(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 18
18. Si vidua est locuples, lacrimoso lumine ridet


Notas iniciais do capítulo

*viúva rica com um olho chora e o outro repica
GUESSSSS WHOOOO ISSSS BAAAACK???? caralho gente, um mês sem atualizar aqui, sOcORRo. desculpem mesmo, mas abril não foi exatamente o melhor mês de 2015 e com tudo o que aconteceu eu não conseguia pensar em escrever.
masssss adivinhem quem tem oito mil palavras prontinhas pra postar pra vocês? exatamente *eu* lfbgldfh
tinha escrito umas notas lindinhas aqui no capítulo, mas o nyah! apagou e af, odeio isso. saudades de quando podia colocar coração e símbolos nas notas sem que o site excluísse metade das minhas notas, saudades *deep sighs*
enfim, eu acho que já disse aqui, meu word não tá mais funcionando e colocar travessão pelo google drive está além dos meus poderes, mas eu prometo que assim que conseguir venho aqui arrumar a formatação direitinho, certo? :333
parando de enrolar, espero que gostem do capítulo e é isso, flores flores.



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Era meia noite e Silena estava gritando. Gritando em silêncio, e ninguém a ouvia. Aquele aperto no peito, as chamas engolindo seu coração, o nó na garganta; ela sentia tanta coisa ao mesmo tempo, como é que ninguém notava isso?

Ela estava perdida em seu oceano de insanidade, sendo puxada cada vez mais para baixo. Chegaria aquele momento onde ela apenas se deixaria levar. E não havia volta, havia?

– Vamos, garota infernal, hora de destruir algumas vidas. - Drew puxou suas cobertas e Silena pôde sentir um pouco do vento frio da madrugada de Dover. Não.

– O que você quer? - a voz de Silena falhou. Depois de duas horas seguidas chorando enterrada em sua cama, era de se esperar que estivesse assim. A voz fraca, com olheiras fundas e aquilo em sua cabeça podia ser considerado um cabelo? Credo.

– Vamos nos divertir um pouco, Silena. Você 'tá precisando. - Drew insistia, puxando agora a bainha da calça de seu pijama.

– Me deixe em paz, eu só quero poder chorar meus olhos fora sem ter ninguém me incomodando. - Silena praguejou, a cara enterrada no travesseiro.

Nhé, quanto drama! - Drew brincou. Sério Drew, drama? - Vamos, Silena, você não pode perder a nossa noite das garotas. Sua presença é requisitadissíma.

Ah, que ótimo. O mundo de Silena estava desabando e Drew inventava uma noite das garotas. Para que inimigos quando se tinha uma irmã como essa? Silena não podia ser mais grata a Drew, sério.

– Mamãe está te chamando, Sil. Ela deixou de ir pra casa do Hefesto hoje só pra ficar com a gente, vai! - cansada de puxar Silena, Drew começou a pular em sua cama, pisando uma ou duas vezes no pé de Silena, quase provocando uma torção. - Não é dificuldade nenhuma, qual é. - disse, parando de pular e sentando ao lado da irmã. - Você só precisa arrastar sua bunda para o sofá, pode até levar o edredom, e fingir que está se divertindo para a mamãe. Vamos, Silena, se esforce um pouquinho mais!

A garota sentiu um arrepio percorrer sua espinha.

Se esforce um pouquinho mais. Só um pouco. Talvez assim ficasse mais óbvio que você era culpada pelo assassinato da sua melhor amiga.

– Venha logo, filhote! - era Afrodite, na porta. - Faça isso por sua mama, sim? Por favorzinho, eu até comprei chocolates para essa noite! - ela batia palmas, animada.

Uau, Silena queria saber ser assim. Como é que sua mãe conseguia manter todo aquele ânimo vendo duas de suas filhas em ruínas? Ela era realmente boa nisso.

– Vaaai, Sil, mamãe até falou com o pai só por sua causa! - Drew mexia o ombro de Silena.

– Por que ela teria que falar com ele? - Silena arqueou a sobrancelha. Há quanto tempo ela não recebia notícias do pai, doze anos? Náh, mais que isso.

– Pelos chocolates, oras! - Afrodite guinchou. Silena não podia ver, mas apostava sua liberdade que a mãe estava agora revirando os olhos. - Pra que gastar dinheiro com isso se eu tenho um ex-marido dono de fábrica de chocolate? Aproveito enquanto posso.

Mas não foi por isso que Silena saiu da cama.

Com um sussurro, Drew levantou-se do quarto, seguida por Silena com sua cara amassada e edredom nas costas. Deplorável.

A noite das garotas consistia em, basicamente, assistir Meu Pequeno Pônei e comer chocolates com a mãe. Mas isso era quando as garotas tinha seus sete anos, na época em que Afrodite ainda ficava em casa e fazia, todo sábado, uma noite das garotas. Nos dias atuais, Silena não lembrava qual fora a última vez que ela e a mãe tiveram uma conversa de mais de dez minutos - exceto nas vezes em que ajudava a mãe a se arrumar para sair.

Então aquela era uma versão atual da noite das garotas. Com direito a Querido John, lenços de papel, chocolates Beauregard e edições passadas da V Magazine. Em outra ocasião, Silena não poderia estar mais feliz.

– Ai, que depressivo, Querido John não, mãe! - Drew reclamou. - A garota já nem tem mais lágrimas e você já tá preparando um dilúvio aqui.

E então, Querido John e lenços de papel foram rapidamente tirados da sala. E Piper, que também não estava em seu melhor estado, levantou-se para ir atrás de seu estojo de esmaltes.

– Vai ser tão legal, uma noite das garotas com minhas filhas crescidas! - Afrodite saltitava, sentada no sofá, transbordando empolgação.

Silena não teve forças nem para soltar um ‘uhull’ falso.

– Eu pensei que vocês poderiam me ajudar com os últimos preparativos pro casamento - Afrodite dizia, enquanto abria a maleta de Piper. -, mas ai, eu não quero ser cafona assim. Sou uma mãe moderna, saibam que podem conversar sobre qualquer coisa comigo.

Sobre como Silena matara a melhor amiga? Uh, acho que não.

– Nós não vamos conversar sobre sexo com você, mãe. - com a pouca força que tinha, Piper murmurou. Assoando o nariz logo em seguida, com um lenço de papel que trouxera junto com a maleta.

– Báh, bobagem.

– Não, sério, isso é constrangedor. - Drew reforçou. - Assim como eu não quero saber sobre sua vida sexual, ew, você não precisa saber sobre a minha. Direitos iguais.

É, ela dissera uma coisa assim semana passada.

– Ai, vocês são mais cafonas que eu! - Afrodite reclamou, balançando um esmalte laranja.

– A senhora se torna automaticamente mais cafona que a gente só por falar ‘cafona’, mãe. - Drew disse.

Aquilo estava saindo melhor do que o esperado. Enquanto Silena apenas observava, Drew e Piper ocupavam-se com o trabalho sujo. Se bem que, naquele dia, ela não se preocupara em sujar as mãos. Direitos iguais.

– Me dê a mão, Pipes. - Afrodite pediu, pulando para perto da filha na poltrona.

– Posso fazer suas cutículas, Sil? - Drew perguntou para a irmã, arrastando seu banquinho para perto de onde a garota estava no sofá.

E Silena olhou para as mãos. Seria assustador demais se ela dissesse que ainda conseguia ver os cantos das unhas sujos de terra? Bem, ela conseguia. Sacudindo a cabeça, ela acenou para Drew. Devia ser só sua mente doentia fazendo com que ela tivesse alucinações.

– O que vocês achariam de nos mudarmos mais cedo? - Afrodite perguntou, fazendo descaso. E então Silena entendeu o propósito daquele circo todo: Afrodite não estava realmente se importando com a filha, claro que não, ela só queria saber se estaria tudo bem arrastá-las para uma casa nova daqui há dois ou três dias e se elas continuariam amando-a mesmo depois disso.

Piper e Silena trocaram olhares.

– Uh, acho que não. - foi a primeira vez que Silena falou alguma coisa, chiando em seguida quando Drew puxou sua cutícula forte demais.

– Desculpa. - Drew pediu, sem levantar a cabeça.

Afrodite bateu palmas.

– Ótimo, ótimo! - dizia, empolgada. - Espere aqui, Pipes, vou falar com Heffy.

E a mãe se levantou, saltitando até o telefone mais próximo, esquecendo por um momento que deveria estar fazendo as unhas de sua filha mais nova. Normal.

Drew olhou, amargurada, por onde a mãe tinha sumido.

– Venha cá, Piper, deixe eu terminar isso para você. - murmurou, terminando com Silena.

Percy ainda teve mais problemas depois de pegar o carro.

Porque, que ótimo, eles estavam com a moto! Mas porra, eles estavam com a moto. Um veículo apreendido, roubado e barulhento. E eles continuavam do lado de fora da delegacia. (Para o destino:) Rá, tente se superar.

A ordem de Annabeth fora clara: tirem a moto de lá. Missão impossível completa, capitã, qual o próximo passo? Tu, tu, tu.. Caixa postal. Tipo, sério?

– Vamos lá, Jackson - Leo mumurava, os dedos nas têmporas. -, ela só quer que a gente suma com a moto, não é tão difícil.

E Percy olhou-o, cínico.

– Me diga qual o plano, então, gênio.

Leo praguejou. Gênio.

– Estou pensando, estou pensando. - repetia, fechando os olhos. Percy quase podia ver as engrenagens de seu cérebro trabalhando, procurando por alguma grande ideia. - Ugh, eu não sei! - Leo se exasperou, levantando as mãos no ar.

Percy teve vontade de rir da própria miséria. Aquilo não tinha como ficar pior, tinha? E não, o destino não iria brincar com eles e fazer com que uma tempestade desabasse agora. Tipo, não. De jeito nenhum.

Mas é claro que, num minuto, Percy estava encharcado da cabeça aos pés. Ele olhou para Leo, gotas grossas pendendo de seus cílios, o que eles fariam agora?

– Já sei! - o Valdez quase saltou. Olhando para cima, para todos aqueles pingos gélidos e grossos, ele sabia que aquela era sua melhor ideia até agora. Porque foi pensando no cíclo da água - e note o quão perspicaz ele foi -, que ele chegou a uma conclusão: Tudo, uma vez na vida, volta a seu local de origem.

E onde tudo aquilo começou?

– Não, não, não. - foi o que Percy disse. - Eu não volto pr’aquele lugar de jeito nenhum! - afirmou e, se não fosse espirrar mais água neles, estaria batendo o pé. - Larga de ser otário, Leo, você quer realmente colocar sua moto naquele lago?

Duh.

– O que você bebeu?!

– Qual o problema?

Percy riu, seco.

– Qual o problema? Qual o problema?! Isso por acaso é uma pergunta?! - exasperou-se, balançando os braços. - Caralho, Leo, é o lago! O lago. Você quer ir lá e topar com guardas florestais ou o quê? Porque se é preso que você quer ser, poupe gasolina, estamos do lado de uma delegacia.

Leo revirou os olhos. Percy era tão dramático. Não havia chances de policias ainda estarem lá, havia? Quer dizer, eles tinham um crime pra resolver. Não é como se ficassem o dia todo esperando que os assassinos voltassem para a cena do crime. Só um idiota faria isso - e, no caso, Leo também.

– Eles não estão mais lá, Jackson. - o Valdez garantiu. Mas ele não tinha tanta certeza assim. - Nós só vamos lá, jogamos a moto no lago, ela para de funcionar, não deixamos rastros e puff, a Annabeth me agradece e, se você pedir com jeitinho, até um beijinho de recompensa ganha.

Percy revirou os olhos. Mas por um momento, Leo percebeu, ele pareceu realmente interessado na proposta.

– Quais as chances de eles irem procurar lá de novo e encontrarem uma moto no meio daquele lago todo?

– Eles já encontraram um corpo, Valdez.

– Ah, pare de ser tão negativo!

– Pare d- espere, negativo? Você não disse isso, disse?

Olhe o que o sono faz com as pessoas, crianças.

– Ah, vá a merda. - Leo murmurou, passando uma perna pela moto.

– O que você tá fazendo?! - Percy assustou-se, olhando para os lados alarmado ao que, ligada, o farol da moto acendeu.

– Terminando logo com isso. - Leo dizia, pegando um capacete e colocando na cabeça.

Percy abriu a boca, pronto para dizer alguma coisa. Mas então ele se calou. O que ele iria dizer, afinal? Haviam muitas coisas que ele poderia, de fato, falar, mas do que valia?

Lá estavam eles, ao lado de uma delegacia, sozinhos no temporal, depois de roubarem uma moto da própria. Leo, pelo menos, tinha se mobilizado para fazer alguma coisa sobre, Percy nem sabia qual seria seu próximo passo. No pior dos casos, eles só iriam presos. Só.

– Então, qual o plano? - ele perguntou, montando na garupa. E não, ele não iria passar as mãos pela cintura de Leo, obrigado.

– Nós voltamos lá, jogamos a moto e vamos embora. - Leo disse simplesmente, acelerando a moto sem sair do lugar. Se fizesse mais barulho, talvez eles realmente fossem presos.

– Jogamos, simplesmente? Tipo inteira? - Percy ainda podia encontrar falhas naquele plano. - Achei que seu irmão fosse mecânico, não dá pra desmontar as peças ou sei lá?

Leo grunhiu, preferindo ficar calado. Desde que largou a faculdade, Charles deixou claro que não viraria mecânico. Ele era muito mais que isso, por favor.

– É, nós podemos. - e de qualquer forma, a ideia de Percy até que foi boazinha.

Thalia estava acostumada a acordar de repente no meio da noite.

Por causa de um pesadelo, ao ouvir Zeus chegar tarde do trabalho, quando Jason destruía metade da cozinha para pegar um copo de água e, ultimamente, por qualquer coisa. Mas aquela noite, quando no visor da tela de seu celular, o nome de Annie brilhou, ela só podia pensar numa coisa: eles tinham sido pegos.

Ela pôde até mesmo ouvir sirenes dispararem no final da rua, juro a você. E Thalia precisou de muito esforço para sussurrar um alô e mais ainda para manter o celular no ouvindo quando Annie suspirou em alívio, murmurando um "obrigada, Deus".

– O que foi? - Thalia perguntou, torcendo para não ter gaguejado.

– Ligue seu computador e entre no Facebook. - Annabeth mandou. Quê?! - E, K, U, L, N, A, L, L, E, T, S, A, C arroba guê-mail ponto com.

– O quê?! - a Grace tinha certeza que não era o sono que estava embaralhando sua cabeça. Tipo, que merda era aquela? O Detetive havia descoberto tudo? Eles estavam vindo pegá-la? O que era aquilo tudo, o código para uma fuga rápida? Por que Thalia tinha que entrar no Facebook, afinal?! Usem Twitter, gente, é muito melhor.

– Só entra, Thalia, por favor.

Meio a contra gosto, a garota levantou-se para pegar seu notebook. Ela esperava que aquilo tudo tivesse um propósito, porque se Annabeth tivesse ligado só para mostrá-la mais uma daquelas páginas de assinatura, ela seria capaz de cometer outro assassinato. Credo, Thalia admirava o jeito com que lidava com a situação toda.

– Certo, entrei. Repete.

– Escreve Luke Castellan ao contrário, coloca o @gmail.com e depois digita ‘marydidit’ como senha. - Annabeth instruiu.

– Quê? O que o Luke tem a ver com essa história toda? Você tá me pedindo pra hackear a conta dele, Annie, você ‘tá maluca?! - Thalia exclamou, assustada com a menção repentina daquele nome.

Ela pode ou não ter olhada através da janela naquele momento, apenas para ter certeza de que a luz no quarto de Luke continuava apagada.

Certo, tudo escuro.

– Entra logo, Thalia. - Annabeth bufou e Thalia quase pôde vê-la revirar os olhos do outro lado da linha. - Você não tinha me dito que o Luke era fã do Panic.. - a loira comentou vagamento, mas Thalia estava ocupada demais escrevendo na página do login do Facebook para comentar sobre isso. ekulnalletsac, confere. marydidit, que engenhoso.

– Não lembro de já termos conversado sobre isso, de qualquer forma. - Thalia respondeu, enfim.

A página estava carregando.

– Sobre seu crush? É, acho que não.

– Ele não é meu crush, eu hein.

– Não é isso que parec-

– Entrei. - ela mudou de assunto. - O que eu faço agora?

– Vá nas mensagens. - Thalia o fez. - Entre no chat com a Calipso. Role as mensag-

– Annabeth, não. - a Grace parou de repente.

– O que foi?! - a loira estranhou, soando um pouco alto demais para aquela hora da madrugada.

– Eu não vou fazer isso. - Thalia afirmou.

– Por que não?

– É a Calipso, Annie. Ela tá morta e- um arrepio percorreu a espinha da garota. Ela não faria isso, de jeito nenhum. - De qualquer forma, isso conta como invasão de privacidade, é crime.

– Só é crime se alguém descobrir, Thalia. - Annabeth murmurou. E de repente, as duas ficaram em silêncio. - Merda. Desculpe.

Thalia suspirou.

– Está tudo bem, certo, o.k. De boa. Por que você quer que eu veja a conversa deles?

– É que, ugh, eu não sei explicar. Muita melação. - Annie murmurou, enjoada, ela tinha certeza que teria que tomar insulina depois daquele açúcar todo - Mas não é isso. É que- olha, vê lá. Por favor.

E Thalia soube que a coisa estava séria. Annie interpretou aquele silêncio como uma vitória, então instruiu a amiga até chegar no ponto exato, poupando-a de todas aquelas declarações açucaradas e melosas. Ela era uma ótima melhor amiga.

Puta que pariu. – foi o que a Grace sussurrou quando terminou de ler a conversa.

– Pois é. - foi o que Annie murmurou de volta.

E elas ficaram em silêncio por pelo menos dez minutos. Thalia lia e relia, chegando a ter alguns flashes das conversas melosas que Annie tinha falado antes, ew. Ela não sabia o que pensar. Ou dizer. Ela tinha ouvido Luke falar sobre aquilo, mas agora era tudo mais real. Lá estava a prova de que, sim, Calipso vinha sendo ameaçada. E que, provavelmente, a responsável era Silena.

– Não vamos tirar conclusões precipitadas, eu sei o que você está pensando. - é claro que Annabeth sabia o que a Grace estava pensando; ela pensava a mesma coisa. - Quer dizer, o Luke disse. No começo, ele achava que era a Silena. Mas ele disse que se enganou.

– E se ele ainda estiver enganado? Digo, e se ele estivesse certo? Vai que era mesmo a Silena, Annie? - Thalia disse, a voz assombrada. - A gente nem viu ela naquele dia, lembra?

Thalia estava certa, Annabeth sabia. Sim, ela sabia disso tudo. Ela já tinha desconfiado de Silena, também, e quando viu aquela conversa, suas suspeitas só aumentaram. Mas o que aquilo significava? Que Silena tinha mais culpa que elas no assassinato? Não. Não mudaria nada. Ela só, ugh, ela só precisava compartilhar isso com alguém.

– Como você sabe? Como você sabe que ela não tem mais culpa que a gente? - Thalia rebateu ao ouvir a amiga dizer aquilo. - O que você realmente sabe sobre isso, Annie? O que a gente sabe? Nós estávamos lá, e acabamos ferindo a Calipso porque a gente tem uma sorte desgraçada, mas a gente não levou ela pro lago e-

– Reyna levou.

– Reyna deixou-a na beirada.

– Vai que ela foi sendo levada pra baixo?

– Ah, pelo que? Pela correnteza? - a Grace perguntou, irônica.

A loira ficou em silêncio.

– Onde está querendo chegar, Thalia? - sussurrou, como se aquilo fosse sigiloso demais para ser dito em voz alta. E era.

– Annie - Thalia começou, cautelosa - e se nós não fossemos as culpadas?

Annabeth ficou calada.


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Notas finais do capítulo

vocês podem escolher entre eu postar todos os três capítulos que eu tenho ainda hoje ou terminar de postar nesse final de semana. enfim. xx



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