(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 14
14. Trauma pós morte.


Notas iniciais do capítulo

eu poderia começar pedindo desculpas pela demora, mas rá, dessa vez eu tenho motivos. e não é como se eu tivesse comemorando, não me entendam mal. mas enfim, resumidamente, eu já estava na metade desse capítulo quando tive um daqueles meus surtos de por-favor-diga-que-não-fui-eu-que-escrevi-essa-merda e tive que reescrever tudo e também porque, guess what, estamos em época de votação e quem é de fandom sabe como é essa época em que fãs se dividem em tretar com outros fãs e votar por seus ídolos e enfim, é isso.
sei que o segundo motivo, para muitos, não é plausível, mas enfim, não vim ao mundo para agradar ninguém mas realmente espero que vocês gostem desse capítulo e é isso.
ah, e o título do capítulo é uma analogia bem ruim sobre quando o leo - vocês verão - diz a reyna que ela está de TPM e como minha mente ultramegaincrível não tinha ideias melhores, ficou isso mesmo. mas sugestões são sempre bem vindas, okay?



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Aquela tarde, sob os olhares atravessados de Octavian e a curiosidade de Silena, Percy e Annabeth, a primeira coisa que Reyna fez foi perguntar à eles se gostariam de uma promoção combo. E é claro que Leo tratou de saber porquê.

Para adiar a “hora da história” que viveria mais cedo ou mais tarde com aqueles quatro, Reyna correu para atender o pedido da mesa quatro e caprichou no Ovomaltine Premium, aproveitando para lavar os pratos sujos na cozinha já que Octavian era mestre na arte de não fazer nada – ou só ignorar Reyna mesmo, vai saber.

E quando Leo escorou-se na parede perto da pia, esperando por suas explicações, tudo o que Reyna fez foi perguntar, novamente, se ele ia querer alguma coisa. Se fingir de sonsa não era uma arte que ela dominava, para ser honesta.

− Você vai me dizer o que aconteceu ou eu vou precisar adivinhar? – Leo arqueou uma sobrancelha, cruzando os braços.

− Eu espero que você esteja ciente das coisas que já passaram por essa parede. – ela murmurou ao que o Valdez revirou os olhos.

− Não mude de assunto. – e disfarçadamente, Leo desencostou-se dos ladrilhos encardidos, sentindo seu braço gorduroso só por encostar ali.

− Só estava avisando. – ela murmurou, enxaguando um prato e, imediatamente, pegando outro que Leo não achava estar sujo, mas tudo bem. – Me passe a esponja, sim? – pediu, o tom de voz vago.

− Reyna. – Leo chamou. A garota ignorou. – Nós realmente vamos jogar esse jogo de “ignore o Leo”? – ele perguntou, estupefato. – Quantos anos você tem, hein? – mas ela continuava sem respondê-lo. – Então certo, valendo. – então o Valdez desligou a torneira, simples assim.

Reyna olhou-o emburrada.

− O que você quer, hein?! – perguntou irritada.

− Eu que te pergunto! – ele exclamou, erguendo as mãos exasperado. – A gente combina de chamar os caras e então quando eles chegam você faz essa ceninha e finge que nada aconteceu! O que tá pegando, hein? Olha, se for TPM, me avisasse antes porq-

− Que TPM o quê, porra! – Reyna exclamou, repentinamente irritada.

− Então me diz o que tá acontecendo, porra! – Leo exclamou no mesmo tom.

A verdade é que os dois não sabiam porque estavam brigando realmente, mas aquela menina era maluca, Leo não tinha dúvidas. Há dois minutos atrás ela estava toda sentimental limpando o catarro na blusa dele e parecia tudo bem, mas então Percy e Annabeth chegam e ela parece lembrar que tem um trabalho e deixa ele com cara de taxo na frente dos outros três. Qual a doença, tipo sério?

Reyna parece querer dizer alguma coisa, mas então gira a torneira violentamente e passa a lavar os pratos com água respingando em toda parte, molhando sua blusa e rosto e chegando a pingar em Leo.

Tá vendo? Louca.

Suspirando, ela diminui o fluxo e começa:

− É só que quando você me perguntou, pra mim realmente não pareceu importante dizer que eu tinha me vendido por informações. E isso é ridículo. Quer dizer, a gente mal se conhece e de repente você sabe que eu não sou mais virgem porque não tive coragem de dizer não a um homem bêbado, é nojento. – desabafou. – Mas agora, pensado bem, chegar lá e dizer pra eles tudo isso é- Reyna suspirou, cansada. Com as mãos sujas de espuma, tirou o cabelo de rosto, deixando um rastro de sabão em sua testa que Leo ficou tentado a tirar, mas se conteve. – Não é fácil, sabe? Eu não me orgulho do que eu fiz e-

− Está bem. – Leo interrompeu, de repente. Ele tinha entendido e, secretamente, não se dava muito bem com mulheres falando sem parar. – Olha, eu te entendo e se essa é sua dúvida, não vou te julgar. – disse, olhando sério para Reyna. A garota sentiu-se obrigada a parar o que estava fazendo para encará-lo. – Mas eu acho que eles merecem saber. – e antes que Reyna o interrompesse, o Valdez continuou: - Não disso. Quer dizer, é pessoal demais e se você quiser nós podemos dizer que você apenas ouviu o tal cara falando na mesa do bar, certo?

Reyna sentiu-se tocada. Tipo sério mesmo. O olhar preocupado de Leo e as ruguinhas em sua testa fizeram-na soltar um muxoxo, e então ela estava sendo envolvida pelos braços do Valdez, encolhida em seu abraço e agradecendo, porque ela realmente não achava que outra pessoa faria a mesma coisa.

− Para de ser dramática. – ele murmurou quando ouviu isso. – E da próxima vez me avisa quando entrar na TPM, por favor.

− Leo! – Reyna exclamou, batendo em seu braço.

O garoto sorria divertido e é claro, Reyna sorriu em resposta.

− Vou mandar Octavian fazer algo útil, vá adiantando para eles. – a garota pediu, sabendo que teria trabalho pela frente ao que, aparentemente, Octavian vinha ignorando-a desde- você sabe o quê.

− Eu preciso respirar. – Percy murmurou, enjoado.

Arrastando sua cadeira, ele caminhou para fora do Lótus e se escorou na parede de tijolos do estabelecimento ao lado, precisando arejar a cabeça. Havia ouvido demais em um curto período de tempo e, para ser honesto, ele não estava preparado para aquele tipo de informação.

Porque estava tudo bem saber que Calipso e Luke viviam num affair desde a oitava série – quem e que não sabia, afinal? Mas descobrir que ela vinha rebolando no colo de um bêbado encardido nos seus últimos dias era demais para sua cabeça. E era nojento, além de tudo.

Ele sabia que haviam pessoas que faziam isso e tentava acreditar que com o pretexto de se sustentar (afinal, a maioria daquelas mulheres sustentava uma família às vezes de dez pessoas), mas Calipso não era como elas. Ela tinha uma boa vida e nunca precisara de dinheiro, então por que havia feito aquilo? Seu pai fazia de tudo e até mais por ela, Percy sabia. Imaginar que Calipso dormia com homens mais velhos por diversão era demais para seu juízo.

− É meio louco, não?

Pelo canto do olho, ele viu Silena escorar-se ao seu lado, os cabelos acastanhados balançando com aquele vento de final de tarde enquanto ria, amargura escorrendo pelo canto da boca.

− Meio? – Percy soltou um grunhido. – Isso é insano.

Silena apenas concordou, porque sim, ela estava na mesma situação. Ou numa pior, se vocês querem mesmo saber.

− Você sabia disso? – o Jackson virou-se para ele, as mãos ainda dentro do bolso enquanto cerrava os olhos e tentava ver Silena contra a luz do sol poente.

− O que, Luke e ela? – Silena assentiu. – Mas isso não. Quer dizer, ela não parecia dessas. Pelo menos não pra mim.

E Percy concordou. A situação para eles era a mesma. Porque ambos conheciam Calipso, aquela garota radiante que esnobava Percy no meio do corredor e curtia com a maquiagem que Silena fizera de manhã, mas que no fundo, morria de inveja dos olhos delineados da melhor amiga e se derretia toda vez que Percy tocava-a na nuca. Mas eles não conheciam aquela Calipso que lhes era apresentada; uma amante e prostituta. Aqueles adjetivos pareciam tão errados quando empregados à Menina Atlas que eles achavam que conheciam.

− Reyna disse que tem mais. – Silena avisou. – Que o homem disse mais. – explicou quando Percy olhou-a e uma sombra passou pelo rosto do Jackson. – Honestamente, eu não sei se estou preparada para ouvir.

E Percy soltou uma risada anasalada.

Se estavam prontos ou não, teriam que esperar mais pelo desfecho da história ao que uma Thalia Grace pálida e ofegante passou por eles num vulto e entrou no Lótus, largando-se numa das cadeiras do balcão e respirando bem pela primeira vez naquelas últimas duas horas.

− Uma água, por favor. – ela pediu num fôlego só.

Com os olhos arregalados, Reyna correu até a cozinha enquanto Annabeth acudia a amiga, abanando-a com a mão e mandando que os curiosos de plantão se afastassem para deixá-la respirar.

− Thalia! – Silena guinchou, preocupada.

− Se afaste e deixe ela respirar, Beauregard! – Annabeth bradava, forçando Thalia a beber o copo gelado que Reyna trouxera da cozinha em goladas longas.

− Por Deus, o que aconteceu?! – Silena arregalou os olhos.

− O Detetive- Luke- Rov- eu- Thalia dizia em meio a goles d’água e respirações entrecortadas, e é claro que ninguém entendeu nada.

− Mas que merda? – Leo perguntou, confuso.

Com os dedos trêmulos, Thalia arrancou do bolso um maço de cigarros amassados e um isqueiro, tomando um outro fôlego e acendendo-os com as mãos inquietas. Antes que pudesse levar um dos preciosos Camel a boca, no entanto, ela ouviu um loiro oxigenado começar a berrar com ela.

− Não tá vendo a placa não?! – perguntava, aos gritos. – Reyna, onde já se viu! Tire sua amiga daqui e mande ela e seu destruidor de pulmões para o lado de fora, parece que não sabe mais as regras daqui!

E embora Reyna estivesse gritando com Octavian em meio a curiosos e clientes assustados, Annabeth guiou Thalia até a parte externa do Lótus onde ela, Percy, Silena e Leo sentaram e viram, com os olhos arregalados, Thalia sugar quase numa só tragada quase todo o cigarro.

A Chase nem sabia que a amiga fumava.

− Jesus, mulher, vá com calma! – Leo exclamou ao que Thalia levava o segundo cigarro a boca.

− Estou fumando para isso. – ela murmurou, balançando a mão nervosamente ao que seu dedo foi beliscado pelo bendito isqueiro mais uma vez. – Alguém acende essa merda pra mim?! – exclamou e largou o cigarro no meio da mesa, irritada.

Os outros três viram o cigarro rolar para longe sem mover um musculo e, apenas para se prevenir, Annabeth trouxe o isqueiro para longe das mãos agoniadas de Thalia.

− Eu realmente espero que você tenha um motivo para prejudicar seus pulmões com essa merda, porque eu quase perdi meu emprego. – foi como Reyna cumprimentou a Grace.

E Thalia poderia tê-la respondido da maneira mais sarcástica e cruel que o interior de seu ser permitiria, mas ela não o fez. Para falar a verdade, ela não fez nada. Já estava farta de fazer tanta coisa; no final das contas, tudo só piorava.

E foi assim que, com uma risada arranhada e contaminada de nicotina, ela olhou para Annabeth e soltou:

− Ele sabe.

A loira prendeu a respiração.

− Quem? – foi Leo quem perguntou.

E então Thalia contou. Algo envolvendo mensagens de texto, brigas no refeitório, Calipso Atlas e, no final daquilo tudo, a única certeza de Annabeth era que, de Luke Castellan, ela poderia esperar tudo – e um pouco mais.


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Notas finais do capítulo

levantem as mãos quem é a favor de uma att dupla? bem, estou pensando se vou ou não postar o próximo capítulo porque ele tá meio blergh, então talvez eu tenha aqueles meus surtos e resolva que é melhor eu reescrevê-lo, mas me esforçarei ao máximo para postar um capítulo ainda hoje. mesmo assim, lembrem-se dos surtos - eles são um inferno.



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