We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 13
Capítulo 13 - This Bastard Would Abuse Me


Notas iniciais do capítulo

Sei que eu demorei, mas ta aqui um capitulo bem grande pra vocês ♥ E olha, vou avisando, bem frenético também HEHUEHUE
espero que gostem ♥



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"Acordei suando frio, tinha tido um pesadelo.

Com Jonah... E meus pais."

Capítulo 13 - This Bastard Would Abuse Me

Lynn

Todos nós já havíamos desistido dos nossos parentes, isso é fato. Mesmo que não falemos estava na cara que tínhamos desistido de procurar por eles, ainda mais depois que a primeira semana desde o fim do mundo havia começado. Por incrível que pareça, Abby já se encontrava em um estado de saúde muito bom, sentia forte dores de cabeças de vez em quando, mas era só isso. O ferimento dela fora apenas um corte grande, ela desmaiou apenas pela enorme perda de sangue, ninguém havia acreditado na enorme sorte dela.

Fiz questão de enterrar o corpo de Jonah já que ele era praticamente da família para mim, ele era só uma criança e merecia pelo menos um enterro digno. Enterramos ele no quintal a três dias, onde era o antigo jardim da família dele, então ele ficaria num lugar agradável.

–Acho que já está na hora de sair dessa casa né. – Helena advertiu, estávamos na casa da Marina desde que Abby estava desmaiada, ficamos pois ela precisava se recuperar, mas agora que ela já está bem já poderíamos sair e continuar nossa caminhada.

–Sim, concordo. Ainda temos que ir para a casa de Abby, precisamos traçar nosso trajeto até lá, pois sabemos teremos que atravessar uma boa parte da cidade. – Eu estava com Anna, Helena e Mark na sala, discutindo o que íamos fazer.

Abby estava no quarto arrumando as mochilas, Steve estava fora procurando comida com Jack, eles levaram consigo o rifle que eu havia achado e a pistola também, apesar de terem poucas balas.

–Precisamos pensar.... – Mark refletia. – Não, na verdade precisamos de um mapa. – Ele foi em direção a um dos cômodos da casa e voltou com um mapa na mão. - Vejamos... O caminho mais rápido seria passar direto pelo Shopping Avenue e seguir em direção ao Jardim Botânico, a casa da Abby é logo após. Mas o caminho mais seguro seria passar pelo mercado e pela delegacia, já que nossa comida e munições já estão acabando, sei que já não deve ter nada lá, mas precisamos tentar né.

Todos concordamos,

–Então, faremos os caminho seguro? – Perguntei com as mãos por cima do joelho, analisando todas as alternativas e repassando mentalmente o plano que eu já havia bolado.

–Sim.

–Tudo bem, esperaremos Steve e Jack chegarem a já partiremos, não podemos mais perder tempo.

Concordamos com a cabeça quando vimos Abby descer as escadas. Ela ainda mantinha uma faixa na cabeça, caso os pontos de abrissem e o sangramento voltasse.

–Pronto pessoal já arrumei tudo, só precisamos esperar Jack e Steve voltarem e já poderemos ir embora. – Abby trazia consigo as 6 mochilas que tínhamos, uma para cada pessoa do grupo.

Foi uma questão de segundos para que os dois chegassem, e infelizmente estavam sem nada.

–Não conseguimos achar nada, parece que tudo que tinha nesse quarteirão já foi saqueado. – Steve trazia em seu rosto uma expressão de decepção

–Definitivamente precisamos passar no mercado. – Exclamei

–Arrumem suas coisas pessoal, partimos agora.

Eu peguei minha mochila e a coloquei nas costas e pus minha faca no suporte em minha cintura que eu havia improvisado. Mark ficou com a pistola e Steve com o rifle, Helena com o machado e Abby, Anna e Jack estavam desarmados apenas carregando mais algumas sacolas a mais.

–Revisando o plano, iremos direto para o Mercado Principal e ficaremos juntos, devemos sair de lá no máximo até o sol se pôr para acharmos uma casa vazia para poder passar a noite, caso não dê certo, precisaremos ser muito mais ágeis pois estaremos na rua de noite e isso poderia nos causar muitos problemas, estamos entendidos? – Mark repassa o plano com tanta convicção que parecia um líder nato, não pude deixar de prestar mais atenção em seus cabelos loiros bagunçados e olhos castanhos do que em suas palavras, e ele parece ter percebido, pois me olhou e deu um sorriso travesso me fazendo corar na hora.

Todos concordaram e começamos a andar, a caminhada não seria rápida mas conseguiríamos fazer tudo até a noite caso não houvesse interrupções.

Estávamos descansando, todos nós suando um pouco por conta do sol que fazia, devia ser umas duas horas da tarde e o sol estava bem ardido, paramos sob algumas arvores para retomar o folego, mas logo iriamos voltar a caminhar.

– ‘Ta tudo bem com você, Lynn? – Eu estava tão aérea que nem vi Mark chegando.

–Hum? Ah, sim, estou bem, porque? – Menti, eu não estava bem, eu ainda pensava na minha família, e pensava no corpo morto de Jonah jogado ao chão, eu tinha pesadelos com aquilo toda noite.

–Você não me parece nada bem. – Ele disse me olhando, não respondi pois não sabia o que dizer, não iria desabafar aqui e nem com ele, primeiramente que ele não merecia saber de nada a respeito de mim.

Me lembrei da noite do baile, ele havia me convidado e poucos minutos depois de chegarmos ele já estava nos braços de Abby, aquilo reviveu minha raiva momentânea e eu acabei por me calar de vez. Mudei meu humor rapidamente, meu rosto que antes trazia consigo uma expressão de medo e tristeza, agora carregava uma enorme onda de ódio.

–Lynn, sério, o que houve com você?

–Desde quando se importa? – Eu estava furiosa por pouco, eu sei. Eu não gostava dele e isso era claro, e depois que ele me fez ficar com cara de idiota na frente de todo mundo eu definitivamente cheguei ao ápice de ódio. E todas as vezes que eu fiquei feliz por ele estar vivo, e todas as vezes que me pegava pensando se ele estava bem, era simplesmente porque eu não queria ninguém do nosso grupo morto.

–Jesus Lynn, porque está com essa cara? O que eu fiz para você?

AH NÃO, ELE NÃO DISSE ISSO.

–Além de ter me deixado com cara de idiota enquanto todos riam da minha cara, de ter me perturbado o ano inteiro fingindo gostar de mim para depois me trocar na cara dura pela Abby, tudo isso para agradar ela me fazendo sofrer? Nada Mark, você não fez nada. – Confesso ter ficado feliz com a cara de taxo que eu o fiz ficar, e após isso eu sai do local pisando forte.

–Já está ficando tarde, que tal continuarmos? Estamos quase chegando. –Exclamei ao chegar perto de Anna e Helena que estavam um pouco mais a frente. Elas concordaram e todos levantaram e voltaram a andar.

Me senti mal quando parei pra pensar na minha conversa com Mark, admito. Pois não gosto de magoar as pessoas, mesmo que elas tenham pisado nos meus sentimentos e sambado em cima, eu odiava deixar as pessoas mal e eu era muito idiota por ser assim. Eu não havia olhado na cara dele desde então, mas quando avistamos o letreiro do Mercado a vista, eu não pude deixar de olhar para trás e verificar seu rosto. Ele olhava fixo para o chão e talvez estivesse pensando, não sei.

–Tudo bem, vamos entrar e procurar por coisas úteis e sairemos. Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, já está escurecendo e as ruas estão mais cheias de zumbis do que antes, sejam ágeis. Nos encontraremos aqui fora em 10 minutos. –Helena ordenou

Assim que entrei no mercado fui direto para a parte do fundo, onde ficavam os enlatados que era o que nós mais encontrávamos nas casas que passávamos. O mercado era enorme, realmente eu me perderia muito fácil lá dentro.

Achei que tivesse ouvido alguma coisa, parei de encher minha mochila e olhei ao redor.

–Pessoal? – Perguntei, mas não obtive respostas.

Pensei que fosse coisa da minha cabeça então voltei a encher a mochila, ou tentar visto que praticamente tudo já havia sido levado. Senti um arrepio na espinha e um mal pressentimento, ia me virar para ver o que poderia ser quando senti uma pancada na cabeça. Eu fiquei consciente, mas minha cabeça doía tanto que minha visão ficava turva vez ou outra, percebi que eu estava sendo carregada nos ombros por alguém que não sei quem era. Assim que me dei conta do que estava acontecendo comecei a me mexer e a gritar pedindo por ajuda, a pessoa que me carregava me pôs no chão e tampou minha boca.

–Calma lá princesinha, se gritar de novo terei que fazer com que cale a boca de um jeito não muito bom. – Um cara moreno e alto, com os músculos a amostra disse sorrindo para mim e mostrando uma faca extremamente afiada. Seu sorriso carregava uma malicia excessiva e eu percebi o que ele tinha em mente.

Meus olhos se encheram de lagrimas e involuntariamente eu gritei de novo, mas antes que alguém pudesse ter escutado ele passou a faca pela meu braço fazendo um corte enorme e profundo. Agarrei meu braço tremendo com a dor que ele causava, meus dedos estavam encharcados de vermelho vivo e minhas pernas estavam bambas. Ele me pegou pelo outro braço e voltou a me arrastar.

–O que vai fazer comigo? Aonde está me levando? – Perguntei com voz de choro.

–Faz um tempinho que não vejo uma garota aos arredores, sabe? Eu e meu amiguinho queremos brincar um pouco. – Ele disse ainda com aquele sorriso desgraçado no rosto. Definitivamente eu estava em uma enrascada e precisava sair dela o mais rápido possível.

Parecia um filme, eu estava assistindo aquela mocinha prestes a ser abusada e não podia fazer nada. Tudo parecia se mover em câmera lenta, não havia som em volta, algumas coisas são embaçadas na minha mente e durante aqueles instantes que pareciam eternos, e só pensava no pior. Eu estava chocada, em pânico e praticamente congelada.

Ele finalmente parou quando chegamos na parte dos fundos do mercado, onde os funcionários ficavam, me jogou contra a parede e começou a tirar suas roupas. Nesse momento fiquei travada, não chorava, não falava. Estava em pânico apavorada, mas mesmo assim não conseguia nem demonstrar o horror daquilo tudo que estava acontecendo, eu estava com vontade de chorar, mas o pânico que eu sentia no momento não me deixava fazer nada a não ser observar. Era um estado quase de resignação, de saber o que estava por vir e nem mesmo lutar pela minha vida e pela minha dignidade.

Minha visão começou a vir em flashes, vi seu membro fora da calça enquanto ele aproximava de mim, me forçando a beija-lo, assim que terminou ele me pediu para tirar minha roupa, obviamente disse que não, então ele apontou a faca para meu pescoço e disse em meu ouvido que cortaria minha garganta caso não satisfizesse seus desejos. Comecei a chorar, pensando comigo que eu não poderia fazer isso, até que sinto suas mãos enorme rasgando minha blusa e deixando meu sutiã a amostra.

Ele me forçou novamente a beija-lo, sempre com a faca em minha pele, me advertindo que qualquer coisa que eu fizesse de errado ele me estilhaçaria, seu membro roçava minha pele e eu já estava sentindo ânsia, mas não podia fazer nada. Sua mão desceu pela minha barriga e parou em minhas pernas, e eu já sabia o que viria a seguir. Sabia que o que eu podia fazer a seguir era arriscado demais, mas eu não podia permitir que aquele desgraçado me tocasse mais.

Chutei seu membro com a maior força que tive, ele se contorceu de dor e eu aproveitei para tentar correr, mas ele agarrou meu braço e eu comecei a gritar desesperadamente, rezando para que alguém tenha me ouvido. Aconteceu tudo muito rápido, senti a lamina cortando minha bochecha e o sangue escorrendo da mesma, de algum jeito consegui me soltar de suas mãos grandes e corri até a porta, acabei tropeçando em algumas prateleiras que se encontravam no chão e tentei me arrastar.

Ele estava bem atrás de mim, havia colocado sua calça e agora portava um revolver que eu sei lá de onde ele havia tirado, sua mira estava bem sobre minha cabeça e ele me fuzilava com os olhos, eu chorava e tentava gritar pedindo ajuda e me arrastar até o mais longe possível daquele ser. Eu estava cansada demais de tentar fugir e me virei para ver seu rosto, ele se divertia com a cena que eu estava fazendo, seu sorriso o entregava, ele estava gostando daquilo. Esse maníaco desgraçado estava adorando tudo aquilo. Minha raiva tomou conta de mim, eu não podia me rebaixar a um nível tão inferior assim, mas também não poderia lutar contra ele, ele estava armado e eu não tinha nada, pois ele havia tomado minha faca logo após a me nocautear. O encarei antes de dizer o que talvez fossem minhas últimas palavras.

–Vai pro inferno. – Ele me encarava com a arma apontada para meu rosto, eu fechei meu olhos fortemente esperando o barulho do tiro.

Eu ouvi segundo depois, mas ainda estava viva. Abri os olhos e vi o corpo do brutamontes caindo no chão, com um buraco de bala na cabeça. Eu estava confusa.

Ao olhar para trás, vi Mark segurando o revolver que ele tinha ainda no ar, como se esperasse mais alguém aparecer para que ele possa atirar, ele parecia estar tão chocado quanto eu, logo atrás dele estava Helena e do outro lado pude ver Anna também e provavelmente o resto do grupo também estava la, todos com expressões de pânico. Assim que Mark abaixou a arma, ele a largou no chão e correu em minha direção.

–Meu Deus... Lynn... Meu Deus. – Ele não sabia o que falar, eu estava chorando absurdamente que nem raciocinava direito. – Eu ouvi você gritando, tentei te procurar mais não estava te encontrando, eu juro.... Juro que te procurei, juro que tentei chegar até você. Eu.... – Sem mais nem menos ele me abraçou, e eu o abracei de volta, eu ainda estava paralisada, não me importava com o corte em meu braço e tampouco com o de meu rosto.

Em situações normais eu ficaria envergonhada em ficar apenas de sutiã na frente de um menino, mas nessas circunstancias eu já não queria saber de mais nada, só queria sair daquele lugar e tentar me recuperar. Quando Mark percebeu que eu estava apenas de sutiã, imediatamente tirou sua blusa e me deu, eu a vesti sem dizer nada aliás, ninguém ali estava dizendo nada. Todos estavam com a boca em um perfeito “ o “, certamente nunca haviam presenciado uma tentativa de estupro.

Mark me ajudou a levantar e em momento algum me soltou até que estivéssemos do lado de fora do mercado.

–Alguém me traga uma garrafa de água, RÁPIDO. – Ele gritava. Helena chegou com duas, uma para mim e outra para ela limpar o sangue dos meus ferimentos.

Minhas mãos estavam tremulas e de repente todos começaram a falar ao mesmo tempo. Minhas cabeça estava explodindo com as perguntas e preocupações, meu braço e meu rosto estavam queimando de dor, me senti fraca, meus ossos tremeram e eu vomitei. Eu estava pálida e ao respirar uma única vez depois de todo o vomito ter saído, eu desmaiei nos braços de Mark, e a última coisa que eu vi foi seu olhar explodindo em preocupação


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até a proxima



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