Oathkeeper escrita por Denise Miranda


Capítulo 37
Jaime


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem :3



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A lua estava cheia e brilhante essa noite, Jaime percebeu enquanto a fitava da janela do seu quarto, sem conseguir dormir. De tempos em tempos, fitava a porta. Se remexia na cama, tentando dormir, mas era em vão. Ah, foda-se, bufou, irritado.

Desistiu de dormir, e abriu devagar a porta de seu quarto. Não havia nenhum barulho no corredor, o silêncio chegava a perturbar. Então Jaime começou a apressar seus passos, indo em direção ao quarto que sabia que pertencia à sua Beleza de Tarth.

Bateu na porta duas vezes antes de abrir. Bienne estava sentada na cama, com o cobertor cobrindo seu peito.

– Jaime? - A dama perguntou.

– Posso entrar?

Brienne apenas assentiu, e Jaime entrou no quarto, devagar. Sentou ao lado dela. A mesma estava com os cabelos loiros levemente bagunçados e vestia um vestido quase transparente de dormir. Seus lábios estavam vermelhos, e seus olhos de safira brilharam no quarto apenas iluminado por uma vela.

– Senti sua falta. - Disse Jaime, olhando em seus olhos. - Quanto tempo faz que não ficamos juntos?

A Beleza de Tarth deu um sorriso ao ouvir as palavras do leão. Jaime sempre teve que viver escondido e nunca demonstrar seu amor por Cersei em público. Com Brienne, queria ser diferente.

– Também senti sua falta, Sor Jaime. Esses dias estão sendo difíceis. Não penso em mais ninguém a não ser em Sansa.

– Esqueça Sansa por um momento.

Disse Jaime, levanto sua mão ao rosto da garota, acariciando-o. Chegou perto da mesma, pressionando seus lábios nos dela, começando um beijo.

O Lannister passeou sua mão pelo pescoço de Brienne, descendo até seus seios, sentindo-os por um instante antes de parar em sua cintura. A dama deitou na cama, e Jaime deitou em cima da mesma.

Brienne parou o beijo por alguns segundos, ofegante, para fitá-lo com suas safiras. Jaime sorriu timidamente, e beijou a pele de seu pescoço, descendo pelos seus seios, sentindo o perfume leve da mesma e o gosto de sabonete na pele quente.

Arrancou o vestido da dama com a mão esquerda, a mesma sempre o ajudando. Ela o olhou em seus olhos, as safiras febris de desejo. Jaime beijou a barriga da Beleza de Tarth, deslizando sua língua levemente até chegar nas partes íntimas de Brienne, desejando beijá-la lá. E então o fez, sentindo o gosto da Beleza de Tarth já molhada. A mesma segurou a cabeça do Lannister, soltando alguns gemidos.

Nessa mesma noite, Brienne também experimentou o gosto do sexo de Jaime, antes do mesmo se introduzir dentro dela, fazendo-o se sentir vivo.

xxx

Após passar a noite fazendo amor com sua dama de Tarth, Jaime adormeceu ali, com a mesma entrelaçada em seus braços.

O dia amanheceu com uma tempestade forte. A chuva era grossa e não parecia parar tão cedo, e relâmpagos eram soltados no céu a aproxiadamente cada cinco minutos. Os deuses estão com raiva, pensou Jaime, se divertindo sozinho. Não acreditava em deuses, nenhum deles jamais atenderam suas preces. Mas gostava de zombá-los.

Sentou-se na cama, ainda meio tonto pelo sono. Olhou para o lado, vendo que sua dama de Tarth ainda dormia. Deu um beijo na testa da mesma, e Brienne se remexeu na cama, mas não acordou. Jaime sorriu. Ela parece para mim cada dia mais linda. Quando tudo isso acabar, tenho planos para nós dois. Levou seu indicador pelo rosto da Beleza de Tarth, contornando-o suavemente.

Se levantou da cama, com uma certa dificuldade. Não queria abandonar a cama quente, muito menos Brienne, mas o fez mesmo assim. Acordou com uma dor no estômago, uma sensação inquietante no fundo de seu coração. Algo parecia errado, e Jaime decidiu que era a falta de comida.

Seguiu pelo corredor até chegar ao salão onde faziam o desjejum.

Só que, dessa vez, Grande Jon Umber não contava piadas com uma caneca de cerveja na mão, e Sansa fitava a mesa, sem comer nada e sem qualquer expressão no rosto. Jaime percebeu então que o homem estava com um pergaminho em sua mão. E, ao ver o Lannister, entregou à ele. Estava sério, porém não mostrava nenhum traço de tristeza.

O coração dele se acelerou, e ele engoliu em seco. Olhou nos olhos de Grande Jon Umber e pegou o pergaminho, sua mão esquerda estava tremendo. O papel tinha o selo do leão dos Lannisters, já quebrado, e sua respiração parou por alguns instantes.

Jaime leu as palavras, mas não conseguia acreditar nelas. Seus olhos embaçaram, e pôde perceber que chorava. Soube imediatamente que algo o havia alertado que alguma coisa estava errada, que a dor que sentia no estômago não era falta de comida, e sim um vazio aonde agora permaneceria seu belo filho de cabelos dourados. O filho que nunca pude pegar no colo. Então Grande Jon Umber quebrou o silêncio:

– Sinto muito. Seu sobrinho era só um garoto.

Tommem. Meu filho, não meu sobrinho. Tommem, o Rei, foi morto. Morto pelas mãos de sua mãe, minha amante, Cersei Lannister. Por quê? Como?, o ódio que crescia lentamente no peito de Jaime começou a ficar cada vez maior. Tem andado fodendo Lancel e Osmund Kettleblack, e provavelmente até o Rapaz Lua. Sua mão esquerda se fechou em punho.

Jogou o pergaminho no chão com toda a força que ainda restava, e limpou as lágrimas com a mão esquerda, antes de olhar para Grande Jon Umber, não deixando que sua fraqueza fosse percebida.

– Como que isso aconteceu? - Perguntou, e percebeu que estava gritando. - Como minha irmã matou o próprio filho?!

– Não explica na carta, assim como você viu. - Respondeu Grande Jon Umber, tentando ser o mais respeitoso possível - Fomos apenas informados que o Rei Tommem foi morto pelas mãos da própria mãe. Achamos que você gostaria de saber, pois é seu sobrinho.

Tinha uma certa ironia na voz do homem, Jaime pôde perceber. Que Joffrey, Tommem e Myrcella eram seus filhos, isso não era segredo para mais ninguém, Cersei parecia a única que não enxergava isso.

Jaime se sentiu completamente perdido, e de repente, começou a ficar tonto. O chão por baixo de seus pés pareceu desaparecer e sua visão ficou turva. Respirou fundo, se virando para a porta, querendo correr e gritar. E então viu Brienne.

A garota estava parada na porta, o Lannister não sabia dizer a quanto tempo. Trajava seu vestido branco de dormir, com um manto azul por cima, cobrindo seus braços e seu peito. Seus olhos de safira estavam piedosos, e um tanto umedecidos. Seu nariz estava um pouco vermelho, e parecia fazer um grande esforço para não correr para os braços do leão, confortá-lo e chorar com ele.

Jaime respirou fundo, sua visão voltando ao normal. Passou pela porta, empurrando a dama de Tarth, correndo pelo corredor, em plena fúria.

– Jaime!

Ouviu Brienne gritar, mas não se virou para olhá-la, e continuou correndo. Poucos instantes depois, sentiu uma mão forte segurá-lo pelo braço, obrigando-o a se virar para olhá-la em seus olhos de safira. O Lannister amoleceu, e desmoronou nos braços de Brienne de Tarth. A mesma o abraçou, sem dizer nada. Jaime se permitiu chorar em seu ombro. Não senti nada quando Joffrey morreu. Mas Tommem... Era só um garoto. Como Cersei pôde ficar de luto pelo filho mais vil, e matar o mais puro?

Secou as lágrimas dos olhos, se obrigando a manter o controle. Olhou nos olhos de safira, e disse:

– Partirei para Porto Real. Hoje.


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Notas finais do capítulo

Eaí, o que acharam? Comentem, por favor ^-^



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