We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 9
Capítulo 9 - Jokes, And All Together ... And, Not Again


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentem o/
mais um cap pra vocês, aproveitem



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”–Alô? – Era sem duvida alguma a voz da Lynn. Meus olhos se encheram de lagrimas.”

Capítulo 9 – Jokes, And All Together ... And, Not Again

Lynn

“Acordei de manhã sentindo alguma coisa vibrar, me abalei levemente antes de perceber de onde vinha a tal vibração.

O celular de Helena.”

–Alô?- Perguntei um pouco desesperada.

–Lynn? Jesus, Lynn onde você está? Estão bem, se machucaram? – Helena queria saber de tudo.

–Calma, nós estamos bem, estamos no telhado de uma casa, mas estamos sem comida e agua, pelo visto nenhum zumbi está por perto e... – me lembrei dos tiros de ontem. – Vocês não escutaram algum barulho ontem? Alguns tiros?

–Não, por quê?

–Graças a Deus, achei que vocês estavam em perigo, mas então, aonde vamos nos encontrar? Estamos morrendo de fome, e estamos um pouco vulneráveis.

–Olha, Mark e Steve vão subir no telhado para ver se encontram vocês, as duas estão em condições para vir até a casa?

–Não sei, mas provavelmente sim. – Vi Mark e Steve no telhado de uma casa, não muito longe, no começo da rua do lado. Eles nos viram e acenaram. – Estou vendo eles, não estão muito longe, bom... Até daqui a pouco então.

–Até, e Lynn?

–Sim.

–Boa sorte.

–Obrigada.

Desliguei o telefone e acordei Sara, avisando que eles estavam bem, e que não estavam longe, poderíamos ir andando e aproveitar que os mortos não estavam por perto. Ela, ainda meio sonolenta levantou-se e caminhou para onde subimos.

–Ah, Lynn? Acho que você não vai gostar muito disso. – Sara expressava decepção em sua fala.

Cheguei perto e não encontrei a escada, na verdade encontrei sim, mas ela estava no chão, xinguei muito em minha mente, ao mesmo tempo tentava pensar em como sair de lá de cima sem ter nossos ossos quebrados.

–Ei, a janela não está muito baixa, da pra pular para lá. – Sara anunciou olhando para baixo em direção à janela.

–Muito bem, agora me ajude, você vai segurar minhas mãos, e só vai soltar quando eu mandar, okay? Acho que não conseguir te segurar sem te machucar, então fique aqui em cima, vou sair da casa e colocar a escada no lugar. Vou deixar minha mochila aqui, caso acontece algo quero estar totalmente leve.

Ela concordou com a cabeça e me segurou pelas mãos e eu desci lentamente pela parede ate sentir meus pés no fim janela.

–Tudo bem, consegue me empurrar um pouco? Ela esta fechada.

–Consigo sim. – Sara fez força e senti meu corpo indo para frente e para trás, ate que tomei a força necessária e consegui quebrar o vidro, adentrando a casa.

Vou contar, ela não estava cheirando muito bem, mas estava muito bem arrumada, tinha tapetes chiques espalhados por esse andar fui andando de vagar com a minha faca já em mãos para caso acontecesse alguma coisa inesperada, algumas portas estavam entreabertas, e minha curiosidade falou mais alto, a primeira porta que vi abri lentamente e por sorte não tinha ninguém dentro.

Era um quarto de uma adolescente provavelmente, tinha bastantes livros em uma gigante estante, CD’s e pôsteres de bandas de rock espalhados pelo quarto, olhei a estante de livros mais perto, e eram livros do gênero que eu gosto, olhei com desejo todos aqueles livros e resolvi pegar um.

Olhei os títulos que variavam desde “Percy Jackson e os Olimpianos” até “50 Tons de Cinza”. Fiquei em duvida entre dois, “It – A Coisa” do Stephen King e “Coraline” do Neil Gaiman. Acabei por escolher Coraline, por mais que queria levar os dois, não podia ocupar minha bolsa com muita coisa desnecessária. Como minha bolsa ainda estava com Sara, tive que carregar o livro na mão.

Já tinha deixado Sara esperando por muito tempo então resolvi sair da casa sem explorar todo o local, ao sair do quarto, desastradamente como a lerda que eu sou, derrubei o vaso que se encontrava em cima de uma mesa no corredor, esperei alguns segundo e não ouvi mais nenhum ruído estranho, quando cheguei à escada para descer, vi um zumbi transitando da sala para a cozinha, por sorte não tinha me visto.

Desci as escadas no maior silencio possível, sempre de olho na entrada da cozinha, como olhei demais para frente e de menos para o chão tropecei em alguma coisa, xingue-me mentalmente de todos nomes possíveis, e só parei quando vi o homem zumbi avançando em minha direção, no calor do momento, em vez de usar a faca, bati com o livro que estava comigo na cabeça do zumbi, que como estava podre fez com que a parte de trás se encharcasse de sangue podre. O zumbi cambaleou um pouco e voltou a avançar em minha direção, soltei o livro e rapidamente cravei a faca em seu crânio. Agradeci por desta vez não ter nenhum imprevisto e de primeira eu consegui terminar de matar o morto.

Peguei o livro do chão, e o limpei em meu vestido. Merda, como aquilo estava me incomodando. Ao olhar para o chão para saber no que eu havia tropeçado, vi um corpo praticamente puro osso, em uma de suas mãos vi um rifle de caça, não pensei duas vezes e me abaixei para pega-lo. No ultimo segundo hesitei um pouco, com medo dele acordar do nada e me morder o braço. Lentamente fui abaixando até encostar minhas mãos no rifle, soltei um longo suspiro e uma pequena risada ao perceber que tudo estava bem.

Sem examinar muito puxei o rifle, mas acho que seu dono o segurava muito forte, pois o corpo veio junto, me assustei e gritei, soltando a arma e caindo para trás, tapei minha boca com a mão e suspirando pesado com a aceleração do meu coração. Ao perceber que me assustei com o nada comecei a rir baixo, desprendi os dedos do morto da arma e a peguei. Quando sai da casa, Sara me esperava roendo as unhas.

–Poxa Lynn, não me assuste desse jeito, por que você gritou? Já estava em desespero. – Ao me ver, Sara suspirou fundo, instantaneamente comecei a rir da sua situação. – Que foi? Eu fiquei preocupada.

–Desculpe... Desculpe... Só estava lembrando do que aconteceu lá dentro... – Disse ainda entre risadas e erguendo a escada. Sara começou a descer com as duas mochilas.

–E o que aconteceu de tão engraçado assim?

Contei a ela o que eu havia aprontado comigo mesmo, e ao terminar Sara também estava às gargalhadas. Sequei as lagrimas que se formaram nos cantos dos olhos por tanto rir.

–Bom, o único problema é que eu não sei atirar, e as únicas pessoas que eu conheço que sabem são... O meu irmão e meu pai. – Disse as ultimas palavras sem muita animação.

–Não se preocupe, vamos encontra-los. Por enquanto vamos tentar chegar até sua casa vivas para que você possa viver ao lado deles. – Sara colocou o braço em meu ombro, assenti e começamos a avançar até a casa que os outros se encontravam.

Passamos pela rua sem problemas, já que não tinha nenhum morto por perto, ao se aproximar da casa ponto de encontro, já pude avistar Anna e Helena na porta, a nossa espera. Anna me viu e correu até onde eu estava e me abraçou.

–Que bom que sobreviveu.

–Querida, você está falando com Lynn Meivick, desde quando desconfia que eu não vá sobreviver? – Disse fazendo pose mostrando meus “Músculos” Anna e Sara começaram a rir instantaneamente. – Que foi gente? Eu hein. – Disse, e comecei a rir junto delas.

–Tenho uma surpresa para você, acho que vai ficar contente. Vamos. – Anna nos conduziu até a entrada da casa, chegando lá, abracei Helena fortemente e Sara fez o mesmo.

Conversamos um pouco e quando entrei na sala vi Jack sentado no estilo “jogado”.

–AH MEU DEUS JACK, VOCÊ ACORDOU. – mesmo não o conhecendo muito bem, pulei em seus braços.

–Fico feliz que está bem também, Lynn. – Disse ele ainda um pouco confuso.

–Desculpe calor do momento. – Disse e ri logo em seguida.

–Tudo bem, e alias, agradeço a vocês por não terem me deixado para trás. Realmente pensei que ficaria para trás.

–Já disse e repito, agora somos um grupo, e esse grupo é uma família. – Helena chegou por trás e disse.

Escutei passos e logo Mark e Steve apareceram na parte de cima da escada. Vi os olhos dos dois brilharem e depois disso, desceram correndo me abraçando quando chegaram perto.

–‘To vendo que nossa querida Lynn aqui é invencível. – Steve brincou.

–Por favor, sem exagero, nem foi tão assim, do jeito que vocês ficam ai falado. – Depois disso, escutei risadas e ri também. – Mas então, percebi que as redes de energia ainda funcionam, já tentaram ligar a televisão para ver se tem alguma noticia sobre o que está acontecendo?

–Já sim, mas tudo esta em brando, nenhum canal pega. – Anna disse sem emoção

–Não tem radio aqui? – Perguntei.

–Eu acho que agora tem Lynn, onde esta meu celular? – Helena virou-se para mim.

Cacei o celular dentro da mochila até achar e lhe entreguei. A principio só ouvia ruídos, mas depois pude ouvir um tipo de mensagem gravada, parecia estar no final.

–Fiquem quietos, vai começar de novo. – Helena pediu, e depois disso

“Como vocês já devem ter percebido, essa nova infecção é transmitida usualmente pela mordida ou arranhão de uma pessoa infectada, por isso tomem cuidado. Se querem saber, não sou policial nem ninguém do governo, sou apenas um cientista que esta prestes a morrer, por isso estou fazendo essa gravação, e espero que todos ainda vivos a escutem e saibam que em pelo menos, nas primeiras 48 horas ninguém esta seguro. Vou lhes explicar melhor : o Agente causador dessa zumbificação que esta ocorrendo recentemente é um vírus chamado Enteroviridae, que é o causador da meningite viral que é quando uma pessoa se contamina com um enterovirus em geral por alimentos contaminados ou agua contaminada, o vírus se multiplica e atinge o sistema nervoso central via corrente sanguínea, acho que nesses últimos tempos esse vírus sofreu uma mutação, causando morte em 97% da população estadual e muito possivelmente, na população mundial, provavelmente a rede de transmissão do vírus mais convincente (ainda não pude pesquisar mais afundo nesse caso, pois não tive tempo) é que a rede de abastecimento de agua na nossa região foi contaminada de algum jeito, as pessoas com saúde fragilizada tiveram a tal meningite viral que dentro de 48 horas pode resultar em derrame cerebral, trazendo assim a morte a pessoa contaminada, mas o problema é que ninguém continuou morto, outros possíveis sintomas são : febre alta, convulsões e fortes dores de cabeça, ao sentir todos esses sintomas saibam que não há mais volta, você irá morrer com certeza. Os primeiros lugares que foram totalmente tomados por essas novas e bizarras criaturas foram os hospitais, então por favor, não pensem em momento algum, em hipótese alguma, NUNCA vá em algum hospital buscar ajuda, JAMAIS. Levando em conta que 0,5% da população mundial é imune a esse tipo de vírus pela resistência genética, pode explicar o caso de ter seres humanos vivos após o período de 48 horas, mas antes disso, não confiem sua vida no mundo, por enquanto todos estamos vulneráveis, podemos morrer a qualquer hora, e caso sobrevivam até depois das primeiras 48 horas, considere-se um ser humano de sorte... Ou não, quem iria querer viver em um mundo desse, bom, esta a critério seu, se sobreviver ao ataque de meningite viral, claro.

A boa noticia é que eu estava no caminho para descobrir o que são, e se eu conseguir descobrir mais coisas sobre essa mutação, posso descobrir a cura, mas sabe lá Deus quanto tempo isso iria levar, e uma coisa que eu não tenho agora é tempo, a única coisa que eu posso ter certeza e afirmar para vocês é que : Toda carne podre vai ser consumida pelas bactéria um dia, querendo você ou não, e a conclusão que eu tirei disso é que...”

Depois disso, só conseguíamos escutar ruídos e no final um grito agoniante, a mensagem voltava para o início, bom, eu sabia que não iria ser nada fácil descobrir o que estava acontecendo, e eu acho que nem tão cedo vamos descobrir isso se é que nós vamos descobrir um dia, né?

–Helena, acho que você podia gravar essa mensagem, pode ser útil mais pra frente, então nunca perca esse celular. – Anna anunciou, e pensando bem, é uma informação bem valiosa.

–Acho que agora não somos mais desconhecidos né? Podem me chamar de Lena. – Hele... Lena disse colocando a mensagem para gravar.

–Sendo assim podem me chamar de Annie. – Anna também se pronunciou.

–Acho que não tenho apelidos. – Disse fazendo bico, e todos riram. – Mas agora é sério, precisamos conversar sobre essa mensagem. De acordo com o que escutamos, nós ainda poderemos morrer, após um período de 48 horas, não se passaram dois dias desde que tudo começou, a única coisa que podemos fazer é esperar.

–Mas e essa coisa da água contaminada? Não seria perigoso tomar água? – Abby que estava sentada no sofá disse, pensando bem até que ela era bem inteligente e atenciosa aos detalhes, mais do que eu imaginei.

–Se não tomarmos água vamos morrer, não temos opção. – Mark, dessa vez protestou.

–Bom, se for pra morrer, vamos descobrir daqui a algumas horas, basta fingir que ainda não sabem que a água é contaminada e toma-la normalmente, vocês escutaram certo, cerca de 0,5% da população mundial é imune a esse tipo de contaminação, então mesmo se sobrevivermos poderemos tomar água a vontade sem se preocupar. – Steve também se juntava a discussão.

–A melhor coisa que podemos fazer agora é esperar... Vamos passar a noite aqui que é melhor, e já sabemos que não tem perigos. – Lena disse. – Lynn e Sara, acho que já tá na hora de tirarem esses vestidos, certo? Aproveitem que tem energia e que a água está quente, algumas roupas de alguém nessa casa devem servir em vocês. Quando terminarem voltem aqui, quero saber como vocês conseguiram sair de lá, e onde conseguiu aquilo. – Disse ela apontando para minha mochila, não... A mochila não, ao rifle que estava em cima dela, tinha até me esquecido dele.

–Ok. – Sorri e comecei a andar, mas parei ao me lembrar de que não sabia onde ficava o banheiro.

–Fica no andar de cima, se for isso que iria perguntar. – Anna disse entre risos, agradeci e subi as escadas para um banho quente e relaxante, eu precisava mesmo de um desses.

A água caia em meu corpo e parecia que levava todo o stress e sufocos que eu já passei, eu os via indo ralo abaixo. Ao terminar meu banho fui em um quarto aleatório e revirei algumas gavetas, nenhuma calça me serviu bem, então encontrei uma calça legging que também ficava meio grande, mas com a ajuda da minha faca consegui fazer com que ficasse do meu tamanho, a blusa eu achei rapidamente, uma blusa preta de manga comprida, que não era quente, mas também não era fria, era o tipo ideal, possamos dizer assim.

Desci as escadas, quando já estava pronta, logo quando cheguei à sala ouvi sussurros.

–O que está acontecendo? – perguntei.

–Quieta, estão na frente da casa. – Foi tudo o que eu ouvi de alguém que não pude decifrar quem, pois foi muito baixo.

De repente, um deles se chocou contra a janela.


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Notas finais do capítulo

Caso se perguntem se a doença é real, em parte sim, a meningite viral existe, mas de resto eu que inventei, eu só mudei um pouco rçrçrçrç', se quiserem ver mais sobre a doença vou deixando o link para vocês : http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biovirus10.php
Espero que tenham gostado



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