My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 33
Segunda Temporada 02x15- Parte I


Notas iniciais do capítulo

Galera,
dividi esse capítulo em duas partes; o real motivo é que como vocês sabem estou SEM tempo algum, mas como tem muitos leitores me pedindo capítulos todos os dias, resolvi deixar um trechinho para vocês ( o que eu já havia editado e estava pronto ) assim a fanfic não fica totalmente parada.Não posso prometer que final de semana que vem terá o restante desse capítulo, mas acredito que até lá está tudo finalizado, então peço desculpas pela demora mas a culpa não é minha, EU JURO!
Enfim, é isso, espero que tenham uma ótima leitura!



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Dois dias atrás...

“ Você não pode competir contra ele dessa vez, querida”. A voz aveludada de Noah me assustou.
Eu suspirei após ter acordado do choque. Andava muito distraída para uma criatura sobrenatural com sentidos aguçados como eu.
— Eu sei, dessa vez não tenho como desafiá-lo, Marcus pode descobrir a traição de Aro, mas será a mim que eles vão querer matar quando virem Alyssa. — puxei meia cabelos enquanto escondia a cabeça entre os joelhos — Não sei o que fazer. Não posso matá-lo, Alec e meu amigo! — insisti.
— Você é como Carlisle! — ele riu — Mesmo que Alec ainda fosse uma ameaça, você não iria desejar sua morte. Não me surpreende que o Dr.Cullen tenha escolhido você para ser adotada — Noah ironizou — Ele tem compaixão. — disse bufando.
Estreitei meus olhos para ele assim que ergui a cabeça.
— Você tem raiva dele, de Carlisle ?
— O que ? — Suas sobrancelhas se uniram — Não! Claro que não ! — ele saltou da árvore e parou na minha frente com os braços cruzados no peito — Carlisle tentou me ajudar uma vez, mas não tinha nada que pudesse ser feito. — Noah enrugou o nariz uma vez depois se jogou ao meu lado — Carlisle foi a única criatura que conheci durante todos esses anos que tinha...compaixão.
Assenti uma vez que concordava com aquilo. Meu pai era sem dúvidas nenhuma inspiração para todos de sua espécie, infelizmente, nem todos pensavam assim.
— O que aconteceu, Noah ? Por que meu pai não pode ajudá-lo ? — perguntei confusa. Carlisle geralmente achava uma forma de fazer as pessoas felizes. Ele havia sacrificado a família que havia formado por mim e por Bella milhões de vezes, então eu não conseguia compreender o motivo dele não ter conseguido ajudar Noah.
Noah riu sem humor uma vez, seus olhos agora sombrios e mais escuros, mas havia um tom brincalhão em sua voz quando falou.
— Eu achava que tínhamos uma cura. Que estupidez! — rosnou.
— Eu sinto muito — disse com sinceridade.
Noah soltou o ar pela boca com brutalidade.
— Não é culpa sua, Ashley — os olhos dourados de Noah encontraram os meus com uma intensidade incrível. Ele estava sendo honesto comigo, e pela primeira vez desde que o conheci, não senti vontade de sair correndo. Noah geralmente mantinha a expressão tensa e selvagem, como um verdadeiro predador que estivesse preste a atacar sua presa, mas dessa vez, ele parecia estar com os pensamentos longe, como se lembrasse de uma época distante e filés de sua vida. Havia uma ruga entre suas sobrancelhas, e quase um sorriso no canto de seus lábios finos.
Tenho que admitir, ele era o tipo de vampiro no qual eu me apaixonaria se não estivesse é claro encarada por um lobisomem. Noah tinha o maxilar triangular, olhos dourados intensos e cabelos desgrenhados cacheados em diferentes tons de castanho. Havia uma covinha em uma de suas bochechas que fazia com que ele parecesse muito mais novo do que era quando sorria ( o que raramente acontecia); é claro que a transformação ajudou com que ele preservasse a idade, mas Noah fora transformado quando tinha seus trinta anos, então aparentava ser bem mais velho que Carlisle, embora meu pai disse bem mais...idoso.
— Ashley — ele pôs a mão em minha perna, e só então ouvi um barulho. Me assustei de início, nunca havíamos tido um contato tão íntimo, mas quando Aro se aproximou com um sorriso nos lábios, percebi que era tarde demais para tirar a mão de Noah da minha perna.
— E então, pequena Cullen... — ele uniu às mãos e se agachou, fazendo seu hálito frio chegar até meu nariz — Você já se decidiu ? sua família, ou Alec...
Noah levantou sabiamente e contornou Aro, me fazendo pensar que ele estaria longe de me ajudar, porém, outra vez eu me enganara. Ele piscou para mim uma vez e assentiu levemente com a cabeça me fazendo pensar o que ele queria me dizer.
— Han... — hesitei, quando olhei de volta para Aro.
— Então, Edward vem conosco, estou certo ? — Voltou a insistir Aro.

Noah arregalou os olhos e amostrou os dentes, parecia que iria rosnar a qualquer instante. Eu enruguei a testa sem compreender seu gesto, e ele acenou com a cabeça uma vez para mim, foi então que uma luz surgiu em minha mente, quase com uma campainha acompanhada anunciando a todos que eu havia compreendido o que Noah queria.

— Sim, Edward virá. — respondi solenemente.

— Magnífico! — Aro bateu palmas feito uma criança, e depois disso alertou : “Você terá um dia, Noah irá acompanhá-la”; ele me deu as costas e foi então aí que desabei no chão, tudo poderia estar perdido, o que eu havia feito ? Entregado meu irmão de bandeja para Aro Volturi!
Edward havia dado a vida por mim, e eu estava apenas tirando a vida dele para manter a MIM mesma viva, magnífico!

Noah pôs as mãos em minhas costas me confortando.

— Terá tempo para se lamentar depois, vamos! — ele me puxou pelos cotovelos e me fez cambalear uma vez, depois me pôs bruscamente em suas costas e correu pela neve.

Eu ainda estava me martirizando pela merda que havia feito quando Noah me colocou no chão.

— Ashley, por quê você se lamenta tanto ? — ele bufou — É sério, você parece aquelas garotinhas daqueles livros chatos em que o herói sempre está tirando ela dos apuros! Mais que droga! Você tem que ser a Xena e não a Cinderela, garota! — debochou Noah.

Eu estava furiosa demais para discutir, então simplesmente rosnei e agarrei Noah pelo pescoço. Foi ideia dele, ELE havia me convencido a colocar Edward na fogueira.

Noah riu de mim descaradamente enquanto eu tentava esmurrá-lo contra uma árvore.

— É isso que eu estou falando, seja uma tigresa! — comemorou.

— Você quer se vingar de Carlisle por ele não ter achado a cura ? — perguntei indignada — É por isso que me convenceu a matar Edward ? EU NÃO VOU DEIXAR MEU IRMÃO MORRER, PORRA! — joguei ele com toda minha força de recém-criada contra a árvore, derrubando a pobre coitada no chão, que se partiu em dois em questão de segundos. Noah ainda ria quando caiu há exatos 100 metros de distância.

Eu soltei um ganido e corri em sua direção pronta para esquartejá-lo, quando ele se levantou e pôs a mão na frente de seu corpo, em um sinal de rendição ao mesmo tempo que me pedia para ficar onde eu estava.

— Não, eu quero me vingar de Aro Volturi, você não entendeu nada, Ashley ? — sua expressão mudou de divertida a séria e dolorosa, afinal — Aro sabia que a única chance que tinha de me ter na guarda ao seu lado era matando Jessie e Annie. Foi ele quem me transformou, assim como fez com Jane e Alec! — Noah estava furioso agora, seus olhos dourados mudaram para um tom negro noite no qual nunca havia visto nele. — Eu não tive a chance de transformar Jessie, ainda era humano quando ele as matou; Aro fez parecer um incêndio, algum tipo de acidente para a polícia, e então, eles me encaminharam para o hospital, haviam algumas queimaduras em meu corpo e os bombeiros acreditavam que era um milagre eu ainda estar respirando.

Prendi a respiração. Noah era o tipo de cara que não expressava os sentimentos. Ele preferia ficar afastado das pessoas, e geralmente só aparecia perto de mim ( nas últimas horas pelo menos era assim ) , quando Aro me deixava caçar.

— Aro entrou no hospital, se fez passar por meu tio e então esperou que me dessem como morto para que me tirassem da ala hospitalar. Ele me transformou logo depois, mas eu fui um recém-criado esperto — ele riu uma vez, mas sua expressão ainda era dura — Matei centenas de pessoas. A vontade de beber cada vez mais sangue mesmo estando saciado era enorme, então, quando Aro pensou que havia feito a coisa errada me transformando, se uniu a Caius e Marcos e eles vieram atrás de mim, queriam me matar também, mas eu acabei lembrando de tudo quando encontrei aqueles malditos olhos rubis de Aro.

— Eu sinto muito, Noah. Nunca imaginei que a obssessão por poder levasse Aro a cometer tantas loucuras.

Ele balançou a cabeça uma vez e riu.

— Eles desistiram de me matar quando perceberam o que eu havia lembrado. Aro achou que seria melhor me dar a segunda chance, então eu fugi. Acabei parando no Brasil e caçando espécies diferentes de animais,isso é, depois de encontrar seu pai — ele sorriu para mim — Carlisle me amostrou que era possível sobreviver com sangue animal. — ele suspirou — Sabe, eu gostei daquele país, fiquei lá apenas algumas semanas, mas você sabe, o clima tropical não ajuda em nada, e por mais que eu seja um vampiro não sociavel — nos gargalhamos juntos — Gosto de sair durante o dia, então, fui para Creek Street.

— Você morava em Creek Street ? Eu nunca te vi lá! — fiquei surpresa.

— Morei em muitos lugares, Ashley. Creek Street foi um deles. Quem você acha que indicou Carlisle para trabalhar naquela cidade infeliz ? — ele disse orgulhoso.

— Só falta falar que foi responsável por minha adoção — revirei os olhos.

— Não — ele riu — Mas fiquei feliz com a notícia, ninguém gostava de David. Não me leve a mal, mas ele era um idiota!

Eu concordei. Não havia motivos para defender o otário do meu pai biológico.

— Você disse que Jane e Alec passaram pela mesma coisa, então...Aro matou a mãe dos dois ? — perguntei, a curiosidade gritando em mim.

Noah suspirou.

— É uma longa história, eu vou lhe contar pelo caminho, está bem ?

Eu apenas concordei.

— Bom, primeiro vamos passar o plano, depois posso lhe contar tudo o que sei sobre Jane e Alec.

Assenti, então, Noah me contou o que  tinha em mente. Tenho que admitir, ele era bom em fazer planos, afinal, com anos morando sozinho, Noah havia virado um bom observador.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Espero que sim ! Não deixem de acompanhar a fanfic e comentar aqui sempre o que estão achando, afinal, é por isso que escrevo, meu incentivo é sempre VOCÊ leitor!



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