My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 41
[ EXTRA] Perseguição - Ashley Cullen


Notas iniciais do capítulo

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Mil desculpas pelo sumiço galera, mas foi necessário, passei por uma cirurgia e ainda estou me recuperando, mas isso até que teve seus lados positivos, pois ganhei inspiração para continuar escrevendo, e é sério o próximo capítulo está sensacional! ( esse também está hahaha), espero que vocês gostem pois estou fazendo tudo isso com muito amor e dedicação!
Ps: Sugestões de músicas ? Estou precisando hahaha nos vemos nos comentários lá embaixo ;)



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Depois da morte de Elizabeth eu ainda tentava focar nos estudos. Eu precisava fazer isso de uma forma ou de outra, porque viver com os Cullen para sempre não era uma opção. Carlisle foi mesmo generoso quando me acolheu para viver com sua família, mas aqui não era meu lugar. Viver as custas dos Cullen fazia com quê eu me sentisse péssima e por mais que eu insitisse em trabalhar, Esme não deixava de forma alguma, então a única solução era continuar mantendo as boas notas e tentar uma boa universidade. Harverd era meu sonho agora, eu pretendia cursar medicina, mas não havia comentado isso com ninguém, nem mesmo com minha falecida mãe, ela pensava que eu cursaria música...ah se ela soubesse!
Meus planos mudaram quando David apareceu pela primeira vez tentando me arrastar para Creek Street. Eu ainda me lembrava bem do episódio constrangedor que ele me fez passar. Era o meu primeiro mês com os Cullen, e eu finalmente estava me adaptando a nova rotina e aos meus...han...familiares adotivos.
David havia agarrado meus braços e tentado me arrastar para seu carro. O cheiro de álcool estava explicito em seu hálito, e tive vontade de vomitar só de lembrar daquele momento. Alice de alguma forma foi meu anjo da guarda, ela avisou a Carlisle o que estava acontecendo e somente assim o Cullen pode chegar a tempo de me livrar das ameaças (e dos tapas) de David. Depois daquele episódio, Carlisle e Esme decidiram que era hora de nos mudarmos.
Fomos para Atlanta praticamente no dia seguinte. Eu me lembro de estar furiosa com Carlisle por ter fornecido meus contatos para David. Eu odiava meu Pai Otário. Nunca tive motivos para gostar de alguém como ele, mas Carlisle acreditava que ele pudesse mudar, e Esme concordava.
"Um dia, você irá perdoá-lo" Ela dizia.
Mas não, eu nunca perdoaria David. Ele havia feito da minha infância um verdadeiro inferno, e o pior de tudo : ele havia matado minha mãe, a sua própria mulher, aquela á quem ele havia prometido " amar e respeitar, na alegria e na doença, na saúde e na tristeza". David nunca a amou verdadeiramente no final das contas, ou talvez ele fosse um maníaco psicopata, mas eu ainda arriscava a primeira opção.
Eu me afastei. Todo o laço que eu havia criado com os Cullen agora parecia quebrado novamente. Estava com raiva de Carlisle, furiosa por ter concordado em morar com eles, por ter aceitado que os Cullen me fizessem um favor. Eu queria fugir...
Edward era um bom leitor de mentes, e esconder esse tipo de pensamentos dele era realmente difícil, mas eu conseguiria.
Em um dos simulados de Atlanta High School, eu decidi que era a hora de agir. Levantei da carteira ainda com a prova em branco e decidi que era hora de ir. Eu mal tinha assinado meu nome completo, e vi a aplicadora da prova me olhar de cima a baixo, como quem pergunta " O que está fazendo aqui senão estudar ? ", mas eu ignorei totalmente seu olhar de ceticismo e lhe dei as costas, saindo rapidamente do colégio.
Andei pelas ruas sem rumo. Eu não tinha dinheiro, não conhecia nada e nem ninguém em Atlanta e segundo Alice, mais tarde iria começar uma nevasca. Ótimo, eu não tinha onde ficar. Suspirei e saquei meu celular, me xingando por ser obrigada a ligar para alguém e pedir que me buscasse, pois aquela altura, eu havia me perdido.
Um vulto passou próximo a mim, e aquela altura eu sabia bem que não era um bom sinal. Eu convivia com vampiros, via Emmett sumir como um raio o tempo todo só para me distrair, então... Se não fosse um Cullen eu realmente estaria em apuros. Estremeci com a ideia e olhei ao redor. Havia pouco movimento nas ruas, afinal, eram quase seis horas da noite e o clima começava realmente a esfriar cada vez mais. Entrei na cafeteria próxima a mim e passei a mão no celular. Algo se mexeu do outro lado da rua. Engoli em seco e decidi ligar para o Cullen mais discontraído da família, e é claro, o Cullen que sem dúvidas iria ficar empolgado com uma briga.
— Emmett ao seu dispor. Onde você está Ashleyzinha ? — Ele perguntou em seu modo brincalhão.
— Emmett — meu tom de voz saiu desesperado — Preciso de um favor... - hesitei
— O que você precisar —eu podia imaginar seu sorriso enorme. Ele sempre estava tentando me agradar, e um favor vindo de mim...era tudo o que ele queria para demonstrar ser um bom irmão.
— Eu me perdi, não posso explicar agora, mas preciso que você venha rápido...Talvez Alice seja de boa ajuda — Droga! Alice não! Ela era tão pequenina para enfrentar quem quer que fosse....
— Edward! Traga o Edward, não a Alice! Ele pode me achar mais rápido. E por favor, não conte nada a Esme ou a Carlisle, não quero preocupá-los — ainda tendo raiva de Carlisle, eu não queria que ele soubesse o que eu planejava minutos atrás. Esme ficaria arrasada e ele também, e por mais que eu negasse, eu sabia que bem no fundo era grata por eles terem me adotado.
— Estou a caminho! — ele anunciou
Emmett desligou na minha cara. Eu pedi um chocolate quente, mas tive a impressão de estar sendo observada. Rezei para Emmett aparecer logo, ele deveria chegar em poucos minutos, afinal ele gostava de atingir a mais alta velocidade no carro.
Minhas mãos ficaram gélidas e eu comecei a suar frio. Onde estava Emmett ?
Olhei para meu relógio no pulso. Havia apenas dez minutos que eu tinha ligado para ele, e contando a distância que eu estava de casa ele poderia levar mais uns sete minutos, não ? Eu esperava realmente que ele levasse menos tempo, muito menos tempo.


Escutei o som de um carro se aproximando e virei a cabeça lentamente para ver. Meu estômago se embrulhou ao ver o M3 vermelho de Rosalie estacionado do outro lado da rua. A sensação de estar sendo observada havia passado, mas eu ainda me sentia nervosa, e sabia que minhas pernas não me obedeceriam se eu levantasse naquele minuto. Eu estava tremendo, nervosa por medo de realmente ter aparecido um vampiro curioso em Atlanta.
Emmett saiu do carro lentamente, tão devagar que nem parecia ele. Algo estava errado, ou talvez fosse apenas coisas da minha cabeça...
— Ashley! —ele sorriu para mim, mas não era o sorriso brincalhão de Em. Seu sorriso estava congelado, ainda sim, eu podia ver suas covinhas, mas para qualquer um que o conhecesse como eu conhecia, deduziria que aquele sorriso era apenas uma máscara que ele havia posto para enganar quem quer que fosse.
Deixei o dinheiro de gorjeta na mesa para a garçonete e olhei para Emmett, em uma suplica para que ele viesse até mim. Eu não conseguiria me levantar se não tivesse concluído minha tese.
Emmett veio calmamente e me deu a mão, mas não me deioxu fazer perguntas. Ele me puxou, me fazendo levantar no susto e me arrastou para o carro, abrindo a porta para mim.
Entrei sem hesitar, meu estômago novamente se embrulhando com receio de que Rosalie estivesse ali dentro, mas ao invés de uma bela mulher de cabelos loiros e sedosos, eu dei de cara com Edward em seu estado sério.
Emmett não demorou muito para assumir seu posto no banco do motorista e fazer o contorno na rua.
— Ashley, ponha o cinto—Edward pediu, ele estava concentrado na estrada, concentrado demais.
Fiz o que ele pediu e Emmett finalmente deixou o carro ganhar velocidade. Os dois permaneceram calados, nenhum deles perguntou o motivo de eu estar fora da escola, ou sequer escutei um sermão de Edward. Estranho, eu sei.
Quando chegamos, Edward foi o primeiro a disparar para fora do carro e sumir em um piscar de olhos. Eu me sentia nervosa, meu coração estava pulando como asas de um querubim porque eu sabia que estava errada e pressentia que estava certa sobre alguém ter me seguido.
— Hey, deixe-me ajudá-la — Emmett abriu a porta do carro sorrindo ao ver que eu estava atrapalhada para tirar o cinto de segurança. Ele fez isso em um segundo e segurou a porta para que eu saísse.
— O que há com Edward ? — perguntei assim que desci do veículo.
Emmett fez uma careta.
— Não é nada, ele é o estressadinho da família Cullen, se lembra ?—ele me catucou com o cotovelo e juntos fomos caminhando da garagem para dentro de casa.
Foi inevitável escutar os rosnados vindos de Rosalie. Droga!Eu estava encrencada!
— Eu disse que não era uma boa ideia adotá-la, agora demos motivos para ficarem atrás de nós!—Rosalie cospiu.
— Com licença, madame — Emmett me deu um beijo no topo de minha cabeça e seguiu em direção a cozinha.
Eu fiquei intacta no meu lugar, escutando a conversa. Minha cabeça girava sem cessar. Eu sabia que Rosalie não gostava de mim, mas jamais imaginei que seria um fardo para os Cullen.
Suspirei.
Eu nunca deveria ter aceitado a proposta de Carlisle.
— Ela não é a culpada, Rosalie —pude ouvir Jasper me defender, isso era novo para mim. Ele era o mais quieto dos Cullen.
— Ele está certo — Alice concordou —Além disso, se Alec estava mesmo aqui, temos tempo para decidir o que faremos até ele voltar a Itália.
— E contar a Aro — Rosalie disse incomodada. Incomodada comigo, é claro.
Eu não quis escutar mais nada. Dei meia volta sobre meus calcanhares e comecei a caminhar para fora da mansão dos Cullen.
Alice estava certa sobre a nevasca. A neve começava a cair lentamente no gramado, e um vento frio richicoteava me fazendo estremecer.
Eu fiquei com raiva de mim mesma por ter ligado para Emmett, se ao menos eu continuasse andando sem rumo, seja lá quem estivesse atrás de mim já teria me matado e eu não seria mais o bichinho de estimação da família, ou seja lá o que eu fosse para eles. Maldita ideia de ligar para alguém quando bate o medo!
Quando eu estava á quatro passos do M3 de Rosalie, dei de cara com Edward. Ele estava encostado no carro, seus braços cruzados realçando seus músculos. Sua mandíbula estava travada, revelando a raiva que ele sentia. Ótimo, podemos acabar logo com isso, eu fecho os olhos e você me morde! Ironizei, fazendo ele estreitar os olhos e soltar um som sinistro vindo de sua garganta.
Engoli em seco e pensei em voltar para dentro de casa, mas se fizesse isso demonstraria que sou mesmo uma covarde, de qualquer modo, Edward não poderia me manter presa ali, ele não poderia me obrigar a ficar, aliais, ele não queria que eu ficasse, então por quê estava ali parado no meu caminho ?
— Você não pode ir embora assim —sua voz aveludada saiu em um tom calmo.
— Como se você quisesse que eu ficasse — disse grosseiramente.
— Você quer ir ? Bom, há um vampiro atrás de você agora. Se você for embora ele pode encontrá-la e matá-la - a voz de Edward era baixa e soava de um jeito ameaçador.
Comecei a dar alguns passos para frente.
— Vou correr o risco — disse ao continuar seguindo meu caminho, mas Edward era um vampiro e tinha uma velocidade sobrenatural. É claro que ele conseguiria me impedir se quisesse, e por algum motivo ele queria que eu ficasse. Edward segurou meu pulso, me fazendo encará-lo.
— ME SOLTA! — gritei em plenos pulmões.
— Não pode ir embora.
Ele suspirou, mas eu o ignorei, virando a cara e observando a neve cair.
— Ashley — ele ainda me segurava — Não pode ir embora sem se despedir de Carlisle e Esme, ao menos faça isso, não por mim, mas por eles —ele pediu docemente.
Engoli em seco. Mencionar Carlisle e Esme era golpe fraco. Eu realmente deveria me despedir, devia isso a Carlisle depois de tudo o que ele havia tentado fazer por mim. Carlisle não havia só me adotado, ele havia tentado me fazer ter uma vida normal, tentado me fazer feliz. Carlisle havia sido a primeira pessoa a me defender de David, e acima de tudo, havia sido meu melhor amigo, o único que eu havia tido de verdade.Já Esme...ah, Esme! Ela poderia ter dito não quando Carlisle me levou a casa dos Cullen pela primeira vez. Ela poderia ter sido uma péssima mãe para mim ao ver que eu me afastava de todos eles propositalmente, mas não, ao invés disso a cada dia Esme tentava se aproximar mais de mim. Esme tentava me agradar de todas as formas possíveis mesmo quando eu fazia merda por aí.
— Eles podem ficar sem mim, já faziam isso antes — minha voz saiu abafada, eu estava chorando. Não queria abandonar Carlisle e Esme mas não queria ficar morando ali, não com Rosalie me tratando daquele jeito, eu não queria que ela se obrigasse a gostar de mim, ou mesmo Edward.
— Me deixe ir, Edward — pedi, e mais lágrimas rolaram pelo meu rosto. O vento frio em meu rosto fazia eu ter a sensação de que estava chorando blocos de gelo.
— Alec Volturi está atrás de você por nossa culpa. Ele não vai demorar a encontrá-la.
Volturi. Esse sobrenome não me era estranho, mas eu não conseguia me lembrar de onde o conhecia.
— Ashley, por favor, me escuta — ele suplicou.
Eu me virei para ele sem esconder a mágoa que eu sentia.
— Pra quê ? Me diz ! Carlisle e Esme podem gostar que eu fique, mas isso não vai fazer com que Rosalie goste de mim e acredite, eu não quero ficar em um ambiente onde não sou bem vinda, já passei por isso uma vez e agora tenho a opção de escolher!
Ele me puxou pelo braço com um pouco de força, mas não me machucou. Edward parou bem na minha frente, seus olhos dourados estavam frios mas não se desviaram dos meus nem por um segundo enquanto falava.
— Não vou deixá-la ir. Você acha que Rosalie não gosta de você, ou mesmo eu, mas bom você não sabe metade do que passamos para estar aqui. Rosalie só tem medo que tudo acabe mal, Ashley. Ela está aterrorizada pelos Volturi estarem atrás de nós, pode entender isso ? Não, você não pode, porque não sabe o perigo que está correndo, o perigo que todos nós estamos correndo. Ela não é fria como você pensa que é, na verdade, Rosalie é bem parecia com você, mas do que pode imaginar. Eu só peço que você tente de novo, nos dê uma última chance e então se não quiser ficar eu posso te dar todo o apoio para ir embora, talvez voltar para Creek Street se é isso o que quer, mas aceite ficar por hoje.
Finalmente ele me soltou e me deu as costas. Minha consciência se perguntou por um minuto se Edward não sentia frio com apenas um casaco de poliéster. Balancei a cabeça como se quisesse esquecer aquele pensamento e estremeci com o vento que ficava cada vez mais forte. Eu deveria me aquecer, mas estava sem coragem de voltar para casa.
Engoli em seco e decidi seguir o conselho de Edward.

Carlisle não queria começar uma guerra. Ele me explicou tudo o que eu precisava saber sobre os Volturi, e me pediu desculpas por Rosalie fazendo-me me sentir culpada por tentar fugir horas atrás.
Por ora, era melhor continuar com os Cullen, eu não queria realmente me arriscar agora, não agora sabendo o que os Volturi poderiam fazer comigo. Elizabeth não havia morrido em vão. Minha mãe queria que eu fosse feliz, e eu faria isso, por ela e por Carlisle e Esme, eles mereciam.
Edward merecia meu pedido de desculpas também. Olhando pela janela do escritório de Carlisle, eu percebi que Edward Cullen ( agora meu irmão) não tinha me impedido de ir embora somente por conta dos riscos que eu corria, ou por estar preocupado com como Esme e Carlisle se sentiriam caso eu realmente fugisse. Era Edward quem me acordava nas madrugadas em que eu tinha pesadelo e ficava ali comigo. Por mais que não fôssemos próximos, tinhámos uma certa intimidade. De algum modo, eu sabia que ele gostava de me ter na família, ou qual seria o motivo dele cantar para que eu dormisse ? Ou mesmo me ajudar nas aulas de cálculos ? Edward me considerava parte da família agora, o único problema era Rosalie, ela não gostava de mim, e eu nunca saberia o por quê, também não tinha coragem alguma de perguntar, Rosalie me dava medo.

Em uma certa tarde eu decidi dar uma volta após me desculpar com Carlisle e Esme.

—Podemos conversar ? — pedi sem encará-los. Eu me sentia envergonhada com tudo que havia acontecido.
— Claro, querida - Esme sorriu e se aproximou calmamente se sentando ao meu lado.
— Carlisle ? — eu o chamei, ele estava na sala lendo algum tipo de livro de medicina, mas eu sabia que poderia me escutar. Edward havia me contado em uma noite ( quando ele foi me acordar de um pesadelo, é claro), que os vampiros tinham a audição aguçada, e era por isso que ele sempre estava no meu quarto quando eu precisava.
Carlisle estava perto de mim em cinco segundos.
Engoli em seco antes de continuar.
—Eu queria me desculpar pelo meu comportamento nos últimos...meses - hesitei.
Eles permaneceram quietos, esperando que eu concluísse o assunto. Bom, era a primeira vez que eu pedia desculpas há alguém, não sabia bem como fazer aquilo, ou se merecia ser perdoada.
— Não queria afastá-los, ainda estou me adaptando — olhei para meus pés - Esme, eu não quis gritar com você ontem, e Carlisle, eu também não queria causar problemas há ninguém, pensei que seria mais fácil se vocês se vissem livres de mim. — a Ashley que foi durona durante quase um ano, agora tinha largado sua armadura. As lágrimas desciam sem cessar e os soluços estavam ali também.
Esme me puxou para seu colo me abraçando e afagando meus cabelos.
— Está tudo bem, shiu — ela murmurou.
— Ninguém disse que seria fácil, Ashley. Esperávamos que você se adaptasse nos primeiros meses, mas cada um de nós temos um tempo. Jasper também demorou a acostumar conosco - Carlisle riu se lembrando - Até hoje ele tem dificuldades. - ele afagou minhas costas com delicadeza.
— Querida, leve o tempo que precisar — Esme continuou — Nós entendemos isso, e não queremos que se sinta culpada por nada que aconteceu, tudo bem ?
— Mas Rosalie disse que... — eu a interrompi
— Rosalie estava apenas preocupada demais — Carlisle disse piscando para mim.
— E os Volturi ? — Estreitei os olhos.
— Você não deve se preocupar com eles, não fizemos nada de errado — Esme me beijou as bochechas — Eu quero que você suba e tome um banho para relaxar, depois pode me ajudar com o jantar ?
Eu sorri levemente. Ela nunca me deixava fazer nada, mas dessa vez estava pedindo a minha ajuda.
— Claro —  eu concordei e abracei os dois — Obrigada — murmurei e subi as escadas rapidamente.
Estava caminhando por entre as árvores e agradecendo por não estar tão frio quanto os últimos dias. As árvores estavam cobertas de neve e me lembrei que Emmett havia comentado algo sobre uma guerra de bolinhas de neve um dia desses lá em casa. Era tão fácil tê-lo como irmão. Emmett era um dos poucos que não se importava com os problemas, que não me julgava por ser a única humana em meio há tantos vampiros.
Um barulho me assustou, me fazendo bater com as costas em uma das árvores. A neve caiu em cima de mim, me fazendo estremecer com o frio que senti assim que o gelo encostou em minha pele quente.
— Então os Cullen tem mesmo um bichinho de estimação.
Eu pulei e me virei para olhar em direção ao som daquela voz. Um garoto saltou de uma árvore até outra, e finalmente pulou bem na minha frente.
Ele era novo demais. Deveria ter lá seus dezesseis anos mas sem dúvidas não era humano. Sua pele era tão branca quanto a dos Cullen, e seus olhos rubis revelavam que ele era um vampiro. Um vampiro que se alimentava de humanos.
— Alec Volturi. — eu sorri em desafio — É você, não é ? —perguntei docemente.
Ele assentiu, fazendo seu cabelo preto e liso balançar. Alec sorriu para mim de um jeito sedutor e amedrontador.
— Não deveria andar por aqui sozinha, há riscos nas florestas. Você sabe, ursos, panteras...
— Um vampiro —eu ri, e ele também.
— Você está certa, mas não estou aqui para matar você.
Eu soltei a respiração que nem sabia que estava segurando.
— Era isso que estava esperando que eu fizesse, não é Cullen ? - ele riu - A propósito, como se chama ?
— Ashley.Ashley Cullen —Eu disse ofegante, era estranho que ele estivesse sendo tão amigável.
— Ashley ?! — era a voz de Edward ?
— Ashley!
E Rosalie ? O que ela estava fazendo aqui e me procurando ?
— Parece que minha direção vai acabar —Alec riu e se aproximou lentamente de mim, me fazendo ficar paralisada como uma estátua. Ele tocou meu rosto com delicadeza me fazendo fechar os olhos. Alec deveria estar mentindo, ele iria me matar, não ia ? Apertei meus olhos com força esperando que ele me mordesse logo, mas isso não aconteceu.
— Deixe ela em paz, Alec! — Rosalie gritou.
Senti alguém enlaçar minha cintura, mas eu não sabia bem quem era.
— Você está bem ? — Edward cochichou em meu ouvido. Ah, então era ele!
Eu assenti e abri meus olhos ainda amedrontada.
— Eu estava em uma missão por aqui, você sabe, tem gente que não respeita as regras — Alec olhou para mim rindo.
Edward e Rosalie rosnaram, me fazendo estremecer.
— Ashley estava no lugar errado na hora errada, eu sinto muito por isso, mas não posso descumprir as regras, e ela sabe demais.
— Ela é parte da família - Rosalie cuspiu para ele, meus olhos dispararam para ela naquele instante. Desde quando Rosalie me considerava parte da sua família ?  — Deixa-a em paz, Alec! Se tem alguém a quem você quer por em encrencas, bom, vamos lá, estou bem aqui.
Eu podia sentir meus olhos saltarem das órbitas. Que bicho havia mordido ela ?
— Não posso fazer nada, mas preciso alertá-los que Aro pode ficar sabendo sobre isso. Sugiro que a transformem o quanto antes, ou as coisas podem...se complicar — ele estreitou os olhos para mim — Ashley será uma ótima vampira, eu tenho certeza disso - ele piscou para mim.
— Eu não quero ser uma — resmunguei.
— Nesse caso, não posso garantir que você vá...
Os rosnados de meus irmãos adotivos aumentaram.
— Vá embora daqui, ou eu mesma irei colocá-lo para correr — Rosalie se aproximou dele furiosa.
— É melhor seguir os conselhos dela - Edward disse ainda me abraçando — E diga a Aro que a transformação vai acontecer, apenas precisamos de um tempo, talvez um ano — Ele dizia calmamente, fazendo minha cabeça girar. Eu não queria ser uma deles.
— Irei passar o recado. —Alec se voltou para mim — Bom, boa sorte pequena Cullen — ele riu e sumiu rapidamente.
— O que estava fazendo aqui ? — Rosalie perguntou para mim assim que ele se foi, seu jeito era grosseiro, como sempre —Ashley — ela suspirou — Olha, me desculpe, não quero assustá-la, só estou dizendo que é perigoso ficar zanzando por aí no meio do mato.
— Eu queria dar uma volta, pensei que estava perto de casa, mas acho que me distrai e devo ter me afastado...me desculpe - encolhi os ombros.
— Está tudo bem — Rosalie sorriu. Era a primeira vez que eu a via sorrir! Ela tinha uma beleza extraordinária, e quando sorria ficava ainda mais linda e jovem. — Vou avisar Esme que a achamos.
Ela saiu andando graciosamente, como se estivesse em um desfile de moda e eu a invejei por isso. Meu jeito estabanado jamais me faria ser tão bela quanto Rosalie Cullen.
— Está escurecendo, é melhor irmos —  Edward me apertou em um abraço — Você nos deu um susto, Rosalie estava pensando que você tinha ido embora.
— Eu disse que não iria há lugar algum — me virei nos braços de Edward e o encarei.
—  Ela não sabia disso. Estava se culpando por você ter ido embora, até Alice ter uma visão de você aqui. Rosalie veio comigo para conferir que você estava bem.
— Hum...ela ficou preocupada é ? — eu ri nervosa.
Ele riu comigo.
— Eu disse que ela gosta de você, agora vamos — Edward me pegou  rapidamente me colocando em suas costas.
— O que pensa que está fazendo ? — perguntei assustada.
— Te levando para casa.
Ele riu e correu comigo pela mata.






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Notas finais do capítulo

Galerinha quero lembrá-los de alguns fatos :
1- a fanfic pode ser acompanhada pelo Wattpad
2- Vocês podem me contactar no Twitter
3- Os capítulos podem SIM demorar a serem postados mas eu NÃO pretendo e NEM vou abandonar a fanifc
4- Sugestões de músicas são SEMPRE bem vindas rs
5- Há uma playlist da primeira temporada da fanfic no Tumblr para que vocês possam baixá-la (Tumblr: myimprinting )
Bom esses foram somente alguns lembretes que eu queria passar há vocês! Quero agradecer a galera que está sempre acompanhando a fanfic e me mandando mensagens maravilhosas, comentários e tudo mais, sério fico feliz em ver o quanto essa fanfic está se repercutindo, isso para mim é maravilhoso e só tenho que agradecer a vocês, meus leitores! É isso pessoal, até o próximo capítulo!
Acompanhe as novidades da fanfic no Twitter : @lchave_z ou no Tumbrl : myimprinting.



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