(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 15
15. Pobre menina Atlas.


Notas iniciais do capítulo

idk, não tinha nada melhor pra fazer, então cá estou eu novamente numa att dupla e já prometendo a próxima atualização porque, no final das contas, tenho mais um capítulo escrito. mas vamos com calma. ainda acho esse cap meio blé, mas veremos o que vocês acham. em fato, eu devia ter postado ele antes do anterior, mas achei que ficaria melhor assim então considerem esse cap como um bônus ou algo assim. enfim, é isso. já me despeço aqui porque não tem necessidade de notas finais, exceto que dESSA VEZ queria pedir que vocês comentassem sobre esse capítulo porque, hum, eu realmente não sei o que pensar sobre ele. tipo, eu não sou de pedir comentários nem nada, então, só dessa vez, um "amei" ou "odiei" ou "está muito bom mas (e 1k de palavars depois) beijos fulana" porque, acho que já ficou claro aqui, eu estou receosa quanto a esse capítulo. se não ficar muito bom - e não se acanhem, quero a verdade e nada mais que a verdade, ok? ok - me avisem que eu dou um jeito de pôr as informações daqui no outro e é isso, acho que já falei demais. beijos e prox. cap. vai começar a compensar, prometo.



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Prédio 1. Sala 19. Tente ser mais discreta, você sabe.

Às três e cinquenta e cinco, Thalia recebeu essa mensagem. Era de um número antigo, que há muito não aparecia em seu quadro de mensagens, por isso quando ela viu que Luke Castellan tinha enviado uma mensagem, meio que precisou de um segundo para absorver aquela merda toda.

Porque era Luke, afinal. E até onde ela sabia, o Castellan não era muito sobrenatural. Mas certamente alguma coisa ele queria para saber que era na Sala 19 que Thalia deveria estar, onde andando cautelosa pelo corredor do Prédio 1, ela pôde ouvir a propagação do que eram os ganido-risada do Detetive D. Seria eufemismo dizer que Thalia ficou assustada; arrepiada da cabeça aos pés e com os olhos arregalados, ela sentiu sua visão ser bloqueado por um policial corpulento intitulado como Rover Tailoud Jr.

− Nome legal. – Thalia não se conteve.

O homem comprimiu os lábios no que poderia ter sido um sorriso – mas não foi dessa vez. E segurando o braço da garota, avisou com a voz grave:

− O corredor está bloqueado, mocinha. Tente por outro lado.

E Thalia teve que pensar rápido, é claro. Com seus 1,88, cicatrizes e muitas, muitas tatuagens, Rover Tailoud Jr. não parecia o tipo de oficial que cairia no papo “esqueci meu módulo no armário 88” de uma garota com tendência emo-gótica cheirando a Camel – do legítimo, ainda por cima.

− Ah, certo, terei que esperar então. – ela murmurou tristonha, pagando de inocente. Realmente trágico.

A verdade é que Thalia não era uma Annabeth Chase da vida, e não é como se até pouco tempo atrás as duas melhores amigas discutissem táticas de como enganar policiais, então se fosse fazer aquilo, que fizesse, mas do jeito Thalia Grace de ser. E insira aqui um emoji piscando, por favor.

− Você não tem aula, não, garota? – o policial pareceu encabulado. Expulsar garotas que não estavam necessariamente desrespeitando os limites de um corredor de escola privada não estavam entre as coisas que ele aprendera na universidade e Thalia sabia muito bem disso.

− Pra ser honesta, não. – respondeu, os pés cruzados enquanto sentava-se encostada na parede que daria para o corredor da Sala 19. De onde estava, conseguia ver pelo reflexo de um dos armários a sua frente o policial, no corredor ao lado, olhar duvidoso entre a porta dezenove e a menina.

Por um momento, Thalia pensou que ele realmente seguiria com o plano e ela até aceitaria sair com o pai para a Igreja no domingo – agradecer nunca é demais, afinal. Mas o policial não foi até o detetive falar sobre uma garota que misteriosamente sumiria do corredor ao lado e entraria sorrateira na sala 19, é claro que não. Estamos falando de Thalia Grace e sua vida de sorte, aquilo não acontecia com ela.

− Você sabe, há outras maneiras de ir aonde-quer-que-você-queira-ir. – Rover Tailoud Jr. comentou, uma veia pulsando no meio de sua testa. Thalia esperava que não fosse de raiva.

1,88 não são 1,90, Thalia, fique calma.

− Oh, bem- Thalia pigarreou, aquela bendita veia realmente assustava-a. – Eu poderia, de fato. – ela começou. Porém/contudo/todavia... vamos lá, Thalia pense em alguma das desculpas que você daria à Zeus para as festas de fraternidade. – Mas é meio difícil com aquela baderna toda que tá acontecendo e-

− Espere, que baderna? – RTJ prontificou-se, hormônios benfeitores sendo enviados por todo seu corpo e obviamente fazendo com que seu dever de proteger a pátria/apartar brigas hipotéticas falasse mais alto que seu dever de ouvir a conversa sobre a Sra. May Castellan e seu problema de cabeça.

− Ah, são só uns calouros destruindo umas salas no andar de cima, você sabe. – Thalia levantou-se, vendo ali uma brecha e dando de ombros. Tão natural como a luz do dia, é claro.

E por um momento, RTJ pareceu pronto para lançar suas balas de borracha em alguns delinquentes, mas então o ganido-risada do Detetive D. foi ouvido e, novamente, ele pareceu indeciso sobre o que fazer.

− Eles não estão falando nada com nada mesmo. – Thalia lembrou-o, a voz baixa tentando imitar aquilo que Piper fazia quando queria que Jason deixasse o futebol por um ou outro episódio de ANTM. – É seu dever impedir que algumas almas inocentes se machuquem, não é?

RTJ assentia, atrapalhado.

− Sim, proteger inocentes. Meu dever. É. – ele murmurava ao mesmo tempo que se atrapalhava com toda sua massa muscular e olhava mais uma vez para a sala 19, a barriga saliente balançando uma ou duas vezes enquanto dava um giro de 180º e encarava a porta branca.

− Vamos lá, homem, vá salvar algumas vidas! – Thalia esperava não ter chamado muita atenção ao que Rover Tailoud Jr. piscou, atônito, e com uma última olhada que poderia ter arrancado a alma da Grace a força, saiu correndo a procura de uma baderna que ele nunca encontraria.

Então Thalia estava no corredor da sala 19, escorada próximo a fechadura da porta, esperando ouvir alguma coisa. E ao mesmo tempo que mantinha os olhos no corredor a sua frente, atenta a qualquer sinal de RTJ, ela se focava inteiramente na conversa que parecia voar para seus ouvidos.

− Você sabe, Calipso sempre foi uma menina carinhosa. – Luke dizia. – Quando descobriu que minha mãe poderia estar morrendo, dedicava suas tardes ajudando-a lá em casa. Foi natural que nós passássemos a andar juntos. – e com uma pausa, Thalia pôde ver, quase ficando vesga, o detetive acariciar o braço de Luke pela mesa. – Naquela época eu namorava Silena, que era sua melhor-amiga, e eu sempre soube que elas tinham alguns encontrões vez ou outra, mas aquela Calipso que estava lá, sempre prestativa, ajudando minha mãe, parecia ser completamente o oposto da garota que Silena descrevia e é óbvio que eu estranhei.

− Sim, claro, competição feminina. As mulheres enlouquecem, grande Luke, enlouquecem. – o detetive murmurava e, por um momento, parecia estar em outro lugar que não naquela sala de interrogatório.

− Pareceu mais que isso, Dionísio. – um arrepio atravessou a espinha de Luke e, mesmo daquela distância, Thalia pôde notar o olhar assombrado do garoto. Sem pensar duas vezes, puxou o celular do bolso e clicou em gravar, esperando que o barulho do play não pudesse ser ouvido dali. – Silena disse que Calipso estava me manipulando e pirou. Nunca vi Silena assim. Namorávamos há dois anos e ela nunca ficou dessa forma. Claro que já havia reclamado que eu e Calipso parecíamos sempre muito engraçadinhos juntos, porque na época, quando contei a ela que nós já havíamos tido um lance, você sabe, pareceu certo. – e o Detetive arranhou uma risada. É claro que ele sabia. Até Thalia sabia, na verdade. Na oitava série, Luke comia na mão de Calipso, mas então veio Silena e, aparentemente, as coisas mudaram. – Nós já vínhamos brigando e esse ciúme só piorou tudo.

“Não estou me fazendo de vítima nessa história, Dionísio, não entenda errado. Eu sabia quem era Calipso e no que eu estava me metendo. Ela tinha aquele lance com o Valdez e ao mesmo tempo com Percy Jackson e, mesmo assim, pareceu certo que nós começássemos a nos conhecer melhor. – e é claro que Thalia teve que prender a respiração. Ela sabia que naturalmente Silena seria citada na história (quem não lembrava do memorável término entre Silena Beauregard e Luke Castellan no meio do refeitório há semanas atrás?), mas falar sobre Leo e Percy mudara o rumo da história. Claro que Calipso usava e abusava dos dois, mas- Mas quando eu vi, estávamos mais do que naquela relação amigos-e-segundas-intenções. Calipso havia me embolado até o pescoço na história dela e, acredite, detetive, você não sabe nem o início dela”.

Com um arrepio, Thalia via, mais uma vez vesga, o detetive remexer-se na cadeira. Aquela história parecia conhecida e a Grace realmente esperava não ter o final que ela sabia que teria.

− Por que não me conta, então? – o homem instigou.

− Calipso era ameaçada. – Luke jogou a bomba e todo o ar que Thalia tinha prendido esvaiu-se imediatamente. Perdão? – Não estou fazendo-a de vítima, claro que não. Calipso era uma megera, se me permite dizer, senhor. Fui mais um de seus capachos, só que tive a chance de me afundar mais que os outros na confusão que era sua vida. E acredite, isso não é bom. – ele dizia. Thalia não gostava daquela conversa. – Quando descobri isso, meu primeiro palpite foi para Silena, mas não. Ela estranhou, é claro. E por um momento, pareceu preocupada de verdade com a melhor amiga. Mas então as coisas desandaram, Dionísio, completamente. As duas se separaram, Silena parecia querer rir quando eu contava o que vinha acontecendo com Calipso e mesmo com todas aquelas mensagens, Calipso ainda tinha tempo de soltar seu veneno pro meu lado. Aparentemente, pareceu legal para ela vingar-se de Silena, que vinha se distanciando dessa maneira, roubando seu namorado. Ou seja, eu. Acho que o senhor já ouviu falar da briga que tivemos, não?

− Vagamente. – mas é claro que o detetive estava mentindo.

− Silena me viu beijando ela e dado ao nível das ameaças que Calipso vinha recebendo, eu realmente pensava que vinham dela, da Silena. Mas não. Estava com Silena quando Calipso recebeu a última mensagem e, na verdade, o resto da escola também. – a partir daí, Thalia só tinha certeza de uma coisa. - E então tinha aquele Valdez, e o Jackson. Estavam bem próximos nas últimas semanas, não? – era bom que a Grace estivesse certa de suas palavras, porque poderiam ser as últimas.

− E o que te fez vir aqui e acusá-los hoje, Luke? – o detetive apoiou uma das mãos na mesa, o cenho unido numa linha reta impecável.

− Encontraram uma moto na cena do crime, não foi? – o Castellan questionou, mas aquela era uma pergunta retórica. Com um sorriso que destacava ainda mais sua cicatriz, ele deu de ombros: - Leo Valdez tem uma do tipo.

− Ei, você, o que pensa que está fazendo?!

Thalia quase gritou quando Rover Tailoud Jr. apareceu pelo corredor, o coldre da arma bem destacado em sua cintura enquanto, com um dedo gorducho, apontava para a jovem Grace.

Seu primeiro instinto foi correr.

E fumar seus Camel, também.


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Notas finais do capítulo

oi :3