Garota Imperfeita escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 13
Monotonia da Insatisfação


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a três tipos de leitores.

1) Aos que continuam me acompanhando, seja nessa história ou em outra. E deixam um comentário em cada capítulo postado. Se eu pudesse, mandava uma caixa de bombom pra vocês ><2) Aos novos leitores, que estão chegando. Deixem um oi pra eu saber da existência de vocês. Tem 19 pessoas acompanhando, não sei nem de 9 :'(

3) Nina/Faerie, que fez uma recomendação divosa. Mudei a sinopse da fic em sua homenagem.

E pensar que eu já tinha excluído essa fic... Boa leitura



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Uma coisa que eu queria controlar é a minha língua. Às vezes, ela acaba se mexendo demais, e me fazendo dizer coisas que machucam as pessoas. E no final, acabo arrependida.

Porém, se quer saber, da vontade de dar um "dane-se" pra isso, não sou a única a dizer merda. Quanta vezes, em uma discussão, me disseram coisas que mais pareceram uma punhalada no peito?

Mas não quero falar de coisas ruins, diário. Queria escrever sobre coisas boas, só que tudo o que tenho é um poço de monotonia.

Faz dias que estou na casa nova, e até que me acostumei a morar aqui. Na casa, ne, porque eu não sei nem o nome do bairro em que moro.

Não conheço esse lugar, não conheço nenhuma pessoa, nada. Hoje eu saí pra procurar um mercadinho, e quase me perdi. A coisa boa foi ter sentido o sol na minha pele, fazia tanto tempo que eu não saía da minha caverna/casa que me assustou aquela claridade toda.

Mamãe disse que vai ver como fica as minhas consultas, se eu ainda vou para um psicólogo, e caso a resposta seja sim, se minhas consultas serão com o doutor Mitchell. E só, resume a minha vida.

E não é que eu esteja reclamando dessa mesmice, só que eu queria que coisas novas me acontecessem. Se a minha vida fosse uma série, eu estaria presa numa temporada repetitiva. Preciso de episódios novos. Melhor, uma temporada completa.

X X X X

As pessoas me perguntam sobre o que eu quero ser quando crescer, e nunca levam a sério a minha resposta. Quero ser rica, é pedir muito? Não to dizendo rica do tipo, ter um jatinho particular, roupas caríssimas banhadas a ouro, andar num tapete vermelho. Okay, o último item eu ia querer.

O que quero dizer é que quero ter o suficiente pra viver bem. Se eu sentir vontade de comprar alguma coisa, eu teria o dinheiro pra isso. Seja um livro, uma camiseta, uma passagem pra viajar pra algum lugar e me hospedar num hotel legal.

Fazer um mochilão pelo mundo, conhecer novos lugares e novas culturas. E levar minha famìlia comigo.

Se alguém que eu gosto ficasse doente (me incluindo nisso), eu teria um médico pra ligar na hora e ajudar. Vinte mil por mês, jâ tava bom. Tem político que não faz nada para o país e recebe bem mais.

Eu teria um trabalho honesto, não faria pacto com nenhuma entidade demoníaca. Sim, eu quero muitas coisas, porém, parece um sonho tão difícil.

Meus pais trabalham o mês inteiro, e o dinheiro se vai em algumas horas, com sorte dias. E boa parte da grana vai pra pagar contas.

Só que eu não vou ganhar uma pilha de dinheiro me afogando na monotochatice. Preciso de ideias, mas o que posso fazer?

X X X X

É incrível a capacidade que meus irmãos tem de me tirar do sério. Na maior parte do tempo, nos damos super bem, só que tem coisas que por mais simples que pareça, me deixam completamente e extremamente irritada.

São essas pequenas coisas que me fazem querer machucá-los, lenta e profundamente. Me faz querer ir embora, me faz querer mandá-lo ao inferno.

São aquelas pequenas tirações de sarro e deboche que faz com que eu c hore sem parar. Ninguém entenderia, ninguém vai me compreender.

Diriam apenas que é coisa da minha cabeça, e se eu reclamasse, A CULPA SERIA MINHA!!

Sei que os irmãos são da nossa famìlia, mas amigos chegam a ser melhores companhias do que eles (as vezes).

Em todos os meus projetos, nas minhas ideias e nas minhas loucuras, foram meus amigos que me ouviram (ou me leram/redes sociais). Enquanto a única coisa que meus irmãos fizeram foram rir de mim, tirar sarro e me desmotivar e desacreditar.

Se um dia eu conseguir realizar boa parte dos meus sonhos de conquista, não vai ser graças a eles. Vai ser graças a esses "amigos" que me deram força e apoio.

Esses "amigos" que, segundo minha mãe, não passam de um bando de desconhecidos falsos que não vão estar do meu lado quando eu precisar. Engraçado, eles estão comigo há anos e já estiveram comigo quando eu precisei.

Sabe, passar pela adolescência é um fardo difícil. A porcaria das "pequenas" coisas se tornam ENORMES pra gente. Tudo nos irrota, tudo nos tira do sério, tudo é odiável. E enquanto a sua famìlia só critica, mete o pau e piora tudo com isso, são seus amigos que te ouvem calados. Te dão conselhos, te aguentam sem reclamar. Porque são esses amigos que já passaram ou passam pelo mesmo que você, por você. E que te entendem como ninguém mais poderia.


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Notas finais do capítulo

Alguém aqui joga, já jogou ou pensa em jogar Amor Doce?

E procurem por Snuff, uma pequena one que postei recentemente, baseado na música do Slioknot.

Até terça gente



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