The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 15
A melhor festa do ano.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo :)



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–E agora o que nós fazemos? –Oliver pergunta se aproximando para ver de perto o monitor.

–Esperamos seu sistema processar o número de série e descobrimos para onde o carregamento está sendo enviado, então teremos o endereço do Malcom Merlin. –Informou Barbara.

–Por que não assistimos um filme enquanto esse negócio processa os dados? –Diz Dick parecendo entediado, lanço um olhar de advertência em sua direção. –Eu só pensei em quebrar a rotina, credo! –Murmura caminhando em direção ao boneco de treino do Oliver. –Vem Barbara, vamos ver se você ainda consegue me derrubar. –Gritou para a garota que revirou os olhos se levantando com um sorriso maldoso nos lábios.

–Por que ele sempre provoca sabendo que vai perder? –Perguntou ao passar por mim.

–Talvez eu deixe você ganhar, já pensou nessa possibilidade? –Respondeu Dick.

–Ele deixa? –Oliver perguntou parado ao meu lado observando o início da luta dos dois.

–Não. –Digo simplesmente.

[..]

Ray Palmer com toda certeza é o nome do meu inferno particular. E eu que pensava que Oliver Queen sabia ser irritante quando CEO da QC, mas a verdade é que o QI do Palmer somado com sua arrogância e charme além do normal era como uma bomba atômica para meus nervos. Caminhei com falsa calma em sua direção, fazendo uma força absurda para não cerrar minhas mãos em punhos e mostrar para ele o quanto estava irritada.

–Srta. Smoak! –Cumprimentou com um sorriso largo nos lábios. –A que devo a honra?

–Por que mudou meu escritório para seu andar? –Questionei com um sorriso amarelo falando lentamente.

–Encontrei alguns projetos nos quais vou investir usando as ciências aplicadas e preciso de sua ajuda. Gostou do escritório novo? –Ele parecia completamente alheio ao meu humor.

–Poderia te ajudar do andar em que minha equipe de TI está. –Respondo respirando fundo.

–Não, não poderia por que acabei de te promover. –Seu sorriso era enorme agora. –Você não é mais coordenadora do departamento, agora é diretora e até onde eu sei os diretores ficam nesse andar!

–Você está... –Engoli em seco sem palavras. –Eu fui promovida a diretora?

–Claro que foi, é a funcionária mais competente que conheço. –Respondeu fazendo pouco caso. –E teremos um coquetel amanhã, você precisa vir, assim como Oliver. Pode cuidar de pedir isso a ele por mim? Não foi muito legal a última vez que precisei fazer isso.

–Hum... Claro!

–Então vamos aos negócios. A Fundação Wayne está nos apoiando com o projeto Star City e temos também um investidor anônimo. –Diz seguindo em direção a sua mesa comigo atrás dele. –Ele bancou grande parte do projeto e não faço ideia de quem seja. –Seu olhar dava a entender que ele esperava que eu obtivesse respostas.

–Me manda o que tem e eu te dou um nome. –Digo fazendo um sorriso surgir em seu rosto.

De volta a minha nova sala começo a analisar os dados enviados por Palmer. Não sei o motivo estar com essa sensação nostálgica enquanto leio atentamente os arquivos, tudo parece incrivelmente familiar. Então meu celular toca, vejo o lindo rosto de Oliver no visor e o atendo imediatamente.

–Oi!

‘Felicity, tenho novidades a respeito do carregamento.’ –Diz imediatamente. ‘Está em um avião particular nesse momento vindo para Starlling City.’

–Ah merda! –Digo olhando para a tela do computador a minha frente. –Oliver tenho notícias boas e ruins, qual vai querer primeiro?

‘Sabe que não gosto desse jogo.’ –Reclama e posso ouvir o suspiro em sua voz.

–Ok. Pode deixar que eu escolho... Vou começar com as boas. Fui promovida, acabei de descobrir o paradeiro de Malcom e temos uma festa para ir amanhã. –Disse de uma só vez.

‘Como sabe o paradeiro de Malcom?’

–Então, agora vem as ruins. –Respiro fundo antes de voltar a falar. –Ele é o investidor anônimo que Palmer me pediu para investigar. –Digo só então me lembrando que não havia contado essa parte para Oliver ainda, resumi rapidamente a história.

‘Eu cuido de Palmer. Estou indo para QC agora.’ –Escuto a voz grossa de Bruce dizer. ‘Felicity, não saia de onde está, espere que eu busque você, me entendeu?’

–Claro. –Engulo em seco.

‘Ele provavelmente vai estar nessa festa.’ –Oliver conclui com a voz preocupada. ‘Felicity, ligue o comunicador quero saber tudo o que está acontecendo com você.’

Então o resto do dia foi uma mistura de pânico e apreensão. Bruce entrou em minha sala no fim do meu expediente para me levar embora para a caverna, parece que agora estamos em alerta vermelho, me sinto novamente como na batalha contra Slaide.

–O que disse ao Palmer? –Pergunto a Bruce quando ele estaciona o carro em frente a Verdant.

–Ray é de minha confiança, ele sabe o necessário para manter a segurança dos funcionários da QC, principalmente a sua. –Ele me olha por um momento desviando o olhar em seguida e voltando para sua postura séria habitual.

Quando entrei na caverna com Bruce todos estavam lá, incluindo Diggle e Roy que parecia estar muito melhor. Oliver veio em minha direção me abraçando rapidamente. –Fiquei preocupado. –Justificou vendo o olhar confuso de todos.

–Precisamos nos infiltrar. –Bruce começa a declamar o plano. –Vamos em casais. –Oliver olha contrariado para ele. –Ela tem que estar lá. –Bruce argumenta vendo o olhar do amigo. –É melhor que seja com você ao lado dela a protegendo. –Oliver assente se dando por vencido. –Então será dessa forma. Oliver e Felicity, Dick como meu filho acompanhado por Barbara. –Nesse momento ele se vira para Roy e depois para Oliver. –Precisamos de Thea.

–Você decide. –Oliver diz ao parceiro.

–Tudo bem. –Responde simplesmente.

–Então Roy vai com Thea, Diggle e Layla, e Nyssa, você está comigo.

–Queria muito que minha irmã visse isso. –Ela diz pensativa sem sorrir.

–Ah seria o ponto alto da festa! –Dick fala com sarcasmo recebendo um olhar furioso de Bruce em resposta.

[...]

Depois de muita discussão eu convenci a todos que se eu iria ter Thea durante o coquetel ao meu lado, eu precisaria ter o mínimo de confiança de que ela não iria me esfaquear de novo. Então com uma grande vontade de me jogar de um prédio antes de ficar em frente a ela, me arraste escada acima.

Abro a porta e ela está sentada no colchão, suas pernas flexionadas e seus braços entre elas, marcas escuras estão em volta de seus olhos, seus cabelos caem lisos mas sem vida cobrindo parte da sua face, as roupas eram de Felicity, então eram mais largas, dando a impressão de que Thea tinha perdido peso.

Mas mesmo assim meu coração deu um solavanco forte ao vê-la. ‘Seu imbecil, ela teria te matado se tivessem deixado, e mesmo assim você fica todo derretido por ela.’ Minha consciência me chuta na feria me fazendo acordar para a realidade.

–Você está como se tivesse acabado de sair de um salão. – Meu sarcasmo é forte. Jogo-lhe uma garrafa de água, que ela apara no ar.

–De todos, você era o que eu menos espera ver por aqui. – Sua voz está cansada, rouca até.

‘Ela queria te matar e você preocupado com a saúde dela? Inacreditável.’

–Se vamos ser um casal feliz e apaixonado, preciso conseguir olhar para a sua cara sem ter vontade de retribuir o favor que você me fez. – Levanto a minha camisa e mostro-lhe a minha nova cicatriz. Ela fica estagnada.

–Eu não vou te pedir desculpa, não seria o suficiente, mas vou te provar Roy que eu me arrependo do que eu fiz e que ainda gosto de você. –Sua voz é intensa e como eu queria acreditar nela. Aquilo doí tanto que parece que iria explodir o meu peito, mas finjo imparcialidade.

– Vamos fazer assim princesa. –O meu ‘princesa’ é com tanto sarcasmo que é até difícil de sair da boca. – Convence o seu irmão, que é o único que tem que te suportar. E para isso você vai ter uma grande oportunidade, amanhã vai ter um coquetel em que o seu amado pai vai estar presente. Então queremos fazer uma recepção de boas-vindas e para isso nada melhor do que a filha que ele tanto ama. – Muito sarcasmo para evitar sentir alguma coisa de verdade. –E como disse você vai comigo, seremos um lingo casal apaixonado. – Mais e mais sarcasmo, eu não sei até quando o meu estoque iria durar. –Amanhã alguém vem te arrumar, vê se não arranja mais problema para você. – E pela primeira vez desde que eu entrei nessa sala, minhas palavras não foram duras, formam mais um conselho, como se eu já estivesse cansado de amar alguém que vive para me fazer sofre.

[...]

Nyssa está ao meu lado, não entendo o porquê a Barbara não podia ter feito isso. Tá bom que ela aterrorizou o inferno a Thea, mas mesmo assim ela sabe lidar com essas coisas melhor que eu, e não só a parte de se proteger, como também as coisas de maquiagem, e brincos e tudo mais.

–Vamos lá Thea, eu não vou te arrumar, se você vai estar lá fora conosco temos que acreditar que você não vai apontar uma arma para as nossas cabeças. Mas vamos começar com pequenos paços. – Entrego-lhe o jogo de maquiagem, o vestido, sapatos e acessórios. Tanto Thea quanto Nissa ficam surpresos. –Não me olhem assim, nenhuma das duas. Você vai estar lá fora. –Aponto para Thea. –Será uma de nós, então precisamos confiar em você. Você sabe onde fica o banheiro. – Dou passagem para que ela vá tomar banho.

–Como você sabe que não vou usar esse colar para te estrangular. –Eu engulo em seco, e Nyssa dá um sorriso como se dissesse: ‘Vai lá, tenta.’

–Não sei. Mas Malcom está vindo, ele matou Sara. - Sinto Nyssa enrijecer ao meu lado. – Ele vai matar muito mais, e depois provavelmente vai matar você. Escolha com sabedoria os seus aliados. - Me viro para saindo da sala.

–Você está diferente, ainda é Felicity, não é? –Me pergunta incerta.

– Estou diferente? –Penso a respeito. – Deve ser por causa dos amigos com quem tenho andado. – Aperto o braço de Nyssa, e ela sorri para mim. Deixamos enfim Thea sozinha sem nada que a prenda a nós além da sua consciência.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de dizer o que acharam! Bjs



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