My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 21
01 - Conhecendo Ashley EXTRA


Notas iniciais do capítulo

OK, vou explicar : Estou fazendo alguns capítulos "extras" para postar, no final desse capítulo vocês entenderam o motivo, beleza ? Espero que gostem :X
E NÃO a segunda temporada da fanfic NÃO acabou, terá muito mais capítulos, porém, era necessário algumas explicações que não tiveram, então, aí está...



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LIVRO I : CARLISLE

Eu tinha algumas referências no hospital de Ketchikan, tudo depois de alguns procedimentos em uma cirurgia de emergência em um paciente à beira da morte. Eu jamais diria que o trabalho havia sido todo meu. A equipe era realmente excelente, e eu havia feito apenas os procedimentos padrões, mas depois de salvar aquele rapaz dos riscos, Dr.Hanson havia colocado na cabeça que eu deveria cuidar de uma paciente em especial.

Elizabeth Manson havia sofrido um acidente de carro após o marido dirigir embriagado. Ele havia sido preso ( não por muito tempo), e a filha do casal sempre vinha depois das aulas visitar a mãe, por quem tinha um carinho enorme. Ashley Manson, era uma doce garota, com cabelos ondulados dourados e triste olhos castanhos. Ela sempre tinha esperanças que sua mãe voltasse para ela, mas o quadro de Elizabeth se agravava cada vez mais, e até mesmo eu, duvidava que pudesse haver algo que salvasse a mãe da menina. Me sentia péssimo por isso, porque Ashley era uma garota só, que precisava de uma família. Ela não escondia que a relação com o pai era péssima, mas evitava sempre tocar no assunto. Seu medo agora era ir para um abrigo, e ficar afastada da mãe.

Nos meus plantões no hospital, eu sempre dava um jeito de deixar a pequena menina ir para a beira do leito da mãe e ficar lá durante horas, conversando com a mulher incipiente que se parecia a cópia exata da filha. Em uma dessas noites, eu me peguei prestando atenção no que Ashley conversava com a mãe em seu leito.

— Por favor —sua voz era um fio.

Ashley fungou e soluçou algumas vezes antes e falar com a voz embargada:

— Você não pode me deixar! Estão querendo me pôr em um abrigo, sabe-se lá quem vai cuidar de... — vi a garota engolir em seco — Mãe, você tem que reagir! Eu... Você realmente é a única coisa que tenho para salvar.

Ashley já não era a doce garotinha que me implorava para ficar mais cinco minutos no hospital. Ela agora me parecia triste, solitária e amarga. Olhava para a mãe com pavor nos olhos, medo e ao mesmo tempo, algo demonstrava a fúria que ela sentia pelo o que havia acontecido.

Ela limpou as lágrimas nas mangas do casaco e saiu feito um furacão do quarto onde Elizabeth estava internada, sequer notou minha presença ali.

Foi então que eu vi.

Elizabeth se mexeu desconfortável na cama de hospital, e arregalou os olhos quando me viu.

Eu engoli em seco, me perguntando como ela havia acordado. Ela apontou para uma gaveta que tinha em seu quarto de hospital, e apertou minha mão com toda força que tinha naquele minuto, depois, seus olhos castanhos, igualmente parecidos com os de Ashley, me olharam com súplica e desespero.

— Dr.Cullen ?

Eu assenti uma vez e dei um fraco sorriso, deixando minhas sobrancelhas tentarem se unir com tamanha confusão.

— Pode parecer loucura, Ashley tem falado bastante sobre você...

Aquilo me surpreendeu. Ashley e eu havíamos criado sim um laço de amizade, tudo porque eu sempre fazia de tudo para ajudar a garota, mas jamais imaginei que ela fosse falar de mim para sua mãe...

— Eu sei que não vou aguentar muito tempo...Carlisle — ela parecia ter me conhecido há anos , mas eu sabia que Elizabeth só lembrava de quem eu era por conta da filha que mencionara meu nome várias e várias vezes durante seu coma — Carlisle, eu suplico que você mantenha minha menina a salvo.Não estou pedindo que cuide dela, só evite que David esteja por perto — ela tossiu — Por favor, ajude-a o quanto puder. Ashley coloca uma máscara para se fazer de forte, mas é somente uma garotinha assustada, não quero que ela corra perigo....por favor...

Os olhos de Elizabeth foram fechando aos poucos, e sua voz foi ficando cada vez mais fraca.

— Tem uma última coisa que quero pedir... — seus olhos estavam marejados, e sua voz não era mais que um fio.

— Qualquer coisa — concordei em ajudá-la.

— Na gaveta que lhe mostrei há uma carta, eu preciso que chegue nas mãos de Ashley...

Os batimentos cardíacos de Elizabeth estavam diminuindo, e seus olhos por fim fecharam, mas ela ainda estava viva e eu tinha esperanças de que ainda houvesse uma solução.

— Eu vou! vou cuidar de Ashley como se fosse minha filha. — prometi, lhe dando um beijo na testa — Eu prometo, ela será feliz, Elizabeth.

Depois de ajustar os remédios naquela madrugada, eu fui atender os pacientes de emergência, quando minutos depois tive a notícia: Elizabeth Manson havia falecido as três da manhã, ataque cardíaco. Eu nunca consegui entender como ela havia falecido daquela forma, pois não fazia sentido, não pelo que a ficha médica de Elizabeth descrevia. Havia mais nexo ela ter morrido por perder os sentidos,não por uma arritmia....

Dar a notícia para Ashley foi ainda pior. Primeiro veio a fase da negação, mesmo ela sequer pronunciando que não acreditasse, eu poderia ver em seus olhos o quanto ela queria acreditar que aquilo fosse somente mais um pesadelo. Depois, a garota tentou se fazer de forte, e já ia dar meia volta para ir sei lá aonde, quando a lembrança de Elizabeth na noite anterior me assombrou a mente. Era como se ela gritasse comigo " Você prometeu" e apontasse para a Ashley que caminhava sem animo algum, toda cabisbaixa, em direção às portas de vidro automáticas do hospital .

Meu coração de pedra amoleceu. Elizabeth havia sim me pedido para cuidar da garota, mas naquele minuto eu soube que mesmo que ela não tivesse me feito prometer, eu teria acolhido Ashley assim mesmo.

Edward e Rosalie se recusavam a aceitar a novidade. Rosalie porque tinha medo de que a história terminasse mal, e Edward porque insistia em dizer que ali não era lugar para uma humana deprimida. Mas as coisas mudaram na mesma noite que Ashley se mudou para nossa casa em Ketchikan. Sua mãe biológica tinha toda a razão. Ashley sempre tentava esconder o quanto estava apavorada e com medo. Ela sempre queria colocar aquela máscara e parecer forte para o que quer que fosse, mas a noite, tudo fazia sentido. Os pesadelos a assombravam e os seus maiores medos eram revelados : os de perder a mãe.

Edward não aguentava ver Ashley se contorcendo todas as noites na cama. Mesmo Esme indo todas as madrugadas acolher a garota enquanto eu estava de plantão no hospital, os pensamentos dela atormentavam o meu primeiro filho adotivo.

No terceiro dia, Edward pediu para que Esme ficasse na sala enquanto ele ia até o quarto da garota, e depois disso, os dois se envolveram em um laço de amizade incrível, e Edward sem dúvidas virou o irmão mais protetor da família para a pequena Ashley.

Esme também parecia feliz, agora ela tinha alguém para mimar todos os dias, e seu espírito maternal não deixava Ashley fora de vista por sequer um segundo. Emmett e Jasper eram os irmãos mais brincalhões que Ashley poderia ter, sempre fazendo-a sorrir. Alice, era Alice. Ela r Ashley brigavam as vezes pela insistência da irmã em querer mudar o estilo da loura, mas elas no final das se amavam e deixavam bem claro isso uma para a outra. Até mesmo Rosalie parecia estar mais feliz, embora não quisesse demonstrar. Ela e Ashley tinham isso em comum : se esconder atrás de uma máscara.

Esme e eu decidimos que era melhor nos mudarmos dessa vez, logo, porque não queríamos que Ashley corresse o risco do pai biológico vir atrás dela, mas no dia em que tomamos a decisão já era tarde. Alice havia tido uma visão de que David iria buscar Ashley a força na escola.

Imediatamente eu liguei para o hospital avisando que não poderia comparecer ao mesmo, depois entrei no Mercedes e disparei até a escola de minha mais nova filha adotiva.

A cena que presenciei não foi uma coisa agradável. David segurava Ashley pelos braços e tentava arrastar a garota com ele para onde quer que fosse.

Alguns alunos olhavam espantados, outros davam risinhos e cochichavam, mas ninguém fazia nada para afastar os dois.

Rosnei, e saltei do carro, indo em direção aos dois.

—Solte-a — ordenei

David me olhou em desafio é sorriu com deboche.

Alguns alunos se dispensaram após a chegada do diretor da escola, outros simplesmente o ignoraram e continuaram assistindo a cena.

— Ela é minha filha, deveria saber disso Dr.Cullen — ele cuspiu.

Eu podia sentir o cheiro de álcool em seu organismo, mesmo há quilômetros de distância.

—Não mais, eu a adotei, portanto, solte-a, agora! — meu tom saio meio ameaçados até mesmo para mim, mas não dei importância, a segurança de Ashley viria sempre em primeiro lugar.

David realmente a soltou, e eu abracei minha menina com um pouco de força, possessivamente.

— Isso não vai sair barato, sabe disso.

— Sua mãe está te esperando no carro, por favor, fique com ela — sussurrei para Ashley.

Tive que sacudir seus ombros para tirá-la do transe, mas ela foi se juntar a Esme no Mercedes.

David mantinha os olhos divertidos, e tentava conter um sorriso debochado.

Eu me aproximei, lentamente e segurei um de seus ombros, olhando-o com dó.

— Você pode me pedir dinheiro, casa, comida, qualquer coisa, mas não irá tirá-la de mim. - meu tom saiu ameaçador — Não vou impedir que visite sua filha, nem me importo se quiser dar um telefonema ou outro, mas sempre sobre minha presença. — Soltei o ombro do homem dando um leve empurrão.

David sequer me respondeu, e saiu tropeçando pelas ruas, fazendo com que os alunos abrissem espaço para que ele passasse.

Ashley se enfureceu quando soube da notícia, ficou uma semana inteira sem sequer falar comigo, e quando finalmente ela entendeu que no final das contas eu tinha dó do pai biológico dela, David apareceu pela primeira vez, pedindo dinheiro para pagar uma divida com sabe-se la quem.

Depois disso, Alice teve uma visão. David pretendia pegar Ashley de volta e pedir um alto valor em resgate. Esme e eu então decidimos que era a hora de nos mudarmos, logo, deixando apenas o telefone de contato com o pai de Ashley. Esme concordava comigo, nesse ponto. David era um homem sozinho, e talvez um dia mudasse, se caso isso acontecesse, Ashley poderia voltar para Ketchikan quando quisesse para ficar com seu pai, não que isso fosse da vontade dela, é claro.

Ashley se recusava a fazer novos amigos na escola nova. O lado positivo era que sim, ela havia se adaptado à família Cullen, porém, eu sabia que minha filha deveria se enturmar com novas pessoas. Ela ainda era humana e nova para permanecer isolada como os irmãos, então, quando nos mudamos para Forks eu a matriculei em aulas completamente diferente das aulas dos irmãos dela, exceto em cálculos, minha doce menina sempre tivera dificuldades, e Edward gostava de ajudá-la nesses casos em especial, isso os aproximava, fazia com que Edward a distraísse.

Ashley odiou a ideia, mas não se recusou a ir a escola, o que era um alívio para todos. Sua amizade com Matt Collins também ajudou muito, pois finalmente parecia que ela havia se socializado com alguém além dos irmãos, porém, depois de Edward conhecer Bella as coisas começaram a ficar estranhas, e acabamos saindo da cidade por algum tempo. Quando retornamos á Forks veio a notícia : Matt Collins, não era apaixonado por Ashley Cullen.

Não que isso fosse alguma surpresa para nós, a família de Ashley. Mas vê-la se debulhando em lágrimas era horrível, mas não tão ruim quando soubemos da notícia que vinha de New York. Quando finalmente entendemos o porquê Ashley se recusava a voltar para casa, foi como se eu ainda fosse um frágil humano e tivesse meu coração arrancado e esfaqueado um zilhão de vezes. Eu quis de todas as formas ir atrás de Brad Miller e matá-lo com minhas próprias mãos, mas jamais me tornaria um monstro, pois eu tinha absoluta certeza que se fizesse isso, Ashley se assustaria com sua própria família e jamais perdoaria a mim.

O alívio veio quando Seth Clearwater apareceu na vida de minha doce garotinha. Os dois realmente tinham uma sincronia perfeita, e Ash parecia esquecer tudo o que havia acontecido com ela meses atrás. Mesmo Rosalie implicando com os dois, ela também estava feliz pela a irmã. Eu podia ver o brilho nos olhos de minha filha mais velha ao admirar o jovem casal. Rosalie tinha esperanças que Ashley agora mudasse o rumo de sua história, e aceitasse de bom grado a deixar a imortalidade de lado. Eu realmente pensei que isso fosse acontecer, mas depois do sumiço de Ashley, e o seu reaparecimento como uma imortal, eu vi que era o culpado de toda a tragédia que havia acontecido na vida da garota.

Depois que Ashley aceitou ficar na minha casa no dia em que Elizabeth falecera, Alice me contou a visão que havia tido minutos antes da mãe de minha pequena falecer. Elizabeth não morrera porque estava na sua hora, fora David quem a matara sufocada. Logo depois, ele escondeu a carta na casa em Creek Street e guardou o segredo durante anos consigo mesmo, até perceber que não adiantaria esconder nada de Ashley, porque ela jamais se interessou em procurá-lo. David quis sim cuidar da família, cuidar de Ashley, mas depois de todos os seus vícios e das brigas com a esposa, ele passou a odiar Elizabeth, porque ela não o deixava chegar perto da filha ?

Quando finalmente ele entendeu o motivo, era tarde demais. David não morreu de câncer como Esme havia contado para Ashley. Odiávamos mentir para ela, mas não queríamos que Ashley tivesse outro ataque psicológico ao saber tudo o que realmente acontecera : David matara sua mãe, e depois de entrar para o mundo das drogas, ele se suicidou, deixando apenas um bilhete com o seu corpo " Desculpe, filha".

Agora, Ashley era mais madura, e poderia entender as coisas. Talvez desejasse fugir, ir para longe de todos os Cullen, mas eu precisava contar a verdade um dia para ela, e não via momento melhor para isso.

— A culpa não foi sua, pai! — Ashley grudou em mim como um carrapato e me abraçou forte. Ela ainda tinha um pouco da força de uma recém-criada, mas eu não me importava.

— Eu escondi isso durante anos... — pela primeira vez, eu estava sem palavras.

— Você fez de tudo para me proteger, a culpa não é sua Carlisle, de nada — ela me deu um beijo carinhoso no rosto. — Talvez eu perdoasse David se conseguisse entender os motivos dele naquela época, mas não depois dele ter matado minha mãe — Ashley se sentou no sofá e encarou o chão — Depois da morte de Elizabeth, eu conheci vocês, finalmente eu tinha uma família — ela sorriu — Vocês podiam ter lá os super poderes, mas as visões de Alice nunca foram concretas, então não Carlisle, não se arrependa de nada que você fez, porque realmente não tinha como você advinhar que Brad me atacaria mais de uma vez — seus olhos, agora dourados, focaram em mim com intensidade — Eu te amo, pai. Não quero que fique carregando uma culpa que não existe.

O sorriso idiota que se formou em meu rosto foi inevitável. Ashley evitava dizer "pai" e "eu te amo" na mesma frase.

Eu me aproximei para abraçá-la e beijar-lhe a testa.

— Eu te amo, filha. — sussurrei — Mesmo assim, você perdoa esse velho aqui por mentir ?

Ela soltou uma gargalhada de sinos, me olhando de um jeito debochado.

— Velho, o quanto ? — depois, ela ficou séria novamente — Não tenho o que perdoar, Carlisle, mas sim, se é o que quer, eu lhe dou meu perdão.

Respirei aliviado, e finalmente compreendi que ela estava certa, não havia como desvendar o que aconteceria no futuro, nem mesmo se Alice existisse para ajudar.


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Notas finais do capítulo

Entenderam o motivo dos capítulos "extras" ? Então, não terá de TODOS os personagens, isso eu posso garantir, talvez de mais um ou dois, não posso revelar agora haha, mas espero que tenham gostado! Comentem aqui o que acharam, vou adorar saber a opinião de vocês, até mesmo as críticas negativas são bem vindas, assim posso saber o que precisa ser melhorado haha.
É isso então, até o próximo capítulo :*



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