My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 64
Terceira temporada 03x14


Notas iniciais do capítulo

Gente quero agradecer a cada um de vocês que tem deixado um comentário aqui! Sério, isso me ajuda muuuuuuuuuuito a escrever, me motiva, me faz pensar em várias coisinhas que faltam aqui e ali na fanfic e é graças a vocês que a imaginação surge e também porque continuo escrevendo a fanfic! Sério, tem horas que bate um desânimo sabe? E vocês me motivam muito! Obrigada por isso!
Bom o capítulo de hoje pode ser uma surpresa para todos vocês, então comentem aqui o que acharam ok ? Em breve novos segredos serão revelados hahahaha eu sempre quis dizer isso!
Ps: Gente estou longe do Twitter porque meu lindo celular está com a memória cheia, eu sei que tinham pessoas que me acompanhavam por lá, então... me mande in-box por aqui ok ? ou comentem que eu entro em contato para qualquer coisa! ♥
Ps ²: Tem um monte de trailer da fanfic no Youtube basta você procurar por : Fanfic My imprinting que irá achar!



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Eu não podia evitar o inevitável. Encarar Matt Collins iria acontecer de um jeito ou de outro, o problema era que eu tinha milhares de coisas para esclarecer a ele, coisas que nem eu mesma sabia.

Por sorte ou azar minha família havia sido compreensiva comigo e deixado Matt na sala confortável. A TV estava no canal de notícias e a repórter falava sobre a previsão no tempo na cidade para a semana que iríamos entrar.

Matt parecia distraído e sequer notou minha aproximação. Eu sabia que a essa altura ele pensava em tudo ao mesmo tempo.

Permiti me sentar ao seu lado e somente quando o fiz e o sofá deu uma leve afundada foi que ele me encarou.

— Como ela está ? — perguntou cauteloso.

Com quinhentos questionários prontos para atacar, cinco mil perguntas para fazer ele somente pensou em Alyssa e eu achei realmente isso um gesto nobre de sua parte.

— Edward está com ela agora — eu fingi uma tosse para limpar minha voz rouca — Ela está bem. Talvez ela deva dormir comigo essa noite ou durante as próximas semanas para se certificar que vou ficar — eu disse desanimada.

Matt olhou para a TV. Seus olhos perdidos mal prestavam atenção na tela plana a sua frente.

— Há quanto tempo ela tá assim ? Quero dizer, o que aconteceu para Alyssa ficar tão...apavorada ? — seus olhos analíticos esverdeados voltaram a se concentrar em mim. Eles brilhavam tanto que pareciam pequenas esmeraldas ao invés de simples olhos. O jeito urgente que Matt me olhava me causou arrepios porque foi aquele mesmo olhar que ele havia feito algumas horas atrás para mim quando eu quase o...oh céus! Não quero pensar mais nisso!

— Ela vai ficar bem — eu murmurei incerta de que deveria lhe contar todos os detalhes, ou que havia metido Alyssa e agora ele na minha vida conturbada.

— Ashley, se você for continuar mentindo é melhor não iniciarmos uma conversa — ele suspirou aborrecido — Eu já sei. Essa coisa de sermos amigos foi há muitos anos atrás e a verdade é que você nunca confiou realmente em mim.

— O QUÊ ? — perguntei incrédula me remexendo inquieta no pequeno sofá creme — Isso não é verdade.

Matt ergueu uma sobrancelha me encarando duvidoso.

— Não é a primeira vez que você me acusa de ser uma péssima melhor amiga — resmunguei feito uma adolescente mal humorada.

Matt riu.

— Eu estava errado ? — ele se divertiu.

— Bom, talvez eu não tenha sido lá muito sincera mas não fui eu que corri para os braços da primeira piranha do colégio — provoquei.

— UOU! Vamos voltar nesse assunto ? — ele ergueu os braços para o alto fingindo rendição, seus lábios escondendo um pequeno sorriso sapeca — Porque se vamos, eu já lhe expliquei o motivo de ter feito aquilo...

Eu bufei e balancei a cabeça tentando voltar ao foco de nossa conversa.

— Ok, estamos parecendo dois idiotas!

— Você está parecendo uma idiota — ele acusou.

Eu olhei para ele céptica.

— Tudo bem, eu posso estar sendo um pouco babaca — ele admitiu.

— Um pouco — concordei.

O silêncio predominou a sala, a não ser é claro pelo barulho da TV.Se não fosse pelos passos de Esme na cozinha e os sussurros preocupados de Carlisle eu acreditaria que estávamos realmente sozinhos. De alguma forma ficar com Matt totalmente a sós agora era perigoso para ele e para mim. Para ele porque:

1- Eu teria que  dar uma explicação a Emma porque seu filho desapareceu de repente, talvez eu teria que explicar-lhe que Matt não havia sobrevivido, o que para ela, que já havia passado por tantos desastres, seria péssimo.

2- Matt teria que se adaptar a nova vida, a vida de recém-criado e isso não seria nada, nada fácil! Imaginem só, dois vampiros descontrolados juntos ? E sim, eu estava me incluindo.

3 – Ele nunca, nunquinha, em nenhuma circunstância  me perdoaria por ter deixado Emma desprotegida.

O motivo pelo qual era perigoso para mim ? Bom, era fácil responder:

1-  Provar o sangue de Matt era de alguma forma bem tentador. Talvez bem mais tentador do que as vítimas que eu ataquei na Itália quando ainda me adaptava a vida de vampira.

2-Se isso em alguma hipótese acontecesse, eu poderia levar Matt a transformação o que de fato já citei e isso seria péssimo, mas em caso extremo eu poderia mesmo era...matar o Collins.

3-Se eu provasse uma sequer gota de sangue humano colocaria Alyssa em risco, um risco que eu não teria controle e pensar que quase estraguei tudo fazia meu peito se apertar, ainda mais sabendo que Alyssa já tinha traumas o suficiente por minha causa, imagina só se sua mãe virasse a louca assassina ?

 — Então, você vai me contar o que aconteceu hoje ou devo continuar fingindo que sou uma estátua do museu de cera ? — Matt sussurrou.

Eu coloquei uma mão em seu joelho dando um leve tapinha.

— Vou te contar tudo, mas preciso que você me prometa que não vai surtar, rir ou...argh! Só tente ser...hum... —eu gaguejei sem saber por onde começar aquela conversa — Compreensível — disse, afinal.

Ele assentiu levemente.

— Eu serei — prometeu.

Eu dei um longo suspiro e decidi contar desde o início o que havia de tão estranho comigo.

—Não sei bem como começar — confessei — Bem, quando Carlisle me contou tudo eu realmente achei que ele era um louco, um maníaco psicopata que sequestrava adolescentes — eu ri nervosa.

Matt continuou calado esperando que eu revelasse meus segredos.

Acho que eu nunca estive tão nervosa assim. Talvez eu tenha ficado nervosa em alguns momentos de minha vida, muitos na verdade, mas fazia tempos que eu não me sentia assim...

— Ok! — me rendi — Não somos o que realmente parecemos ser...Eu queria que fosse fácil de explicar mas acho que isso vai levar um tempo para você assimilar tudo...

— Ashley — Matt disse impaciente — Chega de blá blá blá — ele resmungou.

Eu concordei, aquela altura eu estava tão ansiosa quanto ele.

“ Quando Carlisle me adotou...” comecei a narrar uma história que seria longa e talvez levaria horas para ser contada. Eu decidi que ocultaria a parte que fui transformada, por mais que Matt soubesse o que eu era agora, ele não precisava saber o que eu passei para chegar até aqui.

Ele esperou impassivelmente enquanto eu contava tudo o que ele não soube durante anos sem me interromper sequer uma vez, até agora.

— Então como é isso ? vocês não bebem...sangue ? — ele perguntou confuso.

— Lembra quando meus irmãos iam “acampar” ? — eu fiz as aspas com as mãos.

— Sim! Você ficava irritada durante o dia inteiro mas nunca ia com eles ou matava as aulas, eu achava isso esquisito — ele concordou.

Eu gemi involuntariamente em desgosto.

— Eu não podia ir junto porque eles iam caçar — eu sussurrei e ele me olhou horrorizado.Antes que ele perguntasse, precisei explicar — Animais. Os ursos são os preferidos de Emmett. — dei de ombros.

— Oh! — ele ofegou — Isso é...

— Inesperado ? — eu ri — Eu sei!

— Você simplesmente aceitou morar com vampiros e se tornar um deles ? — ele ainda estava aterrorizado — Meu deus! Ashley, acho que você é suicida!

Eu quis gargalhar, mas deixei que Emmett fizesse isso por mim de onde quer que ele estivesse agora. Eu sabia que Matt estava achando que tudo era um sonho bem louco assim como eu achei que era anos atrás quando Carlisle me convidou para morar com ele e sua família.

— Carlisle quem cuidou da minha mãe no hospital, Elizabeth — ele balançava a cabeça se lembrando do que eu havia revelado há não muito tempo atrás para ele — Então, quando ela faleceu eu não tinha nada. Não tinha para onde ir e voltar para casa com David era uma hipótese que eu nunca cogitaria...Eu estava tentando arrumar algum tipo de trabalho na cidade para me manter e pagar as despesas no hospital mas ninguém quis me dar um trabalho, as pessoas em Creek Street tinham medo de David e do que ele era capaz, faziam mil e uma hipóteses sobre o que acontecia dentro da minha casa, então, Carlisle foi gentil e se voluntariou para cobrir as despesas do hospital. Eu lhe agradeci e disse que daria um jeito de lhe pagar. Aquela altura David estava foragido por ter saído ileso e sem prestar socorro, além de ter dirigido alcoolizado só que ele estava a minha procura, então Carlisle novamente estava ali, estendendo a mão para mim, que escolha eu tinha ? — eu me afundei no sofá e massageei as têmporas.

— Tem razão, morar com vampiros é bem menos perigoso —concordou ironicamente ele.

Revirei os olhos.

— Carlisle demorou alguns dias para me contar o que eles realmente eram. No início eu achei tudo uma diversão, uma piada, um coisa bem louca. Achei que tinha fumado uns baseados e estava tendo delírios — confessei fazendo-o rir.

— Então, vocês vivem em uma casa aberta e de noite dormem em caixões ou o quê ? — ele perguntou curioso de repente parecia animado também.

Eu ri. Eu havia feito aquela mesma pergunta, e Bella, e Alyssa...

— Não! Nós não dormimos, nunca!

— Isso é um máximo!

— Nós não éramos apavorantes minutos atrás ? — perguntei achando graça.

— Oh! Ainda são! — ele também riu e ficou calado por um tempo.

Deixei que Matt refletisse para me bombardear de perguntas. Agora que eu havia contado boa parte dos últimos acontecimentos que ele não sabia eu me sentia mais relaxada.

— Tem algo a mais sobre você, não tem ? Além de não dormirem ? — ele quis saber — Talvez algo muito poderoso, algo que tenha feito seus irmãos te segurarem hoje mais cedo na varanda.

Eu engoli em seco e me perguntei como ele havia percebido esse tipo de coisa.

— Alguns de nós tem...dons — minha garganta fechou, eu olhei para meus dedos entrelaçados no meu colo.

— Tipo, só alguns ? Todos são iguais? Alice!Eu tenho certeza que ela tem algum tipo de poder sobrenatural!

Oh, puxa! Por quê o Collins era tão observador ? Ás vezes eu amava isso nele, na verdade, eu amava isso quando éramos do colegial, mas agora isso me irritava!

— Não. Nenhum de nós tem um dom igual ao do outro, isso é...raro. Na realidade eu nunca vi.

— Alice...? — ele insistiu.

— Sim! — assenti — E Edward e Bella e Jasper!

— Eu imaginei! Alice e Edward pareciam dois videntes! Era absolutamente chato quando Alice interrompia as vezes que eu queria te chamar pra sair, e sempre na hora exata.

Eu prendi o riso e olhei para ele surpresa.

— Ela fez isso ?

— Umas três vezes. Na quarta eu desisti! Foi uma surpresa ela me ajudar com a coisa toda do baile — ele deu de ombros.

Oh! Isso era novidade para mim. Por quê Alice tinha atrapalhado meu lance com o Collins ? Eu teria que perguntar a ela, talvez a Edward também...

— Ela tem visões — disse simplesmente.

— Que tipo de visões ? — ele pareceu interessado.

Então eu tive que contar sobre Alice e suas visões. Sobre o dom de Edward de ler mentes e sobre Jasper e para mim o dom mais bizarro de todos (tirando o meu é claro), de controlar as emoções das pessoas.

Nenhum deles pareceu perturbar Matt, ou ele estava disfarçando muito bem. Eu teria que perguntar a Edward e Jasper qual dos dois.

— E você ? o que você faz de extraordinário, Cullen ? — ele segurou minha mão de supetão. A diferença de temperaturas fez com quê eu o encarasse.

— Lembranças — minha voz saiu fraca e rouca de repente — Eu absorvo lembranças.

Eu olhei para Matt finalmente depois de longos segundos. Suas esmeraldas pareciam ansiar para que eu contasse mais quando Alice irrompeu a sala gritando:

— AUMENTA A TV, É AGORA!

Eu me afastei de Matt fingindo que não havia ficado nervosa novamente. Ignorei a sensação esquisita dentro de mim e o estômago embrulhado e aumentei a TV como Alice havia pedido.

“Voltamos a informar que o empresário Theodore Collins foi preso nesta noite por suspeita de assédio sexual e agressão a vítima. Segundo informações da vítima que não quis ser identificada os assédios ocorriam constantemente dentro da empresa e com medo das ameaças e de uma possível demissão os fatos foram ignorados até agora...Segundo testemunhas, Collins só foi descoberto porque um funcionário esqueceu o seu celular no escritório e presenciou absolutamente tudo. As testemunhas estão prestando seu depoimento neste instante e a polícia aguarda o depoimento da vítima ainda hoje...”

Matt estava petrificado no sofá enquanto Seth descia com Alyssa no colo e Edward ao seu lado. Alice já havia arrastado todos os outros para a sala consigo.

— Alice, o que aconteceu ? — Seth perguntou olhando de mim para Matt preocupado.


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