A Rosa e o Escorpião escrita por Prica


Capítulo 10
Capítulo 10 – Igual ao pai? Tem certeza?




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Capítulo Dez – Igual ao pai? Tem certeza?

 

Era o quarto ano de Rose em hogwarts. Sempre no começo do ano, quando entrava no trem, sentia uma alegria imensa, Hogwarts era sua segunda casa. Dessa vez foi estranho, ela não sentia alegria, mas medo. Algo de diferente iria acontecer naquele ano, ela não sabia o que era, mas somente coisas ruins passavam por sua cabeça.

Ao sair do trem, ela viu Scorpius e seu coração disparou. “Rose, você não tem que ter medo desse idiota! Vai ficar tudo bem... Será que é medo que sinto?” Nem ela mesma sabia o que sentia. Seus sentimentos estavam confusos.

Uma semana depois, Rose estava na aula de história da magia, sua preferida, mas não conseguia se concentrar, porque depois daquela aula aconteceriam os primeiros testes para quem quisesse entrar no quadribol, depois começariam os treinos e então os jogos. “Deviam proibir esse jogo! É muito violento!” Rose não conseguia pensar em outra coisa.

A aula terminou, Alvo ia saindo, quando Rose mandou que a esperasse, porque ela iria junto.

Chegando no campo, James estava avaliando um gordinho que queria ser goleiro, mas não segurava nenhuma bola. James parecia sem esperanças e falou ao ver o irmão e a prima:

 

- Ai droga, porque o Erick tinha que sair justo esse ano! Agora estamos sem goleiro!

 

- Se tivéssemos outro apanhador, eu trocaria, porque acho que prefiro ser goleiro! – Alvo disse ao irmão. – Tio Rony me passou várias dicas legais!

 

- O problema é que apanhador ta meio difícil de encontrar... – James estava arrasado.

 

De repente de longe, eles avistaram Lilly, usando o uniforme de quadribol outra vez. Ela vinha correndo e pulando no campo, gritando:

 

- Ah! Eu falei! Eu consegui! HAHAHAHA!

 

Ao se aproximar, ainda ofegante, ela mostrou um papel para seu irmão, que perguntou:

 

- O que é isso?

 

- Eu acabei de me medir! Olha ai! Estou com a altura mínima pra poder jogar! – Ela respondeu sorrindo.

 

Rose não podia acreditar, estava preocupa por James e Alvo, e agora surgira outra preocupação. Ela puxou o papel da mão de James:

 

- Não pode ser... – Ela engoliu seco e depois respondeu para si mesma ainda sem acreditar - Mas é verdade!

 

- Bom, parece que você cresceu! Pode fazer o teste, mas se tiver um errinho a gente acaba com isso entendeu?! – James falou para a irmã.

 

- Iupiiiiii!!!! – Lilly comemorou. Rapidamente ela pegou sua vassoura, e esperava a ordem do capitão.

 

Rose não queria aquilo e se Scorpius fizesse algum mal para sua prima? Ela puxou o braço de James e sussurou pra ele:

 

- Você não pode colocá-la no time, ela é muito nova e...

 

- Não se preocupe, ela não vai conseguir, vou mandar ela pegar o pomo de ouro! – James falou para Rose, depois virou-se para a irmã e deu a ordem – Vamos ver se você serve como apanhadora. Você terá que pegar o pomo de ouro. Esta pronta? Vai!

 

Ele largou o pomo, que saiu voando rapidamente. Sem pensar duas vezes, Lilly voou atrás.

Por ser tão pequena e ágil, ela voava muito rápido, e conseguia desviar de todos os obstáculos. Ninguém acreditava. Hugo, que estava na platéia, sentiu o vento no rosto quando Lilly passou por ele, e aplaudiu a prima. Os jogadores que já estavam no time comemoravam, nunca tinham visto um apanhador tão rápido. Lilly parecia um pássaro, voava como se tivesse nascido fazendo aquilo. Não era a toa que era filha de Harry Potter e de Gina Weasley. Lilly esticou o braço e agarrou o pomo. James estava boquiaberto. Ela jogou o pomo para ele e perguntou:

 

- E então Capitão...Vou entrar no time?

 

Ele puxou a irmã e deu-lhe um abraço tão forte que a levantou do chão. Alvo se juntou à comemoração, passou a mão na cabeça dela, falou:

 

- Essa é a minha maninha! Minha pequena! Minha ruivinha! HAHAHAHA

 

Rose era a única que não estava contente. Lilly era como sua irmã mais nova, se algo acontecesse a ela, Rose nunca se perdoaria.

 

- Você já começa no próximo jogo, pequena! – James falou para a irmã todo orgulhoso.

 

- Mas ela não precisa jogar contra Sonserina, precisa? – Rose estava muito preocupada.

 

- É claro que precisa! Ela vai ser a nossa arma secreta! – Alvo respondeu contente.

 

Rose ficou ainda mais aflita com aquela resposta.

 

Depois do seu primeiro jogo, Lilly se tornou o assunto da escola, ela havia pegado o pomo de ouro nos primeiros 15 minutos de jogo! A chamavam de “A pequena grande apanhadora!”

No segundo jogo, contra Corvinal, a ruivinha parecia ainda mais rápida. Foi muito marcada pelos jogadores, mas mesmo assim pegou o pomo.

O dia de jogar contra Sonserina chegou, todos estavam ansiosos. Rose pensava no que poderia acontecer. Hugo segurava a bandeira de sua casa, onde ao lado do nome “Grifinória”, estava escrito “Lilly é demais!” O jogo havia começado a pouco tempo e já estava emocionante. Rose olhava para Scorpius, mas ele jogava normalmente. A pequena apanhadora esperava em sua posição, olhava para todos os cantos a procura do pomo. Então conseguiu encontrá-lo e como um jato voou para pegá-lo. O apanhador da Sonserina correu atrás dela. O pomo começou a subir, estava muito alto, mas Lilly parecia não se preocupar com isso, estava concentrada em pegá-lo. Sem perceber ela acabou saindo do campo, conseqüentemente, o apanhador oponente também. Rose parou de olhar para o jogo e começou a olhar Lilly se afastar. Scorpius percebeu que eles estavam se afastando muito, então voou para cima para conseguir enxergá-los. Eles estavam sobrevoando a floresta proibida. Lilly esticou o braço, ela estava a alguns centímetros do pomo de ouro. O Apanhador da Sonserina, um garoto com cara de mal, não gostou daquilo, então foi se aproximando da ruiva e com muita força, deu-lhe um empurrão, Lilly se desequilibrou e caiu da vassoura, o garoto com medo de levar falta, se afastou dela e foi atrás do pomo como se nada tivesse acontecido.

De longe Rose viu Lilly caindo, então assustada gritou para seu irmão:

 

-Hugo! A Lilly caiu da vassoura! – sem explicações, ela saiu correndo da arquibancada em direção a floresta. Hugo tentou chamar James e Alvo. Scorpius viu a pequena caindo e sem pensar correu em sua direção. A juíza mandou parar o jogo e pediu para que os alunos que haviam saído do campo voltassem.

Ao chegar no começo da floresta, Rose parou, ela sabia que não podia entrar lá, por causa das criaturas que ali habitavam, e não queria ver nenhuma arranha, o medo que sentia delas, era pior do que o medo que seu pai sentia. Mas ela não podia deixar a prima, então juntou coragem de onde não tinha e entrou correndo na floresta escura.

Scorpius voava por cima tentando ver onde a garota havia caído. Conseguiu avistá-la, e desceu com a vassoura. Scorpius se aproximou, a ruivinha agoniava, parecia estar com muita dor, nem ao menos conseguia falar. Scorpius percebeu que ela tinha algumas costelas quebradas, ele não sabia o que fazer. Lilly conseguiu mexer a mão e puxou, levemente, a capa dele, seu olhar parecia pedir ajuda. Com medo de fazer algo errado, ele tirou a varinha de dentro da bota, e fez um feitiço para que ela dormisse. Nesse momento Rose chegou e viu Scorpius debruçado sobre sua prima fazendo um feitiço perigoso, o “Nervuresfix”, o feitiço usado para se consertar ossos quebrados. Rose não se moveu, ficou atrás de uma árvore, tinha medo de assustá-lo e fazer ele errar. Ao mesmo tempo ela se perguntava porque ele estava ajudando sua prima. Scorpius terminou o feitiço e quando olhou para cima, Alvo e James se aproximavam, sem que eles o vissem, Scorpius subiu na vassoura e saiu dali.

Rose se aproximou de Lilly que estava acordando, os primos desceram da vassoura e correram para junto dela. Hugo foi o último a chegar, junto com um professor. Levaram-na para a enfermaria.

Lilly se sentia bem, a enfermeira não entendia como não havia nenhum osso quebrado nela. Rose perguntou para a prima:

 

- Lilly? Você se lembra do que houve na floresta?

 

- Só me lembro de ter caído da vassoura, depois disso mais nada... – Ela realmente não se lembrava. – Eu já vou poder voltar a jogar semana que vem?

 

- De Jeito nenhum mocinha, você deve repousar! – A enfermeira falou levantando os óculos com o dedo.

 

- Mas eu já to bem! – Lilly queria se levantar.

 

- Lilly não seja teimosa! Ouça a enfermeira! – James se sentia mal por ter deixado aquilo acontecer, mas estava feliz por ela estar bem.

 

Rose precisava agradecer Scorpius e ela sabia muito bem onde encontrá-lo. Ela foi no mesmo lugar onde tinha encontrado a sala precisa de Scorpius e novamente a porta apareceu para ela. Rose a abriu devagar e entrou.

Scorpius estava sentado numa poltrona com as pernas para o alto numa cadeira e riscava alguma coisa num papel. Ao ver Rose se surpreendeu e tirou as pernas de cima da cadeira a sua frente.

 

- Antes que você me mande embora... – Rose começou a falar - ... Eu só queria te agradecer por ter ajudado a minha prima. – Ela sorriu.

 

Scorpius abaixou a cabeça, levantou-se e virando-se de costa para ela, falou:

 

-Não sei do que você está falando...

 

- É claro que sabe! Scorpius, eu te vi fazendo o “Nervuresfix” na Líllyan na floresta! Porque fez aquilo?

 

Scorpius se virou para ela e de um jeito grosso respondeu:

 

- Você queria que eu a deixasse ali pra morrer?!

 

Rose entendeu. Scorpius tinha um bom coração.

 

- Mesmo você sendo grosso, saiba que estou muito feliz por ter ajudado. Acho que podemos ser amigos...

 

Scorpius riu alto e falou balançando a cabeça:

 

- Amigos? Malfoy e Weasley? Não combina muito, não acha?!

 

- Rose e Scorpius... Esqueça os sobrenomes por um momento!

 

A resposta dela surpreendeu Scorpius. Então ele se virou para uma janela, deu as costas para ela novamente, cruzou os braços e falou baixinho:

 

- Acho que você não quer ser amiga de um escorpião, o veneno pode matar...

 

Rose sorriu, balançou a cabeça e disse:

 

- E porque um Escorpião machucaria uma Rosa?!

 

Scorpius arregalou os olhos e quando se virou, Rose já tinha saído. Mas aquela frase continou na cabeça dele: “Porque o Escorpião machucaria a Rosa?”


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