Pokémon: O Mestre

Capitulo 561: Conversa e preparação!

14/03/55

Após quatro horas de caminha na floresta e algumas batalhas com agentes insistentes, eis que os soldados que se opõem ao olho negro chegam à base.

Kaine vai até uma arvore ali perto e coloca seu olho perto de um buraco dela que na verdade é um aparelho eletrônico que serve para analisar sua retina e liberar seu acesso à base que ele abre puxando um pequeno galho da arvore para baixo, uma comporta se abre no chão embaixo da arvore e eles entram no lugar que é enorme em baixo do chão da floresta.

—Woow! Como conseguiram esse lugar?-Questiona Lucks espantando, o lugar é realmente tecnológico e fica bem no meio da floresta.

—É uma longa historia, depois eu conto. –Diz Kaine enquanto eles entram dentro do local.

Os soldados entram no local sendo abraçados pelo resto dos membros da resistência que já não acreditavam que veriam eles de novo, é uma cena emocionante para Lucks que fica feliz olhando ao redor e vendo amigos se cumprimentando e mulheres e crianças abraçando seus pais que ele resgatou.

—Que bom que nos viemos. –Diz Lucks olhando para sua Sceptile que também está orgulhosa por ajudar essas pessoas a viverem mais um dia.

—Palmas para o Lucks, sem ele nós não estaríamos aqui!!-Exclama Kaine sendo seguido por uma chuva de palmas e gritos dos soldados mais do que contentes por Lucks estar ao lado deles.

—Obrigado pessoal, eu só fiz o que tinha que fazer. –Diz Lucks acenando se sentindo um verdadeiro herói.

—Está com o mesmo estilo de antes. –Diz uma voz familiar atrás de Lucks que se vira reconhecendo seu velho amigo chamado Pedro, Pedro agora usa uma boina verde e roupa tática preta com detalhes cinzas.

—É bom te ver de novo. –Diz Lucks dando um aperto de mão em Pedro.

—Desde quando você ficou formal? Venha me dar logo um abraço!!-Exclama Pedro puxando Lucks para perto dele e desferindo um abraço.

—Eu vou dormi por uma semana. –Diz Kaine passando perto de Lucks e batendo no ombro dele, Lucks olha para a direção onde Kaine foi e nota Selina, Meilin e Léi logo atrás, eles continuam os mesmos praticamente, Léi continua com as roupas de antes e uma bengala de aço e Selina e Meilin estão com roupas militares escuras, a roupa de Selina tem detalhes azuis e as de Meilin detalhes vermelhos.

Lucks encara eles por um tempo, Pedro o empurra para frente fazendo ele se aproximar dos antigos amigos.

—Então... Cadê o Abril e o Darton?-Pergunta Lucks notando que o Alakazam e seu irmão não estão entre eles.

—Sério que esse é o jeito que você vai iniciar uma conversa com a gente após ficar desaparecido por quatro anos?-Pergunta Selina de uma forma que o ódio em suas palavras pode ser perfeitamente sentido.

— É... Pedro me ajuda aqui?-Diz Lucks sem saber o que dizer.

—Não sei o que falar, você que tem que falar por si mesmo Lucks. –Aconselha Pedro.

—Porque voltou agora? Não estava gostando mais de ficar sozinho ou com sei lá quem e veio atrás de nós?!-Questiona Meilin apontando o dedo na cara de Lucks.

—Vocês realmente estão reagindo pior do que eu pensava. –Comenta Lucks

—Barba de papai Noel. –Brinca Léi

—Agora somos iguais. Ou quase. –Brinca Lucks também vendo que a sua barba está bem parecida com a barba de Léi.

—Não mude de assunto Lucks, você não sabe as dificuldades que tivemos que passar depois que você nos abandonou. –Alerta Meilin

—Eu acho... Acho que pedir desculpas não vai adiantar nada, primeiro eu poderia dizer que aquilo não foi um abandono, mas isso ia só gerar uma discursão, então vou aceitar o que estão falando e dizer que sim, eu abandonei vocês, eu não pensei bem aquele dia, eu queria ficar só e já fiquei, o que importa é que eu estou aqui agora, então acho que ainda dá tempo da gente derrotar o olho negro juntos, não dá?-Discursa Lucks falando tudo de uma vez, ele não estava preparado, mas disse tudo o que pensava.

—Seu irmão e o Abril estão em missão numa base de outra equipe, eles voltaram em breve. –Diz Selina séria, Lucks sente como se ela nem tivesse ouvido o que ele acabou de discursar.

—Líder, estamos precisando de ajuda na sala de comunicação, um dos computadores deu pau de novo. –Fala um soldado correndo até Selina.

—Líder?-Questiona Lucks

—Depois eu converso com você Lucks. –Diz Selina se virando e indo embora sem olhar para o rosto de Lucks.

—Já eu não tenho nada pra falar. –Fala Léi indo se sentar em outro canto da base.

—Você machucou todos eles Lucks. –Diz Meilin

—Mas ainda somos amigos não é?-Questiona Lucks

—Sempre cara. –Afirma Pedro colocando a mão no ombro de Lucks

—Me encontre mais tarde na sala de alimentação, vou te contar o que aconteceu durante esse tempo que você ficou longe. –Diz Meilin-Pedro, arrume um quarto pra ele ficar, se ele for ficar.-

—Venha, não é cinco estrelas, mas tem uma cama. –Chama Pedro fazendo Lucks segui-lo.

Nisso no local que era à base do Olho Negro...

—Já terminamos senhor, vasculhamos todo o local. –Diz um dos agentes segurando uma maquina que se assemelha a um aspirador de pó que tem a função de rastrear vestígios humanos.

—E ai? O que acharam?-Questiona Olhos da alma irritado.

—Nada, infelizmente não tem nenhum humano debaixo dos destroços. –Responde o agente prestando continência.

—Mas que porra!!-Exclama Olhos da alma bastante agressivo chutando um pedaço de pedra para longe. –Agora vou ter que contar ao Kelune sobre o que aconteceu aqui. Aqueles malditos ainda estão vivos!!–

Nisso o comunicador de Olhos da alma começa a tocar.

—Merda, tinha que ser logo agora...-Comenta Olhos da alma antes de aberta um botão do aparelho que revela uma imagem holográfica de Kelune.

—Mais uma base destruída. –Diz Kelune iniciando a conversa- É bom que você tenha uma boa explicação para isso, seguindo os dados que recebi você acionou a alta destruição dessa base, a pergunta é: Por quê?-

—Então... Lucks apareceu, ele estava aqui, ele e o Kaine, eu não podia deixar passar essa chance...- Kelune interrompe Olhos da alma dizendo:

—Lucks aparece do nada após esse tempo todo e em vez de você captura-lo para que possamos descobrir onde está o ultimo cristal você tenta mata-lo?!-

—Não se preocupe eles sobreviverem, eles não devem ter ido muito longe, eu não vou dormir até encontra-los e captura-los, ai eu os levarei até a base principal. –Promete Olhos da alma.

—Isso é o mínimo que você pode fazer, e se o Lucks morrer por causa de uma outra ideia “genial” vinda de você, saiba que eu mesmo o matarei. –Diz Kelune desligando.

Olhos da alma com raiva pragueja e chuta outra pedra para longe.

—Ele apareceu de novo, após todos esses anos. –Diz Kelune se levantando de sua poltrona e se virando para trás na direção da enorme janela de seu escritório onde vê o Sol se pondo.

Kelune sai da sua sala e desce pelas escadas do corredor mais fundo da base onde ele está.

Ele chega à sala escura onde está um maquina parecida com um sarcófago conectado a varias maquinas, a única abertura do sarcófago revela olhos negros do homem que está lá dentro.

—Então...ele voltou?-Pergunta a voz do homem de olhos negros com esforço para falar.

—Sim, lembra da conversa que aquela criatura teve comigo a muitos anos?-Questiona Kelune tendo um pequeno flasback:

—O que você procura por aqui?-Pergunta uma voz obscura

—A rocha e seja quem for revele-se agora!-Exclama Kelune pegando sua pokébola para liberar seu Emboar, porem para sua surpresa nada acontece quando ele clica na pokébola.

Kelune está caminhando por uma ponte de terra luminosa sob um abismo cheio de pedra afiadas e mortais.

—Não, o que você procura é um poder para mudar o mundo não é Kelune?-Questiona o ser tomando uma forma sóbria e escura e ficando com os olhos vermelhos antes de desaparecer

—Quem é você? Giratina?-Questiona Kelune serio parando de caminhar

—Não me compare com esse simples Pokémon, há muito tempo esse templo foi dedicado a mim e meu... digamos irmão, é claro que eles criaram esse lugar pra me prender, mas ainda assim pode-se dizer que foi dedicado a mim. -Fala a criatura sem aparência

—O que você quer?-Questiona Kelune sem paciência

—Eu quero o que você quer, eu só posso ficar aqui por um tempo então irei direto ao assunto, talvez você não consiga pegar a maldita rocha, provavelmente não vai conseguir, mas ainda tem um jeito de vencer.-

—O que você quer?-Repete Kelune novamente

—Você é surdo?-Questiona a voz sem rosto-Lucks, esse treinador deve ir para o seu lado, se ele for o Olho Negro triunfa, eu sei dos seus planos para ele, sei o que planeja fazer na final, fale, e traga ele para o seu lado, você está perto da vitória Kelune, não decepcione a você e todos que te seguem. –

A voz some.

Kelune fica pensativo encarando o abismo.

Flasback finalizado.

—Você... Deve fazer o que a criatura lhe disse. –Diz o homem de olhos negros com sua voz diferenciada.

—Eu irei. –Avisa Kelune decidido.

Na base Lucks está na sala de alimentação sentado junto com Pedro e Meilin, ele está prestes a comer um dos sopões que o pessoal da base costuma comer.

—Onde está o Kaine?-Pergunta Lucks tomando um pouco da sopa

—Está dormindo, geralmente ele dorme por umas oito horas seguidas depois de uma missão. –Responde Pedro

—E depois fica treinando o dia inteiro sem parar até designamos uma nova missão pra ele. –Complementa Meilin.

—Certo. Vocês são uma espécie de exercito em, depois que o exercito de Kaiafangue acabou vocês conseguiram criar um exercito próprio, devem ter passado por muita coisa nos últimos anos. –Comenta Lucks tomando mais um pouco da sopa.

—Sim, vou contar a você tudo que aconteceu durante esse tempo, foi uma longa jornada para estarmos aqui hoje. –Diz Meilin recordando das coisas que enfrentou nos últimos anos.

—Vai ser uma historia longa né?-Pergunta Lucks calmamente.

—Vai hora, não tenho como resumir tudo em um minuto. –Responde Meilin um pouco ofendida com a pergunta de Lucks.

—Sem problemas, é que eu vou pegar mais umas três sopas, já que vai demorar eu vou ter tempo pra comer mais. –Fala Lucks tranquilamente indo pegar mais sopas.

Após uma hora de conversa...

—E foi isso. –Termina Meilin

—Esses caras foram mesmo heróis, se eu estivesse aqui tenho certeza que teria sido amigo deles. –Diz Lucks ao lado de cinco pratos de sopa.

—Então terminou de contar nossa historia pra ele não é?-Questiona Selina se aproximando da mesa onde eles estão sentados.

—Chegou a tempo, agora eu vou contar o que fiz durante esse tempo todo. –Fala Lucks contente em ver Selina perto dele.

—Não obrigada, não estou interessada. –Diz Selina já começando a andar para longe, porém Lucks levanta e agarra o braço dela com delicadeza.

—Ouça, por favor. –Pede Lucks olhando nos olhos de Selina.

Ela se senta na cadeira revirando os olhos com desprezo, porém Lucks está contente ele senti que está se reaproximando dela aos poucos, Pedro ri da situação.

Lucks começa a falar sobre o que fez após deixar seus amigos.

Continua...