(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 26
26. Don't tell to annie.


Notas iniciais do capítulo

*Não conte para Annie.
Oi gente. RR aqui de novo.
Sinto muito informar maaas, esse é o último que a Scamander me mandou, o que significa que vamos ter que esperar até ela voltar de viagem para ter novos capitulos.
Aproveitem o capitulo! Ficou ótimo, na minha opinião.



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Se Leo, em algum momento entre a tarde de ontem e a manhã de hoje, pensou que poderia haver uma remota chance de que as coisas começassem a melhorar, era bom que ele se desfizesse desse pensamento, porque em sua montanha-russa, a viagem só seguia para baixo.

“Bem-vindo ao inferno, pegue seu ticket no balcão ao lado e aproveite”, era o que o capeta devia estar dizendo a ele.

O Valdez fora dormir com o pensamento de que, não, morar debaixo do mesmo teto que três adolescentes hormonais não alteraria em nada sua vida. Mas a primeira mudança veio quando ele foi obrigado a caçar um banheiro no andar debaixo, porque Piper, Silena e Drew fizeram questão de ocupar todos os banheiros do segundo andar.

No final, ele ainda teve que lidar com um absorvente melado (eca, eca, eca, eca) no lixo do banheiro de Afrodite, e ele se perguntou se era com essa pessoa, que sangrava vinte e quatro horas por dia, que o pai passava a noite. (Ele preferiu não saber a resposta).

Foi entrando na cozinha, porém, que ele sentiu o fogo do inferno começar a arder. Afrodite preparava omeletes para o que parecia um time de futebol, enquanto cantarolava um pop grudento e assistia ao jornal matina por uma mini-televisão portátil colocada próximo a fruteira.

De lá, a vinheta do jornal terminava e o Âncora, em sua habitual cara de nada, anunciava as notícias do dia. Leo estava puxando uma cadeira para sentar quando, ainda sem expressão, o homem anunciou:

— E ontem, durante a tarde, a Delegacia de Polícia de Dover sofreu um ataque aos seus computadores. Ainda sem explicações concretas, investigadores apostam ter sido uma falha do sistema. No entanto, o Detetive D., responsável pelo Caso Atlas, defende a tese de que os computadores foram hackeados. Jéssica, é com você.

Uma mulher loira, com seios desproporcionais e dentes muito brancos aparece na tela, terminando de arrumar seu cabelo. A mulher dá um sorriso, e pega o microfone grande demais para suas mãos, falando algo que Leo não conseguia entender.

Porque no momento, ele via-se encarando uma filmagem de si próprio em destaque, no Hall da Delegacia, parado em frente ao balcão enquanto uma confusão acontecia ao seu lado. Em determinado momento, sua figura some, e Leo sabe bem o que vem em seguida. Para sua sorte, ninguém parece perceber uma mão sem dono vagando pela mesa da recepção, mas assim que ele retorna a sua posição, a câmera volta a focar nele.

E com toda sua genialidade, Leo se aproxima de uma garota de blusa amarela, que até então estava no anonimato, e puxa seu braço até a entrada da delegacia. Bem vindo ao inferno, Leo já tinha seu Passe VIP.

— Bom dia, Leo! – Afrodite vira-se para a mesa com uma frigideira cheia de omeletes feias, deparando-se com Leo. — Está tudo bem, querido? Você parece pálido. – comenta. – Coma um pouco, eu fiz omeletes! – diz, voltando-se para o forno depois de deixar aquela mistura no prato do garoto.

Leo encara as omeletes.

Elas certamente estão melhores que sua vida.

Quando Annabeth abre a porta, seus cabelos estão bagunçados e sua cara não parece nada boa. Secretamente, Reyna espera que seja por causa do sono, embora, ao longe, ela ainda consiga ouvir o barulho da televisão ligada, sintonizada no canal de notícias.

A essa hora, não há nenhum canal que não transmita aquelas filmagens. Numa cidade onde o único assunto é a bolsa de valores, casos como aquele são sempre muito bem explorados. Especialmente com a teoria de que todos têm ligação com a morte de Calipso Atlas.

— Entrem. – ela murmura, dando as costas.

Leo e Reyna se entreolharam.

Ela só tivera tempo de, literalmente, pôr o primeiro pé na escola, antes de Leo estancar em sua frente com um olhar afobado. A garota não precisaria perguntar o que era – a essa altura, todos na cidade sabiam da história. Ou ao menos, de metade dela.

— Não apareceu nosso rost- Leo começou assim que entrou na casa dos Chase. Para sua sorte, a madrasta de Annabeth havia ido às compras e seu pai estava em alguma parte da cidade, o que talvez não fosse tão bom assim. (Sem testemunha, a morte deles seria mais rápida).

— Eu sei muito bem o que apareceu, Leo. – ela falou, seca. – E não foi a primeira vez.

Dessa vez, nem Reyna ousou argumentar contra a loira.

Os dois adolescentes ficaram parados na entrada da sala de estar, observando as costas de Annabeth se movimentando pelo cômodo. Os dois estavam internamente se preparando para a cena seguinte. E, logo em seguida, para seu funeral. Leo estava se culpando por não ter encomendado seu terno mais cedo.

— Quando é que vocês pretendiam me contar? – Annabeth começou, a voz já alterada, virando-se para os dois. – Todos vocês sabiam, caralho! A Thalia, o Percy, o Leo e até você, Reyna! Você. – ela apontava para Reyna, gesticulando. – Você e a Thalia estavam aqui comigo ontem, porra. Qual a dificuldade de chegar pra mim e dizer que isso aconteceu?

Leo teve que morder a língua para não fazer nenhum comentário estúpido. Ele provavelmente só pioraria as coisas.

— N-ós- eu tinha um plano. – Reyna disse, gaguejando.

O olhar que Annabeth lançou a ela era um misto de ceticismo e ironia. A loira realmente estava tentando se controlar. Pelo seu próprio bem, ela mantinha-se atrás do sofá, apenas para que, se quisesse pular no pescoço de Leo, tivesse aquilo como barragem.

— Um plano, uh? – perguntou, apoiando-se no encosto do sofá. – Deixe-me adivinhar qual era: vocês invadiriam os computadores de uma delegacia e sairiam de lá como se nada tivesse acontecido? Genial, Reyna, realmente!

Reyna sentia seu rosto esquentando. Ela queria poder afunda sua cabeça no jardim do lado de fora da casa de Annabeth. Será que a garota se importaria se ela destruísse algumas poucas flores?

— Infelizmente, houve uma falha no seu plano: - Annabeth prosseguiu, e Leo queria pedir para que a garota moderasse. Ele não estava gostando em nada de ver Reyna daquela forma, inferior à quem quer que fosse. – O Detetive descobriu, e agora vocês vão ser pegos.

Os dois ficaram em silêncio. A verdade é que, por dentro, Leo estava surtando. A coisa estava ficando cada vez mais real, e agora que Annabeth dissera, ele tinha certeza que eles iriam morrer. Seriam pegos, presos e condenados, e depois mortos.

Mas então, Annabeth abaixou a guarda. Seus olhos ficaram pesados e ela respirou fundo, encarando-os com uma expressão cansada.

— Se vocês iam precisar da minha ajuda de qualquer forma, por que tiveram que fazer isso?

Os dois ficaram em silêncio.

Reyna sabia a resposta, mas ela não iria admitir que odiava ser dependente de alguém. Especialmente da ajuda de Annabeth. Ter Leo ao seu lado só piorava as coisas, ela não queria que ele a visse daquela forma.

Por fim, a Chase largou-se no sofá, massageando as têmporas.

— Você já terminou a matéria para o jornal, Reyna? – perguntou.

Reyna piscou, confusa de início. Depois de toda essa confusão, ela esquecera da razão que a levara a ajudar Leo – e acabara atrapalhando mais ainda as coisas, palmas! Coçando os olhos, ela negou.

— Ainda não, ma-

— Termine isso ainda hoje, por favor, Katie está me cobrando. – Annabeth dizia, ainda sem abrir os olhos. – Enquanto isso, eu vou pensando num jeito de tirar a gente dessa.

Leo virou-se para a outra garota. Aquilo significava que era para eles irem embora? A garota deu de ombros, parecendo entender a pergunta muda de Leo. Seguiram, então, os dois para a porta, sendo parados apenas quando a garota loira murmurou algo como devolver o caderno de Reyna amanhã.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Quando a Luna voltar ela já vai poder postar capitulos normalmente, então.. Acho que isso é uma despedida.
Foi muito legal postar alguns capitulos para a Luninha, ela é tipo minha best, então não da pra recusar essas coisas da best.
Essa é tipo, a história número um da Scamander, na minha opnião. Sensacional. Mas vou deixar essas coisas para quando eu fizer minha recomendação (só quando a história acabar).
Beijos gente!



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