(DESCONTINUADA) Criminal Scene escrita por Scamander


Capítulo 1
01. No Amanhecer Sangrento.


Notas iniciais do capítulo

Hey there!
Minha primeira fanfic PJO/HDO, relevem, ok?
Sobre os shippers: Excessivamente Percabeth com uma dose extra de Thaluke e Leyna. Talvez venha a aparecer algum flashback Caleo, então shippers, não me odeiem, ok?
Deem uma chance para a história =)



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Enfurnada na floresta, escondida de todas aquelas luzes vermelhas e azuis próximo à Casa do Lago, estava Annabeth. Apertando com força a mão de Thalia, ambas viam a equipe de busca gritar em seus rádios portáteis instruções para o reforço chegar.

Já se passavam das duas da manhã e aqueles homens estavam lá desde antes das onze. Haviam vasculhado quase toda a mata e, depois de um longo tempo de tensão, encontraram o corpo.

Nenhuma das duas precisava ser perita ou, tampouco, chegar próximo o bastante parar ter certeza de uma coisa: estava morta. No fundo, rezavam para que não fosse a pessoa que pensavam ser, mas todas as evidências apontavam para ela.

Annabeth já imaginava a história que seria contada logo mais, quando noticiassem o caso: “Calipso Atlas; dezesseis anos, estatura mediana, imigrante grega, naturalizada americana. Sempre adorada por todos, era o que muitas garotas queriam ser e tantos outros garotos queriam ter. Era incrível como uma menina tão linda podia ter tido um final tão trágico. Tirava notas exemplares, ajudava quem precisava, zelava por sua família e, ainda assim, tinha tempo para si. Até que morreu. Simples assim”.

Contudo, a história verdadeira, aquela que todos conheciam, tinham alguns detalhes a mais: Calipso não era o exemplo de pessoa adorável, na verdade. Extremamente excêntrica, egoísta e fútil, não descansava enquanto não estivesse completamente satisfeita. Alguém que sabia o que tinha e fazia questão de mostrar. Sempre ditando regras e julgando atitudes, tinha os dias contados em seu cargo de Miss Perfeita, Queridinha do Papai e Abelha-Rainha do colégio Olympus High. Era, sim, uma doçura para terceiros, mas quem a conhecia sabia muito bem de onde vinha esse amor todo. Se não conseguia o que queria, fazia birrava, reclamava e chorava até que atendessem seu desejo e ela pudesse sorrir falsamente, agradecendo ao indivíduo em questão. Talvez até tivesse sido bom morrer – teria mais alguns dias de fama, ao menos.

Mas o que Annabeth estava pensando, afinal? Ela não merecia morrer. Por mais venenosa e manipuladora que fosse, nem a Menina Atlas nem ninguém merecia um final como aquele.

O que pesava mais, no entanto, era culpa. Ela sabia tão bem quanto os demais que era responsável pelo que acontecera. E escondidos ao redor de todo o perímetro estavam os outros. Sabiam que estavam próximos, mas não se atreviam a procurar ninguém. Se pudessem, na verdade, não chegariam a encontrar-se pelas próximas dez encarnações. Contudo, sabiam que tinham um acordo a ser selado. Eram tão culpados quanto testemunhas do que fizeram.

Próximo à Leo, Percy respirava com dificuldade. Naquela manhã, quando acordara com um plano em mente, não havia passado por sua cabeça que sua noite terminaria com esse desfecho. No horizonte, o sol subia para testemunhar sua condenação. Estava destinado ao inferno, não tinha dúvida.

- Cara, o que a gente fez? – Leo sussurrava vez ou outra.

Sabia que não devia fazer isso, mas tudo o que desejava era poder correr para casa e se enrolar em seu lençol, sonhando com uma dimensão paralela onde nada daquilo havia acontecido. Todavia, se dormisse, eram pesadelos que tomariam conta de sua mente. Isso era suficiente para que ele não revirasse os cantos daquela floresta a procura de sua moto. Onde quer que tivesse deixado-a, sabia que era próximo de um local que ele jurara não voltar nunca mais.

Alguns quilômetros à direita, Reyna encostara-se no tronco de uma árvore, ainda tentando recuperar o fôlego. De onde estava, conseguia ouvir as sirenes, próxima demais para vê-las banharem seus sapatos sujos de lama. A lama do rio. Qualquer que fosse seu destino agora, ela faria questão de se livrar daqueles calçados. As memórias daquela noite eram suficiente para que ela não se esquecesse do que presenciara horas mais cedo, não precisava de outras lembrancinhas extras.

Ainda mais próxima a Reyna, estava Silena. Ela soluçava enrolada numa toalha, enquanto tentava explicar aos prantos o que acontecera para um guarda florestal. Tentava contar-lhe desde a parte em que recebera a mensagem de Calipso, convidando-a para acampar (estranho vindo da amiga), até o momento em que percebera a ausência dela na barraca e fora procurá-la.

- Eu estava assustada (soluço) e tinha esquecido a lanterna dentro da barraca (soluço), foi quando ouvi (soluço) ela gritar e-

O resto do que falava foi abafado pelos barulhos que saiam de sua boca, fazendo seu peito doer. Silena estava assustada. Ainda não entendia o que estava fazendo ali, queria ir para casa e chorar no colo de sua mãe, mas aquele guarda continuava fazendo perguntas a ela.

- Se preferir, podemos fazer um questionário de sim e não. O que você acha? – ele sugeriu.

Ela balançou a cabeça, mas o guarda estava prestando atenção em seu colega que dizia algo relacionado a garota não estar em condições de prestar um depoimento. Minutos depois, ela foi encaminhada para uma viatura.

Com os olhos arregalados, balançava a cabeça compulsivamente.

- Fique tranquila, vamos te levar para sua casa. – uma mulher lhe assegurou. – Tem algum lugar específico onde possamos te deixar?

Silena negou, enroscando-se em sua toalha já encharcada. Ouviu a policial avisá-la de que estava levando-a para a delegacia e também quando o motor do carro foi ligado, mas foram as únicas coisas que conseguira captar antes de cair no sono.

Vendo o carro se afastar levando Silena dentro, Thalia se apavorou. Não havia visto a menina em nenhum momento aquela noite, mas suspeitava que ela havia, sim, visto-a muito mais do que desejava.

Olhando para Annabeth, ela esperou que a amiga se pronunciasse.

- Vamos voltar para a Casa do Lago. – a loira decidiu-se.

- O quê? – a outra assustou-se. – Annie, se voltarmos para lá, os policiais vão perceber que nós podemos ter alguma ligação e-

- Thalia, fique tranquila. – assegurou-lhe – Não temos nada a temer, certo?

Mas não era verdade. Aqueles cinco tinham certeza disso.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
O capítulo tá curtinho porque é quase como um prólogo, ok? Alguns mais extensos virão, prometo.
A fanfic tem algumas poucas semelhanças com PLL, então.. Marlene King e Sara Shepard devem ser creditadas, embora nenhum maníaco comece a atormentá-los por causa do que eles fizeram.