Time Trouble escrita por wukindly


Capítulo 23
All a Medium Can Teach


Notas iniciais do capítulo

Eu não sei o que dizer aqui, só que eu sinto MUITO pela demora. Eu vou ser sincera e dizer que eu simplesmente não tinha mais ideias pra fanfic, eu não me sentia mais inspirada pra escrever alguma coisa por aqui, eu tive medo de tentar escrever o capítulo sem inspiração e acabar estragando toda a história por causa disso. Eu sei que não é um motivo bom pra demorar pra postar o tempo que eu demorei, mas eu espero que vocês possam me perdoar :c
Bem, esses dias eu vim reler Time Trouble porque eu estava sem muita coisa pra fazer e a inspiração simplesmente bateu, então, com algum esforcinho (porque eu tive que relembrar meus planos pra fic) eu consegui pegar a onda e surfar (?). Enfim, eu não teria conseguido voltar se não fosse pela Lou, que me ajudou desde o começo da fanfic como minha base e meu apoio pra tudo por aqui. Também queria agradecer a Tonha por nunca ter desistido de Time Trouble e por me apoiar não importar o quão desmotivada eu esteja, você é 10/10 gata. Gostaria também de agradecer a todo mundo que ainda dá uma chance para essa fanfic, não importe quanto tempo eu fique fora, sério, vocês são especiais.
Então, sem mais enrolação, APROVEITEM O CAPÍTULO GATOS E GATAS.



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Lily podia sentir suas mãos tremendo levemente, frio se espalhando cada vez mais pelo seu corpo, mas ela não conseguia definir se era pelo medo crescente que sentia ou se o clima estava mesmo esfriando. Provavelmente a primeira opção. Seu coração começou a bater cada vez mais forte quando ouvira passos vindo de dentro da velha casa, ela poderia correr, ou quando a tal médium atendesse a porta ela simplesmente poderia dizer que fora um engano, que estava procurando por sua tia-avó ou coisa do tipo. Não. Ela ficaria. Tinha que ficar. Tinha que saber a verdade sobre ela, sobre seus amigos, sobre seus pais, tudo.

A ruiva começara a pensar de que maneira ela poderia explicar sua situação para a tal mulher, nem ela sabia direito o que estava acontecendo, como explicaria para outra pessoa? Lily respirou fundo, ela pôde ouvir os passos parando na frente da porta, seu coração parou, a maçaneta começou a girar, a ruiva olhou para trás pronta pra correr, ela com certeza não estava pronta para aquilo, a porta abriu.

Incrivelmente, ao ver a mulher, suas mãos voltaram ao seu estado normal, porém seu coração demorou um pouco mais para se recuperar da adrenalina. Embora a figura a sua frente tivesse um aspecto severo, a sensação de estar em sua presença era muito reconfortante. A mulher usava óculos de lentes quadradas e seus cabelos negros estavam presos num coque apertado. Lily não soube muito o que fazer no começo, ficara encarando a mulher direto em seus olhos e não conseguia desviar o olhar, mas ao perceber o que estava fazendo tentou encontrar palavras para falar algo.

— Eu, hm... - ela começou, se engasgando um pouco ao falar - Eu sou...

— Senhorita Evans, estava esperando por você. - a mulher disse antes de sair da frente da porta, dando espaço para que Lily entrasse.

— Me esperando? Ahn, ok... - ela entrou lentamente - De qualquer forma, é um prazer estar aqui...

— Minerva, querida. - a mulher respondeu fechando a porta - Minerva McGonagall.

A garota sabia que não era muito educado ficar reparando nas casas das pessoas, mas ela não pode deixar de notar como a parte de dentro da casa era diferente da parte de fora. Quando se estava observando a casa pela parte exterior você poderia jurar que estaria caindo aos pedaços por dentro, mas na verdade era um lugar muito organizado e aconchegante, Lily sorriu, se sentindo cada vez mais confortável.

A mulher a guiou até uma pequena sala, não era como ela havia imaginado que seria. Quando Lily pensava em mediuns apenas lhe vinha a cabeça mulheres malucas que ficavam com a cabeça enfaixada e tinham um globo de cristal ou algo do tipo. Já a mulher com quem estava fazia tudo parecer mais como uma visita a uma velha amiga, um chá pra botar a conversa em dia.

— Então, você sabia que eu estava vindo? - Lily perguntou quando se sentou no sofá que havia no local.

— Sua amiga, Dorcas, me ligou. - ela respondeu se sentando ao lado da ruiva - Ela fez questão de deixar claro que era algo urgente.

— E é. - ela suspirou - Tanta coisa tem acontecido ultimamente que eu nem sei por onde começar.

— Dorcas me contou sobre as vibrações que ela sente, eu venho tentado ajuda-la com isso, ela comentou uma vez ou outra que as vibrações mudam quando ela está perto de você. Sabe algo sobre isso?

— Sim... Não... Quer dizer... Eu sei, mas eu não sei. - Lily bufou baixo - As coisas estão muito confusas agora, eu sei algumas coisas sobre a minha situação, mas eu não consigo ligar uma coisa com a outra.

— Está tudo bem. - Minerva deu um meio sorriso - É pra isso que está aqui, vou te ajudar a conectar os pontos de que precisa.

— Bem, até praticamente uma semana atrás eu era apenas... Sabe, eu... E agora eu descobri que sou, de alguma forma, uma pessoa que viveu séculos atrás. E tem esses dois garotos que sabem o que que tá acontecendo, e eu comecei a ter esses flashbacks onde eu vejo essa minha outra eu com esse menino que sabe das coisas e... - Lily então parou de falar, notando o quão estranho e ridículo aquilo tudo parecia - Eu não sei se eu entendi direito o que está acontecendo.

Minerva a encarou por alguns segundos, um sorriso divertido brincava em seus lábios, como se ela soubesse de algo também. Era por isso que Lily estava ali, não era? Pra descobrir mais, então provavelmente Minerva teria que saber algo que a ruiva não soubesse, certo? O sorriso da mulher se voltou numa expressão séria.

— Alguém sabe o quanto você descobriu?

— O quanto eu... Não, eu não contei pra ninguém.

— Ótimo. - Minerva se aproximou um pouco mais de Lily - Você tem certeza que quer continuar com isso? Algumas coisas são esquecidas para o nosso bem, não posso te garantir que vai gostar de tudo que ouvir.

Lily sentiu o estômago revirar, ela tinha se feito essa pergunta várias vezes durante a madrugada anterior. Ela tinha a sensação de que algo ruim estava por vir. Ela não poderia ignorar a última semana que estava vivendo e continuar como se nada tivesse acontecido? Não, não poderia. Cada vez que olhasse pros seus pais ela lembraria disso, cada vez que olhasse para Dorcas ou para Marlene lembraria disso, cada vez que olhasse pra Remus, cada vez que fosse tomar sorvete, ela não poderia parar naquela hora, ela já havia ido longe demais para voltar.

— Estou pronta. - ela disse simplesmente.

Minerva suspirou, talvez ela tivesse esperança que Lily desistisse da ideia de descobrir sobre o seu passado? Quanto aquela mulher que ela nunca tinha visto sabia sobre o seu passado? Lily não estaria surpresa se ela soubesse muito, ela também não conhecia James a menos de uma semana e ele sabia mais dela do que ela mesma.

— Vamos começar pelo início, então. - a mulher remexeu em uma bolsa que estava ao lado do sofá. Um pequeno porta retrato foi o que ela tirou de lá, era a mesma pintura da galeria, Leonor.

— Como eu e Leonor podemos ser a mesma pessoa? - a ruiva perguntou automaticamente quando viu o seu rosto na pintura.

— Tudo tem o seu tempo, chegaremos nessa questão. - Minerva entregou o retrato a ela - A esse ponto você já deve saber muito sobre Leonor, certo?

— Eu só sei que ela existiu. - Lily repetiu as palavras que Remus usara no dia anterior.

— Só que ela existiu? - a mulher pareceu ficar repentinamente irritada - Se os seus amigos vão te ajudar com isso que eles façam da maneira certa.

— James sempre me diz que não pode contar tudo pra mim.

— Que bobagem. - ela resmungou - Ele não pode ou ele não quer?

— Ele não pode.— a ruiva insistiu - Minha cabeça explodiria de tanta informação.

— Seus amigos estão te subestimando, você aguentaria mais do que eles acham. Talvez eles saibam que você aguenta mais do que eles te contam.

A garota começara a sentir uma sensação incomoda dentro de si, começara a sentir sua cabeça esquentando e sua paciência diminuindo cada vez mais. Agora era sua vez de ficar irritada. Talvez porque a mulher que mal acabara de conhecer estava falando coisas totalmente sem sentido sobre seus amigos, ou talvez porque Lily soubesse, no fundo, que Minerva estava falando a verdade.

— Talvez algum amigo específico não queira que você descubra algo.

Aquilo definitivamente já havia passado pela cabeça da ruiva, em que no caso o amigo específico seria James. Ele tinha mesmo ficado nervoso quando cogitou a ideia de Lily ter descoberto algo por ela mesma. O que não fazia muito sentido, James fora quem tomara a iniciativa de ajudar Lily com o seu passado, por que ele tentaria esconder algo dela?

Minerva observou a garota por alguns segundos, parecendo notar o conflito interno no qual ela se encontrava. Outro suspiro cansado saiu da boca dela, era de se esperar que Lily já tivesse imaginado aquilo há muito tempo.

— Ele tem medo da sua reação. - Minerva falou cautelosamente - Porque ele te matou.

Lily sentiu seu corpo gelar totalmente, ela não sabia exatamente o motivo, bem, a não ser de que ela descobrira que o garoto com quem ela esteve andando durante toda a semana havia a matado. Ou matado Leonor. A ruiva sabia que James tinha matado uma namorada, mas saber que se tratava de si mesma a deixou um pouco mais assustada com toda a situação. De repente, a raiva que estava sentindo por Minerva poucos segundos atrás havia se dissipado. Bem, a raiva continuava ali, mas agora estava totalmente direcionada a James.

— Nós nos conhecemos de certa forma Lily, há mais tempo do que os outros que estão aqui. - Minerva segurou uma das mãos da ruiva - Há sim algumas coisas que você terá que se lembrar por si só, mas não há nada com que não possamos te dar um empurrãozinho.

— Eu preciso me lembrar de mais coisas. - a voz da garota soava um pouco confusa - Eu preciso de mais flashbacks.

Minerva riu baixinho, dando leves tapinhas na mão da ruiva, como se ela tivesse acabado de falar algo engraçado. Talvez aquilo soasse mesmo engraçado, para alguém de fora Lily deveria soar como uma lunática.

— Sabe o que te faria lembrar mais que seus "flashbacks"? - a mulher perguntou com um sorriso gentil em seus lábios.

—O que?

— Você vai ter que voltar.

— Voltar? - ela estava se referindo a voltar pra uma outra consulta?

— Pro passado.


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Notas finais do capítulo

A primeira coisa que eu quero dizer é: maçaneta é a melhor palavra que existe. Fruta também é legal.
Então galera, o que vocês acharam? Eu fiquei tanto tempo sem escrever nenhum capítulo que eu perdi um pouco a prática, mas eu vou melhorando (eu acho). Pra alguém que não escreve por muito tempo eu tô até orgulhosa disso daqui hehehehhee
Enfim, vejo vocês no próximo capítulo.



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