Oathkeeper escrita por Denise Miranda


Capítulo 14
Brienne


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem :3



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Brienne acordou assim que o sol nasceu. Estava feliz e confusa pela noite anterior, mas não se permitiu a fazer perguntas do que significava aquela reação de Jaime. Olhou para o lado, e viu que o mesmo ainda dormia. Sorriu.

Saiu da cabana e foi de encontro ao Meistre para tratar de sua febre.

– Ei, mulher. - Ouviu uma voz desconhecida que sabia que estava se dirigindo à ela. Respirou fundo e se virou.

Um cavaleiro com cabelos negros e olhos da mesma cor, com um rosto carrancudo a olhava zombeteiro.

– Olá, Sor. - Respondeu Brienne, da maneira mais educada possível.

– Está brincando de cavaleiro? - Sorriu, e a donzela pôde ver que ele tinha dentes amarelados e um de ouro.

– O que você quer dizer com isso? - Perguntou, inofensiva. A última coisa que queria era arranjar confusão.

– A puta enorme além de burra, é surda? - Perguntou, e deu uma gargalhada. - Estou perguntando se está brincando de cavaleiro.

– Não estou brincando, Sor.

– Então vamos duelar, mostre-me suas habilidades e talvez eu fique com pena de te jogar no chão.

Brienne estava fraca e febril, suas bochechas coradas e a testa com suor mostravam isso, mas mesmo assim a donzela não recusou o duelo.

– Aqui, agora? - Perguntou.

O homem, como resposta, apenas desembainhou sua espada. Brienne fez o mesmo com sua Cumpridora de Promessas.

Deixou que o cavaleiro carrancudo a atacasse primeiro. Era sempre como gostava de lutar. Deixava que os homens a subestimassem, desferindo assim, os primeiros golpes, enquanto Brienne bloqueava todos. Os homens cansavam, e a donzela entrava em ação.

Em toda minha vida homens como você riram de mim, lembrou-se de ter dito isto à Jaime Lannister uma vez, quando o homem ainda era para ela apenas o Regicida. E em toda minha vida, eu derrotei homens como você.

Brienne bloqueava com certa dificuldade os golpes do homem. Sentia-se tonta pela febre, e sabia que estava suando frio. Estava fraca, então o cavaleiro a acertou uma ou duas vezes, e a donzela sabia que ia ficar com sérios hematomas, mas não se preocupou com isso. Nunca havia se preocupado com feridas ou cicatrizes, sabia que fazia parte da vida que escolheu para si.

Então a garota desferiu seu primeiro golpe, e já acertou o cavaleiro. O mesmo revidou, tentando acertar sua cabeça, mas a donzela se abaixou na hora, rodopiou e o acertou nas costas. O cavaleiro se desequilibrou, tempo suficiente para Brienne desferir outro golpe, agora em sua perna.

O mesmo caiu no chão, e a donzela levou seu pé direito até a barriga do homem, prendendo-o no chão, e sua espada até a garganta do homem. Os olhos do mesmo estavam arregalados e ele parecia prestes a desmaiar. Lentamente, jogou sua espada no chão e levantou suas mãos em forma de rendição.

Brienne tirou sua espada da garganta do homem assustado e o permitiu se levantar do chão. Embainhou sua espada.
Olhou-o carrancuda.

– Não tem mais nada a dizer? - Perguntou rispidamente.

O homem só se permitiu balançar a cabeça. Sem desviar o olhar, Brienne continuava com a mesma expressão intimidante.

Após alguns instantes, achou que aquilo foi o bastante, e entrou na tenda do Meistre, para o mesmo cuidar de sua febre e agora de suas novas feridas.

xxx

A donzela avistou um tronco embaixo de uma árvore e sentou no mesmo, começando a afiar sua espada, como fazia com regularidade.

Após alguns minutos, começou a se sentir cansada e tonta. Maldita febre, pensou.
Brienne seguiu as recomendações do Meistre e passou uma boa parte da manhã e da tarde deitada na cama. Ficou se remexendo, até que desistiu de dormir e se perdeu em seus pensamentos.

Voltei para minha cabana e Sor Jaime já não estava mais aqui, se pegou pensando. Onde ele pode estar?

Levou as mãos até a testa, em seguida bagunçou os cabelos, como que para afastar esses pensamentos. Estúpida, por que tem que agir como uma garotinha apaixonada? Pare de pensar em Jaime, por pelo menos um minuto!, se indignou consigo mesma.

Então puxou o cobertor mais para si e se permitiu pensar no resto de seus problemas. Se pegou pensando se Podrik chegou bem em Tarth, gostaria de receber um corvo de seu pai, mas sabia que era impossível. Pensou onde estaria a Senhora Coração de Pedra e se um dia voltaria a vê-la. Não sei se gostaria, admitiu para si mesma.

E começou a pensar em Sansa. Oh, garota, onde você está? Eu vou achá-la, prometeu a si mesma em pensamento, como já fizera um milhão de vezes. Vou achá-la, ou morrer tentando, Sansa.

Uma luz entrou na brecha de sua tenda, e Brienne afastou seus pensamentos. Quando viu Sor Jaime parado, olhando-a, incerto se entrava ou não, seu coração pulou de seu peito.

– Sor Jaime...

– Só me chame de Jaime, Brienne. Por favor.

A garota assentiu e não disse mais nada. O mesmo, sem convites, entrou na tenda e sentou ao seu lado na cama.

– Como está a febre?

– Bem melhor. Podemos partir amanhã, assim que o sol nascer?

– Sabia que você ia querer partir o mais rápido possível. - Jaime colocou delicadamente a mão na testa da donzela. - Você está realmente bem melhor, isso é bom. Mas não é melhor esperarmos mais?

– Não. - Disse, teimosa como sempre. - Não é sábio esperar. Quanto mais perdemos tempo, é mais um dia que a vida de Sansa corre risco. Nem sabemos onde ela está.

– Nós temos duas opções. - Jaime parou um pouco, como se estivesse analisando o rosto da donzela de Tarth antes de continuar. - Muralha e Ninho da Águia.

– Eu ia para a Muralha, mas coletei informações sobre um bobo e duas garotas e acabei parando em Sussurros, na Ponta da Garra Rachada. Um lugar realmente perturbador. - Comentou, se lembrando de Dick e de como ele morreu. Mais um que morreu por minha culpa.

– Nunca ouvi falar. - Jaime respondeu, franzindo a testa. Brienne deu um sorriso.

– Ainda bem.

O Lannister correspondeu ao sorriso, e de repente os dois ficaram em silêncio, apenas olhando um para o outro.

A donzela se permitiu reparar em seus olhos verdes tão sedutores, em seu sorriso torto, sua boca macia e vermelha. Tudo nele era lindo, até as pequenas cicatrizes de batalhas.

– Brienne.

Jaime quebrou o silêncio, sua voz estava rouca e ele parecia vulnerável. A garota lembrou-se do banho em Harrenhal que compartilharam. Brienne corou ligeiramente, ambos estavam nus e o Lannister contando a história real por ter matado o Rei Aerys. Me parece que ele estava tão vulnerável como está agora, pensou, se perguntando o que se passava na mente do leão de Lannister.

– Brienne... - Disse Sor Jaime, novamente. Umedeceu os lábios e a donzela ficou com vontade de beijá-los. - Eu a amo.

Por um momento, a donzela pensou que ele estava zombando dela. Seus olhos de safira se esbugalharam, como se acabasse de ter visto um fantasma. Abriu ligeiramente a boca, tentou dizer algo, mas de começo, apenas gaguejou.
Se Renly tivesse entrado por aquela porta como um morto-vivo e de mãos dadas com Stannis, a surpreenderia menos do que Sor Jaime Lannister dizendo que a amava. Ele amava a Brienne de Tarth.

– Jaime... - Começou, quando encontrou as palavras novamente. - Eu também o amo.

O Lannister sorriu, como que aliviado. O mesmo levou sua mão esquerda até a nuca de Brienne, puxando-a delicadamente para mais perto, e selando seus lábios nos dela, começando um beijo.

Para Brienne, amanhã ela acordaria e perceberia que isto teria sido um sonho. Mas parecia muito real.

Devagar, as mãos da donzela foram acariciando o corpo de Jaime, e o mesmo, com sua mão esquerda, foi descendo pelo pescoço, até que parou no tecido em cima dos seios de Brienne, e ela sentiu seu coração batendo mais rápido.

Desajeitamente, Jaime a despiu, com a ajuda da mesma. Brienne, com as mãos tremendo, arrancou a blusa do cavaleiro, e lentamente, o calção do mesmo.
Quando ambos estavam nus, embora não pela primeira vez, a donzela de Tarth sentiu-se ficar vermelha do pescoço à testa, e Jaime pareceu notar, e sorriu.

Continuaram se beijando e trocando carícias, até que o cavaleiro a tocou entre as coxas, e dessa vez, a moça o permitiu e também o tocou, sentindo seu membro ereto e quente.

Beijou o pescoço de Jaime, fazendo-o soltar leves gemidos, e percebeu como a pele dele estava quente, e quando entrava em contato com a sua, pareciam prestes a pegar fogo. Brienne nunca havia experimentado uma sensação dessa.

A dama de Tarth permitiu que o Lannister entrasse dentro dela, podendo-o sentir-lo por completo dessa vez, e não houve sensação de que mais gostasse em toda a sua vida.

Neste momento, percebeu que nunca mais queria sair daquela cabana.

Não foi um sonho, foi seu primeiro pensamento ao acordar e ver Sor Jaime ao seu lado.


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Notas finais do capítulo

Vejam esse vídeo, haha https://www.youtube.com/watch?v=pE6d-Ppn9iA ♥
Comentem, por favor ^^ amanhã tem mais!



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