A Rosa e o Escorpião escrita por Prica


Capítulo 8
Capítulo 8 – Igual ao Pai!




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Capítulo Oito – Igual ao Pai!

 

Era o último jogo daquele ano. Grifinória e Sonserina haviam vencido as outras casas, e agora as duas campeãs jogariam uma contra a outra. Esse era o jogo mais esperado de todos, se a Sonserina ganhasse, seria a campeã do ano, se Grifinória ganhasse, voltaria a ser a melhor. A arquibancada estava lotada. De um lado o vermelho, do outro o verde.

Hugo, Lilly e Rose foram desejar boa sorte a James e Alvo, e ao chegarem perto deles, Rose ouviu os primos conversando:

 

- Daí você distraí a platéia entendeu? – James sussurrou para o irmão.

 

- Ta bom! Mas você tem certeza que isso não vai ser falta? – Alvo olhava para os lados enquanto falava.

 

- Não vai... Se ninguém ver! Eu é que não vou perder esse jogo! O que tiver que ser feito, eu vou fazer! – James falou um pouco mais alto.

 

- Do que vocês estão falando rapazes? – Rose perguntou surpreendendo os primos.

 

- Ahn... Nada, nada... – Alvo passou a mão na cabeça para disfarçar.

 

- O que vocês fazem aqui? Vão ficar sem lugar pra sentar... – James quis mudar de assunto.

 

- Viemos lhes desejar boa sorte! – Disse Lilly. – Muitaaaaa sorte, porque vocês vão precisar! Sem mim no time e com o Malfoy na Sonserina...

 

James sorriu sarcasticamente para a irmã e falou:

 

- Não se preocupe irmãzinha, esse jogo a gente NÃO VAI PERDER!

 

Rose percebeu algo estranho em James, nunca havia visto o primo com aquela cara de mal, então tentou descobrir o que ele planejava:

 

- James, o que vocês estão pensando em fazer?

 

O primo fingiu que não ouviu e se juntou aos outros jogadores. Rose não estava gostando nada daquilo. Ela ia até ele para perguntar de novo, mas Hugo puxou seu braço e disse:

 

- Anda, a gente vai ficar sem lugar!

 

Os três se acomodaram na arquibancada, Lilly e Hugo tinham cornetas e uma bandeira de sua casa nas mãos. Rose estava preocupada.

O jogo começou. A atmosfera daquele lugar não era boa, parecia ter algo ruim nela. Os jogadores se trombavam e empurravam uns aos outros sem dó, podia-se ouvir os ossos batendo um no outro. Muitas faltas estavam sendo cometidas pelos dois times. Nenhum dos dois parecia querer perder. Os jogadores voavam por cima da torcida. Scorpius estava sendo marcado apenas pelas meninas, afinal James havia entendido que ele não as machucaria. Mesmo assim Scorpius conseguia sair da marcação e marcar muitos pontos.

Alvo corria atrás do pomo de ouro, enquanto outro garoto da Sonserina vinha atrás.

Novamente as duas casas estavam empatadas.

Rose viu James fazer um gesto com a cabeça, Alvo então começou a voar para cima, girando a vassoura e gritando:

 

- Socorro! A minha vassoura esta descontrolada! Ta subindo sozinha! – Todos olharam para o garoto que não parava de subir.

 

- Atenção alunos, devo lembrá-los que não é permitido usar magia para ganhar o jogo, então o engraçadinho que estiver fazendo isso, pare agora mesmo! – A juíza falou para a torcida.

 

Nesse momento James viu que Scorpius também estava distraído olhando para o alto, então aproveitou e deu um chute tão forte, que fez com que ele caísse da vassoura. Da altura em que caiu, Scorpius se esborrachou no chão, e com a mão no braço berrou:

 

- AI MEU BRAÇO!

 

Todos olharam para ele. Os jogadores da Sonserina correram para ajudá-lo, ele sentia muita dor. Alvo parou com sua vassoura, como se o tal feitiço tivesse acabado. Rose  percebeu a estratégia que eles usaram e ficou indignada, aquilo era falta com certeza!

Tiraram Scorpius do campo, ele gritava de tanta dor, o braço estava quebrado. James olhava como se não soubesse o que havia acontecido. Alvo engolia seco.

Substituíram o jogador ferido por um reserva e o jogo continuou. Agora Grifinória ganhava, sem seu melhor jogador, Sonserina havia ficado fraca.

Fim do jogo, a Juíza apitou e Grifinória havia vencido.

Toda a torcida correu para comemorar com seus jogadores. Rose foi direto em James, ela puxou o braço dele e falou:

 

- O que foi aquilo James?!

 

- Você viu prima?! A gente ganhou!! – James a abraçou. Ela, muito nervosa, o empurrou e disse:

 

- Eu sei o que vocês fizeram e foi falta!

 

Ele olhou firme para ela e chegando mais perto, sussurrou:

 

- O que você queria? Que a gente perdesse?

 

- Queria que ganhassem com dignidade! – Rose deu as costas para o primo e correu. Ela queria encontrar Scorpius, achava que ele estaria na enfermaria. Chegando lá, não o encontrou, então perguntou a uma enfermeira que respondeu que Scorpius havia saído sem a sua autorização, ainda com o braço enfaixado.

Rose saiu e começou a procurá-lo em todos os cantos. Ela já não agüentava mais procurar, então parou e encostou-se numa parede. De repente a parede se transformou numa porta. Rose sabia que aquilo era uma sala precisa, só não entenderá o porquê ela havia aparecido. Curiosa, ela entrou, e viu alguém sentado perto da janela. A pessoa virou-se rapidamente e uma voz conhecida gritou:

 

- O que faz aqui?! Como conseguiu entrar?! – Era Scorpius.

 

- Ah meu Deus, o seu braço! – Rose se aproximou e colocou a mão sobre o braço enfaixado dele.

 

- Pode agradecer seus primos por isso, Weasley! – Ele tirou a mão dela com raiva.

 

- Me desculpe por eles! São umas crianças...

 

- Não quero ouvir, Sai daqui agora! – Ele deu as costas para ela.

 

Rose olhou aquela sala enorme e perguntou curiosa como era:

 

- Então é aqui que você se esconde?  

 

- Mas que coisa! Você é surda menina? SAI DAQUI AGORA! – Scorpius gritou.

 

- Só estou dizendo que o que os meus primos fizeram foi errado, e eles não mereciam ganhar...

 

- Mas ganharam! – Scorpius andou e ficou bem perto dela, olhando bem nos olhos dela ele continuou - Diga a eles, aos dois Potters, que eles conseguiram se livrar de mim este ano, mas ano que vem vou acabar com eles! Nem que eu tenha que derrubá-los de uma altura muito maior da que eu caí! Vou acabar com sua família!

 

Rose o encarou um pouco triste e falou:

 

- Pensei que você fosse diferente do seu pai...

 

Scorpius desviou o olhar e respondeu baixo:

 

- Pensou errado...

 

Ela se afastou dele, abriu a porta e disse:

 

- Então você não é quem eu pensei que fosse! – Ela saiu e bateu a porta com força.


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