“O que devo fazer? Para onde posso fugir? Será que conseguirei ser salva?”. Esses eram os pensamentos de Emilia Granger. Após o descontrole incomum que havia tido com Hermione se sentia a pior das pessoas. Era aquilo que Voldemort queria? Que ela se tornasse um monstro? Como em resposta a sua pergunta a castanha ouviu novamente aquela voz fria e cruel:

- Ainda não é suficiente Granger... Você não fez nada do que lhe mandei...

A garota estava em um lindo campo verdejante, era um pouco distante de Hogwarts, ali ela podia se acalmar e analisar toda a situação:

- Deixe-me em paz Voldemort!

- Nossa! Ela não tem receio de chamar meu nome...

- Cala a boca! Deixe-me livre, por favor...

A voz da jovem foi falhando e as lágrimas foram caindo, a imagem do poderoso bruxo apareceu em sua mente:

- Já lhe disse Granger. Você é minha, foi a escolhida. Deve fazer o que mando. – A voz fria do homem adentrava a mente da garota.

- Eu não quero! Não importa se você teve essa idéia estúpida de dividir seus poderes!

- Sua opinião não me serve de nada. – O bruxo encara a garota – Vou repetir: Quero a morte de sua irmãzinha e seus amigos. E claro, quero que traga o Potter até mim, só isso...

- Não vou fazer isso!

- Claro que vai, já te provei que eu te controlo, não desconfie...

A imagem desaparece e Emilia fica mais confusa:

- Não acredito que esses poderes eram apenas uma terrível maldição. – A castanha respira longamente – Tenho que decidir o que vou fazer.

Enquanto isso, Hermione estava no Salão Comunal, ainda matutava com tudo que havia acontecido com Emilia, mas já havia tomado uma decisão, ia procurar Malfoy. Harry não havia gostado nada:

- Não quero você falando com aquela cobra peçonhenta! Ele é perigoso! Eu prefiro ir com você!

- Não Harry, me deixe resolver tudo.

Neste momento, Emilia entra no Salão Comunal, seus olhos se encontraram, mas a castanha de olhos azulados desviou o olhar e rumou para o dormitório feminino:

- Está vendo Harry? Ela nem fala mais comigo, o que vou fazer?

- Calma Mione, quem sabe ela esteja apenas chateada com algo?

- Deve estar, mas eu tenho que saber o que é.

- Não vá procurá-la agora. Deixe para outro momento.

- Do que vocês tanto falam hein? – Era Rony que havia acabado de chegar – Agora andam cheios de segredos, esqueceram de mim?

- Claro que não Rony. – Diz Hermione – Estamos preocupados com a Emilia.

- O que ela tem?

- Está um pouco estressada, mas acho que vai melhorar.

- Espero que sim. – Fala Harry.

- Eu também. – Diz Rony – A Mione abandonou a monitoria e eu não agüento mais trabalhar sozinho.

- Desculpe Ron, irei te recompensar, eu prometo. Agora tenho que ir.

Apesar dos protestos de Harry, a garota seguiu para o dormitório, os dois amigos olhavam:

- Sabe Rony, acho que vou marcar um treino de quadribol, precisamos distrair essas garotas.

- É verdade, semana que vem tem o passeio de Hogsmeade, temos que ver as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

- Temos que ver isso sim, mas antes precisamos resolver alguns probleminhas, vem comigo.

Os dois garotos seguem para fora enquanto Hermione estava frente a frente com Emilia no dormitório:

- Não vou nem comentar suas atitudes Emilia. Mas, só sei de uma coisa, você não sai daqui sem me falar tudo que eu preciso saber!

Emilia queria falar, era sua chance, mas a voz veio novamente: “Aproveite a oportunidade Granger, mate sua irmã agora! Mate-a agora!” As vozes ecoavam em sua cabeça, ela estava confusa, atormentada, sua vontade estava mudando e sem aviso algum, um raio de fogo partiu da mão da garota e atingiu sua irmã em cheio.

Horrorizada, Emilia viu sua irmã ser jogada contra a parede do dormitório e cair no chão imóvel:

- O que eu fiz...