Pokémon: O Mestre

Capitulo 90: Se preparando!

21/03/45

Lucks e Kaine estão jantando no centro Pokémon enquanto Selina está já no quarto se esforçando para obter a tradução do livro sobre o método para se entrar na Ilha Lendária. Enquanto isso Meilin está andando nos corredores do centro Pokémon falando com alguém em seu celular.

—Nós provavelmente pegaremos um navio para a ilha lendária amanhã. —Diz Meilin segurando o celular próximo do seu rosto.

—Não se esqueça que após retornarem da ilha você terá que roubar o livro e também qualquer outra coisa importante que eles trouxerem da ilha. —

—Eu sei pai... Mas e depois disso?—

—Ai mandarei alguém do Olho Negro para te buscar e traze-la até a base onde estou. —

—Certo, pai, mas tem certeza que... —

—O que? Não me diga, me diga que está gostando desses desmiolados que estão contra o olho negro?—

—Eles são boas pessoas pai, e são divertidos também. —

—Não se preocupe com eles querida. Eles não serão machucados, e não pense que está fazendo uma má ação a eles, na verdade você está fazendo uma boa ação a eles. Sem o livro o Olho Negro não ira mais ficar no encalço deles... Pense bem, é melhor que seja você a roubar o livro deles, se deixássemos essa missão para outros agentes ela seria resolvida de um modo bem... Você sabe... Violento. —

—Eu sei pai. —Suspira Meilin—Mas é que o senhor sabe que eu sempre quis ser uma coordenadora que viajasse por ai com amigos, e ao lado dessas pessoas eu consegui isso, eu até ganhei a minha primeira fita já. —

—E o que isso tem haver com sua missão, Meilin?—

—Eu... Bom, sei lá, eu só... —Meilin já se sente triste e fala em voz baixa—Talvez depois que eu terminar a missão eu possa continuar ao lado deles?—

—O que?! Você sabe que não! Eles vão saber que você roubou o livro, isso nunca daria certo, além de que você se tornara uma agente de classe alta, isso é algo muito maior do que ser uma simples coordenadora. —

—Eu sei pai, mas... —

—Mas nada. Você sabe o tanto que eu me esforcei para convencer os outros generais e Olhares a lhe deixarem ficar com essa missão. —O Pai de Meilin se acalma e começa a falar em um tom mais tranquilo—Escute filha, o mundo vai mudar, e isso vai acontecer por causa do Olho Negro, quando esse momento chegar você tem que estar aqui junto comigo, só assim você terá uma vida boa no novo mundo que está chegando, quando esse momento chegar você poderá ser o que quiser, mas até lá você terá que ser uma agente do Olho Negro. Não se preocupe, você trabalhara ao meu lado, somos uma família, é o que sua mãe iria querer, estamos entendidos, certo?—

—Certo. —Fala Meilin com um semblante triste desligando seu celular.

Meilin vira o corredor e da de cara com Kaine.

—Estava falando com quem?—

—O que? Estava me espionando?!—

—Não. Depois eu que sou o paranoico do grupo. —

—Então como sabe que eu estava falando com alguém?—

—Seu olho esquerdo está lagrimejando e você está com o celular na mão, e eu também ouvi você dizer “certo” antes de virar pra esse corredor. —

—Pra mim isso conta como espionar. —Comenta Meilin limpando a lagrima que saiu de seu olho esquerdo.

—Eu estava indo pro meu quarto que fica bem no corredor onde você estava, se eu estivesse espionando seria melhor eu não contar a você que ouvi sua conversa não é mesmo? E além do mais eu não te devo satisfação se quiser achar que eu estou te espionando que ache. —

—Você é um grosso mesmo. —Reclama Meilin.

—Mas porque estava chorando?—

—Então agora você quer saber? Se importa comigo por acaso?—

—Por Arceus, eu não tenho paciência pra isso. —Kaine começa a se afastar, mas Meilin logo diz:

—Espere. —

—Fala. —

—Eu não quero que fique um clima de desconfiança entre a gente, eu entendo o seu lado. Sei por que desconfiar de mim, também depois de tudo pelo que você passou... E eu tenho uma personalidade meio energética às vezes, então as vezes isso irrita as pessoas com facilidade, isto é, bom, quero dizer, eu quero ser sua amiga Kaine. —

—Hunf. Então você vai me contar com quem estava falando. —

—Claro; quem você acha que era?—

—Seu superior do Olho Negro, provavelmente te passando as próximas ordens. —

Eles ficam em silencio por alguns segundos se olhando feio.

—Tó brincando. —Ri Kaine.

—Muito engraçando você. —Fala Meilin irritada—Era uma amiga minha dos tempos de escola, eu meio que quase chorei relembrando os tempos de escola em que eu tinha amigos que achavam que eu não era uma espiã que ia mata-los enquanto dormem. —

—Acho que você não conseguiria fazer isso. —Ri Kaine.

—Nunca duvide de uma mulher motivada. —

—Meilin, eu não sei se você é ou não uma espiã do Olho Negro, mas o jeito como eu te trato é o meu jeito normal, então não se sinta mal por isso, eu faço piadinhas maldosas e não confio muito em ninguém. Eu confio no Lucks pois sei que ele é idiota demais pra enganar alguém, já a Selina e o Abra eu confio pela forma como os conheci, e quer saber, nem confio totalmente neles afinal ela pós um rastreador escondido em mim uma vez, mas ela apanhou do olho Negro e quase morreu... Não sei se está entendo, mas o que quero dizer é que Lucks, Selina e Abril se mostraram aliados em que posso confiar com o passar do tempo, se você é realmente uma pessoa boa eu vou descobrir isso com o tempo. —

—Certo, eu entendi... Quer dizer, pelo menos metade disso eu entendi. —Eles riem.

22/03/45

São nove da manhã e Lucks está energético no pátio do Centro Pokémon.

—Já vai pro ginásio Pokémon?—Pergunta Meilin se aproximando junto com Kaine e Abril.

—Sim. Os ginásios costumam abrir nove e meia então eu tenho que chegar antes para garantir meu lugar! Vocês vão assistir minha batalha?—

—Não sei. —Responde Kaine—O que eu quero é mesmo é ver se a Selina conseguiu traduzir aquela parte do livro. —

—Eu andei pensando... —Fala Meilin—Lá na Ilha Lendária deve ter pokémons lendários não é?—

—Obvio. —Responde Kaine.

—Isso mesmo. —Responde Lucks—Dizem que ninguém consegue entrar nela por causa dos lendários. —

—Bom dia pessoal; desculpem pela demorada. —Fala Selina chegando.

—E ai? Conseguiu? Já sabe como a gente faz pra entrar na Ilha Lendária?—Questiona Kaine.

—Sim!—Exclama Selina segurando o livro. —Mas é um pouco complicado. —

—Seja como for explique rápido que você tem que ir ver minha batalha no ginásio!—Fala Lucks empolgado.

—Está escrito que o jeito de entrar na ilha é merecer entrar nela. —

—E como se faz pra merecer isso?—Questiona o Abra.

—Essa é a parte complicada. Devemos nos aproximar da ilha e ficar lá por um tempo indeterminado, o autor do livro disse que teve que ficar lá por duas horas... —

—Vocês tem certeza que esse autor do livro é confiável?—Questiona Meilin— Como sabem que, sei lá, esse livro não é apenas um conto de fantasia?—

—É simples. —Diz Kaine—Se o livro fosse um conto de fantasias o Olho Negro não teria quase nos matado por ele, continue Selina. —

—No relato o autor diz que surgiram quatro Gyarados e atacaram ele e os demais membros no navio, eles derrotaram os quatro Gyarados utilizando seus pokémons e após isso um lendário, cujo nome eu não consegui traduzir, apareceu e deixou eles entrarem na ilha. —

—É sério que eu sou a única que acha isso algo absurdo?!—Exclama Meilin—Ninguém jamais sobreviveu a um ataque de um trio de Gyarados no mar, é por isso que os barcos tem sensores para detectar a presença de grandes pokémons marinhos. Para derrotarmos esses pokémons iriamos precisar de um grupo da elite quatro no mínimo!—

—Meilin, não tá prestando atenção?—Questiona Lucks—A Selina acabou de dizer que o autor disse que entrou na ilha, se ele derrotou os Gyarados porque a gente não conseguiria?—

—Lucks, seu pai não era pescador? Então você sabe o quão problemático é lutar com um grupo de Gyarados no maior do mar!—Exclama Meilin.

—Certamente será algo perigoso, não vamos obrigar ninguém a ir. —Comenta Kaine.

—Vocês são mesmo malucos, mas se vocês vão eu também vou. —Diz Meilin.

—Juntos nós conseguiremos!—Exclama Selina.

—Isso ai!—Apoia o Abra.

—Pra mim essa nem é a parte mais complicada. —Avisa Kaine—O complicado mesmo vai ser achar alguém que aceita nós levar até a ilha. —

—Isso a gente resolve depois. —Sugere Lucks—Agora tá na hora da minha batalha no ginásio!—

—Enquanto vocês acompanham o Lucks eu vou atrás de um barco para alugarmos. —Diz Kaine.

Após vinte minutos eles chegam ao ginásio da cidade.

—Você já sabe o tipo de Pokémon que esse líder usa?—Pergunta Meilin para Lucks antes deles passarem pela porta transparente do ginásio.

—Eu ia pesquisar isso na internet, mas decidi deixar pra descobrir na hora, isso torna a luta mais emocionante. —Responde Lucks.

—Pra você é emocionante ficar em desvantagem?—

—Saber o tipo dele não ia me ajudar muito já que dos meus quatro pokémons eu só posso usar três mesmo. —

—Quatro?—

—Sim, eu estou contando o meu dragão que ainda não nasceu. —Fala Lucks retirando o ovo de dentro da sua mochila, ele ainda está dentro do suporte para ovos Pokémon. —Vou precisar que vocês cuidem dele enquanto eu batalho. —

—O líder daqui é especialista no tipo metal. —Fala Selina enquanto pega o ovo Pokémon de Lucks.

—Se eu tivesse um tipo fogo séria mais fácil, mas seja como for eu vou vencer!—Exclama Lucks entrando no ginásio junto com seus amigos.

Enquanto isso Kaine ainda está no Centro Pokémon, ele caminha até uma área do Centro onde vendem pokébolas, lá tem uma impressora, ele se aproxima do dono desse estabelecimento e diz:

—Tire uma copia exata desse livro. —Ele coloca o livro do autor misterioso em cima do balcão.

Nesse mesmo instante na cidade natal de Lucks, Porto Azul...

—Olha ai Darton o jornal está falando do seu irmão Lucks!—Exclama o Pai de Lucks entrando em sua casa com um jornal em mãos.

—Que confusão ele se meteu agora?—Brinca Darton, o irmão mais novo de Lucks.

—Se ele estiver aprontando vou deixa-lo de castigo quando voltar pra casa!—Reclama a mãe de Lucks.

—Aqui diz que ele derrotou um líder de uma gangue que estava fazendo um ataque à cidade Shizhong. —Conta o pai colocando o jornal em cima da mesa, Darton o pega e vê a foto de Lucks perto de Yakuza que está no chão desmaiado.

—Ele e o Lair já estão ficando fortes em tão pouco tempo, droga, desse jeito vai ser difícil eu conseguir supera-los!—Comenta Darton.

—Mais um treinador na família. —Diz a Mãe de Darton—Tem certeza que não quer ser um médico ou um advogado?—

—Não mãe isso seria muito chato, todos os meus irmãos são treinadores e eu serei o único a não ser? Não mesmo, eu já até decide que meu Pokémon inicial será do tipo planta!—

Nesse mesmo instante na Ilha dos vulcões, local onde o elite quatro especialista do tipo fogo Bernard Bust mora e treina seu mais novo aluno, Lair.

Lair está treinando junto com seus pokémons levantando halteres.

—Já chega!—Exclama Bernard entrando na sala de treino.

—O que? Temos que treinar pra ficarmos mais fortes!—Fala Lair não entendendo a interrupção do seu treinamento.

—Leia esse jornal da cidade Shizhong, ele tem noticias sobre seu irmão!—Fala Bernard jogando um jornal para Lair.

—Caramba, ele derrotou um chefe de uma gangue!—Lê Lair—Não sei se era um treinador forte, mas já é um avanço. —

—Venha comigo, iremos entra no meu avião. —Ordena Bernard.

—Pra onde nós vamos?—Pergunta Lair seguindo Bernard junto com seus Pokémons.

—Você fara um treino especial enfrentando um homem na cidade Fundo do Mar. —Responde Benard.

—Ai sim!—Lair fica empolgado.

Continua...