Avatar: A lenda de Mira - Livro 1 Água escrita por Sah


Capítulo 25
Eu sou a Avatar!


Notas iniciais do capítulo

Demorou para sair, mas saiu! O ultimo capítulo desse livro. Agora vamos para o livro 2!!



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Eu fiz a única coisa possível. Eu fugi. Na calada da noite, o tempo estava nublado, e as coisas aparentemente estavam calmas. Revirei o quarto até achar alguma peça de roupa que me cobrisse. Achei uma bolsa com roupas limpas. Me vesti e com o lençol fiz uma corda para fora do quarto. Ele ficava no segundo andar.

Quando atingi o chão, eu senti o impacto. Faziam dois meses que eu não andava. Até estranhei eu ter me movido tão rápido no quarto. Mas quando eu pulei da corda não teve jeito. A dor me fez estremecer.

— Se recomponha Mira. – eu disse para mim mesma.

Acho que há era meia-noite. Haviam luzes acesas mais ao centro mas no local que ficava o hospital a escuridão estava dominante.

Andei com cuidado e mancando. Para onde ir? Para casa? Eu não sei. Mas eu preciso falar com eles.Eu preciso impedir. Amanhã é o dia em que a UCG irá de rebelar e o governo sabe. Meu pai vai acabar preso, se não morto.

Decidi ir para o único lugar que eu iria me sentir segura. A casa da Hina. Será que ela veio me visitar? Será que ainda somos amigas?

Eu sabia como chegar lá. Estava claro na minha mente. Na casa não haviam mudanças aparentes. Será que devo bater? E se o Sina estiver aqui? O que ele irá fazer comigo? Fiquei pensando nessas coisas, mas elas não importam mais.

Começou a chover, eu precisava me apressar.

Bati firmemente.

Esperei um tempo e ninguém veio entender.

Claro já era meia noite. Fui até os fundos da casa. Era aqui o quarto da Hina? Com cuidado subi pela hera até chegar à varanda.

Bati no vidro e um raio cruzou o céu e iluminou tudo.

Hina estava olhando para mim assustada. Sua irmã estava dormindo.

Ela se levantou e abriu o vidro. Ela me abraçou mesmo eu estando molhada.

— Você é real? – Ela me perguntou.

— Sim. Eu sou.

— Venha para dentro. Você está se molhando.

Ela aparentava estar preocupada.

— Eu estou bem. Eu acordei ontem.

— Fiquei muito preocupada. Disseram que você surtou na lua cheia. E que por isso você desmaiou e nunca mais acordou.

— Falaram isso? Eles estão sendo tão liberais?

— Foi meu irmão que disse. Ele falou para não contarmos para ninguém.

— Sina...

— Ele não está em casa. Ele está trabalhando. Amanhã é o festival.

— Eu sei. – eu disse desanimada.

— Mais animação. Disseram que a União do fogo liberou o Avatar para participar. Estou muito ansiosa.

Avatar?

Tive uma crise de risos. Hina ficou olhando para mim curiosa.

— Por que você está rindo?

— Você disse que o Avatar da União do fogo iria participar.

— Isso mesmo. Meu irmão disse que isso é uma espécie de propaganda, para fazer os dobradores de fogo irem para lá.

— Imagino que seja.

E ri novamente.

— Mira está tudo bem com você?

— Nunca estive melhor! Hina posso ficar aqui até de manhã?

— Sim, mas tenho que avisar os meus pais.

Ela sugeriu se levantar, mas eu a impedi.

— Eu quero ficar escondida.

— Se você quer assim. De manhã você terá que sair sem que ninguém a veja.

Eu concordei e pedi para que ela voltasse a dormir. Ela me deu algumas roupas de cama e eu me deitei no chão.

Eu não consegui dormir. Eu precisava decidir o que eu iria fazer. Talvez eu contasse primeiro para a família do Meelo, eles saberiam lidar com isso. Mas e se ninguém acreditasse. Como eu provaria? A dobra de água não seria suficiente. Talvez eu possa repetir aquilo dos meus sonhos. Eu poderia dobrar ar. Sempre que eu fiz isso foi sem querer, e agora eu quero será que dará certo?

Os primeiros raios de sol da manhã atravessam a janela. A chuva já parou, e as nuvens negras já se foram. Preciso ir. Saio sem fazer barulho. Desço pela Hera novamente e saio em disparada.

O ruim de ainda não saber para onde ir é correr sem parar. Um pensamento maldoso passa pela a minha cabeça. Decido ir até a casa de Kiha.

A casa está iluminada e nesses dois meses ela mudou de cor. De um verde água para um azul anil intenso.

Bato na porta com firmeza.

Quando ela abre ela está com um roupão de banho, cabelo em uma toalha e falando no telefone.

— Sim, eu já estou chegando ai.

Ela diz antes de ver quem é na porta.

Kiha olha finalmente para mim, seus grandes olhos azuis se arregalam. E ela deixa o telefone cair.

— Bom dia! – Eu digo em um tom forçado.

— Mira?

— Sim, quem mais seria?

— Mas você está em coma.

— Não mais. Eu acordei não da para ver?

Ela não deveria estar tão nervosa, mas eu percebi medo nela.

— Posso entrar? – Eu digo educadamente.

Ela engole em seco.

— Pode, mas eu já estou saindo.

Entrei e as cores do interior da sua casa também estavam mais escuras.

— O que você quer?

— Eu? Na verdade eu só vim ver como você está.

— Mira, eu não estou para brincadeira, se você quer saber o que aconteceu na lua cheia eu te digo.

— Não é necessário, eu realmente sei o que aconteceu.

— Sabe?

— Sim, eu sei. E não precisa ficar assustada eu não vim te punir por isso. Na verdade eu só queria ver um rosto conhecido.

— E você veio me ver?

— Você foi o primeiro rosto que eu vim quando eu descobri que era uma dobradora, assim eu precisava te ver de novo.

— Sina sabe que você já saiu do coma?

— Não sei, talvez. Eu fugi do hospital ontem.

Sorri para ela.

— Espero que você não me dedure. Não perca o festival hoje.

Sai de lá com a cabeça mais leve. Não sei mas eu tinha que mostrar para ela que eu estava bem, que ela não havia conseguido me derrubar. E eu que achei que ela podia ser como uma mãe para mim. Mas ela não me engana mais.

Passaram-se algumas horas, eu fiquei no parque perto da fonte. As memórias de Korra estavam frescas. Naquele lugar ela havia morrido.

O parque estava cheio. Várias pessoas de vários lugares vieram a Republic City para prestigiar o evento.

Me deitei na grama ainda molhada por causa da chuva da madrugada. O sol estava quente e o dia bonito. Mas aquilo iria mudar, as coisas nesse dia iriam ficar tensas e perigosas.

Uma grande movimentação de carros e caminhões, ali no parque seria as apresentações do festival. As pessoas trabalhavam com afinco para deixar tudo preparado.

Eu pisquei e barracas haviam sido erguidas e palcos montados. O cheiro de fritura fez o meu estomago roncar. Tateei os meus bolsos mas não havia nada.

— Você garota.

Um cara grande que estava em uma barraca de bebidas me chamou.

— Sim?

— Quer ganhar um trocado?

— Claro. O que eu tenho que fazer?

— Eu preciso de ajuda para manter as bebidas geladas, eu tenho que ir buscar gelo, você poderia tomar conta das coisas aqui?

— E você confia em mim para fazer isso?

— Eu não deveria? Eu tenho um pressentimento muito bom sobre você. Você poderia tomar conta? È só por alguns minutos.

Meu estômago roncou novamente.

— Sim.

Ele se foi e me deixou sozinha com as bebidas.

Realmente as bebidas estavam quentes.

— Você poderia me dar um suco.

Olhei apreensiva para um soldado com o uniforme da união do fogo. Ele usava um capacete com o símbolo da união, seus olhos eram de um tom de castanho avermelhado, sua pele da cor da minha.

— Na verdade...

— Rápido, o Avatar já está chegando.

A bebida estava quente. A toquei com determinação e consegui esfria-la, eu realmente dobrei o liquido na lata e o congelei.

Entreguei para ele.

— Uau, isso está frio.

Uma fumaça saiu da lata em contato com a mão dele.

— Quanto custa?

Eu realmente não tinha ideia do valor.

— Eu faço de graça se eu puder conhecer o Avatar.

Ele riu

— Você acha que conhecer o Avatar vale uma lata de suco?

— Não, mas acho que seria uma grande honra conhecê-lo. Além do mais eu sou uma fã.

Fiz os olhar mais encantador possível.

— Tudo bem! Mas você pode sair daqui?

Vi de longe o moço voltando com o gelo.

—Espere só um pouco.

Ele chegou cansado.

— Vou ter que voltar, não consegui carregar o suficiente.

O soldado estava me esperando, então fiz a única coisa que eu podia. Congelei todas as bebidas.

— Não precisa voltar lá.

— Você é uma dobradora de água?

— Sim...

— E por que não disse antes? Isso teria me poupado muito trabalho. Ah não importa aqui está o dinheiro.

Ele me deu 100 yens.

— Quanto custa uma lata de suco?

— 3 yens.

Eu o paguei e sai correndo atrás do soldado.

A comitiva que veio da União do fogo era espetacular. Vários Soldados muito bem vestidos Eu podia notar carros e até Mechas.

— Você parece descendente da União do fogo.

— Bem, talvez eu seja, mas meu pai diz que seus parentes migraram depois na guerra dos cem anos.

Ele coçou o queixo.

— É mesmo?

Será que ele desconfia de algo?

Chegamos perto de uma grande tenda vermelha. Cercada por soldados de todos os lados.

— Essa senhorita é fã, do nosso avatar, prometi que ela podia conhecê-lo.

— Como desejar General Zunder

Olhei para ele abismada, ele não é um simples soldado?

— Qual é o seu nome mesmo? – Ele se dirigiu a mim.

— Mira.

— Certo, Mira. Você pode entrar.

Ninguém me acompanhou.

Sempre achei que os soldados não prezassem pelo luxo e conforto, mas ao entrar naquela tenda eu mudei de ideia. Era a coisa mais luxuosa que eu havia visto. E olha que desde que eu virei dobradora eu vi muitas coisas luxuosas. Sedas, velas, comidas apetitosas e no meio de tudo aquilo havia um garoto.

Ele parecia comigo. Na verdade ele era visivelmente um cidadão da União do Fogo.

— Hã? O que?

Ele parecia desorientado e sonolento.

— Então você é o Avatar?

Ele se recompôs em um movimento.

— Sim eu sou!

Sorri para ele.

— Isso é incrível, o avatar está bem na minha frente.

— Sim, isso mesmo. Eu sou o grande avatar.

Ele pronunciava as palavras em um tom levemente teatral. Se eu não soubesse a verdade eu ainda não acreditaria nele.

— Você pode me mostrar? Por favor!

— Mostrar? – Ele olhou para todos os lados antes de focar em mim

— Sim! Eu sempre sonhei em ver uma pessoa dobrar mais de um elemento.

Ele coçou a cabeça.

— Mas agora não vai dar! Quer dizer eu tenho que poupar as minhas forças para a apresentação.

— É mesmo?

Eu sorri

— Eu realmente achei que o Avatar tinha poder o suficiente.

Ele pareceu incomodado.

— Guardas.

— Não precisa falar nada. Eu não quero incomodar mais o grande Avatar! Mas não se preocupe quando nos encontrarmos será em outra situação.

E sai de lá.

Uau como é bom importunar pessoas que eu sei que estão mentindo.

Eu ainda estou com fome. E agora tenho dinheiro o suficiente!

— Mira?

Me virei e vi que era o General.

— Sim.

— Recebemos uma notificação da Policia de Republic City. Você está sendo procurada.

Como eles são rápidos. Não se pode sumir por algumas horas que todos ficam sabendo.

— Ah, que saco. De novo não.

— Na teoria eu não tenho que te prender nem nada. Essas coisas não são do nosso interesse. Mas estou curioso ao seu respeito.

— Está?

— Sim, você pode me acompanhar?

— Na verdade não. Eu estou com fome e já tenho coisas para fazer.

— Que pena. Mas não vou te forçar a nada. Pode ir sei que nos encontraremos.

— Sim, eu sei que nos encontraremos.

Sai de lá com o coração acelerado. Uau ele tinha outras intenções. Fiquei realmente assustada agora.

Sumi na multidão e fui até uma das barracas onde eu comprei cinco espetos de carne.

A carne estava macia e suculenta. Sim eu comi todos e depois eu me senti pesada.

— Ah, mas valeu a pena.

— Você parece aquela garota da televisão. – Uma garotinha de tranças apontou para mim

Engoli em seco

— É mesmo?

— Sim, eles dizem que ela fugiu do hospital e pode ser perigosa.

— Perigosa?

Ah eles me acham perigosa ? Agora vão achar mais!

Sai de perto da multidão que se juntava para assistir as apresentações e os desfiles.

Então o que fazer? Esperar para ver se alguma coisa acontece?

Passei uma hora observando tudo de longe. Não fui reconhecida e não vi ninguém conhecido.

Depois disso, de longe eu o vi. Meelo ele estava com a sobrinha, Nari a garotinha que me odeia e uma mulher mais velha.

Sem rodeios fui atrás deles. Chamando mais atenção do que era necessário.

Ele se assustou quando me viu.

— Mira?

Seus olhos se arregalaram.

— Sim, sou eu. Temos que conversar.

Já peguei o braço dele.

— Você não vai levar o tio Meelo para longe. - Nari pegou o outro braço dele

Parecia um cabo de guerra. Por algum motivo eu tentava competir com aquela garotinha.

— Nari, tenho que conversar com a minha amiga. È importante e depois eu te compro um sorvete.

A garotinha o soltou.

— Mas tem que ser de morango.

— Combinado.

Puxei Meelo até sairmos da multidão.

— Soube que você tinha acordado. E pelo jeito você fugiu.

— Eu não fugi. Eu só sai daquele lugar.

— Acho que não tem tanta diferença.

— Meelo, sem discussões. A UCG atacará o Festival.

— Sim, eu me lembro do seu relatório.

— O governo sabe e vai acontecer uma catástrofe.

— E como você está tão certa?

— Eu apenas sei. Na verdade eu sinto.

— Sente?

Respirei fundo.

— Você tinha razão. Eu sou quem você achou que eu era.

— Espera. Você agora acredita em mim? Não Mira não se iluda. Eu já tirei isso da cabeça.

Olhei nos olhos dele.

— Korra me disse que eu estava condicionada a não acreditar. Que eu tinha perdido todas as memórias.

— Korra? Você está me dizendo que conversou com a Avatar Korra.

— Ah Meelo, vem cá.

O puxei para perto do lugar que treinamos pela primeira vez.

— Sei que vocês podem entrar aqui.

Lá não havia ninguém.

— Quando você liberou o meu chacra, minha energia ficou descontrolada. Na lua cheia Kiha me pressionou demais e eu entrei, digamos em um estado que eu não conseguia me controlar. Minhas forças ficaram drenadas depois disso.

Um brilho assustador atravessou os seu olhar.

— Eu sabia! Eu sempre estive certo! Eu não costumo errar, agora vou esfregar isso na cara da Suni!!

Ele realmente parecia histérico.

— E você pode me ajudar? Preciso encontrar os organizadores e impedir isso.

— Sim. Eu posso te ajudar, mas como fica a competição.

— Competição? Acho que temos prioridades Meelo.

— Você tem razão, mas a Suni ficará irada.

— Pode deixar que eu lido com a Suni.

Nós saímos de lá procurando qualquer coisa suspeita.

Balões, barracas e até um parque de diversões, aquele lugar havia virado uma festa. O palco era do tamanho de uma prédio de quatro andares.

Crianças corriam de uma lado para o outro. E eu comecei a desconfiar de todo o mundo.

Um homem de roupa escura se destacava dos demais, ele estava encapuzado. Cheguei mais perto e o reconheci. Era o meu pai.

Ele andava rápido e se aproximava do palco principal.

Me esquivei das pessoas e consegui chegar até ele. E o abracei suas costas.

— Pai. Por favor, não. – Sussurrei para ele

Ele congelou.

— Mira? O que está fazendo aqui?

— Pai não faça isso. Você vai machucar essas pessoas.

— È o começo da revolução.

— E você tem que se sacrificar por isso? Pai,você e a mamãe fugiram da união do fogo para me proteger, e então por que o senhor quer me deixar.

— Como você sabe disso?

— Agora eu sei de muitas coisas. Pai eu te perdoo por tudo! Então não faça mais isso comigo.

— Mira, você não entende. O que o governo quer fazer com a gente.

— Eu não preciso entender. Eu só preciso de você ao meu lado. Principalmente agora.

Meu pai hesitou. Eu sei que sim. O senti tremendo.

Uma explosão me assustou. Uma gritaria generalizada começou.

— Mira, vá para casa! Vá para a nossa verdadeira casa.

— Eu não vou te deixar fazer uma besteira.

As pessoas começaram a correr alguém havia se explodido. E meu pai também iria se matar para isso.

Mechas surgiram por todos os lados. Era a policia finalmente.

— Pai, você tem que ir para casa. Fique lá. A policia vai te prender e toda essa revolução não servirá para nada. Pense nos gêmeos, pense na Wana!

Ele se desvinculou do meu abraço e respirou fundo.

— Vamos. – Ele pegou o meu braço.

— Não, você vai sozinho! Eu tenho uma missão. Eu posso ajudar essas pessoas.

— Mira. Eu não vou te deixar se por em perigo.

— É serio pai. Confie em mim. Me deixe fazer isso. Eu prometo, eu vou voltar para casa.

Vi uma lágrima nos canto dos seus olhos. Os olhos são a nossa maior semelhança.

Ele saiu, voltando e se afastando do palco.

Um incêndio se iniciou e o caos era total. Perto do que eu imagino ser a tenda do “ Avatar” Pessoas suplicavam.

— Nos ajude! Você é o Avatar, você tem que nos ajudar.

Mas os soldados impediam qualquer aproximação. Eles estavam tentando sair daquele mar de gente.

— Você. Venha garota.

Era aquele general. Será que ele achava que eu preciso de ajuda?

Eu me aproximei.

— Por que o seu grande avatar não ajuda? Ele não veio para isso?

Ele me puxou e me colocou para dentro da contenção, onde o tal do avatar estava escondido e chorando.

— Se levante! – Eu disse com firmeza

— Não. O fogo. Eu tenho medo do fogo.

— Fogo? Você não dobra fogo?

— Ah quer saber eu só vim para dizer. Não ouse dizer que é o avatar! O Avatar não é um covarde que se esconde atrás de soldados. Ele não é uma propriedade de uma só nação!

Ele fungava, eu acho que ele não estava me ouvindo.

Por que eu estou aqui? Eu tenho que ajudar essas pessoas.

— Onde você vai. Fique aqui é mais seguro. – O General me disse.

— Não. Eu tenho uma missão a cumprir.

Sai correndo em direção ao palco principal às imediações já haviam sido evacuadas.

Guardas impediram a minha aproximação.

— Vá para lá mocinha. A policia já tem tudo sob o controle.

Um pequeno avião estava sobrevoando as imediações.

Era do jornal, ele estava filmando a tragédia que havia acontecido. Ele se aproximou demais batendo no palco em chamas.

Me concentrei e fechei os olhos.

Onde havia água?

A fonte. A fonte que nasceu depois do portal. Ele ficava perto.

A água estava me obedecendo. A fonte ficou vazia. E com facilidade um turbilhão de água atingiu aquele palco. O avião começou a cair e eu pulei. Sim eu havia feito isso. Uma corrente de ar me impulsionou e eu saltei tão alto quanto o avião. O ar era mais fácil de ser dobrado. Eu sentia um leve formigamento nas palmas das mãos e ao joga-las para frente eu conseguia impulsionar o ar a minha volta. Eu consegui retardar a queda do avião e ele pousou bruscamente no chão.

Eu comecei a cair . E assim atingi o chão levemente como uma pena.

As pessoas me olhavam boquiabertas. O repórter apontou a câmera para mim.

De lá eu vi meu pai. Eu vi Meelo, eu vi aquele general, eu vi Sina e eu me vi.

— Quem é você? O repórter perguntou.

— Eu? Eu sou a Avatar!


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Notas finais do capítulo

O segundo livro : http://fanfiction.com.br/historia/607918/Avatar_A_lenda_de_Mira_-_Livro_2__Ar/