Time Trouble escrita por wukindly


Capítulo 11
All an Orphanage Can Show You


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto desta vez haha Eu sinceramente pensei que quase ninguém iria continuar lendo após minha ausência, e então ontem pisquei os olhos e já tinha reviews novos. Vocês são uns amores, obrigada por lerem minha fanfic, sério mesmo. Enjooy.



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Lily encarava seu caderno em branco, não conseguia se concentrar o suficiente, sua cabeça estava em outro lugar e seus amigos aparentemente haviam notado isso. Remus, de vez em quando, se virava para ela e perguntava se estava tudo bem, a ruiva respondia que sim e voltava a olhar para seu caderno; não se sentia bem escondendo coisas do amigo. A garota batucava os dedos na carteira, tentando tirar todos os pensamentos da cabeça, mas só acabava por atrair mais e se perder entre eles.

— Eu estou indignada. – disse Marlene, tirando Lily de seus pensamentos.

A morena não estava com um bom humor naquele dia, desde que as aulas começaram Marlene estava com a cara fechada e olhando distraidamente para os cantos, talvez por isso não tenha comentado nada sobre a atitude de Lily aquela manhã.

— O que houve? – perguntou Dorcas enquanto se inclinava na cadeira para ficar mais perto das duas garotas.

— Parece que a nossa “amiga” Vance andou saindo com Black esses dias. – Marlene jogou a cabeça para trás, aconchegando-a na carteira de Lily.

— Emmeline? – a ruiva viu um sorriso discreto se formar na boca de Dorcas – Eu avisei que ela não era flor que se cheirasse.

— Nós a convidamos para sair conosco várias vezes enquanto ela estava saindo com Sirius por aí. – o rosto da morena ficou vermelho, mas retornou a sua cor original quando Lily começou a mexer em seus cabelos distraidamente.

— Como ficou sabendo disso? – a ruiva se pronunciou.

— Tenho minhas fontes. – Marlene fechou os olhos – De algum modo, elas sabem o que Sirius faz a cada minuto do dia.

— Cada minuto? – Lily sentiu o coração começar a bater mais rápido – Isso é impossível.

— Não, é sério. – a morena levantou a cabeça, fazendo com que a ruiva tirasse a mão de seus cabelos – Elas são bem úteis.

— Às vezes você me assusta. – Dorcas disse ainda sorrindo.

— Pare com isso, só quero saber com quem ele sai. – Marlene deu de ombros – Soube hoje mesmo que ele está saindo com outra garota já.

— Então, ele deu um fora na Vance? – Dorcas sorria como se o presente de Natal tivesse chegado mais cedo naquele ano.

— É o que parece. – Marlene suspirou – Minhas fontes não foram tão especificas desta vez, disseram que não sabiam exatamente com quem Black estava saindo por aí. Eu acho que estavam escondendo algo, me olharam de forma tão estranha hoje.

— Então, o que eles falaram para ti?

— Só que era uma ruiva. – Lily sentiu seu estomago revirar.

— Eca, ruivas. – Dorcas disse e rapidamente olhou para Lily – Eu não tenho nada contra o seu cabelo, Lil.

A garota deu um sorriso fraco, teria que agradecer a quem quer que fosse a fonte de Marlene por não contar a ela quem era a garota ruiva que fora vista andando com Sirius. Sabia que alguma hora isso viria à tona para Marlene, e isso a deixava preocupada, conhecendo a amiga do jeito que conhecia, sabia que mesmo que tentasse explicar o motivo para aquilo, a morena ficaria muito chateada.

O clima ficou um pouco mais pesado entre elas e ninguém mais queria falar nada. Marlene encarava Sirius, para logo depois encarar Emmeline com uma expressão de morte. Dorcas voltara a escrever em seu caderno, terminando a lição que o professor passara na aula. Lily voltara a olhar distraidamente para a sua própria lição, que estava totalmente em branco. Ela se sentiu aliviada quando o professor anunciou que seria permitido entregá-la na próxima aula, levando em conta que não daria tempo de ser totalmente feita com os cinco minutos que ainda lhes restavam.

— Alguém quer sorvete? – Dorcas perguntou enquanto arrumava o material.

— Eu tenho que voltar pra casa, preciso falar com meus pais. – Liy disse enquanto ajeitava a cadeira em sua carteira.

— Sobre o que, hein? – Marlene olhou feio para a ruiva, se a mesma não pudesse ir, a morena seria obrigada a tomar sorvete com Dorcas no Minx.

— Não pressione a Lily. – a loira disse e Lily assentiu, concordando – Deve ser assunto de família.

A ruiva sorriu para Dorcas e mandou um olhar divertido para Marlene, que lhe fez uma careta. Os olhos de Lily caíram ao fundo da sala, onde James e Sirius conversavam sobre algo, e deram um breve aceno quando perceberam que estavam sendo observados pela garota.

Quando o sino tocou Lily saiu apressadamente pelos corredores, sendo seguida por Remus, que sempre a acompanhava até sua casa.

— Você é muito mais rápida do que parece capaz de ser. – o garoto disse quando conseguiu alcançar a garota.

— Desculpa, estou com vontade de chegar em casa. – Lily voltou a se sentir desconfortável por não poder contar o que estava acontecendo para o amigo.

— Algum motivo especial?

— Espaguete no almoço. – a ruiva pode ver o sorriso divertido se formando nos lábios de Remus.

— Esqueci que você é a maluca por massa. – ele começou a rir.

— Admita que espaguete é gostoso. – ela se juntou a ele na risada.

O clima parecia mais pesado naquele dia, onde quer que Lily fosse. Remus e ela não trocaram muitas palavras na volta da escola, fazendo a ruiva se perguntar se ele sabia que a mesma havia encontrado James e Sirius na noite anterior. Ela achou aquilo improvável, ele teria comentado algo. E então a briga dele e de James retornou a sua cabeça, era a prova de que Remus escondia algo dela; afinal, qual seria o motivo da briga dele com Potter?

— Eu passo aqui amanhã de manhã, está bem? – ele disse quando chegaram à casa de Lily.

— Okay.

Ela entrou correndo para dentro de casa e começou a chamar por seus pais, lembrando-se logo em seguida que deveriam estar trabalhando. Lily se sentiu um pouco mais relaxada, andou apreensiva com o jeito que abordaria o assunto com os pais. Nunca falavam sobre a adoção da garota e isso poderia deixá-los desconfortáveis.

Então a frase que sua mãe lhe falou pela manhã ecoou em sua cabeça “Nos ligue se precisar de algo”. Lily olhou para seu celular e logo depois discou o número; seu coração bateu mais forte quando ouviu sua mãe atender do outro lado da linha, e se apertou quando tocou no assunto. Lou ficou sem fala por alguns segundos antes de perguntar o motivo daquilo, fazendo a ruiva inventar uma desculpa qualquer sobre querer descobrir mais sobre de onde veio, o que pareceu ser bem satisfatório para a adulta que lhe passou um endereço.

Siren Alley’s

Lily precisou usar um mapa para encontrar a rua, uma vez que nunca tivesse ouvido falar dela. Não ficava tão longe assim de sua casa, o Sol queimava em seus ombros quando a garota chegou em frente ao orfanato. Little Sister’s Orphanage era uma casa grande que havia sido abandonada anos atrás, após o lugar se encontrar com várias garotas e pouco dinheiro; Lily imaginou que poderia ter continuado lá até o fechamento e ter sido obrigada a morar na rua, agradeceu mentalmente por ter seus pais.

A mão da garota se aproximou do portão, preparada para puxá-lo, quando alguém se aproximou dela. Lily se sentiu aliviada por James tê-la encontrado, não queria ter que entrar naquele lugar sozinha, parecia o local perfeito para ser morta por algum fantasma ou coisa do tipo.

— Isso não vai abrir tão facilmente. – ele disse quando chegou ao lado dela – Tentei isso antes, mas o jeito é passar por cima.

— Quer dizer escalar isso e invadir o lugar? – ela olhou para o tamanho do muro, não era tão grande, mas o que as pessoas pensariam se vissem dois adolescentes pulando o muro de uma casa?

— Exato, vamos eu te ajudo.

Lily agradeceu a si mesma por estar de calça e tênis, teria sido muito constrangedor subir nos ombros de James de saia.

No final, ninguém havia visto os dois, a rua parecia ser bem vazia diariamente, o que facilitou para eles, já que Lily demorou a conseguir descer o muro, com medo de se estatelar no chão.

— Pronto, vamos entrar. – James disse enquanto andava até a porta, que rangeu em resposta ao empurrão que o garoto lhe deu.

O local se assemelhava muito ao galpão, empoeirado e com objetos espalhados por todos os lados, mas estava um pouco mais limpo. Havia muitas escadas e a luz não entrava direito entre as janelas; Lily não conseguiu se sentir familiarizada com aquilo.

— O que estamos procurando? – perguntou para James enquanto observava um pôster, aparentemente alguma propaganda do próprio orfanato.

— Algo sobre você. – ele se aproximou da garota – Eu vou procurar lá em cima, fique por aqui.

James subiu uma das escadas enquanto Lily continuava observando o lugar. “Fontaine’s Little Sister’s Orphanage – Trazendo grandes sorrisos para pequenos rostos” era o que dizia a propaganda, junto com uma imagem de uma garotinha sorrindo. A ruiva se imaginou naquele lugar sorrindo daquela maneira, teria passado muito tempo no orfanato? Teria muitos amigos ou alguém que sentira sua falta quando fora adotada?

— Aqui! – o menino desceu correndo uma escada diferente com vários papéis em suas mãos, que continha o nome “Lily” e uma garotinha ruiva em sua capa – Não foi tão difícil, estava tudo organizado por nomes.

— Deixe-me ver. – a ruiva estendeu a mão, imaginando o que poderia encontrar lá dentro.

James lhe entregou a pasta e se distanciou um pouco da garota, como dizendo que ela tinha a privacidade que quisesse. Lily botou a mão na pequena corda que fechava o arquivo. Ela abriu lentamente, seus dedos tremiam de forma fraca. Então pode visualizar a primeira página.


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Notas finais do capítulo

Vocês jogam Bioshock, gente? Já jogaram? Falam em orfanatos e só consigo pensar nas Little Sister's, sorry hahaha Até a próxima!