Gritos de pavor preencheram toda a extensão do campo de quadribol assim que viram que Lino Jordan realmente estava certo e alguém despencava dos céus em uma velocidade impressionante. Os jogadores que até então não haviam percebido nada, continuavam o jogo procurando balaços, goles e até mesmo o pomo de ouro.

A atenção de todos só foi possível quando Dumbledore resolveu agir, um grito alto, forte e a sua varinha apontada para os céus. Nuvens, chuva, nebulosidade, tudo desapareceu e só então todos puderam ver que quem estava despencando dos céus era... Hermione.

O diretor não ficou parado, mas antes que ele pudesse fazer algo, daquela vez foi McGonagall que agiu e antes que o corpo da grifa pudesse atingir o solo, ficou paralisado no ar, para em seguida cair lentamente na grama fofa do campo. Equipes de Grifinória e Corvinal permaneciam suspensos no ar, sem saber o que teria acontecido, ou o porquê da artilheira ter caído. O fato era que, não havia sinal algum de Emilia, ela simplesmente havia desaparecido...

Harry pulou de sua vassoura assim que tocou o solo e correu em direção a sua amada, ajoelhando-se ao seu lado:

- Hermione! O que aconteceu? Por favor, acorde!

A menina estava inconsciente e em sua testa escorria um filete de sangue, provavelmente vindo de algum ferimento em sua cabeça. Antes que o garoto pudesse tatear seu corpo atrás de outros possíveis machucados, mãos firmes lhe agarraram fazendo com que o mesmo fosse afastado de Granger:

- Calma Sr. Potter, não adianta se desesperar, não fará bem a Srta. Granger. – Era Madame Hooch que segurava o garoto pelos ombros, enquanto que o Prof. Snape já estava erguendo Hermione do solo e saindo com a menina inerte em seus braços. Um apito foi soado em seguida e a juíza apenas anunciou. – O jogo de hoje está cancelado até segunda ordem!

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O Salgueiro Lutador nunca pareceu estar tão calmo como ali. Entre seus galhos repousava uma jovem de cabelos castanhos e olhar frio e vazio, parecia que travava alguma batalha interior, pois ela já permanecia paralisada naquele local desde muito tempo. E, realmente ela estava em transe, mas tudo acontecia como o esperado, por Voldemort, é claro.

Emilia se encontrava novamente naquele belo campo coberto por grama verde, a sua frente estava ele, Lord Voldemort, com seu habitual capuz negro e olhar frio e ameaçador. Se Emilia estivesse realmente normal, diria que estaria bastante receosa em estar sozinha com aquele bruxo tão... Maligno.

A grifa de olhos azulados fitava o vazio, enquanto a voz fria de Voldemort preenchia o recinto:

- Você agiu rapidamente Granger, mas ainda não como eu esperava. Porque não matou sua irmã? Eu não te mandei matá-la? Devia ter feito isso. - Um sorriso cínico brotou dos lábios pálidos do bruxo, enquanto o mesmo fitava a jovem desconfiado – Você tem realmente poderes surpreendentes. Como consegue se controlar? Eu usei uma maldição em você, te mandei matar Hermione Granger, mesmo assim você não o fez. Porque Emilia?

O olhar vazio de Emilia ganhou seu tom azul habitual e a jovem encarou o bruxo das trevas com a maior tranquilidade do mundo:

- Você pode controlar meu corpo, mas não vai controlar minha mente. Sou mais forte do que imagina Voldemort. Eu ainda não sei como você consegue me controlar, mas eu vou descobrir e... Quando eu descobrir, você irá se arrepender de tudo isso...