My imprinting escrita por L Chavez


Capítulo 10
Primeira Temporada - 01X09


Notas iniciais do capítulo

Músicas do capítulo : Dead silence - Theme Music


NÃO ME MATEM! haha eu avisei que estava atolada, e bom, agora realmente quase não estou tendo tempo para escrever, se os capítulos demorarem a serem postados... já sabem, não é ? DESCULPEM, mas não é porque eu quero, e sim porque é necessário, trabalho, estudo, e essas coisas....
Chega de blá blá blá, só queria dar esse recadinho mesmo, então, vamos a leitura...



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Livro I : Ashley
Alguns dias antes...

Aconchegada nos braços calorosos de Seth, eu me sentia mais calma após a discussão com sua irmão, Leah.
— Elas não vão aceitar isso — disse soltando um longo suspiro — Sua família me odeia — olhei de relance para Seth.
Ele bufou, e segurou meu rosto com delicadeza, me olhando do jeito que somente ele fazia, analisando minha alma por completo.
— Bom, elas vão ter que levar isso numa boa, ou vão me perder, porque já tomei minha decisão! Eu vou ficar com a mulher que eu amo, não importa o preço que eu tenha que pagar — disse com firmeza.
— Seth, são sua família, você não pode dar as costas para sua irmã, muito menos para sua mãe — adverti.
— Já disse, não importa o preço, passarei por cima de tudo e de todos para estar com você Ashley, a não ser é claro que você não me queira mais. E quanto a minha mãe, bom, ela uma hora verá que o melhor para mim é ter você por perto, já Leah...você sabe, ela não tem uma personalidade fraca — ele soltou um risinho.
— Eu nunca vou lhe deixar, Seth — disse por fim, encerrando o assunto.
Não gostava das discussões que andávamos tendo toda vez que Leah me via com Seth. Sue, a mãe do meu namorado, também parecia não gostar de nos ver juntos, mas segundo Seth, o problema de Sue, não era comigo, e sim com o "imprinting", ela parecia não gostar nada que se filho mais novo estivesse amarrado a uma pessoa. Já Leah, essa era completamente amargurada, e vivia jogando piadinhas para mim toda vez que me via na reserva de La Push, insistindo em dizer que eu havia jogado um feitiço em Seth, mas no fundo, eu sabia que ela estava decepcionada consigo mesma, pois depois de Sam, Leah jamais teve alguém em sua vida, e nunca imaginou que seu irmão namoraria alguém antes dela, então, não, eu não a culpava por isso.

Seth se mexeu, desconfortável na sua pequena cama de solteiro. Estávamos sozinhos em sua casa. Sue, agora tinha uma relação com Charlie, pai de Bella, e vivia ajudando o chefe de polícia com os trabalhos domésticos, então, quase não ficava em La push, já Leah... bom, após uma pequena discussão na qual por sorte, não arrancaram minha cabeça, ela fugiu em sua forma de lobo, pela floresta, e eu tinha certeza de que demoraria muito tempo para voltar.
Olhei para meu namorado, que tinha um olhar intenso sobre mim, e logo se inclinou para me beijar. Diferentemente das outras vezes, o beijo estava muito mais intenso agora, e de alguma forma, eu fui parar em cima de Seth Clearwater, que estava absurdamente lindo, sem nenhuma camisa, exibindo seus músculos, e vestindo somente uma bermuda cor de marfim.
— Seth — murmurei, sorrindo um pouco ao puxar o ar que me faltava.
— Hummm — ele também murmurou, dando beijos e leves chupões em meu pescoço, me fazendo estremecer com o carinho. Meus pelos se enriçaram, e desejei que ele não parasse, e foi exatamente o quê ele fez.
Entre beijos e carícias, tudo foi ficando mais quente, e não era só pelo fato de Seth ser quente.
Minha blusa, de repente estava em algum lugar no quarto, junto com minha calça jeans e a bermuda de Seth, e somente do roupas íntimas, nos encarávamos, com a respiração ofegante.
— Eu não deveria... — ele tentou argumentar, mais eu o calei com um beijo rapidamente, ganhando assim sua atenção.
Seth relaxou rapidamente, e me envolveu em seus braços.
Eu me sentia como uma mariposa, vidrada na luz e no calor emitidos pela lâmpada, mas isso não fez com quê eu parasse, nem mesmo o pequeno incômodo que me atingiu ao ter Seth por completo.
Eu me sentia feliz, de uma forma que nunca havia me sentindo antes, e o meu medo, de finalmente ter algum tipo de relação com Seth, parecia nunca ter existido, naquele momento.

Levantei de súbito, e me vesti rapidamente, olhando para o relógio na cômoda. Eram quase seis da manhã, e eu pegaria o voo em algumas horas. Meus irmãos, soltariam várias interrogações assim que eu chegasse em casa, e Edward, sem dúvidas, iria se juntar a Emmett e Jasper para colocar Seth entre as paredes depois que conseguisse ler minha mente e a de meu namorado lobisomem.
Com carinho, alisei o rosto de Seth com delicadeza, e lhe beijei os lábios; Ele abriu os olhos negros, e sorriu, sentando na cama, e olhando o relógio.
— Merda! — exclamou ele, saltando da cama e colocando a roupa.
Fiquei hipnotizada por alguns minutos com a cena, e depois soltei um risinho.
— Eles vão nos matar.
— Não fique chateada se eu vencer Emmett em uma luta hoje — ele também estava bem humorado.
Após nos fazermos nossas higienes matinais, eu preparei um café da manhã com queijos quente e torradas, enquanto Seth fez um suco de laranja.
Comemos rapidamente, e depois, ele me levou para a mansão Cullen, no meu R8, que era mais de Seth do que meu, afinal, eu não via necessidade de dirigir um carro com tamanha potência, embora admirasse o presente de Edward, agora eu só utilizava o pequeno brinquedinho para ir ali e aqui com Seth, e na maior parte das vezes, eu preferia que ele dirigisse, assim, eu poderia ficar horas admirando-o.

Quando descemos do carro, um vulto rapidamente irrompeu pela porta principal, e foi em direção do Seth, derrubando-o com facilidade. Porém, meu super-namorado, levantou com a mesma agilidade, e se transformou em um enorme lobo cor de areia.
Rosnados ecoaram pelo jardim, e me vi no meio de Emmett e Seth, que trocavam rosnados sem parar.
— Parem com isso ! — disse irritada.
Logo, percebi que Jasper também estava no meio de todo aquele bolo, e Edward veio me tirar do meio com delicadeza, mas parecia tenso como todos.
— Ele não fez nada, parem com essa bobagem! — rosnei, olhando para o enorme lobo cor de areia, suplicando com o olhar que ele fosse embora, mas ele balançou a cabeça lentamente, me fazendo soltar um suspiro de frustração.
— Ele tira a inocência da minha irmã, e você diz que ele não fez nada! — cuspiu, Emmett.
Eu corei imediatamente.
— Seth não teve culpa de nada, Em, deixe-o em paz !
— Ah, não mesmo! Emmett, você pode ficar aqui para me ajudar com a fazer uma sopa de lobo — Edward riu, ainda me segurando pela cintura.
Olhei sobre os ombros para ele incrédula com sua atitude, e imaginei como seria quando Renesmee atingisse a idade de uma híbrida jovem e estivesse com Jacob, a cena com certeza seria muito mais bizarra do que a de agora.
— Então, você não tem chance conosco, três contra um — Jasper disse, seu olhar era de pura concentração, como das vezes que ele falava das guerras com recém-criados.
Por sorte, Carlisle surgiu, juntos com as outras quatro mulheres da casa. Ouvi risinhos vindo da varanda, e só então vi Jacob com Renesmee observando a cena. Jacob não parava de gargalhar.
— A noite foi boa, em Seth ?! — ele gritou, e voltou a gargalhar.
Renesmee o olhou sem entender nada, e a vi colocar as mãos em seu rosto, provavelmente fazendo a pergunta com seu dom.
— Babaca! — respondi.

No final das contas, Carlisle conseguiu convencê-los de que não iriam ganhar nada arrumando uma briga com Seth, e bom, me senti completamente constrangida por toda minha família saber sobre minhas relações, mas bom, eles eram os Cullen, a família de vampiros com poderes sobrenaturais.
Depois de tomar um banho relaxante, peguei minhas malas, e suspirei. Algo me dizia que eu não deveria voltar á Ketchikan. Balancei a cabeça espantando meus pensamentos negativos, e peguei minha mochila; Alice a arrumara na noite passada, pois eu fiquei enrolando para fazer esse trabalho, em dúvida se iria ou não visitar o lugar em quê fui criada.
" Eu vou hoje, e volto pela manhã "
Repetia esse mantra para mim mesma, porque, eu queria saber realmente se minha mãe, Elizabeth, havia deixado uma carta para mim, porém, não queria voltar a ter lembranças de como era minha vida no passado, quando David era a única coisa que eu conhecia com "pai".
Não me despedi de minha família, pois não queria me lembrar da última vez em que fiz isso e terminei sendo "atacada" por Brad em New York, então, todos concordaram que Seth me levaria ao aeroporto.
Dei um abraço em Esme e Carlisle, e mandei beijos no ar para o resto da família Cullen, indo com Seth até o meu R8.
— Não gosto dessa ideia, sinto que vou lhe perder — Seth disse baixinho, enquanto eu descia do carro.
Peguei seu rosto em minhas mãos, e o olhei seriamente.
— Já disse que não se verá livre de mim.
Eu o beijei profundamente e o abracei, respirando fundo, como se quisesse guardar seu cheiro amadeirado em um vidro só para mim.
— Tenho que ir... — desviei os olhos dele, olhando para a entrada do aeroporto, depois voltei a analisar seu rosto tristonho — Eu ligarei assim que chegar.
Lhe dei mais um beijo, e Seth me abraçou com força, como se não quisesse nunca me deixar fora de seus braços. Demorei para me soltar de seus braços calorosos, e como em uma cena de filme, minhas mãos soltaram as suas lentamente.

Ao entrar no avião, uma nostalgia tomou conta de mim, e me forcei a ser forte e não olhar para o passado.
Sim, minha vontade era de pedir a aeromoça que me deixasse sair dali, mas tudo que fiz ao encarar a garota morena, que verificava se todos os passageiros estavam bem acomodados, foi pedir um copo d'água para tomar um calmante que Carlisle havia me dado, pois meu pai sabia bem o quanto eu ficava inquieta em vôos, e também, era inteligente o suficiente para perceber que eu tentava ser forte ao sair finalmente sozinha de casa.
Carlisle, acreditava em mim como ninguém, ele foi o único que me incentivou a voltar a Ketchikan sem alguém para servir de ombro amigo, no final, tenho certeza que ele achava que eu deveria encarar meus demônios internos sozinha, e bom, ele estava mesmo certo, pois a situação estava ficando incômoda até para mim mesma. Somente ir para La Push, e rondar pela floresta com Seth não era o suficiente. Eu via Alice sair com Rosalie e Renesmee para as compras, ou Bella indo a cidade trazer novidades para a família, e até mesmo Esme, saía as vezes, fazendo compras para a nova decoração da mansão Cullen. Emmett, Jasper e Edward também não ficavam fora disso. Eles gostavam de aventuras, e sempre que podiam, iam para algum lugar caçar animais exóticos, enquanto eu permanecia ali, no mesmo lugar. Então sim, era conveniente que eu mudasse, na verdade, era necessário.


Tive que pegar um táxi até o parque de Ketchikan, onde sempre faziam exposições e totens, que contavam histórias, pois representavam lendas e homenageavam chefes de diferentes clãs, e ao ver um dos totens indígenas, parei para tirar uma fotografia com o celular, eu tinha me esquecido o como gostava de vir ao parque, e lembrei de Seth no exato momento, ele sem dúvidas conhecia as histórias por trás daquelas esculturas de madeira.
Depois de um breve passeio pelo parque, segui para minha antiga casa em Creek Street. Alguns lugares ali viraram museus, e havia um enorme número de turistas naquela tarde, mas eu queria voltar logo para Forks, então, assim que avistei a velha casa de madeira toda decorada e pintada em um azul bebê, apressei meus passos.
Me lembrei o como era engraçado viver em Creek Street, eu sempre perguntava para minha mãe, Elizabeth, por quê vivíamos em um lugar onde as casas eram construídas em cima de um riacho, mas ela nunca conseguia me dar uma resposta concreta.
Respirei fundo, e girei a maçaneta da porta, entrando na casa de madeira com cautela.
O lugar estava completamente empoeirado, me fazendo espirrar algumas vezes com o cheiro de mofo.
Já era de se esperar que David não tivesse quase mobília na casa, com o seu vício, ele vendia as poucas coisas que tínhamos, mas geralmente não mexia em nada no meu quarto, onde ficavam algumas fotografias e o meu antigo diário.
Imaginei, que a tal carta de minha mãe, estivesse lá também, então corri pela pequena casa até meu antigo quarto.
A pequena mobília cor de rosa estava lá intacta, e abri a cômoda procurando por algo, até achar um envelope amarelado que se desfazia. Olhei os dois lados do envelope amarelado, mas não havia nada escrito, então o abri lentamente, encontrando um pequeno pedaço de papel com a letra tremida de minha falecida mãe.

" Ashley,
querida, eu só tenho que lhe pedir desculpas, pois, como mãe, deveria protegê-la a todo custo, e não foi isso que eu fiz, pelo menos, não até perceber que David realmente não voltaria a ser o que ele era. Sim, seu pai já foi um homem bom, ele era somente sorrisos quando descobriu sobre minha gravidez, mas as coisas mudaram... David ficou ambicioso após encontrar alguns velhos amigos que o influenciaram a investir em jogos, e depois disso começaram a vir as agressões, as noites foras e as bebidas... Como eu disse, imaginei que ele mudaria quando visse a filha pela primeira vez, mas David não estava lá quando você nasceu, nem quando disse as primeiras palavras. Depois que ele me agrediu, pensei em fugir com você ainda pequena, mas não tinha condições de mantê-la, e não podia, nem queria, lhe dar para alguém, pois você, Ashley, sempre foi o bem mais precioso que eu tive, como meu amuleto da sorte, então, tudo o quê pude fazer foi aguentar David por todos esses anos, só para te ver bem e feliz, pois era isso que eu queria para você, e bom, não foi bem isso que lhe proporcionei, não é mesmo...? Só tenho que lhe pedir desculpas, pois talvez, você fosse realmente feliz com outra família, e é por isso que pedi á Carlisle que lhe adotasse.
Você deve estar se perguntando agora o motivo de não ter me visto acordada depois do acidente, não é mesmo ? bom, eu acordei, durante alguns minutos lutei comigo mesma para acordar, pois precisava saber que você ficaria bem, então, quando abri os olhos e vi o Dr.Cullen, lhe pedi imediatamente para lhe escrever uma carta, pois eu sentia que não passaria daquele dia. Carlisle me contou que você era uma adolescente adorável, e que vinha me visitar todos os dias, com com as poucas palavras que trocamos, eu supliquei que ele a adotasse, pois vi em seus olhos que ele tinha compaixão, e amor pela minha menina, um amor que o pai dela jamais tivera um dia. Ele prometeu cuidar de você, Ashley, e espero que tenha cumprido com sua promessa...
Tudo o que quero lhe dizer nessa carta, é o quê você já deve saber, imagino, mas eu insisto que saiba através de mim que eu te amo, e que lhe devo mil desculpas por você não ter tido uma vida digna, e bem, eu espero realmente que você possa ser feliz.
Com amor,
Mamãe. "


Olhei para uma foto em cima da cômoda, onde eu e minha mãe estávamos no parque perto de casa, abraçadas sorrindo, e então, as lágrimas vieram.
Carlisle havia me contado que minha mãe conversou com ele antes da morte, mas jamais quis tocar no assunto, e nunca me disse sobre o quê conversaram. A única coisa que mencionou de fato, foi que Elizabeth, havia tido uma parada cardíaca após repetir duas vezes uma frase, e que ele tentou ao máximo salvá-la, mas que fracassou totalmente.
Agora, eu entendia que ele queria que eu entendesse o lado de minha mãe primeiro, e que sem dúvidas, me contaria depois que eu lesse a carta, o que realmente havia acontecido.
Um som de passos no chão de madeira me fez fungar e limpar as lágrimas com as costas das mãos.
— Quem está aí ? — gritei, mas nenhum outro som veio como respostas.
Saí do quarto lentamente, ainda ouvindo passos pela casa, e fui em direção a cozinha, limpando o rosto, como se estivesse tendo alucinações. Talvez, fosse o cansaço da viagem.
Uma leve brisa percorreu o ambiente, e um vento frio bateu em meus cabelos, me fazendo gelar instantaneamente.
— Você quer brincar ? — A voz rouca e aveludada me fez estremecer, e naquele momento, eu soube bem quem era.
Eu quis gritar, me espernear e ligar para Seth ou Carlisle para vir ao meu socorro, mas estava estática, e minha voz parecia ter sido roubada pela bruxa do filme da Ariel.

Me virei lentamente, me deparando com sua pele pálida e os olhos rubis. Definitivamente, Brad estava mais bonito, porém, seu olhar era mil vezes mais selvagem, o que me causou arrepios.
Ele sorriu, exibindo seus dentes brilhantes, e lentamente, colocou uma mecha de meus cabelos atrás da orelha.
Rosnei.
— Ora, ora, a Cullen não quer brincar ? — ele perguntou em um tom debochado.
— Não toque em mim! — alertei
— Por quê ? — ergueu as sobrancelhas ao falar — Acha que algum Cullen idiota pode vir atrás de mim ? Ou mesmo seu lobo fedorento ? — ele gargalhou, e voltou a encostar os dedos gélidos em mim.
Rapidamente, me livrei de seus braços e corri em direção a porta, mas era de se esperar que Brad estivesse mais rápido agora, afinal, ele era um vampiro!
— Sua vadia de merda! Vou lhe ensinar a me obedecer! — grunhiu.
Como se não bastasse a dor emocional que ele havia me causado no passado, Brad agora, também me causava a dor física. Ele pisou com tudo em meu braço esquerdo, e eu podia jurar que todos os ossos estavam esfarelados agora, e mesmo sabendo que era inútil, eu tentei me livrar dele de todas as formas humanamentes possíveis, até chegar ao ponto de suplicar.
— Por favor, por favor! — eu pedia inúmeras vezes, mas tudo o que ele fazia, como da outra em em New York, era rir de mim.
Finalmente, eu desistir de lutar e me preparei para a morte. Fechei os olhos com força, e tentei me lembrar dos meus raros momentos felizes ao lado de minha mãe Elizabeth. Também repassei algumas imagens dos Cullen, eles haviam sido uma ótima família. Eu ficaria devendo uma carta ou uma despedida á Carlisle e Esme, e um aperto enorme no meu coração surgiu, fazendo com que eu soltasse lágrimas, pois nem mesmo uma despedida dos meus pais eu teria...
Depois, me lembrei de Seth. O garoto desajeitado que me conquistou desde a primeira vez que o vi. Seu jeito carinhoso, sincero e cuidadoso comigo. Eu também não poderia me despedir dele, mas por outro lado, talvez Seth arrumasse alguém descente, que não tivesse tantos problemas emocionais e pudesse lhe proporcionar o quê ele queria : uma família...
— AH! — eu gritei com a mordida.
Edward sempre me contou que a transformação não era nada fácil, mas nunca acreditei que a dor fosse tanta.
Todo o meu corpo parecia pegar fogo, e quis pedir á Brad que me matasse de vez, mas imaginei que talvez ele quisesse me ver sofrer primeiro por tê-lo colocado atrás das grades, então, como uma forma de vingança, a última que eu teria, permaneci calada, estática, ali, no chão frio da minha antiga casa.

Livro II : Seth Clearwater

Ao entrar na mansão Cullen, avistei um bando de vampiros tensos. Somente Renesmee parecia agitada, talvez não soubesse o que estava acontecendo.
Olhei para Edward, exigindo uma explicação, quando uma forte dor me atingiu no peito, como se alguém estivesse arrancando o meu coração com as próprias mãos.
Tive que me segurar no sofá, e rapidamente Esme veio ao meu encontro, com seu jeito maternal, me segurou com delicadeza.
— Querido, você está bem ? — perguntou aflita.
O todo o ar dos meus pulmões havia esvairado, e uma forte tontura me atingiu. Pela primeira vez, desde que descobri que era um transfigurador, me sentia fraco, totalmente sem chão, e se não fosse Esme, sem dúvidas eu cairia de cara no chão.
— Seth! — Bella veio em um vulto a minha frente, suas sobrancelhas se unindo levemente — Hey, você está bem ? — repetiu a pergunta que Esme havia feito minutos atrás, mas eu não respondia, nada saía de minha boca.
— COMO ASSIM FUGIU ?! ELE DEVERIA ESTAR PRESO! — Carlisle explodiu, ganhando o olhar de todos na sala. Ele andava inconformado na sala, de um lado para o outro.
— Ashley... —sussurrei para mim mesmo, entendendo finalmente a dor excruciante que estava sentindo. Ashley, minha Ashley, corria perigo.
— Obrigada por nos manter informados, Mily... — disse Carlisle, mantendo a voz pacífica — Não acho que vá ajudar muito... — suspirou — Tudo bem então, você pode vir — concordou — Bom, vou entrar em contato com ela. — Carlisle desligou, mas não encarou nenhum de nós, discando os números rapidamente no telefone sem fio, e bufando repetidas vezes quando ninguém atendia.
— Carlisle, o que aconteceu ? — Esme perguntou, eu podia sentir o nó em minha garganta.
O médico da família Cullen, finalmente olhou para todos na sala, e em seus olhos, pude ver todo o desespero que eu sentia.
— Não fiquem aí feito estátuas, vamos atrás dela! — disse, furioso por ter deixado Ashley me convencer que seria deixá-la ir só.
Sem esperar resposta, eu saí correndo pelo jardim da mansão Cullen, tirando minha blusa e jogando-a em qualquer lugar, explodindo em um lobo enorme, e correndo o mais rápido que podia.

Dias atuais...

Uma semana! UMA SEMANA que eu a perdi.
Minha mãe e Esme se uniram em um complô contra mim, e insistiam repetidas vezes ao dia, que eu não poderia fazer nada, mas eu não dava ouvidos a nenhuma das duas. Eu iria encontrá-la, de qualquer modo, nem mesmo que tivesse que morrer para isso.
— Alice, tente ver alguma coisa, QUALQUER COISA! — exigia, mas Alice somente balançava a cabeça repetidas vezes, frustrada com as falhas de seu dom.
— A culpa não é dela, deixe-a em paz — Rosalie rosnava para mim toda vez que eu atormentava a pequena vampira, mas era inútil, pois eu queria respostas. O tempo estava passando, e não tínhamos nenhuma dica do paradeiro de Ashley. Todos os Cullen se dividiram para procurá-la, imaginando que ela estivesse há caminho de Forks quando tudo aconteceu, mas nenhum vestígio, nenhum cheiro...
— Ela não estava vindo para cá! — disse, mais para mim mesmo, e a ideia de procurá-la em Ketchikan me veio a cabeça, e foi o que fiz, corri até lá em minha forma de lobo. Admito, não foi fácil, me senti exausto durante o trajeto, e quando finalmente cheguei em Creek Street, minhas patas gritavam de dor, mas ignorei, e reconheci o cheiro de minha amada, ainda fresco, e logo, entrei na pequena casa de madeira.
Voltei a forma humana rapidamente. A casa era pequena demais para um lobo gigantesco caminhar.
Vasculhei o local com cuidado, encontrando uma foto de Ashley bebê e uma mulher, cujo imaginei ser sua mãe falecida. A mulher, abraçava Ashley por trás, sorrindo verdadeiramente, demonstrando todo o seu amor pela filha só pelo olhar que lançava a pequena bebê, que gargalhava para a mãe.
Sorri um pouco com a foto, e deixei que as lágrimas escorressem.Ah, como eu estava com saudades da minha pequena!
Deixei o porta-retratos de lado, e continuei inspencionando o local. Acabei parando em um antigo quarto com paredes brancas e mobílias cor de rosa. Ashley estivera ali, eu podia sentir o seu cheiro de rosas impregnado no local.
Respirei fundo algumas vezes, fazendo com que meu coração se apertasse, pois algo me alertava que eu não iria encontrá-la ali.
Saí rapidamente do quarto, e continuei vasculhando a antiga casa, todavia, o cheiro de Ashley só estava no quarto e na sala, então, caminhei desanimado até chegar na cozinha, onde encontrei manchas de sangue. Pequenas gotículas, na verdade, e foi aí que minha respiração ficou ofegante.
Eu quis gritar, implorar para quem quer que fosse que me levasse e a deixasse em paz, mas agora parecia inútil, pois sem dúvidas, minha pequena Ashley, minha garota doce e meiga, estava morta em algum lugar em Ketchikan.


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? :X Espero que sim!
Ps: Coloquem dicas de músicas, me estoque está esgotando haha
Ps²: Comentários são bem vindos, e NÃO obrigatórios ( odeio quando fazem isso de : próximo capítulo só com comentários haha) ! amo vocês sz