Time Trouble escrita por wukindly


Capítulo 21
All That a Sleepy Friend Can Help With


Notas iniciais do capítulo

Princesas aeho, como vocês estão? Voltei rápido dessa vez, é isso aí. Queria agradecer muito a quem leu/comentou no último capítulo, quem me mostrou que não morreu e nem desapareceu da face da Terra, estou feliz por ver vocês por aqui. Logo estaremos entrando para a reta final da fic, então a partir desse capítulo (na verdade de algum capítulo anterior) as coisas vão ficar mais claras para vocês, qualquer dúvida do que tenha aparecido até >agora< podem vir falar comigo que eu explico. Ahn, queria agradecer a Lou pelo tempo que ela disponibiliza para estar lendo os capítulos para me ajudar. hehe Enjooy.



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O relógio batia uma hora da manhã e Lily nem conseguia pensar em dormir. Era demais para ela. A garota, que andava em círculos em seu quarto, bufou e se jogou na cama. Com aquilo era possível? Como diabos era possível que Leonor, a garota do século XV, se tornara Lily, a garota do século XXI? E James? Ele teria algo a ver com isso? Aquilo havia sido uma ilusão feita por sua mente ou ele realmente conhecera Leonor?

Sua cabeça doía, seu cérebro não conseguia se acostumar com a nova informação adquirida, as mãos da ruiva foram em direção as suas têmporas, massageando-as levemente. Ela olhou para a sua bolsa que estava jogada em cima de uma cadeira no canto de seu quarto, era possível ver uma parte do livro grosso que escapava para fora dela. Ele teria todas as suas respostas? Ler sobre pessoas chatas em suas vidas chatas e seus feitos chatos a ajudaria a descobrir mais sobre si mesma?

Afinal, ela queria saber mais sobre isso? Lily poderia muito bem pegar aquele livro e se livrar dele, cortar qualquer tipo de relação com qualquer pessoa que saiba que há algo estranho com ela, se mudar com seus pais para algum lugar muito ensolarado e com praia, e por fim, continuar vivendo sua vida tranquilamente como Lily Evans. Mas era óbvio que isso não aconteceria, não só pelo fato de que seus pais odiassem praia, mas também porque a garota não queria parar naquele momento, ela queria ver onde aquilo poderia dar, ela estava envolvida demais para pular fora.

Mas talvez já estivesse mais do que na hora de começar a procurar suas respostas por conta própria, comandar sua própria caça ao tesouro. E ela sabia por onde poderia começar.

Lily correu os dedos por debaixo de seu travesseiro, em busca de seu celular, por fim não achando nada a não ser alguns grampos de cabelo. Ela sentou-se na cama e olhou em volta, logo se levantando e andando rapidamente até sua bolsa. Colocou suas mãos dentro do objeto, fazendo com que o livro caísse aberto no chão, seus olhos deram uma passada rápida nele, mas logo se voltaram para dentro da bolsa, onde tateava buscando pelo aparelho.

– Eu preciso dar um jeito na quantidade de lixo que essa bolsa tem. – ela murmurou enquanto suas mãos encontravam coisas como papéis de chiclete, notas fiscais antigas, embalagens de canudo, guardanapos e várias canetas que ela poderia jurar que não deveriam ter mais tinta alguma.

E então suas mãos agarraram algo duro. Um sorriso surgiu em sua boca e suas mãos voltaram para a superfície daquele mar de sujeira, a ruiva suspirou ao ver seu celular e começou a andar de um lado para o outro do quarto enquanto discava o número conhecido, esperando que a amiga tivesse decidido madrugar naquele dia, ela sabia que poderia não receber todas as respostas de uma vez, mas aquilo a ajudaria a avançar.

Alô? – falou uma vez sonolenta do outro lado da linha.

– Doe, eu acordei você? – Lily perguntou enquanto sentava novamente em sua cama. Dorcas ficou em silêncio por alguns segundos – Dorcas?

– Sim? – a loira soltou um bocejo – Quem é?

– Lily. – a ruiva começou a enrolar seu dedo em seus cabelos, estava nervosa, como iria explicar isso para Dorcas?

Ah Lily. – outro bocejo pôde ser ouvido – Me desculpe falar assim, mas você não poderia ter esperado para falar comigo durante a tarde?

– “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”. – a ruiva riu baixo, porém a amiga não a acompanhou – Eu preciso da sua ajuda.

– Com o que? – Dorcas perguntou, seu tom de voz havia saído um pouco mais grave do que o normal – Tem alguma coisa a ver com drogas? Tem alguém querendo te matar? Tem a ver com aquele ser que estava te mandando mensagens? Ele é um assassino? Meu Deus, Lily!

– Ei, calma, não é nada disso. – ela falou rapidamente antes que a outra tivesse um ataque cardíaco – Você se lembra do que me disse alguns dias atrás? – a loira ficou mais alguns segundos sem responder – Dorcas!

– Lily, eu te disse muitas coisas nos últimos dias. – ela bocejou novamente e murmurou algo sobre sono de beleza – Vai ter que ser mais específica.

– Algo sobre vibrações malucas.

– Eu nunca disse que as vibrações eram malucas! – Dorcas exclamou aparentemente irritada – São estranhas, apenas isso.

– Ok, me desculpe. – Lily suspirou – O que você quer dizer com estranhas? O que você sente?

– Ah, eu não sei explicar isso... Só é diferente do que sinto quando estou com outras pessoas.

Lily balançava os pés ansiosamente, a sua mão livre apertava sua calça de pijama e a outra apertava o celular em seu ouvido. Talvez ninguém tivesse deixado com que ela buscasse suas respostas sozinhas porque ela não faria a mínima ideia de como fazer isso. Ligar para Dorcas talvez tivesse sido uma ideia ruim, embora Remus tivesse dito que a garota loira poderia saber de coisas que não deveria.

– Eu percebi que você tem estado estranha esses dias, Lils. Eu tenho notado que tudo está meio estranho esses dias. – Dorcas continuou – Eu achei que o problema era comigo, eu tenho esquecido muitas coisas do passado ultimamente. Estava achando que estava ficando louca ou algo assim.

– Você... – Lily suspirou – Você se lembra de quando me conheceu?

– Não. – ela disse depois de alguns segundos, a ruiva passou a mão pelo cabelo em uma tentativa de relaxar – Eu me lembro de conhecer Lene, mas nós não éramos amigas. Eu tenho alguns flashes de nós três, mas não sinto como se eu tivesse vivido aquilo, sabe? Parece até que foram colocados na minha cabeça.

As coisas começaram a se encaixar lentamente na cabeça de Lily. Quando ela visitara o galpão com James e disse que não se lembrara do lugar, ele lhe dissera que “eles” haviam feito um bom trabalho nela. Eles quem? Eles a haviam feito esquecer. Quando Remus estava em sua casa, lhe perguntara coisas que deveriam ter feito sentido se ela não tivesse esquecido das coisas, teria sentido para Leonor, mas Lily não sabia porque Lily não tinha as memórias do passado, Remus disse que ele havia ajudado a deixá-la assim. Quando a ruiva estava do lado de fora do galpão, James perguntou algo sobre a ficha de Alana, Remus respondeu que eles colocaram lá. Eles (talvez Remus, Gwen e Hestia?) haviam colocado lá. Eles teriam feito isso com as memórias das pessoas também? Tiraram algumas coisas, como fizeram com Lily, e colocaram memórias novas? Teriam feito isso com quantas pessoas da cidade? Dorcas? Marlene? Emmeline? Sua mãe e seu pai? Todas as pessoas que falavam com ela como antigas conhecidas? Fizemos com que fosse para ser amiga de Lily”. Há quanto tempo Lily conhecia aquelas pessoas que ela jurava conhecer faz anos? Uma ou duas semanas?

Lily? – chamou Dorcas.

– O-oi. – sua voz saiu um pouco trêmula, ela estava começando a ter medo de onde tudo aquilo iria parar.

– Não precisa me dizer o que está acontecendo. – sua voz estava calma – Mas se você acha que saber sobre as vibrações é realmente importante, eu conheço alguém que pode te ajudar com isso.

– Quem? – o coração da garota ruiva batia aceleradamente.

– Sei que você não costuma acreditar nesse tipo de coisa, mas... – Lily pôde ouvir o barulho da cama da amiga rangendo, ela havia se levantado – Tem uma médium aqui na cidade que entende sobre essas coisas, ela me ajuda com meus problemas de vez em quando.

– Ótimo! – a ruiva exclamou – Onde eu posso me encontrar com ela?

– Não é um lugar muito bom de se andar, então tome cuidado. – Dorcas disse – Já foi na King’s Boulevard?

– Já. – um riso escapou da boca de Lily.

– Ela mora de frente para um terreno baldio, você vai reconhecer. – a loira aparentemente havia se jogado em sua cama novamente – Tome cuidado.

– O lugar não é tão perigoso assim, Doe. – a ruiva jogou o resto do seu corpo na cama, soltando um suspiro ao sentir sua cabeça encostando-se ao seu travesseiro – Vou ficar bem.

– Não só com a rua, Lily. Não tenho um bom presentimento sobre o que está acontecendo com você. – ela bocejou novamente – Tome cuidado com o que está se metendo.

E então Dorcas desligou. A garota ruiva sentiu um calafrio subir por suas costas e parar em seu pescoço, bufou. Esperava sair bem dessa. Ela desligou seu abajur que estava ligado, fechando os olhos, se sentindo um pouco mais leve do que antes, sentiu um pouco de orgulho de si mesma. Começar com Dorcas fora uma jogada inteligente, durante a tarde iria para a casa dessa tal médium e conseguiria algumas afirmações. Talvez James pudesse acompanhá-la, ela poderia perguntar sobre Leonor para ele, tinha que saber o que envolvia ele na história toda. Qual o envolvimento dele com Leonor? Se aqueles flashes que ela tinha eram algum tipo de lembrança, ela poderia dizer que os dois eram muito próximos. Pareciam próximos até demais. Ela definitivamente tinha muita coisa para descobrir, tinha esperança de que tudo a levasse para algo bom; afinal, nada ruim poderia acontecer, certo?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Acham que a Lily deveria tentar enfiar os pais numa mala e ir logo pra praia? Um pouco fora desse capítulo: vocês acham que a Marlene vai voltar a falar com a Lily? VOCÊS ACHAM QUE A MARLENE VAI FICAR COM O SIRIUS NO FINAL? hehehe Eu não sei de nada. q Reviews? Obrigada por ler a fanfic. Até o próximo capítulo.



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