Time Trouble escrita por wukindly


Capítulo 6
All That Curiosity Can Bring


Notas iniciais do capítulo

Eu fui atingida por uma bola de inspiração e aqui está outro capítulo hehe Enjooy



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Aquilo não era engraçado, não era nem um pouco engraçado. Lily era uma garota curiosa e alguém mandar mensagens como aquelas não era nada divertido, já que ela tentara ignorar. Havia passado a noite inteira pensando em pessoas que tinham seu número; ninguém que mandaria algo do tipo ou que ela não tivesse o número nos contatos.

– Hora de acordar, Lily. – disse uma voz suavemente em seu ouvido.

– Cinco minutos. – a ruiva disse enquanto tentava dormir um pouco, tinha sido a pior noite da vida dela, ficara a noite inteira pensando em possíveis pessoas que teriam lhe mandado a mensagem.

– Você já está atrasada, mocinha. – sua mãe respondeu abrindo sua cortina, fazendo Lily soltar um gemido e um breve “já vou”.

Sua mãe era decerto uma graça, sempre a tratava como uma princesa, o que irritava Lily de vez em quando; ela achava que Lou fazia isso por achar que a ruiva não se sentiria tão amada por ser adotada, mas Lily nunca tivera vontade de conhecer seus pais verdadeiros, gostava muito dos que tinha e não precisava contatar outros para saber que os de criação eram melhores do que eles.

– Remus já está na sala te esperando. – Lou disse saindo do quarto.

Remus sempre ia à casa de Lily buscá-la para as aulas, talvez por se preocupar se a garota se atrasaria ou por não querer ir sozinho pelo caminho dos alunos bagunceiros. Ele nunca faltava, sempre iam juntos desde que a ruiva conseguia se lembrar.

– Você está horrível. – ele comentou quando saíram da casa dos Evans.

– Obrigada. – ela disse massageando lentamente a cabeça – Não dormi muito.

– O que ficou fazendo? Tinha algum dever? – ele fez uma cara assustada e Lily sorriu.

– Não, é só que... – ela olhou em volta – Eu acho que tem alguém me perseguindo.

– Quem? – ele a olhou assustado e depois começou a olhar em volta também a procura de algum ser no meio de alguma árvore.

– Eu não sei, talvez –A. – Lily olhou para uma pilha de papel em suas mãos, havia anotado todas as pessoas que poderiam querer estragar sua vida – Podemos estar em Pretty Little Liars.

– Fala sério. – Remus revirou os olhos e pareceu ficar aliviado que nenhum assassino fosse pular em cima dos dois – Por que acha que tem alguém te perseguindo?

– Ahn... – ela não achou prudente contar a Remus sobre as mensagens, algo dentro de si lhe dizia que isso era coisa para se dividir com Dorcas – Muito filme de terror.

O garoto sabia que Lily estava passando por uma fase que somente filmes de terror entravam em sua rotina, e isso não lhe agradava. Ele revirou os olhos e continuou andando. A ruiva coçou a cabeça, acompanhando Remus na caminhada e decidiu contar sobre o episodio que se passara na sorveteria no dia anterior.

– Eu fui ontem ao Minx com Dorcas. – ela começou.

– Eu sei, sinto muito por ter te deixado sozinha com ela. – ele não sentia muito e ela sabia disso, apenas revirou os olhos e continuou.

– Eu joguei um sorvete num garoto. – no momento que ela disse isso Remus a olhou como se estivesse doente.

– Você está contaminada pelo problema que Dorcas tem com o sorvete do Minx. – ele deu um passo para o lado, se distanciando de Lily – Não é mais seguro andar contigo.

–Pare com isso. – Lily começou a rir e Remus a acompanhou. A escola já estava próxima – O garoto mereceu.

– O que ele fez? – ele virou sua cabeça para a ruiva.

– Me derrubou e ainda derramou sorvete em mim. – Remus fez uma careta.

– Qual garoto? Foi o Pettigrew de novo?

– Não, er, foi um tal de James. – e então o garoto pareceu congelar no lugar, fazendo Lily parar também.

– James do que?

– Potter, acho. – ela disse dando de ombros e tentando entender a reação do amigo – O que foi?

– Esse garoto não é dos melhores, Lily. – Remus foi voltando a andar lentamente – Tenho uma briga inacabada com ele.

– Você o conhece? – Lily pareceu surpresa.

– Mais do que queria. – ele se virou pra ela, a escola já estava logo a frente deles – Ele te falou alguma coisa?

– Algo sobre casquinhas serem ótimos chapéus.

– Tudo bem. – Remus disse aumentando o tamanho de seus passos – Eu sinto muito mesmo por ter te deixado ir sozinha.

E então entrou antes dela na escola, a ruiva ficou parada por um tempo na frente do portão e então entrou, estranhou o jeito de Remus, seja lá o que James Potter fez não havia sido nada legal.

Talvez fosse porque Remus estivesse demonstrando que odiava Potter com todas as suas forças ou pelo fato de Lily estar pensando no que ele poderia ter feito para o amigo, James Potter adentrou a sala minutos depois do sinal.

– Galerinha bonita, temos um aluno novo em nossa sala. – disse o professor pegando no ombro de James.

– Eu sou James. – disse o moreno tirando suspiros de várias garotas.

– Há um lugar atrás do senhor Lupin para você, meu rapaz. – Lily pode ver quando os olhos de James caíram sobre Remus e um sorriso maldoso surgiu em seus lábios, e então se virou para Remus que não olhava muito diferente para James.

Potter foi caminhando calmamente pela sala até chegar a seu lugar, e então seus olhos foram direto para a ruiva, que não estava sentada tão distante assim; ele lhe lançou um oi com a cabeça e a garota se virou para o professor, sabia que se Remus não se simpatizava com ele, ela também não se simpatizaria.

James Potter havia entrado na lista de Lily de prováveis pessoas que teriam lhe mandado aquelas mensagens, talvez Marlene tenha lhe dado seu número, ela não perderia chance para tirar uma com sua cara e Potter parecia ser do tipo que garoto que esnobaria o primeiro que passasse em sua frente.

“OLHA QUEM ESTÁ ATRÁS DO REMUS!”

Lily olhou para a escrita na folha, Dorcas, sempre trocavam bilhetes nas aulas de filosofia, pois o professor não permitia conversas. Marlene, surpreendentemente, gostava da aula (talvez pelo professor ser bonito e simpático) e não gostava que a envolvessem na troca de papeis.

“Eu vi.”

Ela jogou o papel de volta para a mesa de trás da sua e logo a resposta veio voando em sua direção.

“Você parece desanimada, aconteceu alguma coisa?”

Então Lily segurou a caneta e pensou em como dizer a situação a Dorcas.

“Estou recebendo mensagens de uma pessoa que não conheço.”

Jogou para trás e ouviu o barulho que a caneta rosa de Dorcas fazia na folha arrancada de seu caderno.

“Eu sou a Hanna porque sou loira e ela é legal.”

Lily revirou os olhos, talvez a resposta tenha sido essa porque tinha dito a Remus que estavam dentro do seriado.

“Estou falando sério, ninguém assina como –A, mas tem alguém me mandando mensagens muito estranhas.”

A ruiva não ouviu o barulho da caneta de imediato, Dorcas estava pensando, mas o barulho de caneta a seguir foi breve.

“O que anda recebendo?”

Lily colocou a mão dentro do bolso, tirou o celular e entregou para Dorcas junto com o pedaço de papel; ficou observando as reações que a amiga tinha enquanto lia, confusão, ela também não devia entender o que as mensagens significavam. E então ela arregalou os olhos e começou a escrever no papel, o devolveu junto com o celular para Lily.

“Mensagem nova para você”

A ruiva tremeu, sentiu a mesma sensação ruim que sentira dias atrás, seu estomago embrulhou. Talvez ela estivesse em algum tipo de filme de terror. Olhou para o visor do aparelho em suas mãos. Uma mensagem havia chego, deu uma olhada em Dorcas, que parecia estar ansiosa e viu James olhar curioso para as duas.

“Se quiser saber de algo me encontre no portão da escola no intervalo entre física e química.”

A pessoa sabia o horário dela, queria encontrá-la. Era alguém de sua escola, tinha certeza agora. Podia descartar James, ele estava tão perto dela que teria notado se ele tivesse tocado em algum celular. Optou por não contar a Dorcas, ela iria querer ir junto ou contaria para Marlene, que iria querer ir também, disse apenas que era mensagem da operadora e se virou para frente, guardando o celular em seu bolso.

O tempo passou devagar para a ruiva, ela pretendia ir ao encontro com a pessoa misteriosa. Mas quando a aula de física quase acabava seu coração começou a bater de forma descompassada, era assim que as pessoas acabavam morrendo abusadas por algum maluco. E então o sino bateu, eles teriam 10 minutos livres para andar pelo pátio ou fazer qualquer outra coisa, comer algo em uma lanchonete próxima ou coisa assim.

– Vamos, Lily. – Remus disse se pondo ao lado de Dorcas e Marlene.

– Eu preciso ir para o... – Lily não sabia que desculpa inventar, qualquer lugar que fosse todos iriam querer acompanhá-la – Minx?

– Se já não bastasse a confusão de ontem. – Marlene revirou os olhos – Vá com Remus. Dorcas e eu temos assuntos inacabados com Sirius Black.

– Eu não tenho assunto algum com ele. – Dorcas resmungou.

– Mas você vai me acompanhar, não vou sozinha. – ela disse acenando para a Lily como um “boa sorte, mas espero que eu tenha mais que você” e levando Dorcas para longe.

– Eu tenho que fazer algo. – Remus disse, ela sabia que ele não iria perder um intervalo indo a uma sorveteria meia boca com a garota, ela sorriu e saiu de lá.

Talvez tivesse sido loucura ter ido sozinha, deveria ter contado a Remus e pedido a ele para vir junto. Seus pés andavam tão rapida e ansiosamente que sempre esbarravam um no outro, fazendo Lily tropicar de vez em quando. E então ela chegou. Um vulto, alguém estava no muro da escola. Ela o reconheceu, ele não era um estuprador, mas deveria ter levado Marlene e Dorcas consigo.

– Você? – a ruiva disse quando chegou perto o suficiente para poder falar e não gritar com o garoto.


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Notas finais do capítulo

E o que acharam? Vocês já tem uma ideia de quem é ou? hehehe Até a próxima