The Guest escrita por Thaís Romes, Sweet rose


Capítulo 11
Oito homens e um segredo.


Notas iniciais do capítulo

Então povo bonito prontos para mais um capítulo?
Pois é galera como minha amiga Sweet Rose disse, aqui se você piscar já perdeu o fio da meada e os beijos do Oliver e Felicity estão piores dos que os da Hera Venenosa, sempre desencadeando alguma tragédia hahahaha, maldade das autoras? Eu acho que nós somos até que legais...



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Oliver se sentou por fim em meu carro depois de uma breve discussão entre nós, que obviamente eu venci. Ele permanecia tenso, algo que eu sei que pode o atrapalhar no caso de um confronto, mas permaneci em silêncio respeitando o conflito interno que ele estava tendo enquanto recebia as coordenadas de Felicity através do comunicador que usávamos.

–Desculpa a insistência. –Começou a dizer olhando para o painel do meu Batcarro. –Mas como um carro pode ser mais funcional que uma moto em uma batalha. –Seu semblante era sério, não existia vida em suas palavras.

–Oliver, não seja ingênuo. –Respondo sem tirar os olhos da estrada, sabendo que a conversa era apenas uma tentativa dele de se acalmar. –É um carro de batalha. –Aperto um botão no painel que se abre revelando outros.

–Uau! –Exclama impressionado. –Roy iria adorar isso. –Comenta com o semblante fechado.

–Ele vai ficar bom. –Garanto ao meu novo parceiro.

‘Oliver’ –Ouvimos a voz de Felicity no comunicador.

–Fala. –Respondeu imediatamente.

‘Batgirl e Asa Noturna estão no local, já desarmaram o perímetro, Nyssa está aguardando vocês e John está de tocaia no prédio sul, para fazer a retaguarda.’ –Oliver me olha por um segundo, desvio o olhar, a decisão é dele assim como a irmã.

–Estamos a duas quadras. –Começa a dizer. –São quantas pessoas?

‘Thea está novamente em um interrogatório, mas dessa vez com dez homens para dar reforço a sua segurança.’

–Parece que o psicopata do Merlin se preocupa com o bem estar dela. –Oliver diz com ironia.

–Ele quer te desestabilizar. –Digo a ele o obvio. –Sua irmã é peixe pequeno dentro do plano dele. Chegamos.

Saltamos do carro em silêncio. Oliver imediatamente toma a dianteira em um movimento que eu também teria feito. Todo o treino que tivemos surtiu efeito, pois estávamos perfeitamente sincronizados. Logo avistamos Nyssa que tocou os lábios pedindo para fazermos silêncio, ela apontou para o lado oposto onde meus parceiros estavam e em seguida para os capangas.

–Eles são da Liga. –Mexeu os lábios sem que nenhum som escapasse.

Oliver olhou para mim e assentiu, me dando a dianteira. Lancei uma bomba de fumaça e imediatamente os sons de luta tiveram início. O Arqueiro era eficiente, lançou três fechas ao mesmo tempo acertando homens diferentes.

–Está tentando me impressionar? –Asa Noturna diz aproveitando a retaguarda dele durante a luta.

–Está impressionado?

–Com toda certeza! –Responde pegando uma flecha de sua aljava durante um salto e acertando outro membro da liga que estava prestes a ferir Oliver. –Não tem de que. –Diz para Oliver com um sorriso.

Uso o corpo do capanga com o qual lutava para acertar o outro que Barbara estava lutando, Nyssa acerta uma flecha em cada perna deles os prendendo no chão, em seguida repetindo o gesto nas mãos. E tão rápido como começou a luta termina. Thea estava parada encurralada na parede com um olhar assassino para Oliver parado no meio do local com o coração da irmã caçula na mira de seu arco.

–Faça logo Ollie! –Gritou para ele. –É a única forma de me parar!

–Que seja então. –Oliver disse com a voz fria disparando uma flecha com cordas que envolveram a irmã a fazendo cair completamente presa.

–O que vamos fazer com ela agora? –Perguntei.

Oliver se aproximou abaixando em sua frente para olhá-la nos olhos. –Ela pode falar o que queremos saber, fazendo assim algo que prove que ainda existe alguma humanidade dentro dela ou pode ir para o Purgatório, fazer companhia para o homem que matou nossa mãe a sangue frio. –Sua voz era fria, sem emoção, ele estava em modo interrogatório, eficiente, disposto a conseguir o que queria.

Os olhos de Thea suavizaram um pouco revelando medo, angustia e surpresa. –Você não faria isso. –Disse sem convicção para o irmão. Não teria coragem!

–Experimenta. –Desafiou tomando o rosto de Thea nas mãos a obrigando a olhá-lo nos olhos. –Se há algo que eu descobri depois de você esfaquear meu parceiro, foi que nós não nos conhecemos Speed. Decida logo, você tem dois minutos antes que eu ligue para as pessoas que te levaram para seu novo lar, isso depois dele. –Apontou em minha direção. –Retirar as informações que precisamos de você.

–Torturaria sua própria irmã? –Perguntou forçando inocência na voz.

–Não. –Respondeu. –Eu amo você apesar de tudo, mas não vou estar aqui para ver. –Ele deu as costas retirando uma flecha da aljava e me entregando. –Como dizem, o que os olhos não veem o coração não sente. –Gritou para ela que se encolheu no chão. –Aqui tem um sonífero poderoso, use-o nela quando acabar o interrogatório. –Sussurrou para mim antes de se afastar, saindo do local.

[...]

Oliver acabara de deixar o local, fiquei impressionada com sua atitude de deixar Bruce cuidar do caso por ele. Odeio ficar sozinha nessa caverna enquanto todos estão em perigo. Bruce não era assim tão paciente com Thea como Oliver fora, mas tenho certeza que faria a coisa certa.

–Ai. –Escutei uma voz rouca atrás de mim. Me virei rapidamente já me levantando e Roy estava de olhos abertos procurando alguém ao redor da maca. –Eu sinto muito. –Disse com dificuldade quando seus olhos pararam nos meus.

–Por que? –Perguntei com um sorriso enorme no rosto e lágrimas de felicidade em meus olhos.

–Você me mandou acordar rápido e eu não consegui abrir os olhos para te responder que estava acordado. –Ele estendeu a mão para mim que a segurei com carinho.

–Ah Roy! Desculpas aceitas. –Um sorriso fraco surgiu em seus lábios.

–Sem mais mortes na família. –Falou com esforço.

–Sem mais mortes. –Concordei acariciando seu cabelo.

Oliver descia as escadas, parando abruptamente quando viu o parceiro consciente. Ele caminhou com o semblante indecifrável parando do outro lado da maca. Roy virou a cabeça em direção a ele e os dois apenas se olharam, mas tive a impressão de que algo estava sendo dito.

–Como se sente? –Perguntou Oliver depois de um tempo.

–Melhor depois que a Felicity me deu um travesseiro. –Respondeu fazendo Oliver sorrir um pouco. –Obrigado. –Acrescentou olhando para mim novamente.

[...]

Isso era uma grande peça de teatro e esse era o ato um.

Meus parceiros estavam em seus lugares todos sentados envolta de uma mesa, Barbara com um dispositivo em sua mão, Dick se balançava nas pernas traseiras de uma das cadeiras com o semblante de tedio, Nissa olhava o nada com as pernas em apoio sobre a mesa, já eu estou encostado na parede olhando para a irmã de Oliver. Acho que de todos ela é a que está mais desconfortável. Já que faz quarenta minutos que uma corda, que foi amarrada a uma viga no teto, a suspende pelos tornozelos.

–Estou ficando com fome. –Dick diz desanimado.

–Tão criança. – Ouço Barbara implicar com ele.

–É isso que você chama de interrogatório? Vocês vão me matar de tédio, chega a ser patético. –Thea diz em escarnio.

–Podemos fazer ela assistir vários episódios de Teletubbies, mas acho que ela vai acabar se identificando, são tão irritantes quanto ela. – Me viro para Barbara e sorrio.

–Podemos a deixar ai e voltarmos amanhã, estou igual ao Asa Noturna, com fome e olhar para essa patricinha que acha que sabe ser espadachim está me dando dor de cabeça. – Nyssa me surpreende ao entrar no jogo.

‘Bruce’ - Ouço Oliver pelo comunicador. Saio de perto para que Thea não me ouça.

–Pronto.

‘Roy acordou, você tem uma excelente cirurgiã na sua equipe.’

–Faça com que ele descanse. –Eu fico em silencio, eu não vou dizer sobre a irmã se ele não perguntar.

‘Ok, isso é tudo.’ - Oliver desliga o comunicador e eu sei que fez um grande esforço para isso, fico orgulhoso de sua atitude.

Mas agora era hora do ato dois. Volto com ódio no rosto, Nyssa fica alarmada mas minha equipe já sabia como eu trabalhava.

–Você matou Roy Harper. –Minha voz é dura e cruel, e por um momento eu vejo um vislumbre de desespero em seus olhos, mas é fugaz.

–Agora é a hora em que você jura que vai fazer eu pagar pelo o que eu fiz ao meu pobre ex-namorado. – Um sorriso zombeteiro surge em seu rosto. –Harper não foi o meu primeiro namorado, nem meu primeiro assassinato.

Corto a corda e ela cai com as costas no chão, Thea arfa um pouco a procura de ar. Eu espero que ela de levante, pego ela pelo pescoço e a arrasto até a parede, a subo deixando que ela fique na altura do meu olhar.

–Você não me assusta. –Ela arfa pela falta de ar. – Eu passei pelo inferno para me tornar como sou hoje. –Ela está começando a ficar roxa.

Os três atrás de mim agora estão mais atentos aos meus próximos movimentos. -Inferno, você não sabe o que é isso, não ainda. –A solto e ela cai de joelhos no chão. Puxo uma cadeira e forço-a a sentar ali. –Inferno vai ser a sua vida agora.

–Nada que você faça pode me afetar. – Ela ri, um riso sem humor, em sua boca um filete de sangue escorre.

– Você não me entendeu, não é agora e acabou, e agora e enquanto você viver, e não vou ser eu o demônio a te atormentar. -Thea levanta o rosto e parece estar confusa. – Então você não sabe para quem você está matando? Em nome de quem você mata?

–Eu sigo as ordens do meu pai. –E evidente o orgulho em sua voz.

–Não, você segue as ordens do homem que matou Robert Queen. –Ela parece atordoada. – Você segue as ordens do assassino do homem que te colocou na cama, te contou histórias para dormir e te protegeu de tudo de ruim. Você segue as ordens do assassino do seu pai, do seu verdadeiro pai. –Minhas palavras são duras.

–Mentira. Você quer me enganar. –Ela diz com uma calma fingida.

–Olha para mim menina. –Forço o seu rosto a escarar o meu. –Ele pagou para que afundasse aquele navio a oito anos atrás.

–Você está mentindo. –Mas Thea já está em prantos.

–Não estou e você sabe disso.


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Notas finais do capítulo

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