We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 11
Capítulo 11 - We Split Again.


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas novamente, mas dessa vez os problemas foram serios. Primeiro fiquei praticamente um mês com o notebook quebrado, não dava pra escrever, e finalmente quando arrumaram, a internet parou de funcionar, e ainda to sem, mas dei meu jeito e peguei a senha do wifi do vizinho .q só para mim postar szszsz mas fiquem sabendo que ja tenho bons 5 capitulos prontos



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“Tentei ter uma noite de sono tranquila, mas era impossível...
Afinal, tivemos a nossa primeira perda no grupo.”

Capítulo 11 – We Split Again.
LYNN

Assim que acordamos, continuamos em silencio em uma forma de luto. Não demoramos muito para nos arrumar e deixar a casa, a arma que achei tinha ficado com Helena, pois era a única de maior e com responsabilidade de carregar uma coisa dessas.

Quando estávamos prestes a fechar a porta da casa, lembrei da minha faca, pensei por um momento em deixa-la para trás, mas lembrei que não tinha mais nada para matar os zumbis, que ótimo.

–Esperem, eu esqueci de uma coisa, já encontro com vocês.

Subi as escadas rapidamente sem deixar com que ninguém perguntasse algo, logo já me encontrava em frente a porta do quarto que Abby e Sara dormiam, abri de uma vez, querendo acabar logo com tudo e com pressa fui até o corpo arrancando a faca do crânio de Sara e saindo do quarto na velocidade da luz.

–Descanse em paz, Sara. – Fechei a porta, deixando-a atrás de mim.

Quando cheguei junto do pessoal, eles me olhavam com olhares duvidosos.

–Tive que voltar para pegar a faca.

Ninguém reclamou, aliás, ninguém falou nada por um bom tempo, eu já estava até ficando meio impaciente, mas respeitei o silêncio.

...

–Encontraram alguma coisa? – Helena estava tão frustrada quanto todos nós.

Estávamos na casa de Anna, passamos o dia inteiro vasculhando a casa de cada um, mas em nenhuma das que já procuramos, encontramos algo. E a minha casa já era a próxima.

–Não, nenhum sinal de ninguém... Desculpe Anna. – Jack consolava Anna, que chorava baixo encostada a uma parede. Caminhei até ela e a abracei.

–Tudo bem gente, podemos ir agora, encontraram alguma coisa útil? – Mark perguntara.

–Só o de sempre, milho, ervilha, pêssego em calda, tudo o que possa imaginar enlatado e algumas garrafas de água. – Steve colocou tudo em cima da mesa, para separarmos em nossas mochilas.

Quando acabamos respirei fundo, eu queria e não queria ir logo para minha casa, e se não estiverem lá? E se estiverem? Ou pior, e se eles viraram zumbis? Não podia imaginar minha família transformada nessas coisas...

–Pronta Lynn? A sua e a próxima. – Senti a mão de Helena repousada sobre meu ombro, novamente respirei fundo e balancei a cabeça em concordância.

Saímos da casa de Anna e imediatamente meu coração parou, o portão da frente de minha casa estava todo aberto e já imaginei as piores coisas. Conforme íamos entrando, eu sentia mais lagrimas se juntando no canto do meu olho, havia sangue espalhado pelo chão e muita mobília revirada.

– Sinto muito Lynn. – Agora era vez da Anna me consolar e depois de um tempo consegui controlar as lagrimas.

–Acho melhor passarmos a noite aqui, já está escurecendo. Amanhã continuamos. – Tentei dar o meu melhor sorriso. Vi que todos estavam mais animados, o que me aliviou um pouco.

Helena foi para a cozinha, Jack ficou testando o rádio e eu decidi testar a televisão, e para minha surpresa e acho que a de todos também, estava tendo transmissão. Passava uma mensagem, parecia ser do governo... Acho que era da força aérea, militar, marinha, sei lá, mas o cara que trazia o comunicado estava fardado e com uma postura ereta, dizia para ficarmos dentro de casa que em algum tempo os militares iam evacuar a cidade, imediatamente pensei que minha família então podia não estar morta e sim a salvo em algum lugar fora daqui, e acho que todos pensaram o mesmo pois os olhos brilhavam em direção a TV, logo que a mensagem acabou, tudo voltou ao começo e ele repetia as mesmas coisas, tentei outros canais e novamente ali estava a programação, dessa vez mostrava um repórter em frente da ponte que dá acesso ao outro bairro, cheia de carros e pessoas a pé tentando ultrapassar o limite do nosso bairro, não escutei direito o que ele disse pois estava uma enorme gritaria, coisas como “nos deixem passar” ou “vamos derrubar essa grade”, algo assim.

–Mas que merda está acontecendo? Algumas horas atrás nada estava funcionando, o que houve? – Anna estava tão indignada quanto eu.

–Talvez o governo não quisesse que as notícias desse tal vírus vazasse e agora resolveu mostrar já que estão todos morrendo, sei lá, eu ‘to tão confusa quanto todos aqui. – Abby disse, e podia ser o que estava mais perto de ser verdade, já que o pai dela era importante no governo e sabia de muitas coisas.

–Eu acho que deveríamos ir pra essa ponte também, nossos familiares podem estar lá, deve ser por isso que não tinha ninguém em casa, eles poderiam já ter visto o comunicado ou que estão todos indo para a ponte. – Jack parecia esperançoso, e parece que deu esperança a todos.

–Mas... Nós vamos agora? – Já estava escurecendo, será que isso daria certo?

–Quanto antes melhor, e ainda dá tempo, daqui para o centro não demora muito, principalmente se tivermos um carro. – Anna estava aflita enquanto falava.

–Um... Carro. – Eu e Anna nos olhamos. – Mark e Jack, vão com Anna ver se o carro da família dela ainda está na garagem e se estiver, procurem a chave, eu e Steve vamos ver se o meu ainda está aqui, Abby e Helena, recolham tudo o que acharem necessário, nos encontramos aqui de novo em cinco minutos. – Assim que terminei de falar, todos disseram em coro “uhun” e correram para suas devidas tarefas.

Infelizmente, quando Steve e eu chegamos na garagem, o carro do meu pai não estava lá, soquei a parede do meu lado fazendo eu me contorcer um pouco de dor, mas depois parei para pensar que isso só comprovava ainda mais que meus pais e meu irmão poderiam estar vivos. Assim que voltamos a sala de casa, Anna apareceu balançando as chaves do carro da mãe dela, todos nós sorrimos e corremos até a garagem da casa dela, onde se encontrava o carro.

–Helena, sabe dirigir né? – Mark perguntou enquanto fechava o porta malas com as coisas que havíamos pego.

–O básico, mas consigo chegar até o centro. – Lena respondeu, adentrando no banco do motorista. Steve estava no banco do passageiro e o resto de nós tivemos que nos apertar um pouco no banco de trás, mas estávamos bem.

Assim que Lena ligou o carro, pisou fundo indo rapidamente em direção à ponte, que já estava meio à vista.

...

Conforme íamos chegando mais perto, mais difícil era de passar com o carro pelas ruas, era muita coisa jogada para todo os lados, carros revirados ou abandonados no meio da rua, algumas motos pegando fogo, tudo que pudesse imaginar, e até alguns... Corpos.

–Acho que daqui não dá mais pra passar. – Disse Helena olhando pela janela. – Vamos ter que deixar o carro.

Todos nós saímos e começamos a pegar nossas coisas, quando escutamos o som de uma buzina meio longe, mas todos paramos para ver. Quando finalmente encontramos, vimos um carro vindo em alta velocidade na nossa direção, e logo atrás dele vinha um ônibus, também em alta velocidade. Esperávamos que fossem parar ou algo do tipo, mas eu tive a impressão que isso não ia acontecer.

–SAIAM DA FRENTE. – Gritei, e todos correram em direções aleatórias.

Não consegui correr à tempo, pois em uma fração de segundos o carro bateu na traseira do carro da mãe de Anna e o ônibus bateu atrás do carro logo em seguida e explodiu. A força da explosão foi tão grande que me jogou para longe e eu acabei batendo minha cabeça, mas continuei consciente, senti sangue escorrendo e logo me levantei pressionando a mão na cabeça, que doía um pouco.

–Onde estão vocês? Ah merda. – Notei que uma enorme parede de fogo me separava do resto do grupo, e ao analisar bem, dei falta de uma pessoa. – Onde está Abby?

–Não sei, achamos que ela pode estar ai desse lado também, procure ela Lynn. – Helena tentava falar alto e chegar até mim, mas a enorme parede de fogo não deixava.

–Não se aproxime mais, pode deixar que eu procuro aqui. – Logo direcionei meu corpo para o ônibus, vi Abby caída um pouco perto demais da onde ele havia explodido. Corri em sua direção, e seu cabelo louro estava encharcado de sangue. – Ah Abby, acorde, vamos acorde. – Eu a sacudia um pouco desesperada, chequei sua respiração e vi que respirava com muita dificuldade. Procurei o ferimento em sua cabeça e assim que o encontrei, rasguei um bom pedaço da minha blusa e amarrei, na tentativa de estancar o sangue. Abby acordou alguns segundos depois.

–Lynn... Cuidado... – Ela disse com dificuldade, e até que eu conseguisse assimilar, senti uma mão muito quente em minhas costas.

Me virei rapidamente e vi que era uma pessoa em chamas... Não, era um zumbi em chamas, e ele vinha com a boca aberta em minha direção e rapidamente rolei para a esquerda, e ele caiu entre mim e Abby e com muita rapidez o acertei com minha faca, dando graças a Deus por ter voltado para pega-la.

–Você sempre vai andar comigo agora, bonitinha. – Disse a mim mesma me referindo a faca e indo em direção da Abby para ajudá-la a levantar, e assim que me virei percebi que estávamos muito encrencadas. – Porque sempre acontecem coisas para nos separar?

Muitos zumbis saiam do ônibus em chamas, se zumbis normais já eram difíceis de matar, imagina zumbis pegando fogo. Eles caminhavam lentamente em direções variadas, ainda não tinham nos percebido ali, mas logo iam perceber. Cheguei perto de onde tinha falado com Helena pela última vez, e ela ainda estava ali.

–Lena, achei a Abby, ela machucou a cabeça, ‘ta saindo muito sangue, por enquanto eu consegui controlar, mas um pedaço de pano não vai aguentar pra sempre, precisamos fugir daqui, tem dezenas de zumbis pegando fogo e querendo nos pegar. – Jack apareceu de repente do lado dela e parecia muito preocupado – Fazemos assim, vocês estão perto de uma pracinha ai perto, é só seguir reto, acham que conseguem aguentar uma noite nela? Ou pelo menos algumas horas? Eu vou precisar voltar um pouco, tem um beco aqui perto que dá direto nessa praça que eu disse pra vocês, mas a Abby ‘ta muito machucada e não consegue andar direito, acho que em no máximo quatro horas já vamos estar ai. – Helena estava com a mão na boca, parecia não acreditar no que estava acontecendo. – Precisamos ir, eles estão chegando perto. Até mais tarde.

–Tudo bem, nos encontramos na praça... Lynn, espere. – Lena remexeu em algumas coisas que não pude ver o que era e voltou a falar comigo. – Aplique um pouco de morfina na Abby, para que não sinta tanta dor, e quando nos encontrarmos eu cuido da cabeça dela. – Ela me jogou uma maleta de primeiros socorros com tudo o que eu precisava. – Boa sorte.

–Pra você também. – Passei o braço de Abby sobre o meu para ajudá-la a andar e caminhamos o mais rápido possível para o beco, precisávamos achar um abrigo ou qualquer coisa rápido, Abby não estava nada bem.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e até a proxima o/



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