–Podem ir na frente. - Diz Percy para as meninas e para Nico, eles o encaram desconfiados, mas por fim dão de ombros e entram no museu em que pararam. O caçador olha para trás e se esconde atrás de uma escultura de um leão entalhado ao lado de uma escadaria, observando o homem de sobretudo e chapéu. Apesar disso, ele conseguira ver bem os olhos dele, um azul e outro castanho, e sabia muito bem que não era uma pessoa, o manticore entra dentro de outro museu olhando para os lados. Sem ser visto, Percy viaja pelas sombras e aparece dentro do mesmo lugar em que o monstro acabara de entrar, ele ouve passos estalando no chão e rapidamente se joga no chão sem fazer barulho, ficando atrás de uma escultura de Afrodite nua, o que o faz arregalar os olhos pois ele estava... Um tanto baixo demais.

– Você tem certeza de que ninguém o viu? - Pergunta uma voz, um garoto, espiando entre os pés da deusa do amor ele consegue vê-lo, seus cabelos loiros pareciam da cor de areia, os olhos azuis opacos e tinha olheiras abaixo deles, tinha uma longa e fina cicatriz branca que ia desde a sobrancelha até o queixo, o que o fazia ter uma expressão ameaçadora mesmo não fazendo nada. O manticore bufa irritado e lança ao garoto um olhar ameaçador.

– Sim, tenho certeza, Castellan. - Ele diz o nome do outro friamente e com desgosto, o loiro não parece se importar. - Agora, pare com essas perguntas inúteis e vamos logo falar com o General. - O filho de Poseidon não consegue se mexer, era mesmo verdade? O General estava de volta? Mas, se ele... O caçador de repente tem seu corpo inundado pela raiva que brilhava no verde e prata dos olhos dele em uma promessa clara de morte. Mas se contém e segue os dois, eles entram em uma sala onde há três dracaenae e um homem alto e musculoso em um terno preto com óculos escuros. Quando o vê Percy estremece, mas a raiva brilha ainda mais clara em seus olhos, ele se esconde atrás de alguma coisa que estava tapada por um pano grande e empoeirado.

– Você trouxe? - Pergunta o homem de terno, sua voz era grave e profunda, ela ecoa pelas paredes de mármore branco da sala de reuniões, ele cruza os braços. O garoto loiro vai à frente com uma caixa em mãos, quando ele a abre o caçador se estica para ver o que tem dentro, seus olhos se arregalam, aquilo não podia ser... - Os humanos não fazem ideia do que esses dentes de dragão são capazes de fazer. - Sorri ele pegando a caixa das mãos do outro, ele vai até um buraco cavado no chão e vira a caixa, deixando todos os dentes caírem ali dentro. Uma das dracaenae derrama um líquido vermelho escuro que parecia ser sangue na terra que começa a borbulhar e a soltar fumaça até que dela saem... Gatinhos. Todos parecem confusos, o homem fica bravo e logo se acalma quando outra dracaenae traz mais dentes, ele repete o mesmo processo, mas...

– Spartus. - Sussurra o filho de Poseidon de olhos arregalados.

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