

— Desculpe?

— Ah, por favor, não se finja de sono.

— Eu não estou.

— Até comigo você finge, Castellan? Achei que tivéssemos algum acerto, sabe.

— E o que te faz pensar isso?

— Bem, eu te chupei há dois minutos atrás. Mas você não negou, isso é bom.

— Você é inacreditável.

— Você pode dizer isso enquanto eu estiver montando em você.

— Eu- ei, espera. Eu- Calipso, escuta. Eu- porra, sai de cima de mim, caralho.

— Uh, agora você realmente me feriu.

— Desculpe. Desculpe mesmo, eu só- olha, eu não posso continuar com isso, tá bom? Estava tudo bem quando- quando-

— Quando você não era comprometido? Por favor, Lukey poo, não é como se você não fodesse nós duas todo dia. Silena é burra, mas eu não. Mas olha, está tudo bem, certo. Gosto de ser a amante, elas são as mais sexy’s, não são?

— Você é maluca.

— E sexy.

— Eu estou comprometido.

— Báh. Não é como se você estivesse casado. Eu não dou nem dois meses pra esse relacionamento.

— ...

— Fora as irmãs dela. Ugh. Aquelas garotas são o diabo. Piper pode ser mais nova, mas não é ingênua. E fique longe de Drew, por Deus, aquela garota é o satã sem rabo e chifres.

— Por que você está me dizendo essas coisas?

— Por que a gente não tá fodendo?

— Eu tô namorando, caramba!

— Não é como se eu fosse espalhar para qualquer um o que acontece entre a gente, Lukey. Eu juro. Olha, pinky promise. Está vendo a que ponto eu cheguei por uma boa foda? Vamos lá. Ninguém tem que saber o que a gente faz, roupas em meu quarto e mãos no meu cabelo.

— Eu tenho certeza que você acabou de quotar Taylor Swift.

— ...

— Ah, que saber, foda-se.

Quando se está apaixonado, você tende a ver o melhor nas pessoas. É coisa de tolo, dizem. E Luke concorda agora. Antes, porém, ele se recusava a ver o outro lado de Silena e a parte venenosa de Calipso. Antes, ele costumava achar que salvaria a donzela dos Grace. Não é culpa dele se Luke nunca foi muito bom com detalhes.

Quem realmente olharia para baixo quando você está no topo do mundo? Luke estava no time de basquete do colégio, pronto para conquistar seu segundo título, sendo o fuck boy por quem todas as garotas se apaixonavam e tendo nas mãos as abelhas rainhas do colégio. Não é todo mundo que sabe lidar com as ferroadas, e Luke só as estava amortecendo.

Silena era a perfeita namorada. Grudenta e romântica demais, mas burra feito uma pedra. Luke podia estar dormindo com o resto dos pares de saia do colégio, e a menina ainda amaria seu fiel namorado. Ele costumava rir do quão cega ela era; hoje em dia, ele chora da própria desgraça.

Calipso, por sua vez, mantinha a perfeita imagem de falsa santidade. Enquanto para o resto da escola ela saia com pelo menos dois garotos por semana, para Luke ela estava toda noite indo para sua cama, pronta para vários rounds e bolsas escuras embaixo dos olhos no dia seguinte. Silena se contentava com a imagem de vagabunda necessitada que sua amiga tinha, estando muito bem, obrigada, com seu próprio namoro. E todos estavam errados.

A primeira vez que Luke teve uma prova de quem era a verdadeira Calipso foi ás 3:00 da manhã. Literalmente. Era a vez de Silena aquela semana (o fodão havia até feito um calendário para se revezar entre as duas garotas, vejam só) e Luke voltava para casa despreocupado, dez vezes mais leve.

Todo seu semblante relaxado, porém, morreu no momento exato em que ele pôs os pés em casa e uma Calipso adormecida permanecia pendendo em pé no batente de sua porta. Ele permitiu-se derreter com a cena apenas por tempo suficiente para levá-la para dentro e preparar uma xícara de chá para a garota, as pontas dos dedos dela congelavam.

Calipso acordou antes de Luke voltar para a sala, e tremeu por todo o período enquanto tomava o chá. Luke apenas observava, embora sua mandíbula estivesse trincada e ele estivesse se corroendo para não guardar Calipso em seus braços e proteger do que quer que tivesse deixado ela assim. Do que quer que tivesse feito ela chorar.

Luke assustou-se quando a primeira lágrima foi derrubada. Calipso não era de chorar, ele não lembra de uma vez em que ela demonstrara fraqueza. A menina era sempre aquela bola de gás irradiando classe e atitude, pronta para fazê-lo subir pelas paredes a qualquer momento.

Calipso contou uma história aquela noite.

Era uma vez uma princesa, e Luke sabia que seu nome era Calipso. Ela vivia por entre os muros de um reino, e Luke resolveu dar ao reino o nome de Atlas. Essa princesa tinha tudo o que queria, amigos, servos, subalternos e até uma família que a amava demais. A Calipso contadora de história disse que tinha em comum com essa personagem o fato de não gostar do apego. E por causa disso, por causa de todo o sufoco e monotonia, a princesa deu os primeiros passos para fora dos portões do castelo. Aos poucos, até estar correndo. Correndo tão rápido, e se esbarrando em tanta gente. Alguns esbarros permanentes, outros de só uma noite. Luke trincara o maxilar naquela hora. Cada passo que dava para longe do castelo, mais embriagada pela sensação de liberdade ela ficava, resolvendo ser livre aos extremos. Sem regras. Fizesse o que quiser. Fizessem o que quiser. Ela estava aceitando. Até que um comerciante, e Luke sabia que o homem era um comerciante porque Princesa Calipso, a Menina Atlas, achava todos os comerciantes gordos e feios, acabou lhe fazendo uma proposta alta, sobre essa tal liberdade. O comerciante era gordo e feio, mas Calipso era tão apaixonada pela tal liberdade e Luke meio que se identificou nessa parte. Mas como Calipso, a narradora, já havia dito antes, a Calipso, personagem, não gostava muito do apego, e o comerciante queria porque queria aquela proximidade. Cada vez mais próximo, cada vez mais íntimo, cada vez mais perto. Cada vez mais controlador. Até que um dia a menina se afastou, e as coisas começaram a piorar.

Luke acabou sendo o Príncipe Encantado da história. Mas não é esse o conto de fadas que interessa.

Ele estava com Silena quando Calipso mandou uma mensagem para ele. Ela sabia onde ele estava, e com quem estava, então Luke permitiu-se escapar da maratona de ANTM e entrar num dos primeiros quartos da casa das Beauregard.

Calipso Atlas: Eu preciso de sua ajuda

Luke Castellan: Estou com Silena agora, desculpa.

Calipso Atlas: Eu acho que estou sendo ameaçada por ela

Faziam duas semanas que Luke não falava com Calipso.

Faziam duas semanas que Luke ignorava Calipso.

Porque faziam duas semanas que Calipso havia suposto que sua melhor amiga estava mandando ameaças para ela, e faziam duas semanas que Calipso havia, junto a essa mensagem, dito que o caso deles fora apenas de uma noite. Calipso sempre foi uma contadora de histórias nata, Luke havia aprendido isso. E talvez ela tivesse resolvido alucinar e diminuir quantos orgasmos ele já havia dado a ela apenas para fazer das coisas mais interessantes na sua narrativa. Apenas para soar como se eles não estivessem se encontrando toda a noite, saudando Silena com um novo par de chifres toda manhã.

Aquela garota era psicótica.

E talvez Luke fosse maluco, porque faziam duas semanas que ele não falava com Calipso. E na primeira hora do décimo quinto dia, ele foi encontrar Calipso na rodoviária de Doven, Delaware, pronta para pegar o primeiro ônibus do dia em direção à Filadélfia.

Sendo o psicótico que era, Luke se arrastou à uma e meia da manhã para fora da cama por causa de uma mensagem de texto. Calipso tremia e soluçava quando ele chegou. Seus cabelos estavam presos num rabo de cabelo mal feito, ela usava um moletom da Adidas e calças de yoga, seu rosto estava limpo e Luke nunca havia visto a garota assim. Crua.

Depois de ter se acalmado, no entanto, a velha Calipso fez questão de jogar seu Blackberry em frente ao rosto de Luke e esfregar na cara dele todas as últimas mensagens que ela vinha recebendo. Ameaças.

Hoje em dia, durante um pesadelo, Luke ainda tem flashes de todas essas mensagens. A primeira, uma charada. O que é, o que é? Tem um amor proibido, e termina morta? Não é Julieta Capuleto. E a última,

Vadias mortas não traem.

Luke deu um ultimato para Silena.

O desenrolar desse ato vocês já devem conhecer. Não é como se a briga entre Luke Castellan e sua (ex?) namorada, Silena Beauregard, tivesse sido pouco comentada. O jornal da escola estava até pensando em fazer uma matéria apresentando os dois lados, Luke teve que bloquear Katie Gardner de todas as suas redes sociais para que ela parasse de amolar seus nervos.

Luke estava ocupado demais fazendo isso ele próprio.

Porque a grande memória que ele tinha daquela briga não era dos olhos possessos de Silena, nem de suas palavras rudes ou ameaças (sim, ela chegara a esse ponto), ele conseguia lidar com tudo isso muito bem. (Embora, ainda, slut shaming não seja uma opção.) O que vinha mantendo-o acordado durante a noite não era sua namorada maluca ou os alunos enlouquecendo por causa da briga, era de uma pessoa nos bastidores. Os olhos sedentos, brilhantes, piores do que os de Silena. Piper McLean era muito nova para ter aquele brilho em seu olhar. Ele conseguia enxergar aquilo em Drew, sim, e via naquele momento Silena chegando perto daquilo. Mas aquela garota, aquilo não era Piper. Aquilo era Drew Tanaka, a outra irmã. A prole do demônio.

Drew era o que Luke podia chamar de pé no saco. Se ele pudesse fazê-la engolir os próprios lábios e os sorrisos da megera que ela era a força, ele faria. Mas infelizmente, agressão ainda é crime. E Drew parecia saber muito bem disso, principalmente quando propôs toda a brincadeira para as irmãs.

Luke não era burro, tampouco Drew.

Foi numa madrugada de insônia que ele terminou o quebra-cabeça. Calipso estava dormindo com ele aquela noite, isso vinha se tornando um hábito desde o dia na rodoviária. As mensagens vinham piorando, e Calipso resolvera começar um tratamento com uma taróloga aspirante a psicanalista. Luke ainda tinha suspeitas da capacidade de Rachel E. Dare, como dizia no cartão.

Ele precisou lembrar do olhar doentio de Piper, das palavras rudes de Silena e juntá-las numa só pessoa. Drew Tanaka era uma ótima tutora, seus pupilos souberam imitá-la com maestria. Mas é claro que, para que tudo saísse perfeito, teria que haver seu dedo no meio.

E Drew, com a mente geniosa de tinha, convencera Piper a ajudar Silena a se vingar do namorado traíra e da melhor amiga vadia. E o que era para ser uma brincadeira acabou aparecendo no jornal matinal de todo o litoral dos EUA. Vocês estão acompanhando meu raciocínio?

Não foi necessário muito esforço para Calipso conseguir convencer o pai a tirá-la do país. Literalmente. Ela voltaria para a Grécia, seu país de origem, onde viveria uma vida segura e pacífica com sua avó e suas tias. E mesmo estando prestes a se livrar de Silena e suas irmãs psicopatas, Calipso ainda reclamava.

Aquela garota era impossível.

E Luke amava-a.

Ele estava pronto para receber seu ouro de tolo depois dessa, mas antes ele precisava levar Calipso ao hospital. Ela precisava fazer os últimos exames antes de sua viagem, e uma parte de Luke poderia ou não estar morrendo por saber que nunca mais veria Calipso.

E sendo os amantes desafortunados que eles eram, para Luke ao menos, seu último beijo foi cheio de paixão e promessas silenciosas, e seria um dia visto por um garoto de coração partido por trás do monitor da sala de segurança de um hospital. A história lhes deve ser familiar.

Mas Calipso era Calipso. Ela não amava Luke, e beijou-o como fez com outros sete. E Calipso, sendo Calipso, não perdoaria ninguém tão fácil. Principalmente a vadia da sua melhor amiga, que vinha aterrorizando a porra da sua vida pelos últimos quatro meses.

Vadias mortas não traem, elas se vingam. Amadoras assistem, tentando sabotá-las.

Calipso sabia muito bem quem era ela naquela frase, e iria mostrar para Silena também.

Luke lembra-se da última vez que ele viu Calipso.

Seu braço estava flexionado, e seu torço levemente inclinado, pronta para sair pelas portas duplas do hospital. O vestido branco esvoaçava em seu corpo, ajustava-se tão bem à suas curvas; ele lembra-se de como seus cabelos caiam em cascatas pelas costas e como ela havia olhado uma última vez para Luke por sobre o ombro, sorrindo culpada. Como se já soubesse que algo estava para acontecer.

Luke sorrira de volta, e ele espera que ela tenha se lembrado disso na hora de sua morte.

Quando o garoto soube da morte da Menina Atlas, tudo estava acontecendo aos montes. Hermes forçava uma reaproximação inesperada para com o filho abandonado, sua mãe sofria de mais uma crise de ataques de pânico em série e Luke tinha acabado de colocar suco no pote de cereal. Ele talvez devesse acreditar mais nessa tal de lei de Murphy, o cara parecia ganhar horrores estragando a vida das pessoas.

Luke acredita que cada pessoa nesse mundo venha com um propósito, mesmo que para ser o ator coadjuvante da vida de alguém. E Luke acredita que o seu propósito seja amar. Cheesy. Mas tudo o que Luke fez nessa vida foi amar, amar aquelas três garotas, as garotas da vida do Castellan. A primeira, aquela adolescente problemática com fantasmas demais assombrando sua vida, a segunda- quem era a segunda? Ele não sabe dizer quem veio primeiro depois de Thalia. Amar Silena automaticamente o fez amar Calipso. Ele não lembra de um dia em que não amou as duas ao mesmo tempo.

E Luke sempre foi um idiota para os amores. Aceitava ser o esporro de Thalia, apenas porque a amava demais. Aceitou ser o segredo de Calipso, justamente por isso. E aceitou mentir por Silena, porque de repente o amor tornou-se afeição, e talvez o medo falasse mais alto.

Aquelas meninas eram diabólicas. As três irmãs. Mas como toda criança tem seu vilão favorito, Luke tinha Silena. Talvez por causa da lembrança de seu amor antigo, ele tenha protegido-aa.

Luke vinha sentindo tanta coisa.

Ele sentia falta de Calipso. E começava a desconfiar que o amor de sua vida era algo como fanatismo. Se Calipso fosse uma estrela, Luke seria seu fã número um. E talvez ele fosse mesmo. Ele amava, sim, aquela menina. No passado, porque agora já não era mais. E doía como o inferno ter perdido-a, mas lá no fundo, lá no fundo mesmo, debaixo de todo o pó e sujeira, Luke abafava o sentimento de alívio. Não era justo com ela, nem com a história deles. Ele não tinha o direito de se sentir aliviado por ter escapado de Calipso – ou por ela ter fugido dele (ou por terem levado-a no final).

Luke amou Silena. Ele sabia que não a amava mais, e dessa vez tinha certeza, porque tudo o que havia restado era a lembrança do sentimento de calor que ele sentiu a primeira vez que eles fizeram amor, ou a última vez em que eles se beijaram de verdade. Luke não sabe quando parou de amá-la, talvez tivesse sido ao ver o olhar diabólico em seu rosto quando terminaram, ou depois, no enterro, ao vê-la desamparada. Silena sabia fazer tudo, menos atuar na frente dele. Luke sabia como ninguém decifrar os sinais da garota; e ele sabia dizer que aquela menina estava assustada como o inferno. O que você fez, Silena? Ele tinha vontade de protegê-la, passar os braços pelo seu corpo frágil e escondê-la dos demônios que eram suas irmãs. Mas a vontade morria quando as memórias voltavam, ele sentia nojo e repulsa do monstro que ele amou. Por respeito e por medo, Castellan acabou fazendo o que fez. Por respeito à toda a história deles, o garoto tirou dela o foco de suspeita durante aquele depoimento para o detetive, mas pelo medo de estar enganado, ele teve alertar as pessoas mais próximas. Quem garantia que Silena não fosse abrir uma ong para ex-namoradas de coração partido?

E ainda havia Thalia. Thalia, seu primeiro amor. Thalia, a garota dos teddy bear e blusas da hello kitty. Do lápis de olho e gloss sabor cereja. Das presenças escondidas em todos os jogos. Thalia, a garota que ele provocava às vezes porque, no fundo, estava desesperado para manter qualquer mínimo contato com ela. Havia alguma coisa naquela garota, ou talvez Luke só gostasse de ser trouxa mais uma vez. Ele sentia, talvez mais forte até do que sentiu por Calipso e Silena juntas, a urgência de protege-la. Porque de repente a garota começara a fumar, a andar com Silena e a se meter com a polícia.

Que merda você está fazendo, Thalia? Luke não era burro, mas estava apaixonado demais. Ele percebia os laços estranhos sendo feitos, os segredos se acumulando. A mãe de Thalia abandonou-pelo cigarro (Zeus tinha algo contra, e ela escolheu o vício ao marido e os filhos. Linda história.), se fosse para se rebelar ela poderia adicionar apenas mais um furo em seu corpo. Luke achava aqueles bem atraentes.

Mas inconscientemente, Luke fez a escolha de não querer saber dessa história. Da história dela. Ele já sabia de tantas, e havia se envolvido até o pescoço em problemas que nem eram seus. Luke preferia, por puro egoísmo, manter suas fantasias de criança e acreditar que todo o enredo que havia criado em sua cabeça, digno de filmes hollywoodianos, e que envolvia Thalia Grace e a cena do crime, fosse resultado de suas maratonas na casa de Calipso assistindo à filmes policiais. Netflix and chill.

Eles estavam no KFC agora.

O Castellan sorria para os rostos a sua frente. Ele quase podia sentir o cheiro do constrangimento que circulava entre as duas meninas a sua frente. Ele lembra de Reyna pelas vezes em que ela andava com Calipso; a menina parecia crente que se encolhesse mais os ombros conseguiria transformar-se numa bola e sair rolando para longe dali. Thalia, por sua vez, batucava os dígitos na mesa e Luke quase podia ouvi-la chamando-o de cretino desgraçado. Ele adorava aquilo.

As duas meninas esperavam por Luke se pronunciar. Já fazia dois minutos que eles entraram em silêncio. O sorriso do garoto permanecia firme em seus lábios, como se não houvesse tristeza suficiente para fazê-lo ruir em desespero. A nostalgia parecia não afetá-lo, mas Luke analisava bem todos os pontos de sua história (das várias história), escolhendo as palavras certas.

O plano dele era contar para Thalia sua versão da odisseia do século XXI, em momento nenhum citando a palavra culpada porque no final das contas, as conclusões quem tirariam eram elas. Mencionando as irmãs e levemente a briga que ele havia causado (Shakespeare tremeria de orgulho se soubesse que essa era mais uma das tragédias iniciadas por um romance), mas nunca confirmando nada. Se perguntassem, Luke, foi você quem entregou Silena?, ele arregalaria os olhos chocado e gritaria, mas que calúnia!

Quando Luke abriu a boca, ele quase podia ouvir a mente de Thalia reproduzindo uma versão cortada de The Weather Girls, e se você for parar para pensar, esse é o ponto da história em que tudo muda, e todas as dúvidas de Thalia, aquelas que começaram numa conversa de madrugada com Annabeth, se concretizam.

E se nós não fôssemos as culpadas?


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Notas finais do capítulo

Perdão por todos os erros, eu acabei de concluir o capítulo agora e entrei desesperada no Nyah! pra poder finalmente acabar com essa demora. Deu pra entender tudo direitinho? Pra encaminhar vocês à essa nova etapa de Criminal Scene? Eu espero que sim, porque parte da demora se deu porque eu queria fazer um capítulo à altura.
Eu não posso prometer uma data exata para a próxima att, porque por mim esse bônus teria sido o primeiro de uma maratona de Halloween e a gente já tá em novembro, olha. Mas quero avisar que essa vai ser minha última semana de provas (e que eu devia estar estudando também), e que espero conseguir terminar essa fanfic até o Natal.
Eu to sem jeito de fazer uma pergunta para esse capítulo, então só queria pedir desculpas de novo por toda a demora e que eu preciso que esse bônus tenha sido explicativo para vocês, e caso vocês tenham ficado com qualquer dúvida por causa de X parte, por favor, me perguntem.