The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 16
10 coisas que eu odeio em você - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ai gente preciso contar uma coisa. Hoje eu cheguei da faculdade desanimada com a vida (vc entenderia isso se tivesse um horário de TIG totalmente desaproveitado), mas me deparo com uma recomendação assim que abro o site, então eu fui ler e meu Deus, sem palavras! E falo pela Sweet Rose quando digo que foi perfeita e nos queremos agradecer a essa pessoa linda que nós adoramos... Sweet Begonia esse capítulo é especialmente para você sua linda!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555068/chapter/16

–Acorda! –Ela berrou entrando em meu quarto. Eu odeio quando ela faz isso. Coloco minha cabeça debaixo do travesseiro e ela joga meu colchão no chão. Eu odeio isso também.

–Barbara, caramba eu estou dormindo. – Digo revoltado abraçado ao travesseiro. Mas ela fica parada esperando que eu levante. Me rendo, e começo a me sentar (odeio como ela sempre me vence). –Me dá licença?

–Não tem nada ai que eu não tenha visto ainda. – Fala fazendo pouco caso, mas se vira saindo do meu quarto. Como eu odeio o quão irritante ela é.

Saio do quarto e ela está incrivelmente linda, em um vestido roxo, que descia justo até os joelhos, mas na lateral uma fenda deixava um pouco das suas coxas a mostra, na parte de cima um leve decote que marca bem os seus seios. Seus cabelos em uma trança embutida lateral, maquiagem leve que realçava a boca, mas que era impossível de esconder os seus belos olhos azuis. Ela deve ter notado como eu babava, por que deu uma volta para que eu a visse melhor.

–Então gostou? – Me pergunta com sarcasmo. Odeio quando ela me seduz.

Finjo não notar sua provocação. –A onde está Bruce?

–Saiu cedo para uma reunião com Palmer, ele nos encontra depois. – Ela termina de arrumar as coisas em sua bolsa.

–E por que o look mulher fatal? –Digo me jogando no sofá procurando o controle.

–O coquetel. –Ela para e me olha irritada

. Eu estava encrencado, olha ai outra coisa que eu odeio, como ela me faz sentir culpado. – Você esqueceu?

–Eu me arrumo em cinco minutos. – Corro para o quarto antes que ela taque um jarro em minha cabeça.

–Richard John Grayson. – Barbara grita do outro lado da porta. –Seus cinco minutos já se passaram, e os cinco depois desses também. Agora arraste essa sua bunda desse quarto antes que eu vá ai arraste eu mesma.

–Odeio quando você me apreça. – Abro a porta. –Não se apreça a perfeição. – Barbara segura um suspiro na garganta, outras pessoas não notariam, mas eu a conheço muito bem. –Vamos?

Chegamos ao coquetel, e por já ser seis horas as luzes do entardecer eram em tons avermelhado, algo que combinava perfeitamente com a cor de seus cabelos, eu odeio como tudo me faz pensar nela.

Entramos e pude ver todos os outros em suas posições conforme o plano. Diggle dançava com Lyla pelo salão, e pelo visto eram os únicos que estavam tendo bons momentos. Não que imaginasse Nyssa dançando nos braços do Bruce, mas tenho que admitir, isso sim seria algo surpreendente!

Nos separamos para cobrir uma área de maior, o tempo passa e nada significativo acontece. Até que um indivíduo caminha até Barbara, algo que de imediato chama a minha atenção. Eles conversam por um tempo e ela é toda sorrisos para idiota. Ele a puxa para a pista e ela aceita, eu sinto a minha cara quase indo ao chão.

–Olha meu amigo é melhor você relaxar. – Roy vem para o meu lado. –Ou essa taça vai quebrar em sua mão. –Roy retira a taça antes que ela fique em pedaços. – Você está verde de ciúmes, cuidado.

–Ciúmes? Quem está com ciúmes? –Eu digo enquanto Roy segura o riso.

–Não me faz rir, ainda doí. –Roy põe a mão na altura do machucado.

–Eu odeio quando ela faz isso. – Minha voz é quase uma ameaça. Começo a caminhar para pista, mas Roy me segura.

–Ei, calma, não vai fazer uma cena. Não se esqueça do plano. –Ele fica alarmado.

–Eu sei o que vou fazer Roy. –O que era uma mentira, mas saio antes que Oliver, que vinha em nossa direção com passos apreçados, pudesse me impedir. –Com licença. – Cutuco o ombro do indivíduo (por falta de termos melhores) que dançava com Barbara. – Posso ter uma dança com a minha acompanhante. – Ele fica alarmado ao ver a minha cara de homicida e dá um passo para trás, essa era uma boa jogada. Pego a mão esquerda da Barbara e coloco no meu ombro, minha mão esquerda segura com força a sua direita enquanto a minha direita prende a sua cintura em um abraço possessivo.

–Acompanhante? – Sua voz era controlada, mas eu sei o quanto estava brava. – Viemos no mesmo carro, mas não estamos juntos. – Ela pisa no meu pé e eu sei que é de propósito. Fecho meus olhos para conter a dor, enquanto faço ela rodar na dança.

–Por que está fazendo isso? – Para todos os outro parecia que éramos apenas duas pessoas conversando enquanto dançávamos, mas ali estava acontecendo uma guerra.

–Fazendo o que? – Me olha nos olhos, eu sinto vontade de beija-la, fazia muito que eu não a tinha em meus braços assim, e eu senti seu coração bater e sentir meu coração então se sincronizar ao seu. Odeio como cada parte minha necessita de cada parte dela.

–Senti saudade de ter você aqui. – Falo em derrota. Barbara tira a mão da minha é coloca em volta do meu pescoço.

–Ainda não estamos prontos, você sabe não sabe? –Sua voz é melodiosa, combinando com a canção ao fundo.

–Por essa noite então? –Pergunto com esperança.

–Por essa noite. – Ela confirma deitando sua cabeça em meu peito.

Eu odeio essa mulher, em cada linha, curva, palavra, cheiro e gesto. E odeio mais o quanto a amo em cada detalhe que existe nela.

[...]

Fiquei por um tempo apenas vendo a forma que Dick e Barbara de moviam na pista de dança. Eu não sou o tipo de cara que tem perspectivas de vida, o fato de morar no Glaides e levar o tipo de vida que eu levava fazem de mim um erro na estatística por ainda estar vivo. Meus amigos antigos foram mortos ou estão presos, e eu estaria entre eles se não fosse a garota usando um vestido preto, com cabelos curtos que sorria para uma senhora com quem conversava.

Thea me salvou no dia em que roubei sua bolsa. Naquele momento em que me beijava para me distrair quando precisei tomar injeção ela mudou minha vida... Eu não sei quem odeio mais nesse momento, eu ou ela. Thea caminha novamente em minha direção, com um sorriso tímido surgiu nos lábios que parou em minha frente.

–As pessoas ainda me dão condolências pela morte de minha mãe. –Diz com tristeza nos olhos. Odeio a vontade que tenho de puxá-la para meus braços e prometer que tudo ficaria bem.

–Você passou muito tempo fora de Starlling. –Digo tentando soar casual. –Algumas pessoas não tiveram tempo de te desejar quando tudo aconteceu.

–Roy... –Começa a dizer me olhando nos olhos, e ai vai mais uma coisa que odeio, odeio o fato de seus grandes olhos azuis serem capazes de me prender a eles com tanta eficiência.

–Não Thea. –Interrompo. –Não estamos aqui para isso, temos trabalho a fazer. –Acrescento para estabelecer os limites.

–Entendo. –Ela responde com a voz fraca baixando seus olhos. –Mas nós estamos disfarçados como um casal e casais conversam.

–Tem razão. –Concordo tomando sua mão e a levando para a pista de dança com um sorriso forçado nos lábios. –Vamos fazer melhor então.

Thea coloca seus braços em volta de meu pescoço, os meus estão ao redor de sua cintura. Aquilo era pior que tortura para mim, sentir seu cheiro e tê-la tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Odeio a forma que eu corpo responde imediatamente a ela, odeio ela ter me traído, odeio a vontade enorme e sem cabimentos que suprimo com todas as minhas forças de beijá-la.

–Eu te odeio. –Digo em seu ouvido a sentindo enrijecer em meus braços.

–Não mais do que eu mesma. –O choro contido faz com sua voz fique baixa e mais fina que o normal.

–Você era minha vida Thea, meu motivo de acordar todos os dias, meu primeiro pensamento em todas as manhãs. –Minhas palavras saiam cheias de acusação e mágoa. –Odeio acordar agora sabendo que quem eu amo é a mesma pessoa que tentou me matar a algumas semanas.

–Pensa que não me sinto assim? –Ela diz se afastando o suficiente para que eu possa olhá-la nos olhos. –Nem todo o ódio do mundo se compara ao ódio que sinto de mim mesma.

–Você não deveria... –As palavras escapam por meu lábios sem que eu tenha tempo de freia-las. –Não deveria ter tanto ódio. Foi enganada, manipulada e levada a acreditar que estava lutando por um bem maior.

–Por favor, não me defenda. –Lagrimas escorrem por seus olhos e eu tiro uma mão de sua cintura para enxuga-las. –Eu posso lidar com seu ódio, posso lidar com o ódio de todos, por que é o que eu mereço, mas não seja condescendente comigo Roy.

–Eu menti. –Digo a ela que me olha assustada. –Não odeio você, odeio a mim, me odeio mais que tudo nesse mundo por não ser capaz nem por um segundo de te odiar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então galera conte-nos o que acharam... Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Guest" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.