We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 12
Capítulo 12 - He Did Not Deserve


Notas iniciais do capítulo

Gent, antes que me perguntem o que aconteceu eu vou explicar qqq
Como eu tinha dito né, eu ia excluir a fic sim. Mas eu recebi algumas mensagens me pedindo para não fazer isso e tals, como eu sou coração mole eu decidi nao excluir a fic e sim continua-la. Mas fiquem sabendo que as atualizações da fic não vão ser tão constantes, mas eu não vou mais exclui-la



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553704/chapter/12

“-Pra você também. – Passei o braço de Abby sobre o meu para ajudá-la a andar e caminhamos o mais rápido possível para o beco, precisávamos achar um abrigo ou qualquer coisa rápido, Abby não estava nada bem.”

Capítulo 12 – He Did Not Deserve

Lynn

Dei uma última olhada para trás, e vi de relance Helena e os outros correndo.

–Vamos Abby, os mortos já nos notaram.

A ajudei a se equilibrar, passando seu braço pelo meu ombro, e começamos a caminhar. Se tudo desse certo chegaríamos a praça em menos de uma hora. Mas com certeza nada daria certo.

Após andar um pouco pelo escuro, temendo qualquer barulho que escutávamos, eu tive que parar para aplicar a morfina em Abby, ou ela morreria de dor.

–Onde estamos? – Ela me pergunta com a voz meio falha.

–Não sei bem, está escuro demais não estou reconhecendo direito.

Não sabia bem o que estava fazendo, mas sabia o básico de primeiros socorros, e torcia para que apenas isso fosse o suficiente para aplicar morfina em alguém. Após medicar Abby, voltamos a andar, dessa vez em silencio. Até que vimos um ponto iluminado no meio da escuridão. Ao chegarmos um pouco mais perto vimos que se tratava de um posto de gasolina, e ao lado havia um carro da polícia local.

–Graças a Deus. – Abby anunciava em um tom de voz tão baixo que quase não pude ouvir o que dizia.

–Ei, tem alguém ai? – Gritei, mas não recebi uma resposta. – Tenho uma pessoa ferida aqui comigo, poderia nos ajudar? – Novamente sem resposta.

Algo não estava certo.

–Espere aqui, vou ver o tem por lá. – Deixei Abby sentada encostada em um poste, ela respirava com dificuldade, mas parecia estar resistindo muito. Ela não queria morrer agora. Percebo também que o sangue que antes jorrava de sua cabeça, agora estava estável.

Com a faca em mãos comecei a avançar, com tanto medo que minha mão chegava a tremer. Ao me aproximar mais a luz do posto deu uma leve falhada, fazendo com que eu soltasse um grito. Levei uma das mãos ao peito e respirei fundo.

Fui primeiro a loja de conveniência, já que a mesma estava aberta. Quando entrei bati com o cabo da faca no balcão, se algum morto-vivo estivesse lá viria até mim pelo som da faca. Bati duas vezes, só pra ter certeza de que estava sozinha.

Não havia quase nada na loja, exceto algumas prateleiras e outras coisas jogadas pelo chão, mas tudo estava vazio. Deixei a loja e caminhei até o carro, crente de que não havia nada nem ninguém perto de nós. Ao acercar o carro encostei meu rosto na janela do motorista, para ver se tinha algo que pudesse ser usado para Abby ou até para mim.

Vi uma sombra se mexendo lá dentro e apertei mais meu rosto contra o vidro para tentar ver o que era. De repente, uma figura pula para a janela onde estava fazendo com que eu me assustasse e caísse no chão.

–Merda. – Anunciei enquanto me levantava e me recuperava do susto. Voltei a chegar checar o interior do carro para ver se havia algo útil lá, além do morto, claro. Pude ver com certa clareza que estava fardado com o uniforme policial, o corpo preso ao cinto de segurança. Ao descer o olhar pude ver também que portava uma arma.

Olhei para trás para ver se estava tudo bem com Abby e ela me olhava com curiosidade. O morto gania, passando a mão podre pela janela, na tentativa de me alcançar, respirei fundo e abri um pequeno vão na porta, e tive que fazer força para que o zumbi não a abrisse por completo.

Assim que o policial tentou colocar sua cabeça para fora do carro, cravei a faca em seu crânio. Abri a porta e deixei que o corpo caísse no chão, apalpei seu corpo até que chegasse a arma tirando-a de seu cinto.

Eu fazia uma pequena ideia de como usar uma arma, pois meu pai era policial e meu irmão estava aprendendo a atirar, mas eu não me sentia segura segurando uma. Tentei reconhecer que tipo de arma era aquela e achava que era uma pistola, verifiquei se tinha trava de segurança ou eu poderia acabar atirando sem querer.

–Vamos, já sei onde estamos. Nosso ponto de encontro está a apenas duas ruas daqui. – Puxei Abby e voltamos a andar.

Deveria ser umas 4h da manhã e por uma incrível sorte não encontramos nenhum morto-vivo no caminho da praça.

Estávamos quase chegando quando escutei alguns disparos vindos de não muito longe, meu coração acelerou quando comecei a ouvir gemidos muito perto de nós duas. Tentei desesperada, correr em direção a praça que estava praticamente na nossa frente. Helena e os outros ainda não tinham chegado e eu estava extremamente vulnerável, rezando com todas minhas forças para que nada de errado acontecesse. Abby estava deitada no banco e eu estava atenta a qualquer barulho, até o uivo do vento.

Mais disparos, mais gemidos e nada deles chegarem.

Eu já estava suando de nervoso quando sinto uma mão pegando em meu ombro, automaticamente gritei de susto e me virei com a faca na mão, fazendo um corte no braço da pessoa ou coisa que me tocou.

–Lynn, sou eu. Ai – Steve segurava o braço ferido com força.

–Oh meu Deus, me desculpe. – Meus olhos estavam marejados. – Eu estava com tato medo, por favor me desculpe. – comecei a chorar, eu estava uma pilha de nervos.

–Calma, tudo bem. – Ele me abraçou enquanto eu chorava. Eu estava tremendo de nervoso e estava muito quente. – Lynn, você está queimando. – Steve disse com a mão sobre minha testa. Chamou Helena e os outros, dizendo que a praça estava limpa.

–Onde está Abby? – Lena perguntou ao chegar até mim.

–No banco, deitada.

–Você aplicou morfina nela? O sangramento parou um pouco?

–Sim e sim. Ela resistiu muito bem.

Helena foi até onde estava Abby, e ficou em silencio.

–Helena.... Aconteceu alguma coisa? – Mark perguntou preocupado.

Ela continuou em silencio.

–Abby está desmaiada....

Uma onda de culpa, terror e medo me invadiram e eu voltei a chorar, praguejando em voz alta que aquilo era culpa minha, que eu deveria ter sido mais rápida, que deveria ter cuidado melhor de Abby. Anna me abraçava e dizia que não era culpa minha, mas eu não estava pensando em nada naquele momento, só em o quanto eu fui inútil em relação a Abby.

–Ela ainda está viva e respirando muito fraco, mas se nós encontrássemos um lugar para que ela descansasse eu poderia cuidar dela e ela poderia se recuperar. – Lena se encontrava inquieta.

–Vocês duas. – Apontou Jack. – Vocês moram por aqui, conhecem alguém que more por aqui também?

Ficamos pensando por um momento.

–A casa da Marina. – Anunciamos juntas.

Anna e eu éramos responsáveis por cuidar do filho dela nos finais de semana, e era do lado da praça onde estávamos, tanto que nós trazíamos seu filho para brincar aqui.

Helena carregou Abby no colo o trajeto inteiro, sempre verificando sua respiração. A porta da casa da Marina estava totalmente aberta, mas o carro não estava na garagem. Eles já deviam ter partido. Testei o interruptor da sala que por um momento fez a luz acender, mas logo depois ela apagou.

Dei graças a Deus por conhecer aquela casa na palma da minha mão e saber onde cada coisa estava. Fui logo atrás das velas que ficavam em um armário na cozinha, eu estava tão aflita que em pensei que poderia ter algum zumbi lá dentro, só fui seguindo apressada em direção a cozinha.

Fui direto na gaveta onde ficavam as coisas de emergência, bati em muitos moveis enquanto procurava pelas velas, com certeza algumas daquelas pancadas iriam ficar roxas. Consegui chegar até a gaveta do armário mas não tinha nada lá, soltei um “não pode ser” um pouco baixo e fui passando a mão pelo balcão ao lado, e acabei encontrando uma caixa de fósforos. Acendi um e um arrepio subiu pelo meu corpo, e quando me virei pude ver um enorme poça de sangue e um corpo no chão. Não era da Marisa, nem de seu marido.... Era do filho deles.

Jonah estava atirado no chão com uma mordida no pescoço e uma na coxa direita e com um tiro na cabeça. Levei minha mão a boca e lagrimas escorriam descontrolavelmente pelo meu rosto.

–Meu Deus.... Meu Deus... – Me joguei no chão ainda em choque, meus olhos estavam arregalados e meu coração estava misturado em dor e tristeza. O menino tinha apenas 4 anos.... Não conseguia acreditar....

–Lynn, você está aqui? – Anna me chamava. Eu não respondi.

Ela pegou um dos fósforos que estavam no balcão da cozinha e acendeu, olhou pra mim e viu meu estado.

–Lynn, o que houve? O que foi? Por que está chorando? – Eu apenas apontei para onde estava o corpo sem vida de Jonah, e ao ver, Anna também paralisou.

Jack veio depois com Mark saber o que tinha acontecido por estarmos demorando muito. Eu ainda estava imóvel, já Anna já tinha se recuperado e explicou o que eu vi. Eu era muito apegada com o garoto, Jesus... Ele não merecia isso.

Jack me levou em seus braços para o sofá que se encontrava na sala e Anna ficou encarregada de achar as velas. Um tempo depois ela voltou com elas, acendeu uma e colocou em cima da mesinha de centro, em frente o sofá onde eu estava.

Meu rosto ainda se encontrava pálido e algumas lagrimas ainda rolavam, eu chorava em silêncio. Tinha até me esquecido de Abby.

–Helena, como está Abby? – Perguntei secando as lagrimas.

–Acabei o curativo na cabeça dela, ela vai precisar ficar em repouso por um tempo. A cabeça dela está enfaixada. Está dormindo no andar de cima.

–Ela vai sobreviver? – Anna perguntou.

–Eu... Eu não sei. De verdade, ela perdeu muito sangue, tudo vai depender dela. Eu fiz o meu melhor com o pouco que tinha.

Todos ficamos em silencio.

O sol já estava aparecendo e nós ainda não tínhamos dormido. Eu acabei dormindo involuntariamente, mas ninguém me acordou em momento algum, só fui acordar na tarde daquele dia.

Acordei suando frio, tinha tido um pesadelo.

Com Jonah... E meus pais.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada a quem não abandonou a fanfic, serio, amo vocês



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We Are Alone." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.