The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 17
10 coisas que eu odeio em você - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Nós voltamos com a segunda parte da festa e os nossos casais...
Boa leitura



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Chego na festa com Roy e Thea que rapidamente se afastaram. Felicity ainda não havia chegado, ela ligou avisando que Ray precisou dela para um trabalho de última hora que a prendeu na CQ por mais tempo que o esperado. Diggle e Lyla pareciam totalmente alheios ao mundo a volta deles fazendo contraste aos outros casais que pareciam a ponto de se matarem. Bruce veio em minha direção com Nyssa ao seu lado, quase não a reconheci em um vestido longo vermelho sangue, estilo oriental que revelava muito mais do que estávamos acostumados a ver de seu corpo, a maquiagem e seu penteado bem feito só contribuíam ainda mais para a situação estranha. Tudo o que eu conseguia pensar enquanto a olhava era no quanto Sara tinha bom gosto para mulheres.

–Bruce. –Cumprimentei com um aperto de mão, já que estávamos em público precisávamos agir como os play boys milionários ou no meu caso ex milionário que nossos álter egos eram. –Nyssa você está... Linda! –Elogiei.

–Obrigada. –Respondeu seca pegando uma taça de champanhe da bandeja de um garçom que passava por nós. –Onde está Felicity?

–Palmer vai trazê-la. –Bruce sorriu para mim, um sorriso de verdade com todos os dentes a mostra. –Você está sorrindo? –Perguntei chocado.

–Oliver, como se você não tivesse a mesma vida que eu. –Disse se aproximando para que ninguém mais escutasse. –Bruce Wayne é um cara... Sorridente. –Disse me fazendo engasgar com o whisky que tomava.

–Diggle odeia quando falo de mim mesmo na terceira pessoa. –Comentei o que o fez sorrir novamente, aquela coisa era bizarra e tenho certeza que minha face deixava claro o quanto ele estava me assustando. –Nem sabia que você era capaz de fazer isso... –Murmurei me afastando dele ou teria pesadelos com Bruce Wayne cantando músicas natalinas e beijando a face de velhinhas.

Foi quando a vi, e tenho certeza que nesses três anos que trabalhamos juntos Felicity nunca esteve tão linda. Usava um vestido estampado sem mangas, rodado mais curto na frente deixando suas pernas a mostra e com uma pequena calada atrás. Seus cabelos estavam soltos, ela estava completamente radiante e Palmer estava ao seu lado, com a mão em sua cintura enquanto cumprimentava alguns membros do concelho, acho que posso deixar uma flecha em cravada em sua mão na primeira oportunidade que tiver... Posso fazer parecer um acidente... Não pude controlar minhas pernas, quando percebi já estava em frente aos dois com as mãos estendidas em direção a minha parceira.

–Felicity! –Chamei seu nome vendo um sorriso instantâneo surgir em sua face. Ela aceitou minha mão e a puxei com cuidado para mim a tirando das garras do Palmer.

–Oliver! –O abusado me cumprimentou estendendo a mão que fiz questão de apertar mais do que o necessário.

–Palmer. –Devolvo com um sorriso forçado.

–Ok. –Disse Felicity vendo a tensão entre nós. –Acho melhor nós dois darmos uma circulada. –Falou me puxando pela mão na direção contraria.

–O que está acontecendo Oliver? –Pergunta me olhando intrigada.

–Não gosto do Palmer, ou não gosto da forma como ele te olha, mas tanto faz, no fim é a mesma coisa eu simplesmente não gosto dele. –Eu sou tão acostumado a dizer a verdade a ela que me esqueci que agora estamos em um relacionamento e a verdade não é sempre o mais adequado.

–Às vezes eu não consigo te entender Oliver. –Murmura pegando uma taça de champanhe.

–Não parece complicado para mim. –Digo irritado.

–Então tudo bem. –Ela diz tocando meu braço para me fazer olhar para ela. –Vamos comparar as situações... –Ah merda! Eu e meu gênio revirei os olhos prevendo a confusão em que aquilo acabaria. –Eu tenho uma lista muito grande de ex-namoradas suas para discutir, e você o que tem para mim?

–Barry Allen. –Digo contando nos dedos. –Ray Palmer, Bruce Wayne, Ed Raymond...

–Você está brincando! O repórter que veio entrevistar os funcionários da QC depois da batalha contra Slaide? –pergunta começando a ficar estressada. –Só vi esse cara uma vez em minha vida!

–Ele pediu seu telefone na minha frente! –Tentei não gritar, mas minha vontade era essa. Ela bufou começando a ir em direção a sacada que estava vazia.

–Você é inacreditável! –Reclamou enquanto eu a seguia. –Eu odeio isso em você! -Gritou quando estávamos sozinhos do lado de fora da festa.

–Ah odeia! –Respondo parando a centímetros dela a olhando de cima de uma forma que intimidaria a maioria das pessoas, mas não faz nem cosquinha em Felicity Smoak. –E eu odeio quando você fica toda... Você com esses caras!

–Não seja ridículo! Eu nunca estive com nenhum deles, você por outro lado... –Ela estava vermelha de raiva. –Oliver você conseguiu ter algum tipo de relacionamento com mais da metade da população feminina de Starlling City, isso só desde que eu te conheço. –Ela disparou a falar gesticulando com as mãos. –Sabe o quanto é frustrante ser a única mulher, literalmente falando que parece não despertar nada em você? –Ela não podia estar ouvindo o absurdo que falava, não era possível!

–O que disse? –Perguntei com a voz ameaçadora me aproximando ainda mais.

–Que você não sentia nada por mim, e é a verdade! E eu ficava me perguntando se era o fato de que eu falo tudo o que penso sem filtrar o que é adequado ou não, ou por não saber me defender, ou não parecer uma modelo dessas de capa de revista. –Soltei um riso sarcástico sem nenhum humor.

–Pelo amor de Deus Felicity, deixa de ser absurda! Eu já disse que não podia estar com alguém que eu realmente me importava! –Gritei me afastando, toda aquela discursão já estava me estressando.

–E isso foi a resposta para minhas perguntas até o momento que Sara apareceu. –Sua voz diminuiu instantaneamente e podia sentir a dor em cada palavra. –Então tudo voltou a ser como antes...

–Para você ver como ela terminou! Tá ai uma coisa que eu odeio em você, odeio o fato de você não conseguir enxergar o óbvio que esteve sempre na sua cara! –Respondi voltando a me aproximar dela com muito mais raiva agora. –Eu e Sara era como um acordo, pura nostalgia. –Disse a olhando nos olhos. –Eu a amava, mas não dessa forma, não era esse tipo de amor. Era fácil estar com ela. –Os olhos de Felicity estavam marejados, mas eu não conseguia mais frear o que saia da minha boca a essa altura. -Eu não ficava nervoso ou me atrapalhava com as palavras, eu não sentia ciúmes ou uma necessidade absurda de protegê-la! Agora você Felicity...

–Não começa Oliver, para mim foi o suficiente. –Ela diz me dando as costas, mas a seguro pelo braço a girando fazendo com que ela me encare.

–Ah, mas agora nós vamos terminar o que começamos. –Digo a olhando sério. –Com você é tudo diferente, sempre foi desde o momento em que te conheci. Não podia me envolver com você, não me atrevia nem mesmo a pensar na possibilidade, por que nada no mundo é tão perfeito para mim e eu não poderia macular algo assim. –Cada palavra era cheia de fúria. –Não consegue perceber que eu te amo? –Perguntei chocado a soltando.

Felicity ficou paralisada a minha frente me olhando com os olhos arregalados e os lábios entre abertos. Odeio como tudo nela é perfeito, frágil e forte ao mesmo tempo. Odeio como não posso me controlar quando o assunto é ela, odeio como nunca sei o que está se passando por sua cabeça.

–Então é isso. –Diz pensativa mas sua face ainda estava vermelha, respirei fundo tentando me acalmar. -Você me ama?

–Amo. –Respondo com os olhos fechados contando até dez mentalmente.

–Eu te amo! –Gritou como se as palavras fossem uma ofensa com as mãos esticadas como uma criança fazendo pirraça.

–Que bom! –Falo bravo, sem entender mais o que estava acontecendo ali. –Agora eu vou te beijar!

–É bom mesmo! –Respondeu atrevida.

Revirei os olhos a puxando pela mão e selando nossos lábios, mesmo enquanto nos beijávamos parecíamos estar travando uma batalha entre nós e aquilo era muito excitante. Me obriguei a soltá-la me lembrando de onde estávamos e se o beijo continuasse daquela forma acabaríamos sem roupas em pleno evento social.

–Vamos voltar para festa? –Ela apenas balançou a cabeça e saiu cambaleando em direção ao salão. Odeio o quanto ela é capaz de me fazer parecer estúpido!

[...]

Eu não me via usando esse tipo de vestido, Sara ira rir da minha cara se me visse assim. Andava pelo salão, me sentia desconfortável um fato que Bruce não deixou de notar.

–Você não é do tipo de mulher que fica feliz com um ‘você ficou ótima nesse vestido’, mas preciso dizer que você ficou Nyssa. –Ele disse incerto, o que era estranho partindo de Bruce Wayne.

–Você tem razão, eu não sou desse tipo de mulher. – Viro uma taça de champanhe o que o faz esboçar um leve sorriso. – Com licença. – Começo a andar pelos convidados, eu precisa ver se reconhecia algum dos membros da liga, mas até agora nada.

Aquele lugar me incomodava, fui até a sacada precisava de ar fresco, ali tinha alguns casais mas nenhum desviou o olhar para me encarar, eu agradeci a privacidade, me encostei na mureta e as lembras que a tempo tenho lutado para suprimir me invadiram de repente.

Flash Back

–Eu odeio o fato de você está partindo e não me dizer para onde. – Eu estou deitada na nossa cama enquanto ela faz as malas a minha frente. Sara ri, um sorriso angelical.

–Serio que você odeia? –Ela dobra a sua jaqueta dentro da mala.

–E essa não é a única coisa que eu odeio em você no momento, sabia? – Eu estava parecendo uma criança emburrada, tinha plena consciência disso.

–Serio Nyssa, então você pode me fazer uma lista? - Ele vem deitando sobre mim e eu tiro uma mexa do seu cabelo que cobria o rosto.

– Odeio o fato de você me esconder segredos. Odeio a sensação de abandono. Odeio ter que ficar aqui te esperando. E o que eu mais odeio é a ansiedade que eu já estou sentindo para você voltar.

–E uma lista grande Nyssa. –Ela diz e me beija.

–Não estou nem na metade. - Digo contrariada.

– Então continua, juro que não vou te atrapalhar mais. – Me dá um selinho já quebrando a promessa. Jogo minha cabeça no travesseiro e olho para o teto.

–Eu odeio o que você fez comigo Sara. Odeio sentir isso tão dentro de mim que parece estar em meus ossos. Eu não sei se estava preparada para sentir o que eu sinto por você. – Minha sinceridade me surpreende. Ela sobe e fica com o seu rosto sobre o meu, seus cabelos fazem cocegas na minha face.

–Eu não vou te dizer o que eu sinto, vou deixar para quando eu voltar. – Não é uma promessa eu sei disso, mas é o máximo que eu vou ter dela.

–Eu odeio quando você me manipula. Eu odeio você me deixar de novo. –Minha tristeza é evidente.

–Eu não estou te deixando. –Seu olhar é intenso. – Nyssa, me escuta, eu não estou te deixando.

Fim do Flash Back

Agora eu estou aqui em um vestido que odeio, odiando mais que tudo você ter me deixado.

[...]

Vendo Nyssa andar entre os convidados eu percebo as diferenças estre ela e sua irmã. Sara havia mudado Nyssa de um jeito que ninguém jamais conseguiria fazer com Thalia. Isso não existia antes, lembro do tempo em que Thalia e Nyssa poderiam ser confundidas em seus gestos e ações. Eram juntas os olhos de Ra’s e vigiavam todo o seu império. Mas hoje Nyssa é uma mulher destroçada pela dor de perder alguém que ama, mas mesmo assim, para mim ela é uma mulher maior e melhor do que Thalia já mais será.

Ando pela festa tendo conversas fúteis, precisava manter o disfarce, vejo a maneira que Dick e Barbara estão se portando, esses dois vão acabar se matando ou fazendo com que um de nós mate eles. Mas eu vejo que isso é uma coisa geral no grupo, Roy tem um excelente motivo para estar como está com Thea, mas o que me surpreende é Oliver e Felicity também estarem arredios um com o outro. Os únicos que realmente estão juntos são Lyla e John.

Nyssa volta ao meu campo de visão, e em sua postura eu ainda consigo ver Thalia. Thalia Al Ghul, foi só uma noite, e além de tudo havia me dopado para conseguir. Ela sabia que eu não a queria, não que eu não a desejasse, Thalia é linda, uma das mais belas mulheres que eu já vi, mas mais do que bela ela é perigosa. Thalia seguiu os meus passos e traçou um plano, e ainda de uniforme me dopou, fez sexo comigo sem nem ao menos tirar a minha mascar, ela queria o mito não o homem. Queria me usar, só que até hoje eu ainda não sei bem para qual propósito.

Mas eu sinto que os eventos daquela noite não terminaram ainda, como uma nuvem pairando sobre minha cabeça, eu sei que ela tem algum plano. Thalia sempre disse que era o meu destino guiar junto a ela o mundo para uma nova ordem, e eu mandei a ela e sua nova ordem para o inferno, mas agora eu não sei se ela tem um plano alternativo.

–Bruce? –Ouço a voz de Palmer vindo a mim. –Parece pensativo. –Diz com o seu sorriso zombeteiro.

–Você acha que é o único que pode se dar ao luxo desse feito? – Ironizo sua brincadeira. –Então você pensou na proposta que te fiz hoje mais cedo? –Tento pressioná-lo, por que sei que Fox ira me por contra a parede, como Batman ninguém me pressiona, já como Bruce Wayne, há algumas pessoas, poucas, que podem fazer isso, Lúcios Fox o CEO da minha companhia e meu amigo pessoal, era uma dessas pessoas.

– Bruce esse não é o momento para discutimos aquele assunto. –Ele parece desconfortável.

–A tecnologia que procura não está aqui. – Vou direto ao porto, e ele não parece surpreso.

–Fiz um juramento com essa cidade Bruce...

–Juramento que eu ajudarei a cumpri. –Prometi. -CQ tem pessoas capacitadas. – Aponto para o casal ao longe.

–Queen? – Ele ri achado que eu estava fazendo uma piada, mas para quando percebe que meu tom é sério. – Felicity é perfeita em tudo que faz, dedicada e supera em muito tudo que se pode imaginar. Mas Queen, você não sabe qual o estado dessa empresa quando entrei.

–Tente você ter Isabel Rochev como vice presidente e depois de um ano ainda estar vivo, esse cara merece um troféu. –Bebo uma taça de champanhe para pontuar minha explanação e ele concorda com a cabeça.

Ray estava preste a falar alguma coisa, mas homens de ternos negros entram por todas as portas, seus rostos estão cobertos por capuz também negro, cada um porta uma arma diferente desde espada, passando por arco, sai, tonfá, chaco, metralhadoras, e armas variadas de baixo calibre.

–Eu disse Bruce que esse não era o momento para discutimos sobre negócios. – Palmer diz com pânico no olhar.

–Definitivamente. –Olho procurando os meus parceiros pelo salão. –Esse não é o momento.

– Boa noite senhoras e senhores. – Vejo Merlin entrando pela porta principal. – É um prazer estar com vocês novamente, principalmente depois de ter retornado da morte. – Diz teatralmente.

Felicity e Oliver se junta a mim e Ray. -Palmer eu te apresento o seu doador anônimo, Malcom Merlin. – Diz Felicity para um Palmer perdido.


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Notas finais do capítulo

Galera, não esqueça de comentar nos dizer a opinião de vcs por que é de extrema importância para nós duas...
Bjs



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