My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 56
Terceira temporada 03X07 – Lembranças de Forks


Notas iniciais do capítulo

N/A: Oi gente!
Obrigada por cada mensagem de apoio, compreensão e carinho! Sério! Eu tive pessoas se oferecendo aqui para uma breve conversa e isso significa muita coisa pra mim. Enfim, não vou enrolar você (risos), preciso que vocês leiam esse capítulo (que foi bem difícil para produzir), e me digam o que acharam! Nos vemos depois, beijos L.Chavez!



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Eu não queria ir para a escola, mas era isso ou ficar em casa e preocupar Esme com a ideia de quê eu odiava comemorações, então me dei por vencida e deixei que Edward me levasse para Forks High School.

Edward estava me dando só uma carona, por milagre, no dia do meu aniversário o sol resolveu dar as caras em Forks e me perguntei se isso significava que o dia seria mais longo e entediante do quê pensei ou se isso significava algo realmente bom.

— Eu sinto muito! — Edward se desculpou assim que estacionamos. Não haviam muitos carros ainda. Ótimo, além de todo o pesadelo desse dia eu havia chegado cedo na escola.

—Você não tem culpa —revirei os olhos — E eu vou ficar bem, é só um dia como outro qualquer.

Pus a mão na maçaneta vendo a careta que Edward fez. Eu suspirei, ele odiava isso tanto quanto eu.

—É sério, vou ficar bem — me inclinei e beijei seu rosto — Façam uma boa caçada!

Eu saí em disparada para os corredores da escola. Estranhamente, não havia visto Matt, até agora.

Fui para o meu armário pegar meus livros e encontrei um pequeno bilhete. A letra garranchada de Matt Collins me fez sorrir pela primeira vez naquele dia.

“ É um ótimo dia para matar aula, não acha ?

Me encontre no café de sempre.

MC”

Eu havia matado aula poucas vezes, e a maior parte dessas vezes eu estava com um Cullen. Bom, acho que Esme e Carlisle não ficariam chateados caso eu fizesse isso sozinha uma única vez.

Recoloquei meus livros no armário e saí em disparada para fora da escola.

O In Place era um dos meus lugares favoritos em Forks. Alice insistia em dizer que isso se devia ao fato de quê sempre que eu ia lá, Matt estava comigo, mas para mim não se tratava somente disso. O lugar era realmente acolhedor e servia um frapuccino realmente delicioso. Susy, a garçonete do local já haiva até decorado meu pedido de sempre: um frapuccino de chocolate e um croissant de queijo com presunto.

O melhor de tudo, é que o In Place ficava há exatos um minuto de caminhada, ou seja, Matt e eu sempre tinhamos um lugar para ir quando quiséssemos.

Eu entrei no café ofegante e procurando Matt. Não foi difícil encontrá-lo no nosso lugar de sempre bem nos fundos do café. Ele estava usando uma camisa azul que destacava sua pele pálida.

Caminhei em sua direção observando-o batucar os dedos impaciente na mesa.

—Cheguei! — anunciei, me sentando bem na sua frente.

—Eu achei que fosse demorar mais algum tempo — Matt sorriu amostrando suas covinhas — Geralmente você chega bem mais tarde.

Dei de ombros.

—Carlisle queria sair cedo para acampar.

—E você simplesmente não quis ir ? —Matt ergueu suas sobrancelhas grossas para mim —É seu aniversário!

Eu me encolhi no meu assento.

—Alice me fez comemorá-lo no meu primeiro ano com os Cullen, depois disso eu a proibi de fazer qualquer tipo de comemoração, o que não faz muita diferença porque todo ano ela insisti em me comprar roupas novas e presentes caros — nós rimos juntos — De qualquer modo, acho que eles são vão fazer uma trilha ou algo assim. Eles ficam preocupados em me deixarem sozinha em datas comemorativas.

Matt assentiu levemente.

—Eles tem toda a razão de ficarem preocupados — ele concordou— Você está péssima! — ele debochou.

Em tese, era verdade.

Na noite anterior eu tive pesadelos, e por mais que Edward tivesse ido ao meu socorro eu não preguei o olho até as 4:30 am.Quando finalmente consegui dormir, o despertador tocou, e embora todos tenham insistido para que eu ficasse em casa, eu preferi vir para a escola.

Eu tinha olheiras profundas em minha pele quase transparente. Meu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo mal feito porque eu não tive pique para lavá-lo pela manhã. E eu vestia um moletom preto que poderia ser confundido com um pijama.

—Você já me viu bem pior! — eu provoquei— Então, não vamos fazer o pedido ?

Matt mexeu os lábios, desconfortável.

—Eu espero de verdade que você não me mate por isso — ele sussurrou.

—O quê...? — deixei a pergunta no ar quando vi Susy sair da cozinha com um pequeno cupcake e um frapuccino de chocolate. Ela se posicionou e deixou o pedido na nossa mesa, sorrindo para nós, principalmente para mim.Ela sabia!

—Feliz aniversário,Ashley — ela não parava de sorrir.

Susy era uma garota morena com pequenas sardas no rosto.Seu cabelo era curto e seus olhos azuis eram doces e analíticos.

Ás vezes, Susy tinha um tempo livre no café e parava para conversar conosco.Ela não era do tipo de garota que parava para dar confiança a qualquer um e eu adorava o jeito sonhador que ela tinha ao descrever seus sonhos e desejos em meio as nossas conversas. Susy era uma das poucas garotas da cidade que conhecia meus irmãos e não se ativa para cima deles, embora ela tenha confessado uma vez para mim que Emmett fazia seu tipo. Rosalie ficou furiosa quando descobriu isso, e eu quis rir com a lembrança de minha irmã adotiva surtando por ciúmes de uma humana.

— Hum...obrigada — murmurei.

— Onde estão seus irmãos ? Eles deveriam ter vindo com você comemorar.

— Eles foram fazer uma trilha com Carlisle, voltam no fim do dia.Eu não quis ir, não gosto de andar no meio do mato —em tese, era verdade.Eu tinha horror a insetos, mas fazer uma trilha com os Cullen era algo que jamais iria acontecer, e somente eu sabia o motivo disso.

— Ah! — Susy não sabia o que dizer.

Eu sabia o que ela estava pensando, e embora Matt soubesse o verdadeiro motivo de não ter comemorações, eu não gostava de falar isso para todo mundo, por sorte, eu havia aprendido a mentir tão bem quanto Edward fazia um tempo, então, tudo o que eu tive que fazer foi inventar uma história qualquer para Susy.

— Na verdade, eu acho que Alice vai fazer uma festa surpresa para mim. Ela adora festas — eu dei o meu melhor sorriso — Acho que essa coisa de trilha foi só para me manter longe de casa durante um tempo.

Susy sorriu convencida.

— É bem provável. Talvez você arranque alguma coisa de Matt durante o café de vocês.

— É, talvez — eu pisquei para ela.

Susy voltou para atender as outras mesas.

— Eu odeio o fato de você saber mentir tão bem — Matt me cutucou ao sussurrar.

— Você precisa aprender, ás vezes isso é necessário na vida de um humano qualquer — eu ri e depois apontei para o cupcake — O que é isso ?

Matt passou a mão no cabelo e depois puxou algo de seu bolso.

— Bom, eu queria te dar alguma coisa de aniversário mas sabia que você iria reclamar se eu fizesse isso, então quis fazer alguma coisa que lhe trouxesse uma recordação de um aniversário bom — Matt abriu a mão revelando uma caixinha de fósforos, ele retirou um e colocou no meio do cupcake — Algo simples, mas de coração e sem extravagâncias. Algo para ficar somente entre nós, sem “parabéns pra você”, sem desejos, apenas um cupcake e dois amigos em um dia qualquer.

Meus olhos lacrimejaram. Alice havia me dado uma festa em família no meu primeiro aniversário com os Cullen. Foi maravilhoso mas ao mesmo tempo ter uma festa me trazia recordações das quais eu não queria lembrar. Eu sempre me lembrava de Elizabeth tentando fazer uma festa ou algo parecido para mim e fracassando no final por culpa de David, era esse o motivo pelo qual eu odiava datas comemorativas, o segundo motivo e talvez o mais bobo deles era que se eu algum dia quisesse uma festa não teria ninguém para chamar. Chelsea e Matt foram os únicos amigos que arranjei em Forks, além deles talvez Susy também fosse uma ótima convidada, mas fala sério, quem é que fazia festa para quatro pessoas ? Ainda tinha o fato de minha família “esquisita” ter que se juntar a eles,seria cômico e trágico.

— Isso realmente é... — eu não tinha palavras — Obrigada — eu sorri em meio as lágrimas.

— Vamos lá, o que é um aniversário sem uma vela no bolo ? Acenda o fósforo ! — Matt me passou a caxinha.

— Não seja ridículo! — eu ri e ele revirou os olhos me dizendo que estava falando sério e que não ligava para o que as pessoas que nos olhavam estavam pensando.

Eu acendi o fósforo no meio do cupcake e assoprei rapidamente. Matt não bateu palmas e nem cantou nenhuma estrofe da música constrangedora que todos cantavam em aniversários.

Eu retirei o fósforo do meio e lambi, fazendo ele gargalhar.

— Eu não imaginava que uma Cullen faria esse tipo de coisas. Isso foi nojento!

— Ah, você não tem ideia do que nós Cullen podemos fazer — eu provoquei — Então, vamos dividir esse pequeno cupcake ? — eu perguntei pensativa.

O cupcake de red velvet estava coberto de chantily e morangos me fazendo salivar só de olhá-lo. Eu sabia que estaria delicioso.

— Que tal darmos uma mordida juntos, feito A Dama e o Vagabundo ?

Eu olhei para Matt incrédula por dois segundos e então ele gargalhou.

— Viu só, você não é a única que sabe enganar as pessoas. Eu estou apenas brincando! Susy tem um milhão de cupcakes aqui, eu pedi esse especialmente pra você porque era o seu favorito.

— Ainda é — eu sorri e peguei o cupcake dando uma mordida. Meus olhos se fecharam e eu gemi de prazer ao saborear aquele bolinho maravilhoso.

Estendi o cupcake para Matt, colocando-o de frente para sua boca.

— Você não vai querer esperar Susy para provar isso — eu disse de boca cheia.

Matt sorriu, se inclinou e mordeu um pedaço, lambendo o canto da boca onde tinha ficado um pouco de recheio.

— Você parece um Bulldog — eu ri.

— Oh vamos nos comparar com animais agora ? Porquê você está mais para uma coruja daquelas com os olhos bem arregalados.

— Eu gosto de corujas — eu comi o último pedaço de cupcake e meu celular vibrou em meu bolso. Eu o peguei e olhei o visor.

— Esme ?

Eu assenti.

— Nossa, eles são rápidos.

— Ela não ligou para saber o porquê faltei aula — simplesmente respondi antes de atender a ligação.

Depois de fecharmos a conta no In Place não tínhamos muito o que fazer. Forks era uma cidade pouco movimentada e aquela hora da manhã não haviam muitos lugares os quais poderíamos ir para nos divertir.

— Já que Esme liberou, vamos ficar mais um pouco, podemos jogar no fliperama — Matt apontou com a cabeça.

Havia dois fliperamas no In Place de pinball. Eu não era muita fã de jogos, mas adorava competir com meus irmãos no vídeo game, talvez fosse divertido fazer isso com Matt.

— Tudo bem, mas eu compro as fichas — eu não o deixei responder e me dirigi para o balcão comprando algumas fichas com Susy.

Matt havia pagado a conta do café, mesmo depois que eu insisti que isso não era necessário, então o mínimo que eu poderia fazer era gastar algum dinheiro para jogarmos pinball.

Nós nos divertimos por um bom tempo no jogo, Matt me venceu várias vezes, no início eu até estava contando o placar, mas depois de perder mais de três vezes eu decidi parar a contagem.

Era quase meio dia quando saímos rindo do café. Esme sabia que eu estava com Matt porque Alice já a havia alertado. Ao contrário do que pensei, ela parecia feliz ao telefone quando eu contei que estávamos bem e que havíamos saído para comemorar. Embora Emmett e Jasper implicassem com a minha amizade com Matt, Esme parecia gosta da ideia de sua filha ter alguém normal por perto, ou melhor dizendo, humano. Segundo ela e Carlisle eu precisava mesmo fazer amigos e sair de casa, o que eu achava uma bobagem antes de virmos para Forks.

— Eu acho melhor te levar em casa antes que Esme pense que sou má influência.

— Acredite, ela não acha isso — eu prendi a risada. Esme era uma verdadeira fã de Matt Collins e eu não sabia se esse fato era somente por Matt ser meu único amigo, bom, um dia eu perguntaria o motivo disso.

Nós dirigimos até a minha casa conversando e cantando no caminho. Matt tinha um CD dos Hansons no qual eu e ele sabíamos todas as músicas, tornando a viagem de carro mais divertida.

— Obrigada por hoje. Foi um dia comum incrível — eu o abracei.

— Sempre que você precisar, Coruja! — ele afagou meu cabelo e eu me afastei.

— Nos vemos amanhã ?

Ele me lançou aquele sorriso com covinhas a mostra que eu amava.

— Você sabe que sim!

Eu saí do carro e escutei os vidro automáticos abaixando.

— Até amanhã, Collins!

— Nos vemos amanhã, Coruja! — ele piscou para mim e só deu a partida quando eu finalmente entrei em casa.

Aquele não tinha sido um aniversário extravagante, nem tinha tido balões e muito menos pessoas cantarolando para lá e para cá.Não havia tido presentes, mas havia tido uma coisa que nunca poderia ser esquecido: o valor da verdadeira amizade.


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