The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 7
Full House


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Estamos de volta com mais um capítulo para vcs, e queremos agradecer por todos os comentários lindos, obrigada!



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Laurel permanecia em choque a nossa frente olhando para as mãos cheias de sangue.

–O meu Deus! –Exclamou Felicity ao meu lado. –Por favor, diga que você atropelou um alce ou algo assim. –Tagarelou nervosa.

–Eu não a salvei, não consegui... –Ela balançava para frente e para trás com os olhos fixos no sangue de suas mãos.

–Acho que ela pensa que o sangue é de Sara –Sussurrou Felicity. –Parece estar em transe Oliver.

–Não consegui, não consegui... –Laurel continuava a repetir como uma reza.

Coloquei meus braços sobre seus ombros a colocando sentada na cadeira da Felicity que pegou algumas toalhas e um pouco de água para limpar as mãos dela.

–Laurel está tudo bem. –Disse agachando em sua frente tentando fazer com que ela me olhasse nos olhos.

–Ela morreu... –Continuava a falar sozinha.

–Me deixe tentar uma coisa. –Pediu Felicity tomando meu lugar a sua frente e passando a toalha molhada nas mãos de Laurel. –Sinto muito. –Ela disse a outra enquanto a limpava. –Quer me contar o que aconteceu?

Laurel levantou seus olhos para fita-la. –Minha irmã...

–Eu sei, sinto muito, muito mesmo. –Disse Felicity cheia de carinho na voz.

–Ele tinha pistas sobre a morte dela. –Seja o que for que Felicity estava fazendo começou a funcionar. –Eu fui atrás dele em seu escritório, precisava de respostas. Eu bati nele... –Sua voz foi diminuindo gradativamente enquanto o choro aumentava.

Fiquei imediatamente apreensivo, Felicity me lançou um olhar sugestivo que deixou claro que estávamos pensando a mesma coisa.

–Está tudo bem. –Disse a Laurel com uma calma fingida na voz. –Quem é ele?

–Eduard Nesten. –Respondeu em um sussurro. –Ele está morto, como ela, como minha Sara...

[...]

Troquei de lugar com Oliver imediatamente me voltando para os computadores a fim de saber o que realmente havia acontecido. Como Laurel conseguiu ir atrás do dono do cofre que Batman explodiu no dia anterior? Mas seja qual for a respostas, essa pergunta é secundária, precisava saber como ele foi morto, e pelo o que eu podia ver no estado em que Laurel estava abraçada a Oliver chorando compulsivamente, não conseguiríamos mais informações dela. Deixei os computadores fazendo o trabalho deles. Eu precisava de algo mais rápido. Peguei meu celular e disquei o número do Capitão Lance.

–Felicity em que posso ajudar? –Disse prontamente me atendendo no primeiro toque.

–Preciso de informações sobre a morte de Eduard Nesten. –Coloquei a ligação no viva voz para que Oliver pudesse escutar.

–Então vocês já souberam. –Ele suspirou parecendo cansado. –Encontramos o corpo a menos de uma hora em seu escritório com três flechas pretas no peito, e o pior, minha filha estava no local, não sei do paradeiro dela ainda.

–Ela está comigo. –Respondi imediatamente, Oliver assentiu dando a entender que aprovava minha atitude. –Laurel está bem.

–Obrigado Felicity. –Lance agradeceu cheio de alivio na voz. –E agradeça ao Arqueiro por salvá-la ontem à noite.

–Claro, obrigada pelas informações Capitão.

GOTHAN

Fazia os últimos ajustes para minha volta a Starlling. Estava aguardando a chegada de meus parceiros para que pudesse partir, só não sabia ao certo qual deles iria comigo ou não.

–Alfred é melhor deixar um deles para cuidar da cidade em minha ausência. –Disse ao meu fiel mordomo que organizava alguns suvenires na batcaverna.

–Patrão Bruce o pai da Srta. Barbara pode cuidar do assunto e o seu amigo Kent está na cidade para a coletiva a respeito do fim do projeto de aceleração de partículas dos laboratórios Star. –Argumentou diante de meus protestos. –Leve os garotos com você, eles precisam conhecer outros lugares.

–Sabe que estarei os levando para uma batalha, não para o parque? –Revirei os olhos, mas ele já havia me convencido e sabia bem disso.

–Quem vai para o parque? –Barbara perguntou entrando na Batcaverna com Dick ao seu lado.

–Ao que parece vocês dois. –Respondeu Alfred.

Contei rapidamente a história do que se passava em Starlling City. Meu celular começou a tocar e Alfred o passou para mim.

–Felicity?

–Wayne, Malcom está de volta a cidade e já fez sua primeira vítima. –Ela dizia rapidamente parecendo ainda estar chocada com a recente notícia de morte.

–Me mande todas as informações que tiverem. Estejam prontos, chego o mais rápido possível. –Disse a ela antes de desligar.

–Alfred.. –Dick é interrompido.

–Seu PSP está na mala, Patrão Dick. –Alfred sorri. – E o Comissário Gordon acha que você está em uma viagem à casa da Srta. Kara, Srta. Barbara.

–Alfred, você mima muito esses dois. –Meu descredito é evidente.

–Só esses dois? –Murmurou Alfred com sarcasmo.

[...]

Oliver foi levar Laurel para casa assim que Diggle chegou a caverna após o informarmos que o dia de folga seria interrompido. Tentamos agrupar a equipe rapidamente. Roy e Nissa chegaram em seguida, colocamos capitão Lance de sobre aviso para que mantivesse a população segura, Oliver voltou minutos depois pude escutar o barulho inconfundível do motor do pequeno tanque de Bruce no andar de cima.

Batman desceu as escadas seguido por uma garota com uma roupa muito parecida com a dele e um rapaz de cabelos negros porte atlético usando uma roupa preta com um emblema em azul que lembrava uma águia. Eu sei que sou nerd mas nesse momento me senti em plena Comic Com.

Bruce retirou a máscara assim que acabou de descer as escadas revelando seu lindo rosto sempre sério, seus parceiros pareceram receosos por um momento antes de seguir o exemplo do líder. A garota tinha olhos azuis incrivelmente bondosos e um belo rosto emoldurado por seus cabelos ruivos. Precisei piscar algumas vezes quando o garoto retirou sua máscara, seus olhos eram de um azul intenso e forte, seu semblante zombeteiro trazia um Q de mistério e confiança que de alguma forma me intimidaram instantaneamente.

–Esse são meus parceiros. –Disse Bruce especificamente para Oliver que usava seu uniforme de arqueiro sem a máscara e com o capuz abaixado. –Dick Grayson, Asa Noturna e Barbara Gordon, Batgirl. –Oliver apertou a mão dos visitantes e fez um gesto para que nós aproximássemos.

–Dick, Barbara, sejam bem vindos, esses são John Diggle, Felicity Smoak e Roy Harper ou Arsenal. –Apertamos as mãos uns dos outros. –E acredito que conheçam Nissa Al Ghul. –Acrescentou Oliver.

–Outra Al Ghul? –Barbara falou lançando um olhar sugestivo para seu líder novamente que mais uma vez estava desconfortável.

–Tudo bem, não sou como minha irmã. –Disse Nissa a ela se aproximando. –Não mais.

Aquilo tudo era muito... bom, não tem uma palavra para o que era aquilo, uma reunião de vigilantes a minha frente. Me senti tentada a tira uma self e postar em alguma rede social, titulo: happy hour com os amigos.

Bruce vem até mim, e eu me obrigo a despertar dos meus devaneios, me entrega um dispositivo.

–Conecte isso e você terá acesso aos dados da minha central em Gothan.– Sua feição é imparcial, como se entregasse um documento a uma secretaria.

–Nossa! - Ouço pela primeira vez a voz de Dick. – Ele está liberando os nossos dados?

–Eu sei. - Barbara continha a risada. –Tem certeza que ele não está sobre efeito de algum veneno ou algo do tipo? – Bruce olha para os dois com um olhar que faria qualquer um se encolher em um canto e chorar de medo, o que fez o sorriso dos dois só aumentar. Então eu vi, vi o carinho que aqueles dois supriam pelo seu preceptor, Bruce poderia morrer em batalha, mas não morreria sozinho, ele teria alguém que lutaria ao seu lado até o fim, mesmo tendo sofrido uma infância dura com a morte dos pais muito cedo, ele conseguiu criar uma família, uma família diferente. Mas olhando para Oliver, Roy e John, eu vejo que aquela era a minha família, então quem era eu para julgá-los?

[...]

Não sei se tinha sido uma boa ideia ter trazido Barbara e Dick para a batalha. Depois dos dois tirarem sarro da minha cara, algo que fingi irritação, mas por costume do que por qualquer outra coisa, Barbara se sentou ao lado de Felicity e começou a passar algumas diretrizes que tínhamos como padrão de trabalho, Dick começou um treinamento leve com Roy, enquanto eu, Nissa, Oliver e John passávamos alguns detalhes importantes.

–Sabemos que Malcom está de volta, precisamos ficar de olho nos esconderijos dele fora da cidade, ficar de vigília para saber qual das duas casas ele está usando. –John começa as diretrizes seguindo o treinamento que tinha recebido no exército. Mas eu não sou um soldado, e não tenho os recursos de um soldado, não de um normal.

Vou até Felicity e coloco a mão em seu ombro, ela treme com o meu toque.

–Felicity. – Me olha incerta. –Posicione os radares para as essas coordenadas. – Passo lhe um papel.

–Eu não tenho o equipamento para isso, você me deu acesso a vigilância pelos satélites, mas nas posições que estão, desviar eles de rota seria... impossível sem os aparatos certos.

–Que bom que temos os aparatos. –Barbara diz ao seu lado.

–O que? –Ela parece confusa.

–Bruce não te deu só os dados e o acesso a vigilância pelos satélites. Ele te deu acesso a todo os dispositivos que tem em seu domínio, bom pelo menos os que não estão dentro da nossa caverna. Você tem acesso aqui, até mesmo ao telefone particular do presidente se precisar. –O queixo de Felicity cai. E eu não posso impedi um leve sorriso de aparecer em meu rosto. -Agora você vê o porquê do nosso espanto?

–Você fez isso, mas por que? –Ela parece confusa.

–Confio no seu trabalho, no trabalho de vocês. –Digo com sinceridade e Oliver que nos observava de longe esboça um sorriso de gratidão.

–Ok. –Ouço a voz de Dick. – Tragam a maca, camisa de força, sedativo, temos um paciente para o Arkham. –Debochando da minha recente declaração.

–Agora, o posicionamento que eu pedi, Felicity. –Ignoro meu parceiro, que volta a treinar.

Não demora e ela já tem as imagens.

Oliver me puxa do lado e vejo com um sorrido escarnio nos lábios.

–Você sabe que ela não é do tipo que se impressiona fácil?

–Fácil? São equipamento e informações que deixariam a INTERPOL com inveja. – Não há soberba, apenas fatos. –Mas sei, ela não se impressiona com um presente como esse.

– Rapazes e... Nissa? –Tem algo aqui que vai interessar a vocês. –Sua voz é de receio. – Oliver é a Thea. – Ouço um barulho, me viro e vejo Roy caído.

–Cara, você está bem? – Dick tenta ajuda-lo, mas Roy o ignora.

–Como assim Thea? –Ele pergunta vindo em direção a amiga.

– Ela está em um dos esconderijos de Merlin. –Ela parece tão perdida quanto Oliver, Roy e John.

–Ela está sendo mantida refém. Precisamos resgata-la.

–Espera. –Eu tento impedir, mas Oliver e Roy já estão com os arcos e as aljavas, enquanto John colocava munição reserva na jaqueta , sobem as escadas tomado pela a emoção, deixando a razão em segundo plano.

Eu olhava os monitores, e o que eu via não era refém, eu via uma convidada.


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Notas finais do capítulo

Então, muitas emoções...
Adoramos saber a opinião de vcs, por esse motivo, por favor comentem!!!
Bjs



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