(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 29
29. Quando os mortos falam.


Notas iniciais do capítulo

monaaaAAaAs, desculpem pela demora!!1 eu tive um puta de um bloqueio misturado com falta de tempo e série nova (arroba netflix não fode) e ai já viu. chamei papa, melhor amiga, pai de santo, pedi pra zeus, merlin, os filhos de larry stylinson, jeová, yemanjá e foi com muita reza brava que esse capítulo resolveu sair.
mas deixa eu contar pra vocês, eu tava aqui né, de boa, fazendo a att e bAM!, "Filha de Deméter (/486021) recomendou sua história" hÁ mENoS dE uM mInUtO vocês sentiram a conexão??/?// drlskjbvgfdjkb shout out pra ti, amor, que me fez essa recomendação linda e que faz comentários maravilhosos a cada capítulo, eu fiquei meio ;-; o capítulo é todo seu, flor :33
vocês pediram capítulo grande e tá ai.



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Annabeth teve sua grande ideia durante uma consulta médica. Apareceu enquanto uma enfermeira porto-riquenha media sua pressão (apenas por precaução, repetia), e ela pôde finalmente concluí-la junto com a receita que o doutor passou a ela.

Ficar tranquila, ele dissera. E, claro, era o que ela faria.

Abrindo um de seus melhores sorrisos, a loira agradeceu, saindo saltitante do consultório. Seu pai ria, vindo atrás ela, e provavelmente pensava que toda aquela felicidade era resultado de sua liberação (finalmente, senhor Jesus!), e, o.k, era quase isso.

Ela nunca respirou um ar tão limpo, e nem se sentiu tão leve. Mas, é claro, ainda havia aquela voz irritante em sua cabeça que lembrava-a do quão fodida estava, e do quão fodida ficaria desde que executasse o plano. Mas Annabeth estava preparada para correr todos os riscos – ou pelo menos ela tentava se convencer.

— Eu vou na Thalia hoje, ‘tá? – virou-se para o pai assim que estacionaram na garagem de casa. O pai analisou-a, mas pareceu amolecer minimamente.

— Claro, você merece. – Frederick sorriu. Annabeth suspeitava que ele estivesse falando de sua madrasta, mas não fez nada que não assentir. Porque, sim, para conviver com a bruxa velha que era aquela mulher, ela merecia (e muito).

Sem fazer questão de entrar em casa, a garota disparou para a casa dos Grace, fazendo questão de pisar no gramado bem cuidado e brilhante que sua madrasta tanto amava. Oops.

— Eu estou com medo. – foi a primeira coisa que Thalia falou, abrindo a porta para a Chase. Ela nem esperou que a loira batesse na porta, correndo para a entrada quando viu aquele tufo loiro saltitando por seu jardim. Ou Annabeth estava chapada, ou algo realmente muito ruim estava para acontecer.

— E eu quero saber onde diabos você se meteu ontem. – Annabeth disse, passando por Thalia. Essa coisinha chata chamada intimidade que deixa as pessoas entrarem na sua cozinha roubando todo o seu cereal, ugh.

A Grace analisou-a brincar com o cereal em sua mão. Algo realmente muito ruim estava para acontecer, e ela suspeitava que tivesse relação direta consigo.

— Eu tive um ataque de pânico. – ela respondeu, por fim.

A loira engasgou-se com o seu cereal.

— Desculpe? – olhou-a, incrédula.

— Quando seu mundo começa a rodar e você não consegue respirar direito, sabe? Alguma coisa assim, eu não estava pensando direito com os pulmões vazios. – Thalia deu de ombros, sentando na bancada onde Annabeth estava, puxando o cereal de sua mão.

— Na verdade, não sei, não.

— Foi algo assim. Aconteceu de manhã, Jason estava assistindo o noticiário.

— Ah.

Ah.

Ah.

Thalia teve um ataque de pânico enquanto assistia o noticiário. O noticiário. Annabeth não a culpava, porém, Olivia havia jurado que ela começara a ficar verde enquanto assistiam ao jornal local. Não fora uma boa experiência.

— Jason disse que papai começou a surtar também, e sobrou para ele e a Piper chamarem uma ambulância para os dois. – Thalia continuou, risonha. – Honestamente, tá tão na cara que esses dois têm alguma coisa, fica até ridículo dizer que ela prefere dormir aqui em casa por causa da “mudança”.

Annabeth preferiu não entender essa última parte. Havia muita coisa em sua cabeça, ela não precisava de informações extras – nem de um skinny love para se preocupar.

— Você foi para o hospital? – perguntou.

— O dia inteiro. Luke apareceu para me ver. – Thalia estremeceu. Annabeth arregalou os olhos, olhando para ela alarmada.

Oh não. Merda. Porra. Caralho. Não, não. Não. Isso não podia ter acontecido, de jeito nenhum. Eles deveriam ter o encontro essa tarde, nem um dia antes, nem um dia depois. Fazia parte do combinado, ela precisava que isso acontecesse.

— Eu fingi que estava dormindo. – Thalia encheu sua boca de Cheerios.

Eu posso ouvir um aleluia, irmãos?! Annabeth estava seriamente tentada a ir à missa aquele dia. Ela tinha certeza que o Padre conseguiria sentir o cheiro de seus pecados num raio de trinta quilômetros, mas ela precisava agradecer.

— Mas e você, o que me conta? – a Grace virou-se para ela.

Annabeth olhou-a, meio incrédula. Oh, o que ela contava? Puxem os bancos de madeira, crianças, porque a história vai ser longa.

— Eu preciso de sua ajuda. E se você abrir a boca ou pensar em recusar, é melhor fingir que nem sabe de nada. – a loira falou, cerrando os olhos.

E quem era Thalia Grace para se opor a qualquer coisa vinda de sua melhor amiga? O tiro veio dela, apenas lembrando.

— Que porra é ess-

— Shiiiiiiu.

— Eu acho que tem um mosquito na minha calcinha.

— Shiiu.

— Ew!

— Calem a boca, porra! – Annabeth mandou, elevando a voz. Ela arregalou os olhos, tapando a boca imediatamente. Merda.

Silena lançou-lhe um olhar cético. Quem estava falando alto agora? Leo ficou quieto, tentando ser o mais sútil possível ao esgueirar-se para longe de Silena e a ideia de algo dentro de sua calcinha.

Annabeth respirou fundo, e pôde sentir o zumbido de um mosquito próximo a sua orelha esquerda. Sinceramente, quem era o idiota que tinha metade de uma floresta em seu quintal?! Oh, claro, a idiota que eles estavam indo incriminar.

Opa.

A loira esgueirou-se pelo mato, olhando por entre as folhas para o duplex a sua frente. A posição era desfavorável, e ela não conseguia ver muita coisa, mas um pouco do cabelo de Thalia (quando é que ele havia cortado?) era visto movendo-se pela casa, e ela podia até imaginar a expressão fechada de Reyna, não querendo dar o braço a torcer. Reyna era esperta, mas graças a Deus, aquela era Thalia Grace.

— Por que mesmo eu ‘to fazendo isso? – ela ouviu Leo murmurar.

— Shiiu. – chiou.

— Mas que por- Leo começou, a voz alta. Com o olhar que recebeu das duas garotas, ele diminuiu o tom: - Mas que porra! Não é possível que ela consiga ouvir a gente daqui de fora, caralho.

Annabeth lançou a ele um olhar vago, mas não falou mais nada. Leo estava nervoso, ela sabia. Todos estavam. Mas para Leo, aquilo parecia ser ainda maior. A loira desconfiava que houvesse alguma coisa acontecendo entre Reyna e Leo – uma amizade muito forte, um romance às escondidas, quem sabe? Agora, porém, ela precisava que o Valdez esquecesse da cara feia que Reyna faria quando descobrisse o que eles estavam indo fazer, e focasse em fazê-lo.

Ela meio que estava repetindo a mesma coisa mentalmente.

— Veja, elas estão saindo. – Silena apontou para as duas meninas atravessando a rua. Sorriu satisfeita, orgulhosa de si mesma. Ela começou a sair do mato, e Leo agradeceu silenciosamente.

Eles vinham esperando no meio daquele mato há mais de duas horas, e para alguém que viveu a vida toda numa cidade como Dover, aquela deveria ser a primeira vez que Leo via tanto verde amontoado num mesmo lugar. Deveria, mas não era.

— Todos sabem o que fazer? – Annabeth virou-se para eles, saindo de trás de uma moita. Com sorte, Thalia havia lembrado de colocar uma das chaves debaixo do tapete da frente para que eles entrassem. De qualquer forma, Annabeth ainda tinha um grampo de cabelo em seu bolso (ela havia visto alguns tutoriais sobre isso).

Os outros dois assentiram.

— Eu entro com você. – Silena falou.

— Eu fico pra vigiar.

A loira sorriu, satisfeita. Eles pareciam ter decorado o roteiro e Reyna já estava longe, então o que poderia dar errado?

— Vocês não esqueceram de alguém, não? – o sorriso da loira de desfez, e ela virou-se para ver um Percy de braços cruzados, com cara de poucos amigos, atrás dela. Aquela definitivamente não era uma boa hora para Annabeth reparar nas marcas de unha em seus bíceps tencionados. E a culpa era toda daquela camisa de basquete estúpida que Percy parecia ter vestido porque sabia que afetaria a loira. Bastardo. – Bem, então eu digo qual o meu papel. – sorriu amargo, e a garota percebeu que aquela não era uma boa hora de jeito nenhum. – Eu estou aqui para impedir vocês de fazerem alguma merda.

Annabeth ficou sem reação, mas ainda conseguiu ouvir o riso estridente de Silena ao seu lado. Aquela garota deveria ter calado a boca.

— Por favor, Jackson, me poupe. – falou, destacando-se do trio para encará-lo peito a peito. Será que Silena sabia que Percy era uns dez centímetros mais alto que ela? – Nós estamos salvando sua pele, garoto, pare de ser um pé no saco e faça algo de útil.

Leo arregalou os olhos. Parte dele queria pegar a pipoca para assistir aquela briga de camarote, mas outra parte (e essa era aquela chamada de razão) mandava que ele fizesse alguma coisa, e rápido. Mas da última vez que o Valdez fizera alguma coisa, eles acabaram aqui. Será que Reyna tinha pipoca dentro de casa?

— Salvar a minha pele? Você só quer se livrar da culpa e foda-se todo o resto! – Percy exasperou-se, descruzando os braços. Graças a Deus, pensou Annabeth. Aquilo não estava dando muito certo.

— Percy- ela chamou, e encolheu-se com o olhar furioso que o Jackson lançou. Seu ego foi ligeiramente ferido com aquilo, mas estava tudo bem, ela podia superar aqui. - A gente só tá-

— Só?! ?? Não é ‘só’, Annabeth, não quando vocês estão pensando em pôr a culpa de uma merda dessas em alguém que não tem nada a ver com o que a gente fez. Que porra é que você tem na cabeça pra aceitar uma merda dessas? – Percy gesticulava. Talvez ele pudesse abaixar um pouco o tom de voz? Não? Ah, ok. – E você, Leo! – ele apontou para o Valdez. Claro, sempre sobrava para Leo. – É a Reyna, caralho, a Reyna!

— Na verdade, é a Rachel. – Silena falou, inconveniente.

— Você quer mesmos se meter com a Annabeth, cara? – Leo perguntou, desacreditado. A Chase preferiu levar aquilo como um elogio.

Percy bufou. Ele ainda não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Quer dizer, eles precisariam mesmo voltar há alguns capítulos atrás? Para quando eles combinaram que não envolveriam ninguém naquilo?

— Leo, Silena, vocês podem nos dar um momento? – Annabeth perguntou com uma calma surpreendente. Ela ainda não se atrevera a tirar os olhos do Jackson, e ele pareceu finalmente perceber aquilo, ainda que mantivesse a pose.

Leo olhou de Percy à Annabeth, de Annabeth à Percy. Por fim, ele escolheu ouvi-la, indo atrás de Silena, e pôde jurar que a meia-irmã estava murmurando algo como “seu namorado, seu problema”. Ele rezou para que a loira não tivesse ouvido aquilo.

Quando os dois finalmente ficaram sozinhos, Annabeth apoiou as costas no tronco de uma árvore. Nada confortável. Ela fechou os olhos, suspirando derrotada. Percy podia estar furioso, mas tinha que admitir que a loira sabia fazer uma cena.

— O que você quer de mim?

Ele talvez não tivesse respondido se soubesse que Silena e Leo estavam, a essa hora, tentando entrar na casa de Reyna. O que era um grande problema.

Silena tentava respirar fundo, sorrindo para uma das várias senhoras que faziam sua caminhada matinal aquele sábado, levando seu poodle cor-de-rosa para andar. Ela acenou, e a socialite pareceu reconhecê-la, lançando-lhe um sorriso cheio de piedade (havia algum tipo de comoção universal direcionado a ela desde que fora apresentada como a melhor-amiga da falecida Menina Atlas).

Como se não bastasse, ela ainda tinha que desdobrar-se para cobrir o corpo agachado de Leo em frente à entrada, trabalhando com um grampo de cabelo na fechadura da porta do duplex. Aparentemente, Thalia não havia tido tempo para roubar uma das chaves de Reyna .

— Merda, isso daqui deve ter umas doze travas. – Leo resmungou, girando o grampo enquanto tentava achar o ponto certo. Fazia algum tempo que ele não precisava abrir uma porta daquele jeito (ele costumava ter que fazer isso toda vez que chegava em casa e Charles ainda estava na oficina), e ele tinha certeza que Annabeth saberia fazer aquilo melhor que ele.

— Anda logo, Leo, eu ‘to parecendo uma maluca parada aqui. – Silena sussurrou, mantendo a boca parada.

Você meio que é., Leo guardou esse pensamento para si.

— Feito. – o garoto disse, se levantando. Ele limpou os jeans, empurrando a porta e entrando por ela antes que alguém pudesse estranhar o duende latino que resolvera brotar magicamente do tapete da entrada.

— Aleluia. – Silena disse, fechando a porta atrás de si. Ela olhou ao redor, apenas para ter certeza de estavam sozinhos. A garota acabara descobrindo que Rachel tinha um trabalho na universidade aquela manhã, e Reyna estava muito bem ocupada fazendo o que quer que tivesse que fazer bem longe dali.

Pobre Silena.

— O que eu faço agora? – Leo perguntou, perdido. Na teoria, ele não deveria nem ter entrado. Um muito obrigado à Percy Jackson, sempre muito prestativo com seus amigos. Vá a merda, Jackson.

— Me ajuda, ué.

— Ajudar com o o qu- Não, não, não! Não, Silena, não! Porra, você é maluca, né? Eu devia ter ouvido o Percy, eu devia. Merda, eu-

— Meu Deus, cala a boca! – Silena bradou, irritada. – O que você devia ou não ter feito não me interessa, mas agora que você não fez, para de ser broxa e vem me ajudar, porra.

Leo piscou.

Ele realmente estava indo fazer isso.

É, ele estava.

Ele realmente iria colocar pistas falsas na casa de Rachel. Agora, a parte ruim da história: Reyna também vivia lá. Como é que Silena conseguiria desviar Reyna da culpa, quando ela era realmente culpada.

— Nós vamos colocar os papéis no escritório da Rachel, Reyna não está ligada ao trabalho dela. – Silena respondeu. Aparentemente, Leo havia dito aquilo em voz alta.

— Que escritório?

— Quarto, tenda, cabana.. Que merda ela use para atender seus cliente. Calipso me disse uma vez que ela tem um local só para isso em casa, deve ser aqui embaixo. – Silena divagou, caminhando pelo piso de madeira com os papéis na mão.

Ela havia passado uma noite inteira copiando a letra de Rachel (e ela preferia não saber como havia tido acesso a isso) naquelas folhas, para que fizesse parecer que ela escrevera aquelas coisas sobre Calipso. Coisas essas que não deveriam chegar nas mãos da polícia., lembrou-se.

Silena tentou dar um sorriso maldoso, mas falhou miseravelmente. Secretamente, nem ela concordava com aquilo. Mas é necessário., sua mente projetou.

— Bingo. – falou, abrindo uma das portas no primeiro andar. Ela conseguia sentir o cheiro de incenso desde a entrada da casa. Céus, como é que alguém conseguia fazer alguma coisa naquele lugar?

Piscando, ela tentou enxergar no meio de toda a fumaça. Haviam pelo menos dez incensos acesos, perigosamente próximos da cortina laranja que Rachel havia colocado nas janelas para dar a sala um ar mais- mais. Silena conseguiu reconhecer um Buda e um Omolú, que a garota só soube quem era porque Calipso passara um dia inteiro falando sobre. Ela ficou pelo menos uma meia hora dando-lhe um sermão quando Silena confundiu o santo com uma vassoura.

— Onde você acha que a polícia procuraria esses papéis? – a garota virou-se para Leo, sentindo sua cabeça latejar com o cheiro forte dos incensos.

— Eu ainda estou me perguntando por que a polícia procuraria esses papéis. – Leo resmungou, acanhando-se com o olhar frio de Silena logo em seguida. – Nas gavetas? – sugeriu, sorrindo amarelo.

A garota olhou para a cômoda onde acontecia o intercâmbio de religiões de Rachel, acatando a ideia de Leo. Ela marchou até lá, puxando a primeira gaveta e encontrando-a cheia de gravadores de voz. Mas que porra?

Ela estava para fechar aquela gaveta quando Leo apareceu ao seu lado, impedindo-a.

— O que é isso? – ele perguntou, apontando para uma caixa de sapatos onde se lia o nome de Calipso Atlas na tampa florida.

Ele puxou a caixa de lá, sentando-se no divã vermelho no centro da sala. Silena sentou ao seu lado, e eles abriram a caixa. Exatamente como na gaveta onde havia sido encontrada, vários gravadores de voz foram estrategicamente colocados ali para que coubessem todos.

— Eu não acho que você dev- Silena começou, mas Leo já havia apertado o botão de um dos gravadores.

Eu adoro isso. – uma voz melodiosa saiu pelos buracos do som. Instantaneamente, Leo prendeu a respiração. Aquela era a voz de Calipso, doce e melodiosa como sempre. Ela soltou um risinho, e o garoto já não lembrava nem do próprio nome.

É divertido, não é? Eu também gosto. – aparentemente, era Rachel quem falava dessa vez.

Ultimamente, essas consultas vem sendo a única parte do dia que eu gosto. – Calipso sussurrou, e o peito de Silena apertou. Ela sentia tanto a falta da melhor amiga.

Oh, querida, não fale isso. Há tantas coisas boas na sua vida, eu consigo ver aqui. Você só não está conseguindo administrá-las da forma certa.

Bem, então me diga o que eu posso fazer, oras.

As cartas me dizem que você tem um ótimo partido correndo atrás de você.

Não acho que o Luke seja tão bom assim. – Calipso riu, o mesmo tom mesquinho na voz. A sala estava em completo silêncio, nem Leo nem Silena se atreviam a falar alguma coisa. Aquele era um momento sagrado para ambos.

Oh, querida, não é dele que estou falando.

O coração de Leo disparou.

Mas tome cuidado com esse garoto.

O de bom partido? – Calipso zombou.

Não, não. Luke.

Pft, ele é inofensivo. Come na minha mão. – ela parecia orgulhosa daquilo. Silena sentiu aquele velho sentimento voltando, e tratou de enterrá-lo novamente, ela não queria aquilo de novo.

Eu tenho certeza que sim. – Rachel falou, risonha. – As cartas estão me alertando sobre outra pessoa. Alguém próximo, tome cuidado.

O que voc-

— Percy! – os dois ouviram um grito estridente soar da entrada. De susto, Leo acabou deixando o gravador cair no chão, espatifando-se e se quebrando no chão. Seus olhos se arregalaram, e Silena agachou-se para catar os cacos do chão conforme Percy aparecia na porta, furioso. Annabeth, logo atrás, tinha folhas de árvore presas no cabelo e um olhar assustado no rosto.

O Jackson abriu a boca, mas ninguém ousou falar nada quando Leo, que havia abaixado também para ajudar Silena, acabou apertando um outro gravador no topo da pilha e a voz melodiosa de Calipso voltou a ser ouvida por todo o cômodo.

Como estão as coisas na Uni, Ray?

Você sabe que eu detesto esse apelido, Calipso. E se fosse para você gastar suas sessões me ouvindo falar sobre a minha vida, eu que estaria te pagando para ser minha psicóloga.

Báh, besteira. Você nem se formou. – a menina zombou.

Faltam dois anos. Depois disso, Reyna não vai mais precisar se desdobrar para pagar as contas por nós duas.

Eu deveria falar alguma coisa? – o tom de Calipso mudou subitamente.

Um suspiro foi ouvido pelo gravador que estava nas mãos de Leo, e logo a voz abafada de Rachel voltou a falar:

Você não pode ficar chateada com ela por muito tempo. Ela só falou a verdade, Calipso, você precisava ouvir aquelas coisas.

Oh, claro. Eu faço das tripas coração para enquadrar aquela garota no meu grupinho, brigo com minha “melhor amiga” porque aparentemente eu estou “largando-a” pela Reyna, e ainda sou obrigada a ouvir merda. Se tem uma coisa que eu não suporto, e ela sabe muito bem, é gente ingrata.

Reyna não pediu para que você fizesse nada disso para ela. Ela, na verdade, quis te ajudar quando disse que sua relação com Luke podia atrapalhar sua amizade com a Silena. – enquanto todos encaravam Silena, Leo olhou para o gravador, notando a data escrita no papel colado nele.

O dia da morte de Calipso.

Ela praticamente me chamou de puta e disse que eu dava para o namorado da minha melhor amiga!

E não é isso que você faz? – Rachel parecia estar se divertindo com isso, embora.

Silena queria ser capaz de abrir um buraco no chão para se enfiar ali e aparecer no outro lado do Pacífico. Mesmo que não quisesse, ela sabia onde aquela conversa iria parar. Leo não fora o único a notar a data escrita no gravador.

Justo.

Silêncio.

Mas foram só uns beijinhos!

Calipso!

‘Tá, ‘tá. Teve aquela vez no banheiro depois do jogo, mas foi só uma! Não é como se a Silena pudesse saber e, se souber, eu só lamento. Por favor, olha pro deus grego que ela tem como namorado! Ela vai entender.

Você tem certeza disso?

O que você quer dizer?

Sua sessão acabou.


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Notas finais do capítulo

((((lembrem do capítulo 15 beijao))))
eu queria agradecer a todo mundo que me mandou melhoras no capítulo anterior, vocês são os melhores leitores do mundo. fui contar a piada do romano pra minha amiga e ela precisou olhar nos dedos pra entender, eu fiquei lkdvsdkgb
pergunta: qual a fanfic favorita de vocês? se puderem, me indiquem mais de uma ou me respondam porquê. eu vou dizer que a minha é baby heaven's in your eyes, uma tradução que você encontra lá no wattpad. não tem como explicar por que, só que eu amo essa fanfic demais, como as personagens evoluem, como o amor deles é lindo, os assuntos que a autora aborda, o plot construído, o desenvolvimento,,,, fora que não tem muito mimimi. essa fanfic é a minha morte.
comprem drag me down no itunes, spotify etc etc btw