Oathkeeper escrita por Denise Miranda


Capítulo 7
Jaime


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3



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A cabeça de Jaime ainda doía por conta do ferimento, e estava exausto. Quando matou Brienne, foi a gota d'água para ele.

Já salvei Brienne duas vezes, e quando Cersei me pediu para salvá-la, recusei. Já cogitei a ideia de matá-la, mas nunca cogitei de matar Brienne, a Bela. E agora que matei, comecei a chorar como uma garotinha. O que está acontecendo comigo?

A ultima coisa que viu foi sua espada brilhando, e o sacerdote vermelho dizendo que ele era a reencarnação de Azor Ahai. Já havia ouvido essa história uma vez. Sabia que ele era algum tipo de herói, que havia forjado uma espada que era capaz de matar os Outros, e que ela havia sido forjada com o sangue da mulher amada.

Reencarnação de Azor Ahai? Outros? Parecia tudo um absurdo para ele.

Acordou com o homem que usava o elmo do Cão de Caça balançando seu ombro. Percebeu que ainda se encontrava no chão, onde havia desmaiado. Olhou para os lados e não encontrou o cadáver da donzela.

– Onde está Brienne? O que fizeram com ela? - Gritou com todas as suas forças - Mostrem-me que são humanos e me dê o corpo dela, para ao menos ter um enterro apropriado, digno de uma cavaleira.

O Cão soltou uma gargalhada, que só fez com que Jaime se enfurecesse mais ainda. Bateu no rosto do homem com sua mão de ouro. É a segunda vez que faço isso, está começando a virar um hábito.

O homem caiu para trás, com o nariz ensanguentado. Seus olhos ardiam em fúria, e ele fez menção de revidar, até que ouviram a voz do sacerdote vermelho.

– Chega! Jaime, levante-se, por favor.

O Lannister obedeceu.

– Cadê o corpo da Brienne? - Perguntou, sua paciência já esgotada. Queria chorar, queria ficar de luto, mas não na frente desses idiotas.

– Senhora Coração de Pedra deu o beijo da vida nela.

Por um momento, a respiração de Jaime falhou e seu coração pareceu parar. Beijo da vida?

– A sua puta está viva, Regicida. - Respondeu Cão de Caça.

Jaime nunca havia se alegrado tanto com uma frase na vida. "A sua puta está viva, Regicida". Tentou conter as emoções, e perguntou, sua voz já falhando:

– Onde ela está?

– Uma nortenha está cuidando de suas feridas na estalagem de Gendry.

Quem é Gendry?, se perguntou.

– E onde é a maldita estalagem?

Thoros de Myr o levou até fora da caverna e apontou com o dedo. Dali, já dava para ver o local. Não perdeu mais tempo e foi de encontro a sua donzela de Tarth.

xxx

– Sor Jaime.

Agora Brienne o olhava com seus olhos azuis profundos, como ele estava acostumado. Não havia mais culpa, nem mágoa, nem ressentimentos.

– Agora eu tenho a Luminífera. - Disse, sorrindo. - Não sei muito bem o que significa, mas dizem que é uma espada poderosa. Que ironia ela ser dada à um homem maneta.

Brienne deu uma risada baixa. Como senti falta dessa risada, pensou.

– Estou tão feliz que você esteja viva, Brienne. - O Lannister ficou aiviado por dizer aquelas palavras que pareciam entaladas em sua garganta.
A donzela de Tarth começou a corar e fitou o chão.

– Conhece a história da espada Luminífera? Digo... Como foi criada?

Jaime engoliu em seco. Estava quase certo de onde ela queria chegar.

– Você realmente acredita nessa baboseira?

Parece que qualquer coragem que Brienne havia criado para falar algo mais, tinha desaparecido após a sua frase. Jaime se arrependeu de não ter ficado com a boca fechada.

– Não, não acredito. - Disse, por fim.

– Mas o que você ia dizer?

Brienne continuava a fitar o chão.

– Nada.

– Diga.

Brienne olhou em seus olhos.

– Ouvi dizer que a Luminífera é forjada pelo sangue da mulher amada. Mas obviamente que isso é mentira. - Deu um sorriso tímido, para mostrar que estava tudo bem.

Jaime continuou a fitá-la nos olhos, e ela não desviou o olhar. Ele foi em sua direção, e a donzela parecia não entender quais eram suas intenções.

Finalmente, chegou de encontro a ela, e selou seus lábios, segurando sua nuca com a mão esquerda.

Seus lábios eram macios e quentes, e quando Jaime abriu levemente a boca para introduzir a língua, foi correspondido, e pôde provar o gosto da Beleza de Tarth.


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor.



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